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História Be Free - This is War


Escrita por: horanhugs

Capítulo 27 - This is War


Fanfic / Fanfiction Be Free - This is War

POV’S Luce

Respirei fundo mais uma vez, enquanto molhava meu rosto.

- Luce – Liam entrou já falando – precisamos ir.

Molhei meu rosto novamente e passei disfarçadamente a mão em minha barriga, que infelizmente ainda carregava um coração, segundo Nay saudavel, dentro de mim.

Era hoje o dia em que eu teria que vingar não só a Toya, mas a todos aqueles que sofreram. A todos que foram submetidos a sofrer e ser menosprezados, por culpa de um só homem, mas mal esse  homem sabe que eu assinei sua morte com sangue meu, de Toya e desse nenem. Eu coloquei minha roupa e Liam me deu a mão.  O ambiente do lado de fora era totalmente diferente. Homens armados e com fardas corriam de um lado para outro, enquanto carros reservados para o exercito faziam barulho. Os cidadões estavam assustados, todos perto de suas casas, agarrado a seus filhos, eu conseguia perceber o medo no ar, não so nós meus olhos, ou dos cidadões mas também dos soldados. Mas a esperança era gritante dentro de nossos corações, era algo a ser mais que notado, quase falava por si só. Nos olhos fundos das pessoas eu conseguia ver um brilho, do qual eu não vi desde o dia que cheguei aqui. Algo que me animava fazer o que eu faria. Algo pelo qual valia a pena dar a cara a tapa!

Liam de mãos dadas comigo, me encaminhou para um carro que continuava vazio, nele estava apenas o Comandante, Liam soltou minha mão e foi para o carro de trás.

- Porque estámos sozinhos ?

- Porque precisamos ter uma conversa – ele olhou para Liam e eu o acompanhei ele estava ocupado ordenando os carros, os colocando para funcionar. Estava na hora. Minha barriga girava, gritava, dava piruetas, fazia de tudo menos ajudar a manter meu estado emocional.

- Luce – ele deu um tapinha em meu ombro – estámos fazendo desse jeito por você, então e claro que você não pode errar

- Aqui está Comandante – um dos soldados, que eu reconheci ser o dos mapas chegou e sentou ao nosso lado e começou a tagalerar.  Me sentei longe do Comandante no fundo do carro aberto que me deixava ver a mata de perto, os animais basicamente a vida. Eu estava me sentindo precionada, alterada, loucamente alterada, eu preciso de terapia, de um medico e de um cara que faz abortos e não uma guerra. E não o peso de mais crianças nas minhas costas, não preciso de mais pressão, na verdade tudo o que eu queria nesse momento era uma massagem e paz... o problema e que seria egóismo pensar na minha paz e deixar essas pessoas que buscam por mais de 20 anos paz e simplesmente não acham por culpa do homem que eu estava determinada a destruir. Ataques de bipolaridade me irritam, mas por parte me fazem ter a opção de dois posicionamentos, duas ideias, talvez não fosse tão ruim assim. Mas a unica coisa que era ruim o suficiente agora era pensar em algo realmente bom para salvar as crianças  e de quebra criar um descurso convecedor. Estava fora de meu alcance parecer fisicamente ou emocionalmente estabilizada, estava fora de meu alcance agir normalmente. Eu precisava de remedios.

{...}

O barulho. Aquela porcaria de barulho. O que era pra ser uma coisa rapida havia virado um massacre, eu estava agachada na floresta, com lagrimas nos olhos, colocando as mãos nos ouvidos, Liam, aonde ele estava ? Sera que haviamos perdido ? Os barulhos de tiro em conjunto faziam meu ouvido doer. Vi o formigueiro a um pouco mais de 10 metros de mim, não parecia ser dificil chegar lá, aonde era o meu objetivo. Eu deveria parar de ser fraca, apenas hoje, apenas nesse momento, eu tinha e devia largar todas as minhas frescuras com comida, pessoas, sangue. Tinha que pensar mais a frente, eu tinha que pensar além de mim. Me levantei com força e minhas lagrimas secaram rapidamente, tentei andar cauculando cada minimo passo, eu não podia morrer, não agora. Ir para o fundo da mata me parecia melhor mas resolvi obdecer alguém superior a mim, uma unica vez na vida. Andei devagar até chegar a parte de trás do cativeiro, plantas grudavam em meu cabelo e como agora eu estava correndo para achar o buraco que havia me deixado fugir algum tempo atrás, as mesmas folhas que deveriam ser inofensivas arrancavam fios de meu cabelo, mas era realmente dolorido. Eu tentava desesperdamente achar uma brecha para entrar, eu precisava entrar dentro da droga do formigueiro. Conseguia ouvir o choro, os gritos e mais e mais tiros. Minha voz parecia não fazer efeito sobre o barulho de tiros. Não havia uma passagem, não por aqui. Eu teria que dar a volta para entrar lá, teria que entrar dentro do campo de batalha, o problema e que eu estava desarmada e gravida. Respirei fundo e dei um soco no formigueiro, corri dando a volta, não havia como ser descreta em um campo aberto aonde militares e homens retirados de aldeias trocavam tiros a sangue frio. Eles poderiam até não me notar. Ao chegar na curva do formigueiro consegui dar uma breve olhada em tudo o que acontecia ali, gritos, choro, dor, sangue. Era tudo o que meu cerebro conseguia entender de todo o tumulto que acontecia ali a menos  de 5 metros de mim. Quando fui dar o outro passo, um braço  agarrou minha perna, me fazendo pular de susto e arfar, um dos homens de joseph com um tiro no estomago segurava com as mãos frias e os olhos pidões minha perna. Eu continava com a respiração acelerada por culpa do susto. Ele começou a abertar minha perna com força me fazendo sem querer soltar um gemido de dor, vi sua mão livre procurando algo e logo percebi que era sua arma que não estava tão fora de seu alcance assim, seus olhos pareciam vingativos e eu não sabia o que fazer. Eu corria perigo, era isso o que estava entendo, a questão e que como eu havia dito, eu não podia morrer agora!

Dei um chute aonde no homem não parava de sangrar e vi ele gritar de dor e levar as duas mãos para sua barriga, arfei e vi ele pegando sua arma e a apontando para mim.  Corri o mais rapido que consegui virando e indo para bem perto da porta do formigueiro. Me joguei no chão enquanto os barulhos de arma aumentavão. Consegui chegar a porta do formigueiro e implorei para que ela estivesse aberta, minhas pernas tremiam e minhas mãos também, mal conseguia piscar sem que todo o meu corpo tremesse. Levantei apoiando nas palhas que faziam do formigueiro um lugar calorento e fiquei em pé enquanto a porta com fechadura de metal me atrapalhada de ter contato com minhas crianças. Eu tentava ainda com as mãos tremulas bater na porta, mas nada me parecia ser possivel. E antes que eu pensasse em alguma solução um puxão de cabelo que me fez voar para o chão, me fez ter problemas de visão e respiração.

- O premio final – o homem a frente falou e sorriu enquanto colocava a arma em minha cabeça de uma maneira até mesmo ironica, sua lentidão mostrava que não havia pressa em me matar, que parecia valer a pena. Eu já esperava que tudo ficasse escuro e acabesse, mas não aconteceu, um barulho de tiro e um grito com meu nome me fizeram abrir os olhos rapidamente. Liam estava a minha frente com uma arma sobrando nas mãos e a respiração acelerada, rastejei até a porta do formigueiro, e escutava cada vez mais tiros, minha mão não tremia mais, eu tinha Liam para me salvar. Peguei a arma da mão do homem que tinha um tiro na cabeça, sem pensar em mirar atirei bem perto na fechadura, e a porta se abriu e vi milhares de olhos curiosos ou assustados me encarando.

Entrei rapidamente e fechei a porta do lugar.

- Se lembram de mim ? – falei sorridente e vi Dary vindo até mim

- O que está acontecendo ?

- Eu disse que voltava não disso ? – abraçei ele com força – mas eu não voltei sozinha.

Milhares de olhinhos apareceram correndo e me soltei da porta que foi logo fechada por Dary, as crianças me abraçaram e eu sentia nelas o cheiro de medo, mas em seus olhos como na aldeia via esperança. Era esse o motivo de tudo isso, esperança. Ver neles a esperança que está perdida a tanto tempo.

- Olha – tentei fazer meus olhos se encontrarem com o maximo de pessoas que consegui – preciso de vocês para algo, há uma guerra la fora, algo assustador – abraçei uma das crianças que tremia – preciso que vocês vão para lá – meus olhos se encheram de água – arrisquem suas vidas, mas por um bem maior, para convencer os ajudantes de Joseph a parar, mostre a eles que é necessario parar, que o exercito está aqui para ajuda-los, que não vão viver mais a custa de Joseph que tudo isso não existira mais, que estarão livres, e que quando isso acontecer o governo dos Estados Unidos estara ajudando! – falei entusiasmada – quero que façam isso por que o povo de vocês tem que ser livre para fazerem o que quiser, sair anoite sem medo. – limpei uma lagrima e a criança em meu colo tremia cada vez mais – assim que sairem, quero que gritem, gritem o mais alto que consiguirem, como se o mundo dependesse disso, não vai ser facil – suspirei – meus homens vão parar de atirar assim que entrarem lá, vocês só precisam fazer com que os outros parem, vamos tentar fazer a nossa vida valer algo, valer a liberdade de seus filhos, netos e bisnetos ...

Fiquei em silencio e esperei algo como um “ estamos com você “ mas tudo o que houve foi silencio, os homens foram se levantando aos poucos, cada um com 2 ou 3 crianças no colo, as crianças mais velhas foram levantando também e pouco a pouco meu coração foi aumentando os batimentos cardiacos, tinha dado certo.

- Posso abrir a porta ? – Dary falou com uma voz triunfante e grossa, me levantei com a criança no colo, dei nela um beijo no rosto e ela se aninhou em meu peito.

Fiz que sim com a cabeça, e gritos das crianças e adultos  passaram por mim, gritos fortes que me fizeram arrepiar gritos de um povo cansado de ser submetido, eu fui a ultima a sair do formigueiro, os tiros foram se acalmando, não pararam mas foram se acalmando, Dary ainda estava na porta e eu fiquei ao seu lado, com a criança em meus ombros.

- Obrigado – sua voz não era mais forte, era um fio de voz e ele começou a chorar

- Isso ainda não terminou – falei e o  empurrei para o meio daquilo tudo.

Eu fui saindo de fininho pelo lugar que vim, devagar, vendo aos poucos os tiros pararem e uma grande multidão parecia apenas reunida, se reencontrando. Era lindo ver algo como uma revolução, algo que valia a pena acontecer, eu chorei tanto durante esses meses por essas pessoas, e ver elas aqui agora lutando por liberdade. Ver que fui alguém na historia deles, um barulho me assustou e olhei para cima, um helicoptero rondava tudo e percebi o simbolo da MTV! Agora além de ser um triunfo para essas pessoas, tudo ainda estava sendo filmado, colocado em cameras, imagens e memoriais inesqueciveis para mim e todos aqueles que participaram ativamente da mudança daqueles que por tanto tempo foram menosprezados. Pela primeria vez em muito tempo as lagrimas em meu rosto mostravam felicidade nada mais que isso. Acenei para o céu e a criança, meiga, fraca, porém linda em meu colo fez o mesmo e com os nossos rostos colados começamos a rir, havia acabado. Não precisavamos mais nos preocupar, a criança deitou em meu ombro e me voltei para olhar para os homens se entendendo, não existia mais militares, não existia mais escravos, existiam apenas pessoas que lutaram no fim das contas do mesmo lado o tempo todo. Dei um beijo no garotinho em meu colo.

BUM!

{...}

- Não não não – eu chorava e todos estavam em pé a minha volta enquanto eu com a criança ainda meu colo espirrava sangue de seu pescoço para todo lado, sangue que eu sabia que iria mata-la.

- Cade o Liam? – gritava e enquanto todos ficavam calados a minha volta com lagrimas nós olhos.

Eu estava me sentindo novamente na situação da morte de Toya, incapaz de fazer qualquer coisa, estava novamente incapaz de mudar o rumo da historia, sentada como uma telespectadora assistindo a tudo sem interver. Como fui tão burra de não me lembrar do homem deitado ao lado do formigueiro ? Como fui tão burra de me virar de costas para ele ? Porque Deus foi novamente cruel e ao invés de me levar tirou novamente a vida de outra criança ? Não importava, no momento do tiro não me importei com meu braço aberto sangrando, não me importei para o pescoço sangrando também da criança, so me importei de pegar a arma que eu mal sabia usar e disparei no homem até não ser mais possivel, atirei nas pernas, no braço, e sabia que aquilo não o mataria o deixaria ali sofrendo, ele gritava de dor enquanto eu brincava de atirar nele, mas as balas acabaram e o sangue quente me molhando me fez deixar aquele homem para lá e ajudar a criança praticamente morta em meus braços Todos estavam ali, uns choravam, outros haviam buscado água para molhar a garotinho, ele apertava com força minhas mãos, enquanto minhas lagrimas não deixavam eu me expressar. Tentar acalma-lo.

- Vai ficar tudo bem – falei passando a mão em sua testa, o que o fez ficar mais sujo de sangue

- Está – ele parou – tudo – ele parou de novo e seu peito se levantou um pouco e logo desceu – bem, eu vou – ele parou por um tempo e eu respirava falhadamente fazendo barulho – ver minha mãe.

O corpo dele começou a se levantar e descer rapidamente e baba começou a sair de sua boca, a abri rapidamente tentando puxar a lingua do garoto para fora, mas a convulção já estava o consumindo. Já o havia matado.

Mais uma criança inocente. Mais uma criança inocente que morria em meu colo. O que eu fiz de errado ?


Notas Finais


Gente essa imagem cara eu amo ela, fala serio ela e muuuuuito diva! Super combina com a fic, no sentido tipo da india e me lembra luta, sei lá, determinação. Pareceu se encaixar bem na fic. E ai vocês gostaram ?


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