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História Be Free - Its all about love


Escrita por: horanhugs

Capítulo 30 - Its all about love


POV’s Luce / Blacksburgue / 8h45 am

A sala do melhor hospital particular de Blacksburgue me deixava nervosa. As cadeiras desconfortáveis me deixavam estressadas e a decoração verde água com branco me faziam querer vomitar. Honestamente era melhor listar as coisas que não me faziam vomitar, provavelmente eu seria mais breve. As mulheres a minha volta me irritavam, algumas conversando no telefone, outras com uma barriga enorme não conseguiam se quer sentar. Do meu lado havia revistas sobre bebes, e isso me causava arrepios. Mas estava começando a aceitar o fato de que talvez eu deveria comprar e ler esse tipo de revistas. Olhei para o outro lado e um grande alivio tomou conta de meu corpo. Alaric estava lá.

-Obrigada por deixar tudo e vir para cá comigo ? – falei sorrindo para o homem que estava distraído com o jogo de seu celular, posso imaginar como andava sendo chato para ele.

- Luce quantas vezes vou ter que te falar que não tem problema nenhum ?

Suspirei e sorri para ele. Alaric estava sendo um anjo. Havia uma semana que tínhamos voltado para minha terra, uma semana da qual eu desisti de dois abortos. Uma semana que foi estressante mas que me revelou muitas coisas. A primeira delas e que mesmo com todos os contra- tempos eu amava essa criança, percebi isso da segunda vez que fui fazer o aborto, e assim que o homem terminou de colocar suas luvas, um desespero misturado a adrenalina correu em minhas veias, eu me levantei rapidamente e comecei a chorar, abraçando minha barriga, naquela sala precária escondida e escura, percebi que eu não podia fazer isso com minha filha. Não podia e não iria. A segunda coisa que descobri foi um desejo um enorme de que essa criança foi uma menina, sonhos e pensamentos  em artomentavam o tempo todo sobre isso. A terçeira coisa foi o valor de uma amizade, Alaric aguentou meus choros, meus pesadelos, meus xingamentos e excessos de raiva sobre Liam, estava pagando um hotel aonde nós dois haviamos ficado essa semana. Respeito minha decisão de não avisar a minha família sobre minha chegada, e acima de tudo aceitou meu plano...

- Lucinda – uma mulher com uniforme branco abriu a porta da mesma cor, sorridente, seu cabelo loiro preso em um penteado ridículo, seus cilios exagerados, seu batom cor de boca, tudo nela me irrita, como no resto deste hospital, ela abriu a porta marrom e um ambiente com um luz mais escura e agradável me deu a sensação de alivio. Ver que a sala do médico não tinha o cheiro de morte dos lugares de aborto, não tinha a tensão, o choro. Fiquei mais tranquila com isso.

- Bom dia – o médico falou sorridente para mim apertando minha mão e de Alaric.

Ele se sentou, e logo depois eu e meu anjo fizemos o mesmo. O médico ligou para a enfermeira irritante que logo chegou, o medico se levantou junto com ela, ele falava sobre procedimentos e algo como um novo gel. Eu me arrepiei e meu pé começou a bater no chão de pedra, fazendo um barulho que só para mim era aliviador. Alaric apertou minha mão e sorriu para mim.

- Lucinda vamos – o médico sorriu – vamos ver como esse bebe está.

Fui encaminhada para uma sala escura, mas a luz era esverdeada, havia uma cama hospitalar, um trocador e uma aparelhagem assustadora. Médicos depois de tudo o que eu passei me davam arrepios. A enfermeira me indicou que trocasse de roupa, colocando aquelas drogas de vestidos, mas afirmou que não era necessário que retirasse a minha calça. Fiquei aliviada sobre isso. Sai da sala e eu olhava para baixo, tensa. O ambiente estava tenso por culpa do silencio e tudo parecia passar rápido para mim, como se eu não conseguisse me concentrar. O medico me indicou que eu deitasse e explicou coisas que eu não fiz questão de saber. A unica coisa importante que ele pareceu falar foi que eu teria os resultados depois de 5 minutos do ultrassom, uma frequência sonora de 20.000 hz. Não que eu soubesse o que isso significava. O homem sem falar mais nada colocou em minha barriga um liquido transparente e gelado, apertei o forro que cobria a cama, tentando controlar meu medo. O médico sorria enquanto olhava hora para minha barriga hora para a tele que em minha concepção aparecia apenas borrões pretos e brancos. Depois de cinco minutos passando o liquido frio em minha barriga e analisando a tela com um silencio constrangedor. O medico finalmente me liberou e eu quase corri para me trocar. Querendo me livrar do constragimento e medo.

- Vamos aguardar o cinco minutos tudo bem ?

- Posso ir no banheiro – interrompi o medico – enquanto ...

- Claro – foi sua voz de me cortar.

Me levantei desajeitada e fui para o banheiro no canto de sua sala. Liguei a pia, a água caindo me acalmava, igual o barulho de meu pé batendo no chão rapidamente. Eu me olhava no espelho e desejava desesperadamente que tudo desse certo. Era medonho não tem alguém em quem colocar sua fé, não ter ninguém em quem por suas preces. Me olhei de novo no espelho e suspirei. Molhei minha mão rapidamente na água que caia sem parar e molhei minha nuca. Desliguei a torneira e tudo pareceu voltar a ficar tenso. Desenvolver esse tipo de terapia para mim foi bom, me acalmava, porém Alaric falava que eu parecia louca. Talvez eu estivesse mesmo louca. Abri a porta e os dois sorriam para mim e Alaric falou :

- Ai está ela

Sorri e coloquei o cabelo atrás de minha orelha, em mais um momento de distração assim que me sentei na cadeira, não conseguia me lembrar como eu havia dado meus passos até ela. Isso martelou em minha cabeça até que a chata enfermeira entrou apressada na sala, fazendo barulho demais e eu agarrei a mão de Alaric, barulhos altos me assustavam.

O  medico que antes tinha um sorriso no rosto, mudou sua expressão para algo como quem não havia gostado do que estava comendo. Ele pigarreou me fazendo pular da cadeira de susto.

- Lucinda ...

- Luce  - o interrompi batendo meus pés.

- Ok, Luce – ele falou fazendo uma pausa, parecendo esperar ver se eu não comentaria mais nada – você andou fumando durante a gravidez ?

Engoli seco. O medico me encarava e eu não conseguia olhar em seus olhos. Então comecei a falar, lentamente e até um pouco cansada, minha voz saia roca pois eu simplesmente não me esforçava para faze-la apresentavel :

- Eu andei passando por muitas coisas – as batidas de meu pé aumentavam – algumas coisas que honestamente você não vai imaginar, eu perdi pessoas importantes, lutei e fui para uma aldeia na africa – minha perna agora era apenas um vulto e o barulho era apenas um estalo – e eu  acabei fumando – engoli seco tentando não ser tão direta – aquela planta...

- Luce – o medico bateu os papeis – você carrega em seu ventre um filho saudável – sorri com isso mas não fiquei totalmente emocionada – mas ...

Ele pigarreou de novo.

- Por causa do fumo e agora que você me contou mesmo que de uma forma vaga sobre sua historia – ele parou e pareceu concordar com ele mesmo – na verdade eu não esperava outra atitude ...

- Está dizendo que sou vaga ? – arquei minha sobrancelha e diminui as batidas de meu pé, tentando me concentrar nela e não na raiva. Eu não queria ficar brava.

- Eu vou citar sintomas e você vai me dizer se e verdade, por mais que alguns são mais que notaveis – ele apertou suas próprias mãos e me olhava por cima de seu oculos – você está se sentindo fraca, desconcentrada, desajeitada, com perda rápidas de memoria, não consegue falar direito, tenta se acalmar com barulhos – ele encarou minha perna e eu parei com o barulho engolindo seco novamente – está sempre com a boca seca, não consegue olhar muito tempo para uma unica coisa e tem dificuldades para manter um dialogo, tudo te assusta e você não consegue conter suas emoções.

Escondi meus pulsos e quando percebi que ele havia parado de citar “ sintomas “ que para mim se encaixavam apenas em loucura.

- Não estou sentindo nada disso – menti – só o barulho com pés.

- Tem certeza ? – Alaric pegou meu braço esquerdo e subiu a sua manga, tirei meu braço rapidamente tentando esconder a minha pele rasgada.

- Luce anda tendo mudanças repentinas de humor, ela não consegue se controlar, chegamos em casa e ela liga a torneira e senta no banheiro e fica apenas lá, chega ser loucura, ela chora por qualquer motivo e anda se cortando quando eu não a vigio. Ela bebe água o tempo todo reclamando de uma sede que não parece acabar, ela anda desconcentrada e cai com facilidade porque não olha para onde anda.

- Luce está com um distúrbio piscológico – o medico suspirou e eu solucei, meu choro era por raiva, não sabia que Alaric sabia dos cortes – isso acontece pois na gravidez a mulher fica realmente mais sensível, fumar, beber e viver experiencias traumatizantes aumentam a produção de hormônios e a mulher fica completamente desequilibrada, se você viver algo muito intenso pode entrar em depressão e isso poderá fazer você perder o bebe, você tem que focar em sua gravidez e no amor, tentar esquecer os problemas e colocar seu filho em primeiro lugar.

- Está escutando ? – Alaric me cutucou e apenas balancei a cabeça.

- Vou me cuidar – limpei minhas lagrimas me levantando – vou mesmo.

Alaric saiu falando mil coisas em minha cabeça que me confundiam mais e mais. Coisas sobres o meu plano, sobre o bebe e sobre meus problemas. Tudo como o medico havia dito parecia vago. Eu não queria aceitar que tinha uma doença. Mas não parecia ter outra escolha, a voz de Alaric ao fundo de meus pensamentos fazia meus batimentos cardiacos acelerarem, então gritei para ele.

- NÃO POSSO DESISTIR DO MEU PLANO TUDO BEM ? – ele revirou os olhos – minha filha não pode crescer sem um pai ...

 

POV’S Liam / Atlanta / 8h46 am.

- Gravidez o que ? – perguntei para o medico pela terceira vez.

- Gravidez psicológica – ele suspirou – pedi para falar apenas com você pois e um assunto delicado.

- Que merda e essa ? – falei bravo, não estava com paciência para brincadeiras ou drama, não quando tinha que aguentar isso em casa. E já havia uma semana.

- A gravidez psicológica, cientificamente chamada de pseudociese, é um transtorno psicológico que afeta mulheres que tem o desejo de engravidar mas não conseguem. Danielle vai sentir todos os sintomas de uma gravidez normal como crescimento da barriga e peitos, ausência da menstruação – ele fez uma pausa e eu apenas assenti, assustado para falar qualquer coisa – a gravidez pode acontecer pois desequilíbrio emocional, rivalidade, depressão, baixa auto- estimas ou problemas familiares – arregalei os olhos pois percebi que Dani se encaixava se não em todos em quase todos os motivos que o medico havia dito.

- E sobre o tratamento ? – perguntei e minha cabeça já começava a doer.

- O tratamento para gravidez psicológica pode ser feito com o uso de medicamentos hormonais para regularizar a menstruação e para parar a produção de leite materno, mas, além disso, é fundamental o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra. – ele fez uma pausa dramática que me fez bufar e voltou a falar - O tratamento pode demorar meses e o mais importante é que a mulher saiba que ela não precisa de ter um bebê para ser amada. O apoio de amigos e familiares é essencial.

- Eu e Dani estávamos passando por uma fase de separação – desabafei – o que eu deveria fazer ?

- Não se separar dela – o doutor escreveu em um papel algumas coisa e me entregou – ela precisa de seu apoio, você parece ser o mundo para ela, fiquei cinco minutos com ela em uma sala de ultrassom e foi fácil saber disso.

- Você sabe algum psicólogo bom ?

- Ela precisa de mais de um psicólogo – ele bateu em meu peito enquanto me levantava para me cumprimentar ela precisa de amor Liam.

O problema e que eu não queria dar o meu amor para ela. Sai da sala e Dani estava acariciando sua barriga ela olhou para mim rapidamente e correu para os meus braços. O medico se despediu dela e eu a abracei.

- Liam o que o medico queria ?

- Vai ficar tudo bem ok ? – dei um selinho em seus lábios molhados – eu não vou deixar você sozinha nessa.

Ela pareceu não entender minha indireta, apenas sorriu entrelaçando nossas mãos e a outra mão ela abraçou sua barriga que no ventre não carregava um filho meu.

 


Notas Finais


PRIMEIRAMENTE : Eu sou anta e esqueci de escrever no cap anterior EU NAO TENHO NADA CONTRA A DANI! Alias eu ate gostava dela, a dani da minha fic NÃO TEM NADA A VER com a da realidade. Alias cá entre nos a dani e mil vezes melhor que a $ophia! Só fiz com a dani porque ela ainda estava com o Liam quando comecei a escrever a fic. Mas realmente acho ela um amorzinho!
Segunda coisa : https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/q71/s720x720/602150_563679540376100_1822340314_n.jpg
KKKKKKKKKKKKKKK BRINCADEIRA OK ? Eu nao tenho nada contra a tay, so um tiquinho de amor ^.^


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