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História Be Your Everything - Prom?


Escrita por: bmt5hh

Notas do Autor


A PORRA DNSFSNFSFNSDNFSF TO AQUI DE NOVO CARALHO PUTA QUE PARIU
E AI GENTE?
NIDNSDIUSNDNDN D
Eu tava pensando em algo interessante pra escrever aqui nas notas, mas descobri que não tem nada ENTÃO VAMOS AO CAPITULO DE UMA VEZ DNFODFODFODN
ME BEIJEM
BOA LEITURA

Capítulo 58 - Prom?


Camila POV

 

- Vocês não vão pra um motel não né? – Rolei os olhos, trocando o celular de orelha e corando.

- Claro que não, mãe. Só vamos a um restaurante.

- Olha lá hein...

- Mãe, pelo amor de Deus. – Ela deu uma risada do outro lado da linha.

- Eu to brincando, Lauren não seria louca a esse ponto. – Soltei o ar devagar.

- A propósito, que roupa que eu uso?

- Eu não acredito, Camila. Você tem dezesseis anos, pode muito bem escolher sua roupa sem precisar de uma velha de quarenta e dois pra isso.

- Mãe, por favor... Eu tenho medo de sair parecendo uma palhaça ou uma velha, sei lá. – Ela riu.

- Ok. Abre se guarda roupa, acha a sua calça branca comprida, depois acha aquela blusa verde de listras brancas que não tem mangas e...

- Essa blusa aparece minha barriga! – Reclamei.

- Para de ser ridícula, Camila. Você nem tem barriga, tem mais e que colocar de fora mesmo. – Passei a mão nos meus cabelos úmidos, considerando a possibilidade. – Continuando, acha aquela botinha branca que você nunca usou e usa, faz uma trança de lado do cabelo, mas uma trança folgada, não aquelas de velha de sessenta e oito anos que você faz de vez em quando pra ir pra escola e coloca um lacinho na ponta, vai ficar lindo.

- Tem certeza? – Perguntei mordendo o canto do lábio, apreensiva.

- Tenho. – Ouvi uma voz grossa do outro lado da linha, mas que parecia feminina. Franzi o cenho.

- Mãe, quem...

- Se divirta, querida! – Minha mãe desligou o telefone e eu larguei o celular do meu lado, na cama, prendendo melhor a toalha ao redor do corpo para ir achar a roupa no armário.

Quase caí pra trás de susto quando Lauren enfiou a cabeça na brecha da porta enquanto eu abria a porta da guarda roupa.

- Princesa, você já... – Ela arregalou os olhos e eu coloquei a mão na toalha na intenção de segurá-la ainda que ela estivesse no lugar. – Oh... Desculpa, eu...

- Lauren! – Minhas bochechas pegavam fogo aquela altura.

- Desculpa! – Ela gesticulou de forma desajeitada com a mão. – Eu vou... – Em seguida a porta foi fechada.

- Droga. – Murmurei sozinha e fui em direção ao guarda roupa, voltando a escolher minhas roupas.

Depois de ponderar um pouco sobre a blusa, acabei por decidir vestir aquela mesma e percebi que caía bem em mim, assim como o resto da roupa, embora eu não me sentisse lá a pessoa mais confortável do mundo. Sequei meus cabelos e fiz a trança de lado, deixando alguns fios soltos caindo sobre o rosto e colocando um lacinho preto na ponta.

Eu não sou a pessoa com a maior auto estima do mundo, eu nem sei nem mesmo que se eu tinha isso. Claro que, com todos os meus problemas, minha aparência é a última coisa que eu iria me preocupar tipo, na minha vida. Acontece que tem alguns dias, em particular dias bons, como esse, que eu gosto de dar uma chance a minha imagem no espelho de me dizer alguma coisa, além de me informar que estou horrível.

Naquela noite, eu não estava.

Eu não me achei bonita. Não havia nada em mim em particular que eu gostasse muito, a não ser o meu cabelo, talvez pelo fato dele não me dar muito trabalho e sempre estar mais ou menos do jeito que eu queria, mas, em geral, eu me achava normal. Nos dias ruins, claro, eu só queria quebrar a porcaria do espelho, mas não hoje. Como eu citei, não me achei exatamente bonita, mas também nã achava que havia nada de muito errado.

Apresentável era a palavra correta.

Quando terminei, apenas procurei meu celular e coloquei ele dentro do bolso, abrindo a porta do quarto. Eu ainda não estava muito certa sobre a minha blusa, mas não achei que fosse corar tanto quando desci as escadas e Lauren me encarou. Você nunca sabe que tá realmente com vergonha de algo que está usando até que alguém te olha e repara nisso em específico.

- Princesa, você está maravilhosa. – E essa é exatamente a definição da palavra “exagero”.

- Obrigada. – Falei corando e parando um segundo para observar a forma que ela estava vestida. Quase tive um ataque cardíaco.

Calculei que na minha ida eu havia lido pelo menos uns trezentos livros, sejam eles online ou físicos. Lá haviam muitas, muitas, muitas palavras, independentemente do tamanho deles. E nenhuma delas era capaz de definir o quão linda Lauren estava naquele momento e o quando eu queria simplesmente proibir ela de sair de casa.

Lauren estava vestindo uma calça branca extremamente apertada, seus coturnos, uma blusa preta do Metallica e tinha uma jaqueta preta que ela estava segurando na mão. Não usava muita maquiagem, como sempre e os cabelos caíam pelos ombros em mechas negras. Ela enlaçou minha cintura com o braço livre para me dar um breve selinho e eu me arrepiei pelo fato de não ter nada cobrindo minha cintura. Era estranho na mesma medida que era bom.

Segurei seu rosto e a puxei para mais um beijo antes de irmos. Não impliquei com a moto, na verdade eu estava com tanta saudade – ainda – que eu não me importaria nem mesmo se fossemos de patinete. Apenas me segurei com bastante força na sua blusa depois de colocarmos o capacete e subirmos no veículo. Apertei os olhos quando Lauren deu partida na moto, sentindo o medo gelar a minha espinha.

Depois do que pareceram três séculos e eu já havia perdido o meu senso de realidade alguns minutos atrás, quando Lauren fez uma curva fechada, descemos na frente do restaurante.

- Eu odeio você. – Falei olhando para o veículo enquanto Lauren guardava os capacetes no baú da moto.

- Isso tudo é ciúmes? – Lauren perguntou sorrindo e passando o braço pelos meus ombros – Quer dizer, vocês duas são minhas garotas e tal, mas... – Ela parou de falar quando eu dei uma cotovelada na sua costela. – Ai!

- Não me compara com esse monte de lata velha não que você não me achou no lixo não, Lauren. – Lauren assentiu enquanto entravamos no restaurante.

- Sim senhora. – A expressão brincalhona sumiu do meu rosto quando eu vi todas aquelas pessoas conversando, rindo e aquele som alto. Lauren enrijeceu na mesma hora me apertando. – Você... – Ergui o olhar para encará-la e olhei dentro daqueles olhos que eu tanto amava, olhei em volta, apertei sua blusa com meus dedos e suspirei.

Eu havia ido à escola todos os dias, havia ido ao tratamento durante quatro sexta feira seguidas e tudo isso sem Lauren. Não parecia muita coisa, mas para mim era mais do que eu estava acostumada. Ninguém aqui me conhecia e ainda que conhecesse, o que poderiam fazer, afinal? Aposto também que ninguém falaria ou riria mais baixo se soubessem.

Mas agora, Lauren estava aqui e mesmo que eu soubesse que algumas vezes não foi suficiente para conter um surto, agora era. E se não fosse, eu faria ser. Quer dizer, éramos humanas como todo o mundo e merecíamos um jantar em um lugar legal como todos os casais fazem, ainda que não fossemos lá o casal mais convencional do mundo.

Olhei novamente para Lauren e ela não precisava me olhar duas vezes para eu ler o que ela queria dizer. “Tá tudo bem? Se quiser a gente pode ir embora”.

- Vamos escolher uma mesa. – Falei baixo e Lauren assentiu, caminhando devagar comigo até encontrarmos um lugar nos fundos do restaurante, perto do banheiro, o mais vazio que conseguimos encontrar.

- Aqui tá bom pra você?

- Sim. – Respondi baixo, ela puxou uma cadeira pra mim, eu agradeci e me sentei.

- Tudo bem? – Assenti, querendo desviar desse assunto. Quanto mais rápido mudássemos de assunto, mais rápido eu iria esquecer de tudo isso e iria me concentrar apenas no fato de estar com Lauren, esquecendo do fato de estar em um local cheio de gente e tudo mais. – Posso perguntar uma coisa? – Lauren indagou baixo, como se estivesse apreensiva, depois de um tempo.

- Claro.

- Você nunca me disse exatamente pelo telefone como foram suas idas a clínica durante esse mês. – Ela passou a mão nos cabelos e eu neguei com a cabeça.

- Você quer realmente falar disso agora? – Lauren me encarou séria.

- Se você quiser falar de outra coisa, tudo bem. – Acabei negando com a cabeça, afinal de contas. De um jeito estranho, ela tinha o direito de saber.

- Como sempre, só que pior. – Disse sem ter como expressar com palavras melhores o que foram esses dias pra mim. – Quer dizer... Eu estava lá por mais que eu não quisesse, mas eu tentei. – Ela assentiu, pegando minha mão em uma forma silenciosa de me confortar. – Posso confessar uma coisa?

- Claro.

- Às vezes eu tenho medo... De não dar certo. – Lauren franziu o cenho. – O tratamento. Tenho medo.

- Porque você pensa assim? – Perguntou enrolando a ponta da minha trança solta depois do laço com seu dedo.

- Porquê de vez em quando eu me sinto como se tivesse voltado à estaca zero e não sei como seguir em frente. Tem horas que simplesmente... Não muda nada. Parece que eu só estou lá para ser submetida à algumas horas de tortura e volto para casa mais traumatizada ainda mas eu não consigo fazer as coisas que eu quero. A Hailee e a Ally, lembra delas? – Lauren assentiu. – Eu perdi a conta de quantas vezes tentei fazer alguma coisa sair, nem que fosse um oi, mas não sai nada. Parece que eu nunca vou sair do lugar e isso me mata.

- Eu entendo onde você quer chegar, meu amor, mas você deveria reparar mais nas coisas a sua volta. Para você, que vive a situação, parece diferente, estranho e igual ao mesmo tempo, mas, para quem vê de fora, é óbvia e clara a sua mudança. Quer dizer, nós estamos nesse lugar cheio de gente e barulho e você está falando comigo como se estivéssemos em casa. Se isso fosse há algum tempo eu acho que você nem tentaria entrar aqui. – Pisquei, me lembrando realmente que estávamos nesse lugar cheio e tudo mais, mas isso não me afetou nem me atrapalhou em escutar o resto do que Lauren dizia. – Eu posso imaginar como isso parecer ser pra você, mas eu estou te mostrando que é diferente, que você está progredindo sim e que eu não consigo me sentir outra coisa que não seja muito orgulhosa de você e aposto que sua mãe também não.

Demorei um tempo para responder Lauren, porque estava pensando no que ela disse. Você nunca percebe realmente o que está acontecendo até que alguém te mostre isso e eu não conseguia exatamente distinguir o tipo e emoção que eu estava tendo no momento. Era uma sensação estranha. Eu estava aqui, e tinha todas essas pessoas, e tinha todo esse barulho, mas de alguma forma eu conseguia ignorar isso, só não entendia como. Tudo o que realmente importava era que eu estava com Lauren para ter uma noite agradável e o resto que se explodisse. Claro que havia muito dela nisso, mas a maior parte vinha de mim, sempre vinha, afinal de contas, ninguém podia resolver meus problemas por mim. Eu era o que eu era dentro das minhas limitações, mas eu podia me expandir para fora delas e acho que aquela foi a primeira vez que eu realmente percebi isso.

- Você tá certa. – Falei baixinho, ainda organizando minhas ideias. Mas não achava que tivesse nada mais a ser dito, não sobre esse assunto.

- Eu sempre estou. – Rolei os olhos.

- Idiota. – Disse rindo, mas ainda havia algo rodeando minha mente.

- Ei, quer fazer os pedidos agora? – Perguntou dando uma olhada no cardápio e eu assenti algumas vezes. – O que você vai querer? – Indagou virando o menu na minha direção. Levantei os ombros, sem querer parecer indelicada.

- Eu não sei... Pode pedir o que você ia pedir pra você. – Lauren assentiu e levantou a mão, chamando o garçom. Ela fez nossos pedidos e eu fiquei quieta, encarando a toalha vermelha da mesa, sem perceber o quão quieta eu estava e o quanto isso estava incomodando Lauren.

- No que você tá pensando? – Questionou pegando minha mão e brincando com meus dedos entre os seus.

- Não sei exatamente... É estranho. Quando eu falei da primeira vez com você... Foi tão estranho, mas ao mesmo tempo pareceu tão normal... E... Eu não hesitei tanto, foi como se eu tivesse feito aquilo a vida toda. – Ela assentiu, me incentivando a continuar. – Mas... Com as outras pessoas, por exemplo, com a Hailee e a Ally eu simplesmente não consigo e não entendo porque. Foi tão “fácil” com você.

- Bom... Você não está apaixonada por elas. Eu espero. – Acrescentou com um tom dramático e eu dei uma risada nasal. – To brincando, mas... Talvez seja o porquê foi fácil comigo e não é com as outras pessoas. Eu acho, não sei. – Ela deu de ombros, parecendo não saber mesmo. – Quer dizer, tudo vai acontecer no seu tempo, quando você estiver pronta, mas... Querer isso já é um grande passo.

- Se você diz... – Torci a boca, ainda um pouco pensativa, mas depois resolvi deixar tudo de lado e não estragar a noite com as minhas caraminholas. – E quanto a você? – Ergui uma sobrancelha. – Porque você sempre desligava quando alguém te chamava e quem era essa vadia?

- Calma. – O garçom trouxe nossos pedidos e então começamos a comer. – Eram só as meninas que dividiram o quarto comigo. De vez em quando tínhamos uma folguinha e eu corria pro quarto pra ligar pra você, mas logo tínhamos que voltar pra aula ou pro laboratório e era por isso que elas me chamavam. Nada demais.

- Hm. – Fingi irritação. – To de olho. – Lauren riu e eu tentei ficar séria, mas acabei rindo junto. – E a Vero? – Perguntei ficando séria. – Tem falado com ela? – Ela negou com a cabeça.

- Não muito, quer dizer, temos estado ocupadas então não sobra muito tempo pra falar com ela. – Assenti e Lauren deu um sorriso de canto. – Que princesa ciumenta, meu Deus. – Falou apertando minha bochecha de leve.

O resto do jantar foi calmo e agradável, Lauren contou mais algumas coisas sobre a viagem e eu sobre o tempo em que ela esteve fora, terminamos por falar sobre banalidades. Foi bem legal, no final das contas, eu não tinha um tempo bom assim pelo que me pareciam séculos, dentro de mim havia uma rara sensação de calmaria e tranquilidade que eu não experimentava havia muito.

Quando decidimos vir embora era cerca de dez e meia da noite e nem eu nem ela aguentávamos nem mais uma simples gota de água no estômago, comemos tudo o que tinha e o que não tinha direito. Pagamos a conta e viemos embora, Lauren acabou de dando sua jaqueta em determinado momento porque eu comecei a sentir frio e por mais clichê que que isso aparecesse, cabia umas sessenta de mim ali dentro, mas no fundo eu gostava da forma como suas roupas tinham o cheiro dela. Gostava tanto que algumas noites, quando ela estava viajando, eu cheguei a dormir com alguns de seus moletons para ver se eu conseguia ao menos ter um sono tranquilo. Claro que não surtiu efeito, mas nada disso importava agora.

- Tá tudo aceso, acho que a sua mãe já chegou. – Lauren comentou me ajudando a tirar o capacete enquanto eu tentava me recuperar da viagem de volta do restaurante em cima daquele troço horroroso que era a moto dela. – Tá tudo bem? – Assenti e ganhei um beijo na testa, em seguida ela me puxou pela mão para entrar em casa.

Quando abrimos a porta, encontramos minha mãe sentada no sofá, a televisão ligada no HBO Family enquanto ela mexia no celular. Assim que nos viu, levantou o olhar e eu juro que não imaginaria nem em mil séculos o que aconteceu em seguida.

- Meninas, vocês chegaram! – Ela disse se levantando o sofá e tirando os óculos, eu achei que fosse dizer que ia dormir ou algo do tipo, mas percebi que não quando ela começou a vir em nossa direção.

- Tia, ei. – Lauren disse abraçando-a e eu escutei uns fungados da minha mãe, franzindo o cenho. – Tia? – Lauren a afastou pelos ombros e rapidamente ela limpou as lágrimas que lhe escorriam pelo rosto. – Você está chorando? – Ela franziu o cenho e depois riu. – Isso tudo é saudades de mim?

- Vai se foder, Lauren! – Nós todas rimos depois isso e minha mãe se separou por completo de Lauren, limpando os olhos com um lencinho. – Senti sua falta sim, ué. Me apeguei a você, o que eu posso fazer? – Lauren riu novamente e a abraçou mais uma vez, sob protestos da minha mãe.

- Tudo bem, sogrinha, também senti sua falta.

- Não me chama de sogrinha, não seja ridícula. – Eu ri da cena e Lauren a soltou, em seguida fomos no sentar no sofá. – E então, vocês não foram a motel nenhum não né? – Escondi meu rosto corado na blusa de Lauren e quase pude ver ela revirar os olhos.

- Pelo amor de Deus, tia, nós fomos jantar naquele restaurante que tem perto do seu trabalho. – Com o canto do olho vi minha mãe erguer as sobrancelhas.

- Oh, a comida de lá é ótima! Vocês gostaram? – Eu queria realmente sair de onde estava, mas Lauren envolveu seus braços em torno dos meus ombros, então eu apenas fechei os olhos e fiquei escutando a conversa.

- Pergunte para a sua filha, ela comeu três pratos e depois repetiu a sobremesa. – Soquei a costela dela. – Ai!

- Você repetiu a sobremesa três vezes! – Rebati.

- Eu sou maior [n.a. OBESA], preciso de mais sustento! – Ia abrir a boca para responder, mas minha mãe se aproximou de mim e disse:

- Isso mesmo, querida, quando o macho paga a gente come até o cu fazer bico.

- Mãe! – Lauren apenas ficou rindo e eu tirei meu rosto de sua blusa, passando a mão nos cabelos.

- Bom, eu ia oferecer sanduíche a vocês, mas vejo que provavelmente se eu fizer isso vou ter que chamar o Samu. – Minha mãe disse, se levantando.

- Ia mesmo, eu não to aguentando nem um farelo. – Lauren disse passando a mão na barriga. Me aproximei dela novamente e lhe dei um beijo no canto da boca, escondendo meu rosto no seu pescoço.

- Lo... Vamos dormir? – Pedi o mais manhosa possível e começando a sentir todo o sono que eu não havia sentido pela manhã.

- Já tá com sono, amor? – Murmurou arrastando os dedos pelas minhas costas, por cima da jaqueta dela que eu usava.

- To... – Respondi baixinho sentindo aquela moleza, me encolhendo e fechando os olhos.

- Hm, ok. Vamos dormir então, princesa. – Lauren ameaçou se levantar e eu protestei.

- Não... Me leva no colo, meu anjo? – Ela beijou o topo da minha cabeça.

- Que princesa manhosa, hm? – Falou de um jeito que eu não precisava olhar para o seu rosto para saber que ela estava sorrindo. – Vem, meu amor. – Lauren me puxou e me colocou em seu colo, eu apenas me encolhi e escutei ela subir as escadas, depois entrar no quarto e me colocar na cama.

Cuidadosamente ela tirou a jaqueta e minhas botas, eu rolei na cama e ela me cobriu, em seguida me deu um beijo na testa.

- Dorme aqui. – Murmurei mais dormindo do que acordada.

- Eu já venho, só vou tomar um banho. [...]

 

Estava quase terminando de copiar a matéria de história que o professor estava passando no quadro, quando Hailee se aproximou de mim. Eu trinquei os dentes de leve, me sentindo desconfortável com a proximidade e tentando não me afastar.

- Camila... Sua amiga tá ali na janela. – Franzi o cenho e me virei vendo Lauren com uma blusa xadrez azul e preta do outro lado da janela, me dando tchau com a mochila pendurada em apenas um ombro. Eu sorri automaticamente e algo dentro do meu peito pareceu se derreter quando ela sorriu de volta e eu larguei o lápis pronta pra acenar de volta, quando percebi que algumas pessoas perceberam que Lauren estava ali e abaixei a mão com medo de alguém contar para o professor.

“O que você tá fazendo aqui?”, gesticulei com os lábios e Lauren deu de ombros. “Você tá matando aula?” ela negou com a cabeça e pegou o celular, em menos de dois segundos chegou uma mensagem pra mim que dizia “Vou te esperar aqui fora. Eu te amo.”. “Amo você também.” gesticulei com os lábios novamente e ela sorriu e pegou o celular de novo. Meu celular vibrou na minha mão e eu vi a mensagem: “Como foi que você ficou tão mais linda desde o café da manhã até agora?”. Revirei os olhos, rindo baixinho e respondi: “Idiota”. Ergui o olhar para ela, na janela, mas Lauren não estava mais lá. Franzi o cenho e recebi outra mensagem: “Estava esperando você dizer isso. Seu professor me viu, tive que sair. Até daqui a pouco”.

Guardei o celular no bolso e voltei a copiar a matéria. O professor explicou brevemente e disse que continuava na quarta feira já que seu tempo iria acabar. Eu guardei as minhas coisas e saí da sala atrás de Hailee, já que Ally não tinha essa aula conosco. Lauren estava no corredor, perto do meu armário e sorriu quando me viu passando e indo até ela. Hailee me acompanhou até chegar em Lauren, onde eu fui recebida por um abraço caloroso da minha namorada e um beijo no rosto.

- Oi. – Ela disse baixinho perto do meu ouvido e eu dei um beijo na ponta do nariz dela em resposta. – Foi tudo bem hoje? – Assenti novamente. – Oi Hailee. – Lauren disse um pouco mais alto para que ela ouvisse e a mesma se virou, sorrindo.

- Ei, Lauren. – Elas falaram mais alguma coisa que eu não prestei atenção porque estava muito ocupada escondendo o rosto no pescoço de Lauren e logo em seguida Hailee se despediu e saiu.

- Porque você saiu mais cedo hoje? E você não vai para o trabalho? – Perguntei baixinho.

- Não. Eu deveria ter voltado hoje, então tecnicamente meu chefe não sabe que eu já voltei, logo, temos o resto do dia todo só para nós duas. E na faculdade a professora da última aula faltou, então eu vim pra cá buscar você.

- Hm. – Murmurei beijando seu rosto. – Que bom, meu amor. Minha mãe sabe que você veio me buscar? – Lauren assentiu e me ofereceu o braço quando começamos a caminhar pelos corredores que já estavam bem mais vazios, pois a maioria do pessoal ia embora assim que colocava os pés para fora da sala e ficavam batendo papo no pátio ou do lado de fora.

- Sabe, eu liguei pra ela antes de vir. – Ficamos um tempo em silêncio e Lauren ficou observando algo no mural. – Baile de Primavera, mês que vem? – Me estiquei para olhar no folheto no mural, eu não tinha reparado. Na verdade, se for pra notar, eu nem ao menos sabia que ali tinha um mural.

- Eu não sabia.

- Me diga, você já foi em um baile? – Olhei para Lauren como se ela estivesse me dizendo que a lua ilumina o dia.

- Claro que não.

- Você já quis ir? – Eu podia dizer que não, mas seria mentira. Toda a garota já quis ir em um baile de escola, por mais estranha que ela fosse. E por mais gente que tivesse, ignorando tudo isso, sim, eu já quis ir a um baile.

- Já... – Respondi baixo, quase como se estivesse envergonhada.

Lauren parou de andar e ficou toda séria, com um vinco entre as sobrancelhas. Ela saiu do meu lado e se colocou a minha frente, segurando a minha mão e colocando a mão livre no peito de forma teatral. Eu não queria fazer a mínima ideia de quantas pessoas estavam nos olhando naquele momento, mas eu sabia que não era poucas.

- Srta. Cabello, você me daria a honra de ser seu par no Baile de Primavera? – Ri um pouco, corando e assenti.

- Claro, idiota. – A puxei pela gola da camisa, querendo realmente morrer com a quantidade de gente que nos encarava no momento. – Claro que eu quero ir ao baile com você. – Murmurei e ela me roubou um selinho, me pegando pela mão para que saíssemos da escola.

Não era um dia de sol, muito pelo contrário, estava nublado e parecia que ia chover. Havia uma maldita e imponente moto amarela na minha frente e a mulher que eu amava estava me ajudando a colocar o capacete para que eu tivesse inúmeros ataques cardíacos até que chegássemos em casa. Eu tinha uma longa lista de coisas a me preocupar a respeito do meu tratamento, mas nada daquilo parecia importar.

Eu estava com ela, então de qualquer forma seria um lindo, lindo dia.


Notas Finais


GOSTARAM????????????????????
Comentem o que acharam, por favorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, podem me chamar no twitter @coicedalauren E É ISSO, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DNFDNF
BEIJOS DE LUZ NA BUNDA


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