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História Be My Bad Boy - Hiatus - Josh Beauchamp, um flertador de mãos?!


Escrita por: Silver_Angel

Notas do Autor


Oi, angels. Muito obrigada pelos cinco favoritos, e pelos comentários, eu fiquei muito feliz em ler eles, sério.

Então, ainda falta um pouco para eu entrar de férias, por isso vou tentar atualizar a fanfic de 15 a 15 dias.

Relembrando que a Dytto aqui na fanfic, NÃO É, de forma alguma, parecida com a Dytto da vida real.

E quanto ao título, sorry gente, sou péssima em títulos ksks, mas pelo menos tem haver com o capítulo ksks.


Boa leitura!

Capítulo 2 - Josh Beauchamp, um flertador de mãos?!




Any Gabrielly POV


Após todos sairmos da detenção, resolvi ir procurar minha sala. E, como se já não bastasse ter me envolvido em confusão, ainda paguei mico, indo de sala em sala perguntando aos professores se na aula deles haveria alguma Any Gabrielly. 


Resolvo checar meu celular, para verificar o horário, e percebo uma notificação da minha mãe. Ao abrir sorrio, era a foto do horário das minhas aulas. Agradeci imensamente a minha mãe por ter notado que não levei.


- Biologia, sala B2. - Digo em voz alta. 


Caminho a procura da mesma, até que encontro. Surpreendentemente, 

não estava cheia, só adentrei e me sentei nas cadeira perto da janela. Por curiosidade, resolvi checar o horário que as aulas se iniciavam, e quase tive um treco. 


As aulas só começavam sete e meia, e saí correndo feito uma maluca achando que estava atrasada. Enquanto a aula não começava, resolvi observar a paisagem, até que sinto alguém cutucar meu ombro. 


- Sabina! - Exclamei, surpresa em vê-la. - Eu nunca fiquei tão feliz em te ver como agora. 


- Queria estar com pelo menos um terço dessa sua animação. - Ela falou jogando a mochila na cadeira do fundo. - Cara, é biologia, logo de manhã cedo! 


- Ah, eu gosto de biologia. - Sabina arregalou os olhos. - Sei lá, eu acho interessante estudar sobre os animais e como o nosso corpo faz, ai cara é tão legal! 


A morena me olhava com a boca aberta e os olhos bem abertos. 


- Any. - Chamou-me pausadamente, já imaginava o que viria. Ela fez um sinal com a mão, para eu me aproximar, e o fiz. - Venha cá, vamos conversar, titia Sasabi irá ouvir todos os seus problemas. - Dizia com a voz mansa, e deitando minha cabeça no seu ombro. - A lavagem cerebral foi muito dolorosa? 


- Não teve nenhuma... - Respondi rindo, mas ela me interrompeu. 


- Shiu. - Ordenou, prolongadamente, lisando minha cabeça. - Tia Sasabi entende. 


- Você não tem juízo mesmo, Sabi. - Afirmei, rindo. - Por que não gosta dessa matéria? 


- Ah que bom que perguntou! - Exclamou, voltando ao seu jeito Sabina de ser. - Adivinha qual é o primeiro assunto?! BOTÂNICA! - Ela berrou. - Agora, me explica, qual é a razão da gente estudar fisiologia vegetal! O que importa é que ela faz fotossíntese, pronto, acabou! - Comecei a rir do jeito exaltado da morena de explanar seu motivo de ódio pela biologia. 


- Tem assuntos que são meio chatos mesmo, mas ainda sim gosto da matéria. 


- Só falta dizer que gosta de matemática. - Desviei o olhar. - O caso é mais sério do que eu pensava. 


- Todo mundo estranha quando eu digo que gosto de matemática, eu acho massa a resolução, o raciocínio usado. - Complementei minha informação e Sabina revirou os olhos rindo. - A propósito, Sabi, cê é de onde? 


- Nasci no México, mas atualmente minha família mora na Espanha. Resolvi vir para cá, porque estudar aqui facilitaria minha ida para a Acadêmia Solarium. 


- Cê também quer ir pra lá? - Perguntei animada, por termos um sonho em comum. 


- Claro! Muitos famosos, que conhecemos, se formaram naquela acadêmia. Eu iria para aprimorar meu canto e dança, e você? 


- Eu almejo ir com o intuito de me tornar uma cantora profissional. A música para mim é algo tão visceral, é como se todas as oportunidades estivessem abrindo as portas do sucesso à mim. - Suspirei durante minha fala. 


- Também me sinto assim, tanto no canto quanto na dança. Me mostra depois uma palinha? - Indagou me cutucando, levemente, com o cotovelo. 


- Só se fizer o mesmo. - Disse e ela assentiu. - A Joalin ficou de me mostrar uns passos de break dance também. 


- Cara, ela é muito boa, é impressionante que nunca tenha quebrado um osso. - Concordei. - Mas, me fala uma coisa, cê gosta de futebol? 


- Gostar é uma palavra muito forte. - Disse fazendo uma careta e Sabina riu. - Assistir os outros jogando é divertido, mas não vejo fazendo tal coisa. Por que? 


- Eu sou apaixonada por futebol, inclusive, meu namorado é um jogador desse esporte. 


- Que legal, Sabi! 


- Eu sei. - Se gabou. - Já tentei entrar no time de futebol do colégio, mas o treinador não permitiu. 


- Ué, por quê? 


- Segundo ele, como não há uma turma feminina, eu não tenho como praticar. E quando solicitei a entrada no time masculino, ele riu da minha cara! Aquele biscoiteiro. - Ri alto da última frase. 


- Você realmente gosta dessa frase hein? 


- As frases brasileiras são ótimas de falar. - Ela disse jogando o cabelo para o lado. Não consegui não evitar sentir um orgulho ao ouvir a fala dela. - Mas, voltando, eu queria arranjar garotas que gostassem de futebol também, para ver se conseguíamos esfregar na cara do treinador que ele está errado! 


- Se quiser posso ir contigo, não que eu entenda muita coisa, mas posso servir para dar apoio moral. - Disse balançando o braço. 


- Ótimo, vou precisar de alguém para não voar naquele homem. - Ela falou com os punhos cerrados e os balançando, o que me fez rir. 


O professor chegou, e imediatamente todos foram ao seus lugares. A mexicana foi para o fundão, e fiquei sozinha. 


- Muito bem turma, vou fazer a chamada. - Ele anunciou, enquanto fechava a porta.


Se dirigiu até a mesa, com passos lentos e pegou a lista de presença. Foi chamando diversos nomes, inclusive o meu, até que citou um, o qual chamou minha atenção. 


- Josh Beauchamp. - Nenhuma resposta. - Tsc, de novo. - Babulciou escrevendo algo na caderneta e prosseguiu com a chamada. 


Me perguntei onde aquele indivíduo poderia estar, apesar que provavelmente deveria estar matando aula, só de olhar para o rosto dele fui capaz de saber que ele era um delinquente juvenil. Apoiei meu queixo na palma da mão, e aguardei o professor terminar. 


~*~


O sinal tocou, anunciando o intervalo. Até que as aulas passaram rápido, quer dizer, ao menos para mim, porque Sabina ficou reclamando o tempo todo. 


- Tá sentindo isso? - Ela me parou. 


- O que? 


- O cheiro da liberdade! - A mexicana exclamou rodopiando e ri daquela cena. 


- Eu estou ansiosa para a próxima aula, o professor disse que iríamos ao laboratório analisar algumas coisas. - Declarei com uma expressão pensativa. - Me pergunto o que seria... 


- Deus ajude que não seja o que estou pensando. - Sabina disse num tom desesperado. 


- No que está pensando? 


- Melhor não te falar, além do mais, quero que passe medo comigo. - Sabi confessa, com a cara mais lavada do mundo, e eu ri. - Bem, melhor nos apressarmos e irmos falar com o treinador. 


- Mas ainda tá cedo, e o amor da minha vida está me esperando. - Disse caminhando dengosa e ela paralisou por alguns segundos. 


- Só está aqui a alguns minutos e já está se pegando? - Perguntou pasma, depois lançou-me um sorriso malicioso. - Safada! - Me cutucou com o cotovelo e eu ri fraco. - Quem é? 


- A comida. - Confessei e Sabina riu alto. - É tão boa que deveria ser elogio. - Encarei a morena de canto. - Sasabi, cê tá tão comida hoje. - Continou rindo. 


- Eu não estou comida, eu FUI comida. - Disse batendo na própria bunda e fazendo uma posa. Coloquei a mão na boca para abafar o barulho da minha risada e fiquei olhando para vários lados. - Vem, vamos logo falar com o treinador. 


Ela me puxou pela mão e saímos correndo até o campo de futebol do colégio. 


~*~


Ao pisar meus pés na entrada, a primeira coisa que ouvi foi o som do apito. O sol propagava sua luminosidade forte pelo campo, apertei meus olhos tentando enxergar melhor o lugar. Era bem extenso, e cheio de arquibancadas, havia um grupo de garotos se exercitando nele, provavelmente se aquecendo. 


A Hidalgo virava a cabeça para direções diferentes, com uma expressão duvidosa. Colocou a mão acima dos olhos e mudou a fisionomia, comemorando o possível encontro de quem procurava. 


Inclinou o rosto e eu a segui. Deparei-me com meus amigos, sentandos em um assento próximo a de onde o técnico estava. Este segurava uma prancheta marrom, juntamente com uma caneta, onde rabiscava algo. O mesmo utilizava um boné azul escuro da mesma cor que sua calça moletom, com uma listra branca na lateral da perna de cada lado, uma blusa branca de mangas e um casaco esportivo da cor de nosso uniforme escolar, com o símbolo do colégio bem grande no peito, e o nome embaixo, ele usava tênis e é negro.


- E aí, Spike? - Sabina disse em sua frente, o que o fez erguer a cabeça. 


- Que surpresa ver você por aqui novamente, Sabina. - Disse, abaixando a prancheta. - Olá. - Me cumprimentou e eu acenei. - No que posso ajudar vocês?


- Preciso falar com você, é importante. - Falou séria. 


- Pode dizer. - Respondeu, a encarando. 


- É sobre o futebol feminino. - Falou e o olhar dele reverteu-se para um semblante repreensivo.


- Sabina, já discutimos sobre isso isso antes. - Se levantou do banco. - Não temos garotas suficientes para abrir uma turma e... 


- Por que acha que não posso bater de frente com eles?! - Questionou meio exaltada. - Sou tão forte quanto qualquer garoto desse time e sabe disso. - Afirmou, balançando a cabeça, enquanto apontava o dedo para ele, que riu fraco. 


- Só você deseja praticar futebol, as outras meninas não querem. Não irei abrir uma turma exclusivamente para ti, por que não pode simplismente ser líder de torcida como a grande maioria? - Indagou com o objeto, o qual segurava, abaixado. 


- Porque ela não quer. - Me intrometi na conversa. - A Sabi tem talento, não é justo o senhor jogar ele fora, só pelo fato dela ser garota. 


- Não estou julgando ela por ser menina, se for o caso posso incluir você em algum outro esporte, o time de handebol por exemplo. - Sugeriu. - Vou admitir, sei que tem um dom, Hidalgo, mas minha resposta ainda é não. - Falou decisivo.


- E se fizéssemos uma negociação? - Propôs. - É o seguinte, permita que ela faça um teste. 


- Que tipo de teste? - Perguntou interessado. 


- Deixe Sasabi jogar contra um seus melhores esportistas, se ela ganhar, autoriza a entrada dela no time. Caso contrário, garanto que ela não irá tocar nesse assunto novamente e esquecerá esse lance de participar  da equipe de futebol. - Finalizei e Spike passou a mão no queixo. - O que acha?


Após um curto intervalo de tempo me encarou sorrindo. 


- Muito bem, minha jovem, me convenceu. - Estendeu a mão, desviando o olhar para a mexicana. - Só me dizer a data e a hora. 


- Sabi? - Indaguei tirando a morena do transe. 


- É... Na sexta-feira, depois que às aulas terminarem. - Declarou e Spike assentiu. 


- Ok, estarei esperando. - Afirmou e nós assentimos. - Não me desaponte, Hidalgo. 


- Pode deixar, Spike. - Confirmou, confiante, apertando as mão do técnico. 


Nos viramos e minha amiga saltitava de empolgação, pulando, apoiando-se em meus ombros. Fomos até onde nossos companheiros se encontravam e sentamos. 


- Caralho, não tô conseguindo acreditar! Obrigada mesmo, Any! - Me abraçou. 


- Alguém tá animada hoje, hein. - Joalin comentou. 


- O treinador, finalmente, vai me dar uma chance para eu entrar no time! - Todos ficaram boquiabertos. - E, tudo isso, graças a Any. - Encostou a cabeça em meu ombro. 


- O Bailey precisa saber disso. - Joalin disse rindo. - Tô muito feliz por você, sério. Any, você faz milagres! 


- Sasabi tá tentando convencer aquele cabeça dura faz muito tempo, e você foi capaz de realizar tal proeza em alguns minutos. - Diarra confessou. - Estou impressionada. 


- Que isso, gente. - Sorri, um pouco envergonhada. - Eu só não achava justo minha amiga ter que se tornar líder de torcida por ser menina. 


- Não é nem o fato de ser uma que incomoda, Any. - Sofya comentou. - O problema é quem comanda. - Ela enfatizou o "quem".


De repente, um grupo de garotas adentrou o lugar, padronizadas com as roupas de líderes de torcida, constituídas por um cropped branco, com a metade inferior deste, com uma parte azul metálico, saia azul composto duas listras brancas, tênis branco e pompom. 


Dentre todas elas a que se destacou foi uma menina branca, de olhos claros, num tom meio cinzento e cabelos cheios, cacheados e castanhos. Possivelmente era a líder. 


- Ela é razão. - Diarra completou a frase anterior de Sofya. - Dytto, capitã das líderes de torcida. Não se deixe enganar por aquela carinha de anjo, essa menina pode transformar sua vida em um inferno se quiser. 



- Lembra quando o Josh disse que aqui era uma como uma selva? - Joalin questionou e assenti. - Dytto está entre os primeiros na cadeia alimentar. O tanto que já aprontou com nossos amigos já foi o suficiente para não queremos nenhuma proximidade com ela. 


- Sofya foi fazer o teste para entrar na equipe e aquela filha da mãe reprovou ela, dizendo que líderes de torcida não podiam ser baixinhas e que ela ainda tinha muito que melhorar. - Explanou Diarra. - Cara, a Sofya é mais flexível que a mulher elástica! 


A loira riu, porém sua risada foi cessada quando Dytto parou na nossa frente. 


- Olá. - Nos cumprimentou. - Por favor, não parem a conversa somente porque eu cheguei. - Pediu. 


- Como se o mundo girasse em torno de você. - Resmungou Sabina. 


- Como foi a reabilitação, Sabina? - Perguntou, mantendo seu olhar sério e sarcástico. - Espero que tenha se curado dos seus probleminhas. 


A mexicana bateu os pés no chão, com muita força, e preparou-se para bater de frente com a capitã, mas me levantei e consegui a conter. 


- Não caí na provocação dela, Sabi, não vale a pena. - Aconselhava tentando a segurar.


- Por culpa sua... - A morena resmungou. - Tudo aquilo foi por sua causa! - Se remexeu, esforçando-se para escapar dos meus braços, porém a detive.


- O que tá acontecendo aqui? - Bailey perguntou, ofegante e um pouco suado. 


- Nada, Bailey. - Dytto disse com uma expressão calma. 


- Você não tinha que estar treinando? - Perguntou ele. 


- Eu irei, só quero saber se viram o Josh. - Finalizou a frase. 


- Por que quer saber? - Questionei. Nem sequer tive controle das minhas palavras, elas só saíram. 


- Assuntos pessoais. - Respondeu, com um olhar provocativo. - Enfim, se o virem digam que estou o procurando. 


Em seguida, ela se retirou e juntou-se com as outras integrantes da equipe de torcida. Soltei Sabina assim que a garota se afastou. 


- Eu ainda vou quebrar a cara daquela vadia. - Joalin declarou com a raiva presente na voz. 


- Amor, não cede ao jogo dela. - Bailey advertiu passando a mão em seu ombro. 


- Eu prometo que vou achar um jeito de fazer ela pagar pelo que te fez, Sabina. - Joalin proferiu encarando a mexicana. 


- Já se esqueceu do que aconteceu da última vez?! - Bailey perguntou alterando a voz. - Seu sonho quase ia por água abaixo, Joalin! 


- Ah, quer dizer que acha justo ela não receber punição alguma depois de ter feito aquilo com a Sabina?! - Retrucou. - De que lado você está, afinal, Bailey?! 


Os dois se fuzilaram por breves segundos, dava até para ver os raios saindo dos olhos de cada um. 


- Querem parar com isso?! - Diarra, praticamente, ordenou ficando entre os dois. - Brigar um com o outro não irá resolver nada! 


- A Dytoo está quieta, no canto dela, assim como nós. Não tem sentido nenhum provocar uma guerra agora, temos que focar em entrar na academia Solarium, e vencer os obstáculos dos nossos concorrentes! - Sofya exclamou olhando para Bailey e Joalin. 


O clima ficou pesado entre nós, principalmente para o casal. Eu queria, de verdade, falar algo que fosse resolver a situação, mas algo em meu cérebro ordenou para que ficasse quieta. 


Bailey respirou fundo e se aproximou de Joalin, segurando suas duas mãos, enquanto ela o encarava. 


- Só me promete que não vai procurar briga com ela, por favor. - Ele suplicou. 


- Acha mesmo que não sou forte que bem ela, Bailey May? - Ela perguntou puxando as próprias mãos. - Não vou abaixar a cabeça para ela, nem pra ninguém. 


Dito isso a loira foi embora com uma cara chateada. 


- Puta que pariu... - O moreno resmungou bagunçando os cabelos. 


- Deixa que eu vou atrás dela. - Falei me levantando. 


- Também vou. - Sabina declarou. - E você, fica aí, esfria a cabeça. - Ordenou autoritária e saiu correndo comigo. 


~*~


Sabina e eu resolvemos nos separar, para procurar Joalin. Posso não conhecer ela a muito tempo, mas sei que de cabeça quente, a loira deve estar tendo tudo quanto é tipo de pensamento. 


Passei por um corredor, onde havia uma escada e escutei uma música. Imaginei que poderia ser a Jojo, e subi a escadaria. Fiquei de frente a uma porta de alumínio e quando a abri, arregalei meus olhos ao notar quem estava no terraço: Josh Beauchamp. 


Algo me dizia para ir embora e esquecer que tinha visto isso, porém minha curiosidade foi maior. Fiquei escondida, observando. Aquele garoto parecia não ter osso, sem brincadeira. Conseguia sentir a emoção que ele transmitia dançando, os movimentos complexos que o loiro fazia parecia ser brincadeira de criança. 


Resolvi me aproximar mais, porém nesse simples ato, acabei batendo meu braço na porta, o que fez barulho. Beauchamp parou a dança, assustado, e ao notar minha presença, rapidamente desligou a música. 


- Eita, peste. - Resmunguei. 


Josh dirigiu o olhar à mim novamente, com os olhos cerrados, e os braços cruzados. 


- O que está fazendo aqui? - Ele indagou, caminhando até minha direção. 


- Eu estava procurando a Joalin, ouvi uma música e vim conferir. - Respondi da maneira mais resumida que conseguia. Ele estar tão perto de mim, me deixava nervosa. 


- Ninguém te seguiu? - Ele perguntou me puxando para trás dele, ao mesmo tempo que encarava as escadas, depois fechou a porta e voltou seu olhar para mim. - Por que só sabe meter o nariz onde não é chamada, hein? - Perguntou me soltando e andando para frente. 


Dei uma risada fraca, incrédula com o que ele acabará de dizer. 


- Ah, me desculpe, eu não sabia que o terraço era um local exclusivamente privado para você, Beauchamp. - Retruquei. 


Ele sentou-se no chão e passou a mão nos cabelos, puxando os para trás e respirando fundo. 


- Foi mal, não quis descontar meu estresse em você. - Desculpou-se e eu assenti, como forma de aceitar as desculpas. - Vai contar para alguém? 


- Por que eu contaria? - Questionei, sentando-me na sua frente. - Não tenho motivo nenhum pra isso. 


- Não sei, muita gente não tem motivo pra fazer várias coisas, e mesmo assim faz. - Ele retrucou desviando o olhar. 


- Relaxa, se não quiser que os outros saibam, não irei dizer nada. - Assegurei e seu olhar pareceu se tranquilizar. - Mas, por que não quer que os outros saibam? Você dança bem para porra. - Ele sorriu de canto. 


- Tenho meus motivos para isso. 


Não precisei de muita coisa para saber que ele não iria me falar. 


- Posso não saber qual a história por trás disso, mas... - Coloquei a mão em seu ombro. - Não deveria esconder algo que gosta, e faz tão bem. - Aconselhei, preparada para retirar minha mão de seu ombro, porém ele segurou. 


- Quer saber o porquê? - Perguntou com um sorrisinho maroto, segurando minha mão e eu assenti. - Não posso deixar a escola saber que danço e que gosto disso, porque se os caras do time de hóquei soubessem iriam infernizar minha vida até o fim do ano. - Ele confessou. 


- Que idiotas! - Exclamei. - Qual o problema com isso? 


- Todo garoto canadense tem que jogar hóquei, e somente isso. Quando eu era criança, sofri muito bullying por causa disso, aí eu entrei pro time de hóquei do colégio. - Ele falava, sem tirar os olhos dos meus, mas continuando brincando com minha mão. 


Ah, o esforço que eu tava fazendo para segurar minha risada. 


- Qual é a graça de fazer uma coisa que não sente vontade, só para agradar os outros? 


- Está falando com o melhor jogador do time de hóquei, gata. - Ele proferiu com um sorrisinho convencido e eu revirei os olhos. - Por mais que não goste de jogar, isso me traz ótimos benefícios. 


- Tipo? 


- Quem sabe. - Respondeu com um tom misterioso e divertido. 


- Josh, com teu talento você podia facilmente entrar na acadêmia Solarium, e os outros parecem ter esse mesmo desejo. 


- E daí? - Questionou indiferente. 


- E daí que ter um sonho em comum torna as coisas ainda mais fáceis. Se a gente se juntasse, tenho certeza que chegaríamos lá. - Incentivei animada. - Imagina só entrar lá e... 


Fui interrompida quando senti os lábios de Josh beijarem minha mão. Logo depois disso, ele me lançou um olhar galanteador, porém, por algum motivo desconhecido por mim, comecei a dar muita risada. 


Josh franziu a sobrancelha durante meu ataque de risos e eu fui tentando me explicar, porém voltava a dar risada novamente. 


- Não sabia que cê gostava tanto de mãos. - Falei, finalmente, me recuperando. - Cê tá flertando com a minha mão, Beauchamp? - Indaguei brincalhona. 


- Tô flertando com você. - Declarou mantendo o olhar fixo em mim. 


Não soube como lidar com aquela afirmação. Permanecemos nos encarando por breves segundos, até começar a bater um vento, fazendo meus cabelos voarem no meu rosto. Os ajeitei e voltei para realidade. 


- Sem palavras, Dreamer? - Questionou convencido, e sorrindo maliciosamente. 


- Dreamer? 


- É, porque já percebi que cê sonha bastante. - Ele falou pondo uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. - Agora, acho que para ficar justo, deveria me contar alguma coisa sua. 


- Parece verídico. - Comentei e fiz uma cara pensativa. - Fato curioso, tem uma parte no meu nome que é Rolim, e eu não gosto dele. - Ele deu risada. - Para de rir. - Pedi rindo também. - Parece nome de pássaro, sei lá. 


- Depois da aula, passa no ginásio. - Ele declarou, se levantando e estendendo a mão. 


- Pra quê? - Perguntei, ao segurar sua mão, aceitando a ajuda. 


Ele me puxou com força, fazendo que, quando me levantasse, ficasse bem próxima de seu rosto. O babaca tava, realmente, flertando comigo, e o pior que quase me perdi naqueles olhos azuis, como se fosse um oceano imenso o qual eu desejava me jogar e nadar. 


- Vai lá e descobre. - Foi a única coisa que ele me disse, depois de nos separarmos. 


Permaneci paralisada, observando Josh fechando a porta com o sorriso malandro que, aparentemente, era típico dele. Ri, desacreditada no que acabou de acontecer, e foi então que lembrei do principal motivo deu estar naquele lugar. 


- Joalin! - Exclamei e saí correndo. 


~*~


Caminhei pelos corredores, a procura das minhas amigas, até me deparar com Joalin, só que ela estava completamente diferente. O

O uniforme estava desajeitado, ela usava fones roxos, e lápis de olho preto, a loira estava dançando break dance enquanto carregava uma FRIGIDEIRA na mão! 


- Jojo? - Indaguei confusa com aquela cena. 


Ela andava balançando a frigideira na maior animação do mundo, quase que me acertava inclusive, Joalin nem sequer estava conseguindo perceber minha presença. Coloquei a mão no queixo e continuei vendo a cena, perplexa. 


- Any, achei você! - Ouvi a voz do Krystian vindo atrás de mim. - Escuta, o monitor tá chamando a gente pra... - Ele percebeu a situação e arregalou os olhos. - A TIFFANY EXISTE! - Ele berrou com um grito escandaloso e meio fino. - Any me dá uma caneta, quero meu autógrafo, sempre soube que esse dia chegaria! - Ele falou alvoraçado.


- Deixa de ser idiota! Tá na cara que é a loira do banheiro. - Shivani disse, logo atrás dele. - Quando eu falo para trazermos um aspirador de pó, no intuito de pegarmos assombrações, ninguém me escuta. 


- Krys, Shivi, é a Joalin! - Argumentei e a boca deles ficaram em formato de "o". - Quando eu cheguei ela já estava desse jeito, nem sei o que aconteceu. 


- E ainda dizem que querer colocar silicone em um peito só é loucura! - Ele disse indignado, com as mãos na cintura. - O monitor tá chamando nosso grupo para uma conversa, mas essa menina tá sendo possuída pelas trevas! 


- Alguém tem que chamar ela, o volume dos fones devem estar muito altos por isso ela não está escutando. - Cogitei. 


- Tem razão. - Os dois concordaram.


- Any. - Krystian me encarou, falando pausadamente. - Cutuca. 


- Eu?! 


- Óbvio, se for para alguém ser sacrificado nesse pré ritual de macumba saravá, que seja você! - Shivani disse e eu fiquei incrédula. - Nada pessoal, adoro você, mas o mundo ainda não viu o arrepio da Shivi! - Ela falou se requebrando. 


- Valeu pela consideração. - Disse irônica. - A questão é, o que faremos para tirar ela daqui, sem sermos atingidos? 


- Nunca pensei que chegaríamos nesse ponto, mas acho que não temos escolha. - O chinês proferiu com um semblante sério. - Está na hora de usar a arma secreta. 


- Que negócio é esse? - Indaguei confusa. 


- É a hora de usar... - Prolongou a frase, tentando manter um suspense. - A EGÍPCIA! - Shivi disse num tom maléfico, enquanto Krystian batia em um tambor. 


De onde ele tirou aquilo? Não faço a menor ideia. 


- Do que diabos vocês estão falando?


- É simples, minha cara br. - Krystian disse iniciando a explicação. - Iremos fazer a pode da egípcia, e conectarmos nossas mãos na direção oposta a da Jojo, enquanto tocamos break dance, e caminharemos até a sala. 


- Espia a merda. - Resmunguei. 


E assim eles fizeram. Me entregaram o celular e coloquei a música para tocar, ambos ficaram na posição egípcia, como nas antigas pinturas, e foram tentando reproduzir os movimentos, deixando as mãos coladas em uma posição "diagonal", por asism dizer, com as de Joalin. Pareciam patinhos mexendo a cabeça, com um enorme bico. 


O pior de tudo, é que deu certo! A loira continuava naquele estado desesperador mas estava acompanhando o ritmo dos dois e foram saindo do meio do corredor. 


- Continue a nadar, continue a nadar... - Cantei, andando, indo para a sala onde meus amigos estavam. 


~*~


Ao chegarmos na sala Shivani parou a famosa "egípcia", o qual eu apelidei carinhosamente como preparação para a incorporação da Samara, e Krystian pegou as mãos e colocou nos ombros da loira, e a sentou na cadeira. 


- O que...? - Josh perguntou e eu dei de ombros. 


- Só continue a nadar. - Respondi fazendo um movimento de ondas com meus braços e o loiro riu. 


- Joalin?! - Bailey perguntou surpreso com a cena que a namorada se encontrava. 


Logo depois Joalin se levantou, e voltou a mexer os braços de maneira estranha, quase acertando a frigideira em todos. 


- Ela tá descontrolada, de novo! - Noah gritou. 


- Alguém tira essa frigideira da mão dela! - Diarra pediu preocupada. 


- Essa menina ainda vai matar alguém. - Shivani falou abaixando, evitando levar uma frigideirada na cara. 


Até que Diarra se levantou e clicou em um botão no fone, fazendo Joalin acordar para realidade. E Krystian pegou a frigideira. A loira tirou os fones e botou no pescoço, aparentando não ter gostado do que Krystian fez. 


- Tá maluco?! Me dá minha frigideira! - Ela exigiu. 


- Que dá sua frigideira o que?! - Krystian retrucou. 


- Quer que eu peça comida italiana pra você, amor? - Bailey falou com uma voz mansa. 


- Eu quero. - Ela respondeu gentilmente.


- Quer skittles? Eu tenho alguns na mochila. - Krystian perguntou calmíssimo. 


- Ai eu quero. - Continou respondendo gentilmente. - ESPERA AÍ! - Ela mudou o tom de voz e direcionou um olhar fulminante para Bailey. - Eu tô brava com você! - Jojo disse revoltada. - Me dá a porra da minha frigideira. - Tentou se levantar mas Krystian a empurrou, para sentar na cadeira novamente. 


- Fica sentada, respira, a crosta terrestre não tá legal, cê pode cair. - Ele disse passando a mão na cabeça dela. 


- Eu hein, cês tão esquisitos! 


- A gente tá esquisito?! - Diarra perguntou perplexa. - Tem certeza?! 


- Shivani, cadê a psicóloga?! - O chinês questionou desesperado.


- Já está aqui, monamour. - Ela disse virando para nós. 


A indiana fez um coque bagunçado, colocou óculos e os deixou na ponta do nariz, trajava um jaleco branco por cima do uniforme, e uma prancheta.


- Já estou aqui. - Shivani disse mudando a voz. - Onde está a paciente? 


- Aqui. - Todos apontaram pra Joalin, que estava de braços cruzados e incrédula. 


- Ótimo, busquem a Kate. - Ela afirmou e todos franziram o cenho. 


- Quem?! - Indagamos juntos e ela apontou. 


Era uma cadeira. Sim, isso mesmo, uma cadeira. Comecei a rir muito. 


- Tá bom, vem cá Kate. - Bailey falou irônico puxando a cadeira. Quando a aproximou de Shivani ela deu um tapa em sua mão. - Ai! Por que fez isso?! 


- É Katharina para você. Kate é só para nós íntimos. - Ela declarou sentando, em frente a Joalin. 


- Eu mereço... - Bailey falou revirando os olhos. 


- Merece! - Joalin retrucou desafiadora. - E pra que uma médica?! Eu não tô doente! 


- É só pra conversar. - Diarra explicou. 


- Eu não quero conversar! - Ela falou indignada com uma voz engraçada. 


- Muito bem, querida, me diga, o que aconteceu? - Shivani perguntou fazendo outra voz. 


- Bailey está com medo da Dytto e agora acha que eu não tenho capacidade suficiente de acabar com a raça dela. 


- Hum, entendi. - Shivi falou anotando algo na prancheta. - Um momento só, querida. - Nisso ela tirou os óculos e jogou em algum canto. - CULPADO! - Apontou para o moreno. 


- Que?! - Ele perguntou confuso. 


- Francamente Bailey, com medo da Dytto? - Sofya questionou o amigo, balançando a cabeça negativamente. 


- Eu não tô com medo dela, é só que eu sou a parte racional dessa relação, se não falar nada a Joalin faz merda. - Bailey argumentou e a loira ficou revoltada. 


- Oh perdão Bailey, não sabia que querer defender as amigas era errado! - Se revoltou Joalin. - Não queria que eu mudasse, mudei, pronto! 


- Aí. - Josh se levantou, chamando a atenção de todos. - Não quero me meter nisso, e sei que não gostam da Dytto, mas não é justo estarem querendo mexer com ela. 


- Eu não acredito que está defendendo aquela lontra albina! - Krystian debateu. 


- Podem não gostar dela, mas não vou deixar que façam nada contra ela. - Josh a defendeu. 


Nesse momento eles começaram a discutir muito, e alguns pensamentos invadiram minha cabeça. Josh tinha flertado comigo o intervalo todo, e agora estava falando dessa tal Dytto como se fosse alguém muito especial para ele. Por alguma razão senti um pouco de ciúmes, mas logo esse sentimento se transformou em raiva, ele era mesmo um cafajeste! 


Fechei a cara, e fiquei encarando a parede, rezando para que o monitor chegasse logo. Durante a discussão, Josh desviou o olhar por um momento e notou como eu estava, parou de discutir e se sentou, me olhando. 


- Ei, Dreamer, o que foi? - Ele perguntou, com um olhar preocupado. 


- Não sei. - Respondi seca. - Por que não pergunta pra Dytto? 


- Espera... - Ele deu uma risada fraca. - Cê tá com ciúmes? 


- Ciúmes de você? - Ri fracamente. - Só nos seus sonhos, delinquente.


- E o que é então? 


- Não acredito que ficou flertando comigo no intervalo e já tá com outra, eu já devia imaginar que era um pegador desgraçado. 


- Ei, ei, ei. - Ele falou pegando e o virando, com delicadeza, me fazendo encara-lo. - Eu não tô com a Dytto, ela é só minha amiga. 


- E eu sou virgem. - Ele arregalou os olhos e começou a dar risada. - Não, espera! Não foi isso que eu quis dizer! - Me defendi, nervosa. - Eu queria falar minha mãe é virgem, não eu, aaaaaaa! - Surtei cobrindo meu rosto com minhas mãos, percebendo que ele estava com a boca entreaberta, sorrindo para mim. - Ah, vá se foder, Beauchamp! 


- Nem deram vinte e quatro horas e já está apaixonada por mim, Dreamer? Rapaz, bati meu recorde. 


- Sonhar é bom, sonhar é muito bom. - Falei desviando o olhar. - Como se eu fosse me apaixonar por um pegador, delinquente, bipolar. 


- Assim você fere meus sentimentos. - Ele disse com a mão no peito, fingindo-se de ofendido. - Mas, falando sério agora, realmente não tenho nada com a Dytto, ela e eu somos apenas amigos, isso eu posso te garantir. - Ele falou, segurando minhas duas mãos e alisando levemente. 


- Acho bom não me dar motivos para desconfiar de você. - Falei, retornando ao meu tom calmo. 


- Cê fica muito fofa quando está com raiva, sabia? - Ele falou bem próximo de mim, novamente. 


- Não queira me ver com raiva de verdade, eu posso ser bem assustadora. - Disse e ele riu debochado.  


- Você é fofinha demais para ser assustadora, Dreamer, aceite isso. - Josh falou brincando com meu cabelo. - Gosta de desafios? 


- Gosto sim, não posso dizer que sou a melhor neles, mas eu tento. - Disse rindo. - Por que? 


- Quero propôr um desafio. - Minha curiosidade foi a mil. - Aposto que consigo fazer você se apaixonar por mim. 


- Você não desiste né, Beauchamp? - Falei retórica, porém risonha. - E eu aposto que vai fracassar miseravelmente. - Ele riu. - O que ganhamos? 


- Nada, só o sentimento de satisfação. - Ele falou passando a língua na parte interna da bochecha, enquanto sorria. - Apostado? - Ele estendeu a mão. 


- Apostado. - Apertei a mão dele. 


De repente, ele se aproxima de mim, coloca os lábios perto do meu ouvido, seu hálito quente entrou em contato com o lóbulo da minha orelha, o que me fez ter leves arrepios. 


- É bom se preparar Dreamer, porque eu jogo sujo. - Falou e saiu de perto de mim lentamente, e eu o seguia com os olhos. 


Nossos olhares continuaram fixos, até uma frigideira ser jogada em nossa direção, e abaixamos a cabeça. 


- Quase esqueci que estava tendo uma briga séria aqui. - Falei voltando meus olhos para a situação. 



- Pelos fatos apresentados, eu tenho o diagnóstico. - Shivani disse, continuando com seu personagem. 


A indiana abaixou e pegou um capacete de moto, de cor rosa e deu para loira. 


- Aqui está. 


- Pra que isso? - Joalin perguntou confusa. 


- Vai alegrar tua vida, rosa é uma cor horrível, mas soluciona tudo, usa. - Shivani aconselhou e Joalin colocou. - Isso, tá linda, parecendo uma power ranger rosa. 


- Mô... - Bailey tentou se aproximar e Shivi deu um tapa nele. - Porra! 


- Deixa ela incorpora o espírito cor de rosa purpurinado primeiro, depois conversa. - Orientou ela, jogando o jaleco e os óculos pro ar. 


Por sorte, Krystian pegou. 


- Olá pessoal, desculpa o atraso e... - Um homem moreno diz, mas se auto interrompe ao ver o que estava havendo na sala. 


Ele tinha um aspecto jovem, parecia ter descendência asiática. Ele usava calça azul escuro, moletom branco até os cotovelos, e um boné preto. O mais chocante foi que ele chegou com Sabina ao lado dele, toda descabelada. 


- Sasabi?! - Krystian perguntou pasmo. - O que aconteceu contigo? 


- História engraçada. Fui procurar a Joalin, junto com a Any, mas acabei me trancando naquela sala que não abre por dentro, aí fiquei rolando nela por alguns minutos, cantando a música dos minions, aí o Kyle ouviu e aqui estamos nós. - Ela revelou, ajeitando os cabelos e foi se sentar. 


- Oi, crianças. Sou Kyle Hanagami, um monitor aqui da Daemon. Devem estar se perguntando o porquê de tê-los chamado aqui, e essa razão envolve um plano extremamente louco. - Ele foi direto. 


- Uh, pode continuar. - Shivi motivou, empolgada. 


- O diretor reclamou muito a respeito de vocês, e me fez de psicólogo. - Algumas pessoas riram. - Mas, eu notei que todos vocês tem algo em comum, que é o desejo de entrar na Solarium Academy, e também percebi e vi, o talento que possuem. Sou professor de dança nas horas vagas, e vocês tem o talento necessário para isso, eu poderia treina-los inclusive. Mas, com o número de pontos que tem, é meio complicado da Solarium academy prestar atenção em vocês. E é agora que entra o plano louco. - Ele respirou profundamente. - Ofereci ao diretor uma proposta de reabilitação, abrigaria vocês em minha casa, e como são de países diferentes, a cultura distinta fariam com que tivessem um convívio melhor, e aí aproveitaria e os ajudaria a treinar para a Solarium Academy. 


Todos ouviam com atenção e seriedade. 


- O diretor concordou em retirar todos os pontos de vocês, caso eu tenha sucesso, e ele está desesperado com a loucura de alguns. - Ele riu fraco. - Mas, preciso saber se concordam com isso. Aceitam? 


- Morar numa casa cheia de malucos, eu topo! - Shivani declarou animada. 


- Eu também! - Hina disse, finalmente se pronunciando. - Estou ansiosa para entrar na acadêmia com todos vocês. 


- Tô dentro! - Foi minha vez de confirmar. 


Aos poucos todos foram manifestando a vontade de entrar nessa aventura louca. Kyle deu sorriu de orelha a orelha. 


- Eu fico muito feliz que estejam dispostos a participar disso. E... 


Josh se levantou, com uma expressão séria, e o encarei confusa. 


- Eu tô fora. - Ao dizer aquilo, o clima mudou. 








Notas Finais


Etâ que o clima ficou tenso. Será que o Josh vai mudar de ideia?

Espero que tenham gostado, e achado engraçado, acreditem ou não, sou muito insegura quanto ao humor...

Até o próximo capítulo ^-^


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