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História Beautiful Attraction - Os Maddox - Part I


Escrita por: FanfictionariaJ

Capítulo 3 - Os Maddox - Part I


Fanfic / Fanfiction Beautiful Attraction - Os Maddox - Part I

Mais que porra, não podia ser. Caralho. Era a casa dele, droga. Senti dedos finos tocarem a minha mão e direcionei meu olhar para o lado. Era Abby, ela estava com um vínculo de preocupação em sua testa.

- Della, não precisamos ficar se você não quiser. Posso falar pro Travis...

Interrompi minha irmã e limpei minha garganta.

- Tudo bem, eu vou ficar.

Abby assentiu, e logo senti as mãozinhas de Samantha apertar a minha. Sorri para ela, e tentei dar um sorriso tranquilizante para a morena do outro lado que ainda me olhava. Ela sorriu para mim e andou em direção a casa. Segui-a com Sam ainda agarrada a minha mão. Ai merda. Respirei fundo assim que pisei no interior da casa, no instante seguinte meu olhar se cruzou com o de Trenton, ele ainda estava com o olho um pouco roxeado, a boca dele estava melhorando. É, não fiz tanto estrago com o rosto do cara. Ele veio em direção a Sam, e sorriu torto para ela quando abriu seu típico sorriso doce. Bem, no dia seguinte ele resolveu procurar a Samantha dizendo que estava arrependido, que ele era um idiota, o que eu prontamente concordei. Disse que acreditava nela, que ele ia assumir, ele ia ser o pai que o filho dele merecia. E que mesmo ele não merecendo a Sam ele queria tentar, porque ela merecia e ele queria. Eu também concordei que ele não a merecia, e depois disso á Sam me mandou sair com seu sorrisinho, tudo bem né.

- Posso falar com você, Sam? – Ele perguntou sua voz estava suave. Bom garoto.

Minha amiga assentiu e eu continuei olhando.

- Está tudo bem, Del. – Disse ela, dando-me um sorrisinho.

Eu assenti e logo alguém puxou meu braço. Abby. Ela estava com uma cara de confusão tão engraçada que eu não consegui conter a risada.

- O que...

- É o pai. – Eu disse e vi a boca de minha irmã se abrir em surpresa.

- Ai meu Deus. – Os olhos arregalados de Abby seguiram os dois até passarem pela porta.

- Abby? – A voz de Trav a tirou de seu transe.

- Vamos, Della.

Ela puxou minha mão e paramos na porta da cozinha. Ai droga. Os cinco pares de olhos se voltaram para mim, e eu já estava pronta para dizer a Abby que não estava bem, e iria embora. Meu Deus, o cara deve estar querendo me colocar para fora nesse exato momento.

- Rapazes, essa é minha irmã Della. Della, esses são Tyler e Taylor, os gêmeos. – Ela apontou para dois caras idênticos, os olhos castanhos, cabelos castanhos escuros mais curtinhos, se pareciam um pouco com Travis, que me sorriram para mim. Logo seu dedo apontou para o cara que estava sentado na ponta da mesa. Ai meu Deus. Os olhos verdes dele encontraram com os meus, e eu senti uma sensação estranha com isso, mas boa. Ele deu um sorrisinho para mim. Ai caralho. – Esse é o Thomas, e aquele é o Jim.

Ela apontou para outra ponta da mesa onde o homem que abriu a porta naquele dia estava sentado com um charuto entre os lábios, ele afastou o charuto, e sorriu para mim.

- É um prazer em conhecer você, Della. Sinta-se a vontade. – Ele disse suavemente.

Ele não devia me odiar? Eu bati no filho dele. Ai Deus. Eu não conseguia falar nada, apenas me sentei no lugar que a Abby me disse para sentar, perto do Thomas. Os olhos esverdeados dele não saiam de minha cabeça, os lábios bem desenhados e carnudos, o maxilar um pouco reto, a pele meio bronzeada. Droga, droga. Pare de pensar isso, Della. Estava tão distraída que nem vi quando Trenton colocou uma cerveja em minha frente.

- Valeu. – Eu agradeci e ele se abaixou um pouco.

- Por nada. Bem, obrigado, você sabe... – Eu assenti. – Eu estava sendo um idiota.

- Eu concordo.

Ele sorriu para mim, sorri de volta, mas logo voltei a ficar séria.

- Se você magoar ela, eu juro que acabo com você.

- Eu não vou fazer isso, mas é sempre bom eu ter o Thomas por perto para prevenir de isso acontecer. Minha cara não está afim de sentir seus adoráveis dedos nunca mais.

Eu ri e seu lábio se curvou para cima. Levei a cerveja aos lábios e tomei um gole.

- Mais o que foi que você fez, Della? – A voz de minha irmã me fez quase cuspir a cerveja toda.

Coloquei a mão na boca. Caralho.

- Eu só... Só vim conversar com ele, ai ele me irritou muito, ai deu nisso. – Eu dei de ombros e apontei para a cara de Trenton.

- Podemos conversar, Della?

Não.

- Sim, Abby.

Ela se levantou e eu me levantei em seguida. Olhei para Samantha que ia se levantar. Ela sabia que Abby ia encher a minha paciência.

- Relaxa, Sam. – Eu disse e segui minha irmã até a sala.

Encostei meu ombro no batente da porta da cozinha.

- Mais que droga, Della. Você não consegue segurar a sua mão, toda vez que alguém a irritar vai surtar e encher de porrada? – Ela falava baixo, mas não conseguia esconder sua irritação.

- Não. Que saco, Abby, para de pegar no meu pé, porra.

Droga, a Abby precisa entender que eu não sou mais uma criança, porra. Santo inferno! Nos instante seguinte meu celular começou a tocar em meu bolso impedindo minha irmã de dizer alguma coisa. Eu tirei meu aparelho do bolso e um Adam sorrindo apareceu para mim. Olhei rapidamente para Abby que estava com o cenho franzido.

- Hum... Bem, eu tenho que atender. – Eu disse e afastei-me do olhar curioso de minha irmã.

Após deslizar meu dedo na tela para atender, pressionei meu celular em meu ouvido.

- Oi Adam.

- Minha Lutadora Favorita. – Ele disse, sabia que estava sorrindo do outro lado da linha.

Ele começou a me chamar assim depois da minha primeira luta, foi com um idiota musculoso, Owen Broonks, era o maldito nome dele, naquela noite eu apanhei, pra caralho, mas não desisti e bem, eu venci. E fiquei com uma boa reputação, não que eu me importe tanto, sem contar que sou a única lutadora do Círculo. No tempo que eu luto, só lutei com uma única mulher. A vadia me deixou um bom roxo nas costelas.

- Ás 22h no mesmo porão da ultima vez, Del...

- Não dá, Adam. – Eu interrompi-o, não consegui conter o desanimo em minha voz.

Precisava de grana, porra. Mas Abby ficaria chateada, merda.

- O quê? Mais que porra é essa? Você nunca perde uma luta, Della. – Consegui captar a indignação e a irritação em sua voz, bem, não precisei de muito para perceber, afinal.

- Você está certo, mas hoje não dá, estou na casa dos Maddox.

- Porra, Della. – Ele xingou. – O cara é da Estadual, sabe que via te render uma grana alta.

- Maldição, Adam. – Respirei fundo. Droga. Mais que droga. Argh. Estadual? Meu Deus, eu ia perder uma porra de uma grana alta, inferno. – Foi mal, mas não dá.

- Fodido inferno, gata. Tá legal, eu te ligo mais tarde. Estou louco pra te ver. – Disse ele, agora a voz dele estava calma.

Bem, acho que preferia a irritação dele.

- Tchau, Adam. – Finalizei a ligação.

Me virei para voltar a cozinha e Abby não se encontrava mais na sala. Bom, ao menos ela entendia que eu merecia privacidade em algo. Estou louco pra te ver? Que droga, ele não desiste. Adam não entende que eu não o quero dessa forma. Bufei e voltei para a cozinha, e encontrei o olhar de Abby, seu semblante preocupado estava sendo ameaçado pelas baboseiras que Travis dizia em seu ouvido. Esses dois, ele sabia como acalmar a merda fora dela. Eu ri e me sentei. Ousei um olhar para o lado, e agradeci por estar sentada, por que minhas pernas bambearam com a porra do sorriso que Thomas me olhou. Santo fodido Cristo. Ele não devia sorrir assim. Eu não devia me sentir tão afetada por um homem, na verdade eu nunca me senti, mas ele? Céus, ele nem me dirigiu a merda de uma palavra. E eu queria muito que isso acontecesse, mas eu também não queria. Eu iria querer cobrir o seus lábios com os... Pare Della. Pare. - Você não quer isso, nem pensar, ele é apenas um cara como qualquer outro, você não pode se deixar afetar por um maldito sorriso lindo dele. Eu disse a mim mesma.

- Della? – Ouvi alguém me chamar.

- Oi?

Só agora percebi que estava secando o perfil de Thomas. Maldição.

- Você quer jogar? – Perguntou Jim sorrindo para mim.

- Ah não, eu não gosto muito. – Porque me lembra de minha maldita vida, e meu maldito pai. Eu queria completar com isso, mas preferi me manter quieta.

Jim assentiu e depois de um dos gêmeos embaralhar as cartas, Jim distribuiu. Eu apenas observei. Depois de um tempo, os gêmeos e o Trenton perderam, agora só tinha Abby, Jim e Thomas, Trav não estava jogando assim como eu.

- O pai de vocês é meio que uma lenda do pôquer, cara. Mas foi horrível o jeito que ele expôs a Abby, eu não sabia que ele tinha outra filha. – Um dos gêmeos falou, eu não sabia identificá-los ainda.

Mais que merda. Eu odiava que falassem que ele era uma lenda. Odiava que as pessoas não soubessem que ele tinha outra filha além de Abby. Odiava ser lembrada que por esse fato já dizia o quão importante eu era para meus pais, e que Abby era a filha amada e predileta deles. Odiava lembrar tudo que tinha haver com ele. O que leva ao fato de eu lembrar o último ano que eu passei lá, o ano em que Abby foi embora, o ano em que minha vida passou de uma merda, para um inferno total, que me lembrava do quanto meu pai me odeia. Odiava como meu corpo sempre ficava tenso quando falava do Mike. Odiava como minhas mãos fechavam-se em punhos por isso. Eu o odiava.

- Droga, Taylor. – Eu ouvi a voz irritada de Abby.

E de repente o clima na mesa ficou tenso. Abby colocou suas mãos por cima das minhas e eu abri minha mão.

- Ele não é uma ou meio uma lenda, Taylor. E quanto a isso? Bem, vamos dizer que eu não era considerada da família tanto assim, afinal. – As palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse engoli-las.

- Della... – A voz de Abby saiu magoada. Mais que merda.

- Desculpe Della, eu não estava pensando quando...

- Relaxa cara. – Falei olhando-o. O clima estava incomodante, precisava resolver isso rápido. – Vamos lá rapazes, não quero ver minha irmã vencer fácil de vocês.

Olhei para Abby, e sorri, e logo aquele belo sorriso de minha irmã inundou o rosto dela. Eu gostava de ver minha irmã sorrindo. Jim também sorria do outro lado da mesa. E bem, por mais que eu tentasse não olhar, eu me peguei virando o rosto para a coisa bonita ao meu lado, que tinha um sorrisinho nos lábios. Ele tomou um gole de sua cerveja, e eu observei um pouco fascinada demais o liquido descer por sua garganta.

- Ai. – Eu gemi quando alguém pisou no meu pé, um pouco forte demais. Travis.

E de repente os olhares se voltaram para mim, senti minhas bochechas esquentarem e tomei um grande gole de minha cerveja.

- Foi mal, Della. – A voz de Travis soava divertida. Eu olhei para ele e seu sorriso me disse, ele tinha me visto secando o seu irmão, de novo.

Eu fiz uma careta para ele, e fingi que não entendi o motivo de seu sorrisinho maldoso. Não precisava de Travis no meu pé. Pouco depois Jim perdeu também. Agora só restava Abby e Thomas. Eu me inclinei um pouco para o lado de Thomas para pode ver suas cartas. Bom muito bom. Agora não sei se realmente estou falando das cartas ou do cheiro dele. Ele tem um cheiro de loção pós-barba de menta, com alguma colônia masculina. Mais que droga, ele tinha que cheirar também assim.

- Eu aposto cinquentinha que o Thomas ganha. – Disse um dos gêmeos, acho que era o Tyler.

- Aposto cem. E ai? – Eu me arrumei em minha cadeira e olhei para o gêmeo.

- Tudo bem, cem. – Ele sorriu.

- Se prepare para me dar meus cem. – Eu disse sorrindo.

- Nada disso, gata.

- Observe então.

Eu pisquei para ele, que me lançou um sorriso sacana. Eu ri.

***

- Eu disse que você ia perder. – Falei guardando meu dinheiro no bolso.

Abby havia acabado de vencer a partida.

- Cacete, merdinha, conseguiu me fazer perder dinheiro. Devia ter apostado na Abby. – Implicou um Tyler, levando um tapa em sua cabeça.

- Cala a boca, apostou porque é idiota. – Disse Thomas com um sorriso de lado.

Para de sorrir assim, homem. Estou a ponto de me jogar em seus malditos braços fortes... Não, eu estou a ponto de o que? Mais que droga, Della. Pare com isso já. É só um homem muito gostoso, sexy, cheiroso, cala a boca. – Repreendi-me.

- Bem, acho que devíamos preparar as coisas pra amanhã. – Disse Abby.

Os meninos já estavam se encaminhando para a sala, claro, menos Travis.

- Vou ajudar você, Beija-Flor.

Bufei e balancei a cabeça negativamente. Pelo amor de Deus, ninguém merece esses dois.

- Nada disso, Trav. Eu e a Sam ajudamos ela, e você vai se juntar aos rapazes e assistir um jogo ou sei lá que droga vocês homens assistem. Eu e a Sam não queremos presenciar as cenas quase mais de 18 sua e da Abby, então tchau. – Fiz um sinal com a mão indicando a sala.

- Você precisa muito de um namorado, Della, se você tivesse um saberia o que nós assistimos. E faria a mesma coisa. – Zombou ele.

Rolei meus olhos e voltei a fixar meu olhar nele.

- Não preciso de um namorado, estou muito bem sozinha.

E lá estava àquele pertinente sorriso que ele sempre fazia quando o assunto era namorado. Rolei meus olhos novamente e Travis riu agarrando os quadris de Abby e logo cobrindo sua boca com a dele.

- Ugh, Trav.

Fiz uma careta e desviei meu olhar para a sala.

- Eu estou solteiro, gracinha. – Tyler disse.

- Você é o primeiro da minha lista, querido. – Entrei em seu embalo, e mandei uma piscadela para ele que sorriu e piscou de volta.

Eu ri e logo me peguei correndo meus olhos para o outro sofá onde os esverdeados se encontraram com os acinzentados. Eu devia olhar para qualquer outro canto, mas eu não consegui desviar o olhar. Senti alguém esbarrar em meu ombro. Travis engraçadinho. Ele me olhou e sibilou um "eu vi".

- Não sei do que está falando. – Ele riu e balançou a cabeça.

Decidi ignora-lo e me virei para a cozinha onde dois pares de olhos animados e um sorrisinho maldoso brincando em ambos os lábios. Que droga. Eu levantei uma sobrancelha e elas deram de ombros dando risadinhas cúmplices. Saco.

Durante toda a maldita preparação do peru elas me encheram a paciência dizendo que tinham visto, que sabiam que estava rolando entre eu e o Thomas, e blá-blá-blá. Eu apenas as ignorei e continuei ajudando. Bem, estava tão obvio assim? Santo inferno.



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