História Be Free - Where is she ?

5 anos depois / Atlanta / Atlanta Plazza Shopping

Estava desesperada. O policial tentava me acalmar mas era simplesmente impossível. Todo o shopping havia parado para ver a situação. Enquanto eu continuava andado desesperada pelo shopping. Kristen havia ligado para a policia, bombeiro e ate mesmo tentou ligar para a Nasa. Eu chorava. Ela chorava. E Toya continuava desaparecida. Como eu havia sido tão burra ? Como havia deixado ela ir olhar as porcarias dos brinquedos enquanto eu pegava o sorvete. Estava com raiva de Kristen por não largar a droga do celular para olhar ela direito. E agora estava tudo perdido. Toya havia crescido de baixo de minha saia, não havia como simplesmente manter a calma e achar que ela conseguiria se virar. Ela era tímida não costumava a dar abertura para muitas pessoas. Na minha cabeça se passavam as piores coisas do mundo. Ela sendo sequestrada. Estrupuada. Morta. Tudo de ruim. Não conseguia aceitar ficar sentada na cadeira do departamento civil do shopping enquanto minha filha provavelmente chora em qualquer canto do mesmo lugar que eu mas tão longe. Ela tinha apenas 5 anos – quase 6 – mais não importa! Ela não estava no meu lado. Não havia como prezar a paz ou qualquer outra coisa. Kristen continuava ligando para Deus e o mundo. E até meu pai que continuava morando em Blacksburgue mesmo depois de todo esse tempo já estava a caminho. Eu sabia que só me restava esperar. Mas a sensação de me sentir inútil, insignificante me perturbava. Não importa o quanto eu meditasse não importava o quanto eu clamasse. Toya continuava sumida. Me levantei cansada de ficar batendo meu pé no chão. O policial veio para o meu lado mas eu não queria falar com ele. Desci as escadas daquele lugar assustador e peguei o elevador para o térreo – aonde 2 horas atrás eu havia perdido minha filha- 2 HORAS! Das quais eu fiquei sentada chorando sem fazer nada. Assim que o elevador abriu as portas me dando passagem eu sai correndo do mesmo. Tentando entrar em todas as lojas na menor quantidade de tempo. Pois sentia que a cada segundo a vida da minha filha ia um pouco embora. Atravessei quase o shopping inteiro e voltei para loja aonde Toya estava, joguei brinquedos no chão e quase fui expulsa da loja por culpa de meu nervosismo ao “ interrogar “ a mulher do caixa. As coisas passavam rápidas, não conseguia ver detalhes. Era tudo um borrão e tudo também embaçado por culpa de minhas lágrimas. Sai da loja derrotada. Toya não estava no banheiro. Não estava em nenhuma loja. Nem nas 3 praças de alimentação da porcaria do shopping. Eu havia perdido a Toya de novo. Havia perdido minha princesa novamente! Havia falhado, assim como Mark havia falado. Eu falhei. Perdi minha filha. Agora sim não havia mais razão para se viver nem se quer respirar. E meu corpo por parte entendeu isso pois minha respiração parecia não ser o suficiente para encher meus pulmões. Como se o ar aos poucos fosse diminuindo e a velocidade em meu peito tentando acha-lo aumentando. Até que essa situação se tornou inversa. Quando vi Toya com um urso branco de nariz vermelho preso a suas pequenas mãos. Um sorvete na outra e uma mão brincando em seus cabelos. Meus olhos deixaram minha filha por estantes. Toya estava com ele ...