1. Spirit Fanfics >
  2. Be Free >
  3. Negação

História Be Free - Negação


Escrita por: horanhugs

Capítulo 2 - Negação


Pov's Luce Blacksburgue EUA / 12h00

- Luce, filha por favor abre a porta - minha mãe falava - por favor já faz 2 dias. 

2 dias.

Pelo qual eu passei a pior experiencia que eu poderia imaginar vivenciar, a experiência que me fez ficar assim, imóvel sentava na minha cama, abraçando meus joelhos e chorando, dois dias que não bebia, e não comia nada, dois dias em pleno estado de choque de saber que meu pai, o homem pelo qual eu tinha a maior admiração do mundo, não teve a paciência, não teve a humanidade de tomar cuidado com a vida de uma criança de 8 anos de idade, que tinha sonhos, uma família, e uma vida inteira pela frente mas meu pai, meu herói, tirou dele só porque estava com pressa de me levar para jantar. Eu estava com raiva, estava perplexa de como aquele homem se desfez da vida de uma criança. Na quela mesma noite da cirurgia corri para casa e assim que entrei em casa foi para meu quarto, olhei para ele cheio de luxo, uma cama gigante, um espelho, uma sacada, um banheiro luxuoso, do que isso tudo valia quando o dinheiro disso tudo, o dinheiro para comprar isso tudo vinha de famílias como a do menino, dinheiro de uma mãe que achava que estava entregando o filho em boas mãos mas na verdade, acabava de por ele nas mãos de um assassino, era isso que meu pai era. Não havia outra discrição. Apenas isso. 

Mais e mais lagrimas caiam e eu ainda não conseguia acreditar. Resolvi me levantar e assim que o fiz todo o meu corpo ficou dormente, gritei de dor, e minha mãe chorava do lado de fora batendo na porta desesperada. Depois de um tempo meu corpo voltou ao seu estado normal, mas minha boca estava seca, meus lábios rachados, e meus olhos fundos, meu estomago reclamava de fome mas resolvi ir direto para o banho aonde eu poderia ficar longe do mundo aonde eu teria que ver meu pai novamente. 

POV's Liam. Atlanta EUA / 15h38

- Filho - minha mãe veio correndo para os meus braços assim que desembarquei do avião, meus olhos encheram de lagrimas e assim que ela se afastou olhos nos meus olhos e com uma voz fina perguntou : 

- Cade o Jer ? - a unica coisa que consegui fazer foi um não com a cabeça. 

Minha mãe me olhou desesperada e gritou. Eu a puxei para um abraço e seu corpo pequeno se debatia, todos em volta olhavam e eu tentava de todas as formas possíveis, acalma -la mesmo vendo tudo embaçado por causa da quantidade de lagrimas que me viam ao rosto. 

- O que aconteceu ? - minha mãe gritava 

- Mãe - falei com um nó na garganta e olhei para cima tentando me acalmar - atacaram nosso acampamento, jogaram uma bomba.

- Não não não não não - ela puxava os cabelos e caiu no chão - Não pode ser, meu filhinho não. 

Os seguranças apareceram mas logo saíram quando via que eu usava uma farda do exercito.

Todos em volta olhavam feio,mas mesmo assim eu nunca desejaria aquela dor a ninguém.

- Mãe - puxei ela para cima e coloquei minha mala nas costas. - vamos ? 

- Não pode ser - ela falava e andava devagar enquanto eu tentava controlar minha respiração. 

O caminho para casa tive que dirigir, minha mãe havia entrado em um estado de choque, ficava fazendo não com a cabeça enquanto lagrimas faziam caminho do seus olhos ate seu pescoço e logo molhavam sua blusa.

- A culpa foi minha - falei olhando para baixo ela me encarou e fez que não com a cabeça 

- Você disse que foi um ataque - ela sussurrou

- E foi, mas uma das bombas caiu em cima de Jer, e deveria ser eu, eu deveria estar dormindo naquela cama e ele na minha, mas fiz ele trocar, porque queria o lado esquerdo, deveria ter sido eu. 

- E você acha que seria mas fácil para mim se fosse você ? - ela sussurrava com uma voz fraca e dócil - não foi sua culpa, não faça isso com você, Danielle esta te esperando lá em casa, junto com todos - ela deitou sua cabeça nas mãos enquanto chorava.

- Eu fui o único a sobreviver - olhei para baixo e logo subi o olhar lembrando da direção - perdi todos os meus companheiros.

- Meu filho- minha mãe limpou minhas lagrimas - estou feliz por ter você, não aguentaria se tivesse sido os dois.

- A senhora não merece isso - falei com um nó na garganta e ela não conseguiu responder, enterrou seu rosto nas mãos e chorou o caminho inteiro, sem parar, e eu percebia que ela tentava não fazer barulho mas os soluços a faziam pular.

Assim que chegamos em casa todos esperavam na porta, mas assim que viram que só eu e minha mãe descemos do carro e ainda por cima com a cara vermelha e chorosa, a namorada de Jer que segurava um presente caiu no chão e começou a chorar e logo em seguida todos estavam compartilhando a mesma dor, sem exitar. Enquanto minha mãe em um ataque de fúria quebrava tudo na casa. E meu pai simplesmente se sentou e pegou um cigarro, deixando livremente as lagrimas caírem, como se esperasse Jer sair do porta - malas e gritar "brincadeira " mas isso infelizmente não aconteceria.
 

POV's Luce

- Filha - meu pai bateu na porta - abre para mim por favor 

Destranquei a porta e esperei na frente, era a voz que eu esperava, nesses dois dias meu pai não havia dado as caras mas agora eu teria a chance.

- Filha - ele passou a mão no rosto, estava com a roupa do hospital.

- O que ? - sorri irônica e as lagrimas rolavam nos meus olhos - acabou de voltar de mais um assassinato seu papai, quantos anos tinha a criança dessa vez ? 5 ? 4 anos ? Ou era um bebe ? Mas isso não importa afinal ...

- CHEGA - ele gritou na minha cara fazendo minha raiva aumentar - eu não admito que você fale assim comigo.

- NÃO ADMITE ? - gritei também - VOCÊ TEM QUE AGRADECER QUE EU NÃO TE DENUNCIEI, QUE EU NÃO ACABEI COM SUA CARREIRA, A MAMÃE SABE DESSAS SUAS SUJEIRAS, PORQUE O QUE VOCÊ FEZ, PARA MIM, SIMPLESMENTE NÃO TEM EXPLICAÇÃO, EU VI O ENFERMEIRO TE AVISANDO, DUAS VEZES, E VOCÊ NEM SE QUER PENSOU NA DOR QUE A FAMÍLIA PASSARIA, NÃO PENSOU NO TRAUMA QUE CAUSARIA A MIM, QUE VOCÊ QUERIA TANTO QUE SEGUISSE SEU EXEMPLO.

- Filha eu sei que errei mas não vamos acabar com o clima dessa casa por causa que eu errei - ele sorriu abrindo os braços e eu gargalhei irônica.

- Pode ficar tranquilo - falei seria - eu nunca mas piso nessa casa, eu não quero mas um centavo que venha de você, eu tenho 22 anos de idade e tenho minha renda com fotografia, não e muito mas tenho, eu não fico mas aqui nem por 1 dia, e não quero ver você nunca mas na minha vida. EU ODEIO VOCÊ.

Falei seria e ele arregalou os olhos tristes.

- Está vendo isso ? - falei apontando para as lagrimas em seus olhos - essas lagrimas são de tristeza porque você sabe que não vai me ver de novo, agora deixa eu te conta uma coisa, isso não se compara com a morte de um filho,e você, sem necessidade, fez uma família inteira passar por isso. Sabe qual a dor de você não ter mas que acordar seu filho para ir pra escola ? De não poder levar ele mas aos parques no fim de semana, de não ouvir sua voz, ou seu sorriso ? Você proporcionou isso a uma mãe e vai la saber se não fez com outras, mas eu como uma pessoa justa, vou lhe dar quase a mesma sensação, alias a mesma porque eu quero que para você a partir de agora, eu esteja morta.

Ele suspirou e caminhou para fora do meu quarto, assim que ele saiu eu fechei a porta e a tranquei. Fui direto para minhas malas e lotei 1 de roupas as mais básicas possíveis, com ideia de que para o lugar que eu vou não iria ter que usar roupas caras, ou joias. 

Pov's Liam

- Liam - Danielle gritava enquanto eu tentava de alguma forma desesperadamente acordar do sonho que estava tendo da noite do ataque, o problema e que eu simplesmente não conseguia.

As imagens de Jer continuavam a vir e me perseguir, até que a voz novamente de Dani entrou na minha cabeça me fazendo abrir os olhos.

Me levantei rápido e com a respiração mais rápida ainda, Danielle estava sentava e me olhava assustada.

- Liam - ela passou a mão por meu rosto - você está todo suado, estava tendo ataques, pensei que estivesse tendo uma convulsão.

- Eu tive um pesadelo - me deitei de novo com as duas mãos no rosto. 

- Deixa eu te ajudar a esquecer isso - Danielle falou sentando em cima do meu quadril. Fazia muito tempo que eu não via, e sentia uma mulher, mas eu não estava com clima para isso.

- Dani - peguei em sua cintura e a deitei do meu lado - não estou com clima para essas coisas. 

- Liam - Ela passou a mão no meu machucado - existe tratamentos para soldados vindos da guerra, terapia.

- Eu não preciso disso - falei bravo e na defensiva

- Poderia te ajudar - ela continuava a passar a unha pela marca recém conquistada em minhas costas.

- Eu não preciso - falei mas bravo - assunto encerrado.

- Viu está mas agressivo - ela suspirou - antes você era tão doce, o que aconteceu ? E nossos planos de ter filhos ? 

- Dani - briguei - eu acabei de perder meu único irmão, minha mãe esta pirando, e você está pensando em porque eu não quero transar com você, ou porque eu não sou tão doce, vai mesmo ser egoísta a esse ponto ? Foi com essa mulher que casei ? 

- Você precisa de um medico 

Ela falou isso e se levantou saindo do quarto. Resolvi não me preocupar com ela. Só queria voltar a dormir e talvez conseguir finalmente um pouco de paz, mas antes resolvi rezar para abençoar a alma de Jer.

Quando acordei, custei a me acostumar com a luz. É assim que a fiz me deparei com minha esposa, com um lenço levado a boca e seus olhos cheios de lagrima, ao lado dela dois caras com uma roupa branca estavam de braços cruzados, me levantei lentamente e eles me seguraram pelo braço.

- Que porra e essa ? - perguntei olhando para Dani 

- Desculpa - ela sussurrou - eles oferecem esse tipo de apoio e eu só quero que você fique bem

- Se esses caras não me soltarem - me debati mas eles seguraram com mais força - não me procura mais, eu quero o divorcio

Ela se sentou e começou a chorar um dos caras ficou para acalma-la, e eu fui sendo arrastado por apenas um cara, era esse tipo de suporte que eles traziam, maricas de um hospital que se acham forte contra um civil preparado para combate de guerra e ainda por cima com memorias recentes ,isso só poderia ser piada.

- Chega a dar dó - comentei e o homem que me segurava pelos dois braços me olhava esquisito 

Dei-lhe uma rasteira e assim que ele caiu no chão dei-lhe um soco na nuca, para ter certeza que ficaria desacordado por um tempo, coloquei ele sentado na minha sala, como recadinho, para minha ex mulher. E sai andando fui pelos fundos, e a minha sorte era que Jimmy não morava tão longe da minha casa. Jimmy meu melhor amigo, entende por tudo que passei, sempre entendeu, ele com certeza e o cara mais incrível e nerd que conheço, seu pai era um ex medico famoso e por isso Jimmy não precisa trabalhar, apenas fica em seu mundo nerd, comprando espadas, quadrinhos e jogos, acompanhando series, filmes e tudo que tenha a ver com criaturas misticas, que é o que mais fascina ele.

Bati em sua porta, duas, três vezes e nada, comecei a tocar a companhia repentina vezes tentando de alguma maneira chamar sua atenção. O otário deveria estar no computador com os fones no máximo, alienado com todos os elfos, fadas e todo o resto. Toquei mas algumas vezes até que finalmente ele me atendeu, assim que ele viu quem era me mostrou o dedo do meio e saiu andando deixando a porta aberta, assim que entrei dei um chute para a porta se fechar.

- O que está fazendo aqui ? - Jimmy me jogou uma cerveja - pensei que estivesse na guerra.

- Estava - baixei os olhos - meus pais não conseguiram entrar em contato com você, pra variar, e bom eu voltei porque sofremos um ataque - dei um gole grande na cerveja - e bom Jer meio que morreu, minha esposa acha que preciso de ajuda e chamou um daqueles grupos aonde prendem ex soldados, dei um golpe no cara e vim pra cá.

- Uau - Jimmy se sentou do meu lado - eu não sei o que dizer, e tanta informação, quer dizer, o que você precisar eu estou aqui

- É por isso que te amo - falei lhe dando um beijo no topo da cabeça, Jimmy sorriu abalado - preciso que faça uma coisa pra mim.

- Pode falar - O garoto de sardas e cabelos ruivos me olhava curioso enquanto tirava alguma coisa de seu aparelho - eu preciso ir embora

- Como assim ir embora ? - Ele coçou a cabeça me olhando perplexo - não acha que sua mãe precisa de você ?

- Não é isso - abaixei a cabeça - pedi o divorcio, minha mãe e meu pai, provavelmente concordam com ela, sei que estou bem e minha saúde mental não está afetada, eu só sei que quero ir para algum lugar de paz, ou com problemas maiores para eu poder esquecer os meus problemas.

- Sé a segunda opção estiver mesmo valendo - Jimmy se levantou correndo até sua mesa, bagunçada, e procurando dentro outros milhões de papeis um específico que logo que achou jogou para mim, seu rosto estava abalado como se ainda absorvesse todas as noticiais que eu havia lhe dado, parecia esperar a ficha cair e por parte eu também estava esperando.

- O que e isso ? - perguntei segurando o caderno - não estou afim de escrever um diário

- Não é isso seu idiota - ele me deu um soco - eu recebi uma proposta a uns 2 meses atrás para ir gravar em Eritréia ,em uma aldeia especifica, nesse caderno tem todas as informações, lá a pobreza e gangues são problemas grandes, uma produtora havia me pedido via internet para que eu fosse para lá e conseguisse boas imagens e videos, só estou enrolando ele porque lá não tem internet e eu não estou afim de ir pra lá. 
 

- Isso e perfeito - meu coração pulsava, em busca desesperadamente por uma nova experiencia - eu vou para o outro canto do mundo, onde posso pensar e ajudar outras pessoas, Danielle me deixa em paz, e eu consigo minha própria terapia

- O lance com a Danielle - Jimmy virou uma cerveja e deu um arroto antes de continuar - eu apoio você tem 24 anos, não deveria estar casado, tem ideia do que perdeu quando casou com essa mulher a 4 anos atrás ?

- Ela estava gravida - me defendi - eu não podia fazer isso com ela

- É cade seu filho que não estou vendo, e obvio que ela não estava gravida, você estava cego de paixão e nem percebeu 

- Não quero mais problemas - me deitei em seu sofá - você pode começar a arrumar as coisas dessa viagem para mim, afinal agora vou ficar aqui, você poderia ir na minha casa buscar algumas roupas ?

- Você é um folgado cara - ele me tacou a latinha e se levantou pegando a chave do carro 

- Fala para a Dani que estou indo para casa dos meus avos em Blacksburgue 

- Ta - Jimmy deu de ombros - vou passar na casa de seus pais, para ...

- Não fala nada. - cocei meu cabelo recém rapado e me arrumei no sofá colocando uma partida de vídeo game para que eu relaxasse

Minha cabeça não se concentrava no jogo ou em nada que eu havia tentado pensar, seria eu tão estupido de não ter percebido que Danielle não estava gravida ? Eu teria realmente coragem de abandonar minha mãe ? Não e claro que não, não sem antes falar com meu pai que com certeza iria entender melhor que ela. Liguei da casa de Jimmy para a minha com esperança de que a voz do meu pai atendesse mas a empregada, Karol, atendeu.

- Oi - falei fingindo animação - é o Liam, chama o meu pai pra mim. 

- Tudo bem Senhor Payne. 

Dois minutos depois, onde milhões de hipóteses da conversa que si iniciariam agora vieram a minha cabeça.

- Sua mãe está perguntando se vai vir almoçar amanha com agente para organizar uma missa de sétimo dia.

- Não eu não vou - minha voz ficou fria como a de meu pai - eu vou embora

- O que está querendo dizer ? - ele falou mais baixo e escutei no fundo a voz da minha mãe chorando

- Danielle tentou me internar hoje mais cedo, pedi o divorcio, eu por conhecer minha mãe e o poder de manipulação de Dani tenho certeza que mamãe está envolvida nisso, Jimmy me deu uma ideia de  filmar imagens de um país pobre em uma aldeia, pretendo ficar um tempo por lá aonde eu estarei isolado de tudo e poderei pensar e sofrer em paz.

- Meu filho - meu pai suspirou - não posso falar que é o melhor momento que poderia estar fazendo isso, pois não vou começar a mentir para você, faça o que você acha preciso para ficar bem, cada um tem seu jeito de sofrer, como eu queria estar no lago, pescando, mas tenho medo de sua mãe por fogo nas coisas do Jer ou começar a ter tendencias suicidas então preciso ficar, eu não vou falar para sua mãe e nem que você ligou, Karol vai manter segredo. 

- Era o que eu precisava ouvir - fechei os olhos deixando cair uma lagrima- obrigado pai. 

Peguei o papel e comecei a ler as 4 folhas que estavam ali presentes. 

" Olá Jimmy Everdeen. Eu sou produtora de matérias de alguns canais que provavelmente você deve conhecer  ... “  


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...