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História Beautiful Nightmare - Amusement park


Escrita por: lbbhstrangr

Notas do Autor


Desculpem pela demora, estou super sem tempo. Eu corrigi esse capítulo meio dormindo, então perdoem qualquer erro que houver

Capítulo 12 - Amusement park


Fanfic / Fanfiction Beautiful Nightmare - Amusement park

Sakakibara

Depois do almoço, demora um tempo para Mei explicar a Misaki que hoje só nós dois iremos sair juntos, e, por mais que eu achasse que ela não iria gostar disso, Misaki fica feliz por nós dois e incentiva o passeio. Ela até se despede demoradamente, acenando da porta para nós quando já estamos distantes.

– Isso é normal vindo dela? – Pergunto quando a casa de Sakura some de nosso campo de visão e conseqüentemente, Misaki também.

– Sim. Você viu ontem, Misaki é muito animada.

– Eu só achei que ela não fosse gostar de ser deixada sozinha – Explico, arrumando a bolsa preta que levo em meu ombro direito. Nela, está meu caderno de desenhos e estojo. Quase nunca saio sem eles.

– Ela nunca se incomodou com isso. Sempre ficava sozinha quando morava com sua mãe, ou nossa mãe – Mei faz uma careta confusa, mas dura poucos segundos. – Ela era muito ocupada, e não tinha tempo para a filha.

– Entendo – Suspiro, lembrando-me de meu pai, porque é exatamente assim com ele.

Misaki olha para mim, parece analisar o meu rosto, provavelmente procurando algum traço de tristeza. Ela sabe que falo de meu pai, mas não quero demonstrar que aquilo me deixa cabisbaixo, então não olho para o rosto dela, porque se o fizer, provavelmente procurarei consolo.

Ela não solta palavras de conforto, nem um “sinto muito”. Seu semblante também não se transforma em pura pena, Misaki apenas segura a minha mão e entrelaça os seus dedos nos meus como se soubesse a coisa certa a se fazer o tempo todo. Mei não toca no assunto e nem parece querer, agradeço por aquilo e suspiro aliviado, apertando levemente a mão dela e lançando-lhe um sorriso sincero, que é retribuído.

– Aonde você quer ir? – Mudo a conversa de direção, tentando deixar quaisquer resquícios daquilo para trás.

– Qualquer lugar que você esteja para mim é ótimo – Ela diz, me acompanhando ao desacelerar o caminhar para conversarmos e decidirmos o nosso destino.

Sorrio para sua resposta. Tenho a impressão de que ela não quis ser romântica ou coisa do gênero, porque não combina com o que ela é, mas as palavras devem ter saído naturalmente.

– Até mesmo o parque de diversões? – Sei que ela odeia o lugar, mesmo não sabendo o porquê, e não quero testá-la para saber se o que diz é verdade, mas simplesmente porque seria divertido. E porque sei que nessa época do ano ele fica montado na cidade.

– Você sabe que não gosto. Mas se é o quer, não há problema. – Ela abaixa a cabeça, parece envergonhada ou com medo. Não consigo saber.

– Para mim está tudo bem ir a outro lugar, só acho que seria divertido, mas... Por que você não gosta?– Nunca soube, e a curiosidade rasteja por todo o meu corpo, e sussurra em meu ouvido para que eu pergunte aquilo a ela.

A explicação de Misaki dura poucos minutos, mas é o suficiente para que eu me arrependa de ter questionado, por medo de tê-la magoado.  

– Sinto muito por ter perguntando – Confesso

– Está tudo bem. Acho que preciso superar esse medo.

– Então... – Hesito. Se ela diz que precisa superar o medo, o primeiro passo ela já fez há tempos, que foi admiti-lo. O segundo é enfrentá-lo. – Você quer ir ao parque?

Mei reluta, mas balança a cabeça, decidida.

– Bem, então vamos comprar uns ingressos! – Digo, puxando-a para que fossemos mais rápido. Eu a escuto rir baixinho, e automaticamente abro um sorriso.

(...)

– Está lotado – Mei sussurra quando chegamos.

Ela se encolhe e fica mais perto de mim, o que não acho de certa forma ruim, mas não quero que ela passe o dia todo se incomodando com a multidão. É domingo, e o dia não está tão frio, e mesmo que pareça impossível, o sol está ameaçando sair e ficar a qualquer hora. São fatores suficientes para que faça as pessoas quererem sair de casa e se divertirem.

O parque está repleto de sons de grito, risadas, conversas e brinquedos em funcionamento. Aquilo pode ter assustado Misaki, pois duvido que seja difícil assustá-la nesse ponto em que sua vida está.

– Ei, está tudo bem – Murmuro, apertando novamente a sua mão, para tentar acalmá-la. – Nada vai acontecer, vamos passear, tomar um sorvete, jogar alguns jogos e quem sabe... – Escolho as palavras com cuidado, mantendo os meus olhos presos no seu único olho a mostra – Só se você quiser... Escolher algum brinquedo para ir.

Mei balança a cabeça, como uma criança obediente. Sorrio e beijo sua testa.

Depois, enquanto caminhamos, percebo que Misaki mantém o olhar preso em uma barraca repleta de bichinhos de pelúcia. Não sei por que as garotas insistem em gostar daquilo, mas de alguma forma elas gostam.

– Você gostou de algum? – Questiono, parando de andar e me aproximando junto dela da pequena barraca. Algumas crianças amontoavam-se envolta da mesma, segurando as armas amarelas de plástico presas ao balcão como se suas vidas dependessem daquilo. Das armas, bolas azuis, também de plástico, são lançadas em direção a um amontoado de plaquinhas onde há a figura de um patinho, que precisa ser derrubado. Seus pais esperam ao lado, sorrindo e incentivando os pequeninos. O senhor, aparentemente gentil, que cuida da barraca, está escondido na lateral, protegendo-se dos tiros e sorrindo.

Ao invés de falar, Mei apenas aponta um coelho de pelúcia, com um laço azul envolto em seu pescoço.

– Tudo bem. Pegarei para você. – Sorrio, colocando a mão em um dos bolsos de minha calça, para recolher alguns trocados.

– Eu te ajudo – Ela murmura, parecendo animada com a idéia.  

Quando as armas de plástico dos dois meninos que estão jogando perdem vida, eles exclamam um coro de “ah” insatisfatório, mas seus humores logo mudam quando sua mãe, segurando em seus ombros, pede calmamente para que eles escolham algo para levar.

O senhor aponta as pelúcias que podem levar, de acordo com a pontuação que fizeram. Os meninos ficam satisfeitos com o resultado e optam por um urso grande.

Mei suspira aliviada ao meu lado, provavelmente feliz por não terem escolhido seu coelho, o que me faz rir baixinho.

Assim que a família deixa a barraca, nós nos aproximamos.

– Boa tarde – O senhor sorri para nós. Está recolhendo as bolas azuis do chão e colocando-as abaixo do balcão, em algum lugar que não podemos ver – Vocês dois vão jogar? – Ele questiona, segundos depois de ter terminado o seu trabalho.

– Sim – Respondo, entregando a ele o dinheiro, com o preço do qual havia visto na placa de madeira no canto do balcão.

– Deixe-me pagar também – Mei pede

– Não precisa Mi.

– Mas...

O senhor pigarreia, fazendo com que voltássemos nossa atenção a ele.

– É melhor discutirem isso mais tarde. O jogo já vai começar! – Ele diz gentilmente, com um sorriso que nunca sai do rosto.

E ele tem razão. A arma de plástico volta a ganhar vida, mexendo-se para levantar em minha mão, e as plaquinhas com os patinhos também levantam-se e começam a mexer-se de um lado para o outro.

Começo a disparar, em um botão que há ao lado da arma, acertando várias das plaquinhas. Misaki me acompanha. Pelo canto do olho, posso perceber que está se atrapalhando um pouco, e não consegue acertar tantos alvos, mas está se divertindo.

Quase no final do jogo, já estamos rindo e competindo para decidir quem de nós é o melhor.  Eu ganhei, mas ela se esforçou tanto que chegou a fazer várias caretas e inclusive colocou a língua um pouco para fora sem perceber, o que foi engraçado já que eu nunca a havia visto daquela forma.

Depois, quando os brinquedos param, controlo-me para não reclamar como as duas crianças que jogaram poucos minutos atrás. Logo que nossa atenção volta para o mundo ao redor, podemos perceber que o senhor que cuida da barraca está rindo de nós.

– O que o casal vai levar? – Ele pergunta, em meio a risos, o que nos faz rir também, e nem nos preocupar se ele acha que estamos juntos, porque apesar de ser uma questão não totalmente declarada entre nós, por mim estamos namorando.

– O coelho – Respondo, com um sorriso no rosto.

O senhor recolhe o bicinho, entregando-o nas mãos de Mei, que sorri para a pelúcia. Se não estou enganado, seus olhos estão brilhando.

(...)

– Foi divertido – Ela diz quando voltamos a caminhar, deixando a barraca livre para outras crianças jogarem – Obrigada Sakaki, por ter pagado para mim.

– Foi só o começo, podemos fazer outras coisas agora.

– E dessa vez eu pago – Ela segura em minha mão, passando o coelho somente para o seu outro braço e segurando-o contra ela. Que inveja a do coelho por poder andar abraçado a ela o tempo todo.

– Por que não vamos a algum brinquedo agora? – Sugiro.

Automaticamente, ela aperta a minha mão depois de escutar a pergunta. Sei que Misaki precisa superar seu medo de uma vez por todas, mas ela pode ter exigido muito de si mesma por um dia só.

– A escolha é sua Mei – Aproximo-me dela, segurando em sua cintura com um de meus braços e beijando carinhosamente a sua testa. Em seguida, continuamos andando abraçados. Ela parece perder a tensão a cada segundo que caminhamos. Aperto e acaricio de leve sua cintura, com a intenção de passar certa segurança.

Paramos de andar quando nos deparamos com uma roda gigante. A tensão de Mei volta, mas ela está se esforçando para fazer com que aquilo suma.

– Eu tenho que ir – Ela diz – Eu quero ir. Mas algo me impede, sempre impede.

– Vai ficar tudo bem – Digo, beijando o topo de sua cabeça – Estaremos juntos lá em cima, sentados e apreciando a vista. Nada pode acontecer.

Mei balança a cabeça, concordando com o que eu disse. Sorrio, feliz por ela ter se decidido.

Compramos os ingressos. Cada um pagou o seu, coisa da qual Misaki insistiu para que acontecesse, afinal ela argumentou que se sentia incomodada em me deixar pagar tudo, então deixei que ela o fizesse, preferi não discutir e me coloquei em seu lugar, apenas para descobri que ela está certa.

Subimos as escadas para entrar no brinquedo. Mei está tremendo quando adentramos um dos compartimentos da roda gigante e nos sentamos. Ela coloca cuidadosamente o coelho sentado ao seu lado no banco.

– Ei – Seguro em sua mão. Ela me olha, e percebo a palidez em seu rosto. Misaki está com medo, provavelmente medo de que algo como o que houve com a sua irmã aconteça de novo. Eu não posso julgá-la, nem pensar que isso é imaturo vindo dela, afinal, depois de tudo pelo o qual passou, do que Mei não teria medo? – Está tudo bem, eu e o seu coelho podemos te proteger – Brinco quando falo do coelho, mas tenho certeza de que ao menos eu posso ficar ao lado dela para fazer com que se sinta melhor.

Misaki abre um sorriso nervoso e se aproxima, encostando a cabeça em meu ombro. Eu passo meu braço ao redor dela, e aperto-a levemente quando o brinquedo começa a se mexer.

Durante o trajeto, Mei recolhe o bichinho de pelúcia ao seu lado e o coloca sob seu colo. Ela parece mais relaxada depois que a roda gigante já deu, no máximo, umas duas ou três voltas. Sei disso porque ela tira a cabeça de meu ombro e observa a vista que temos do parque e de um pouco da cidade quando o compartimento em que estamos pende lá em cima, para depois descer lentamente.

– Desculpe ser tão medrosa por isso – Ela murmura, acariciando as orelhas de seu coelhinho – Eu acho que sou traumatizada com tudo. Minha vida anda tão desastrosa que tenho medo de mexer alguns pontinhos errados e tudo desabar. Não sei se você se sente assim ás vezes.

– Na verdade me senti sim – Respondo, olhando para o seu rosto. – Foi durante a calamidade. De certa forma, me senti responsável por tudo aquilo.

– Não, você não foi o responsável – Ela diz, balançando a cabeça em sinal de negação. – Eu fui. Se eu tivesse dito quem era o morto com antecedência, todas aquelas vidas teriam sido poupadas.

Passamos um tempo em silêncio, em parte porque concordo com aquilo, mas não acho que seja sua culpa.

– A real culpa foi dos demônios Mei, você sabe disso.

– Sim, mas ainda carrego esse peso. Estou tentando me livrar dele.

– Não sou a melhor pessoa do mundo, mas talvez possa te ajudar com isso. – Digo quase que instantaneamente, talvez porque já esteja implantado dentro de mim que estarei sempre ali por Misaki.

– Obrigada, Kouchi – Ela sorri, em seguida beija minha bochecha, voltando sua cabeça ao meu ombro.

Permito-me fechar os olhos por um momento, e aproveitar para acariciar sua mão pequena e macia com o meu polegar. Depois, Misaki retribui o carinho, o que me faz sorrir.

(...)

Depois de deixar a roda gigante, continuamos o passeio pelo parque. A quantidade de pessoas ainda era grande, mas havia diminuído. Estava esfriando, e muitas das famílias provavelmente já tinham aproveitado o parque de manhã.

Nós achamos mais barracas de jogos como a do patinho. Em uma delas tivemos que estourar bexigas, e apesar de termos recusado qualquer brinde, pois só queríamos nos divertir, o homem que trabalhava na barraca insistiu tanto que Misaki escolheu um ursinho da cor marrom para mim. Foi engraçado, de certa forma, mas não me importei. Eu o guardarei para me lembrar deste dia para sempre.

Quando o sol está se pondo, apesar de Misaki não apreciar a idéia, pago dois milkshakes de morango para nós. Passamos o dia todo caminhando, e não havíamos nem mesmo consumido um doce, e estávamos em um parque de diversão, aquele dia não podia terminar sem nenhuma guloseima.

Nós nos sentamos para tomar o milkshake e descansar os nossos pés. É, por sorte, um banco vago, de frente para o carrossel, que já está começando a ficar todo iluminado, cheio de luzes coloridas, o que atrai mais crianças.

Repouso o milkshake e o ursinho ao meu lado no banco, tendo uma idéia.

– Posso desenhar você? – Pergunto a ela, já retirando a bolsa que levava de um dos ombros. Não trouxe a toa, e seria um prazer deixar o rosto dela fazer parte de minha coleção de desenhos.

– Claro – Ela murmura, dando mais um gole em seu milkshake para em seguida deixá-lo de lado, assim como eu fiz. Depois, Misaki fica reta e olha diretamente para mim.

Nesse meio tempo, já estou com o lápis e o caderno na mão. A bolsa está em meu colo, e é o que serve de apoio ao meu caderno de desenhos.

– Está bom assim? – Ela pergunta calmamente.

– De qualquer maneira estaria – Sorrio, imaginando todos aqueles lindos traços no papel. Antes de voltar os meus olhos para a folha, ainda em branco, percebo que seu rosto fica vermelho.

Começo pelo rosto, traçando cada linha com cuidado, quase como se estivesse acariciando-o. Meus olhos vão dela para o papel o tempo todo, até perceber que ela está sorrindo para mim. É tão lindo. Tudo nela é tão lindo.

Tão lindo que nem me dou conta de que um menino pequeno, de provavelmente seis anos de idade, está correndo apressadamente em nossa direção com um copo de suco de morango na mão. Sei que é morango porque quando ele tropeça o liquido vermelho mancha a folha na qual estou desenhando, e borra completamente a imagem. Por sorte, o copo não foi ágil o suficiente para me sujar também. Ele apenas manchou o rosto de Misaki no papel e rolou para o chão, derramando o resto do líquido na terra.

– Droga – Murmuro, suspirando baixinho, decepcionado. Ao menos, não havia desenho nenhum por baixo desse.

– Des-desculpa moço – O menino levanta desesperado, e seus olhos arregalam-se quando percebe o que fez. Parece prestes a chorar depois disso – Eu só me perdi, e estou procurando a minha mãe. Eu me misturei na multidão logo depois que comprei o suco e estou tentando acha-la, por isso corri assim, desculpa... Eu não queria sujar seu desenho.

– Está tudo bem – Tento o melhor sorriso que consigo, apesar de não estar tão bem. Aquele desenho provavelmente seria o mais lindo que já fiz. – Vamos achar sua mãe. Ok?

Ele está tremendo. Balança a cabeça em sinal de concordância. Não foi sua culpa, o garoto só está assustado.

– Yuri! – Uma voz feminina grita, correndo em nossa direção, bem de onde o menino veio.

– Mamãe! – O menino alegra-se, abrindo os seus braços e sem pensar, correndo em direção a mulher morena que o espera logo à frente. Ela o abraça quando Yuri se aproxima e parece lhe dar uma pequena bronca ao longe, provavelmente por ter se perdido dela. A mãe do garoto lança um sorriso para nós, por ter nos visto conversar com ele, e em seguida o guia calmamente de volta para onde vieram. Antes de Yuri sumir de nosso campo de visão, ele acena uma última vez.

– Ele está bem agora – Misaki diz ao meu lado. – Que bom que encontrou sua mãe.

– Mas meu desenho não está bem – Suspiro, olhando-o tristemente. Arranco a folha e a admiro uma última vez, preparado para jogá-la fora.

– É só um desenho – Mei se aproxima, e em seguida beija minha testa, para depois olhar para o meu rosto – Você tem a verdadeira.

Amasso a folha, admirado com as palavras dela, porque tem razão, apesar de saber que aquilo me assusta. Sem responder, guardo tudo de volta a bolsa, deixando somente o pedaço amassado de papel ao meu lado.

– E é exatamente por saber que possuo a verdadeira que tenho medo de perdê-la – Confesso, suspirando.

Já está escuro. O cabelo e o olho de Mei parecem ser tão lindos quanto normalmente são expostos a tantas luzes. Sem contar que a noite sempre dá um destaque incrivelmente maravilhoso a sua pele branquinha. E no momento, ela parece emocionada.

– Kouchi – Misaki leva sua mão direita até o meu rosto, acariciando-o levemente. Fecho os olhos e engulo em seco. – Você nunca vai me perder.

Sinto uma lágrima escorrer antes que possa conte-la. A vergonha por aquilo é grande, mas não me importo, apenas ignoro. Eu abro os olhos apenas para vê-la olhando-me com carinho e limpando a lágrima que deixei escapar.

Mei me abraça. Ficamos assim por algum tempo. Ela acaricia meus cabelos e eu as suas costas, fazendo movimentos circulares com os dedos.

Depois, ela me solta com os olhos arregalados. Parece em choque e olha para algo atrás de mim como se jamais fosse se mexer novamente. Sigo o seu olhar, mas não encontro nada.

– Mei, o que houve? – Toco em seus ombros, o que faz com que ela desperte de seu transe.

– Precisamos ir – Ela murmura. Seu rosto está pálido, ela está aterrorizada, tremendo. – Agora.

Não entendo o que está acontecendo, estou confuso, mas sei que posso imaginar. Pergunto-me se o que ela viu foi um demônio.

– Está vindo atrás de mim – Ela se levanta, sem nem mesmo recolher o coelho de pelúcia. Continua a falar coisas das quais não entendo.

Pego os dois bichinhos de pelúcia e a sigo para onde ela provavelmente está indo: a saída do parque.

– Mei espere! – Exclamo, alcançando-a e segurando em seu ombro, voltando-a para me olhar. – O que está acontecendo?

– É um demônio. É o maior deles – Ela explica rapidamente. Nunca a vi tremer tanto. – Eles disseram que quando chegasse à hora ele quem viria para me matar. Precisamos voltar para Sakura Kouchi, agora!

Sem pensar suas vezes, agarro a mão dela com a minha vazia e corro. Depois que passamos dos portões, lembro que deixamos dois milkshakes e uma bola de papel amassada sob o banco, mas não me importo, não há tempo para se preocupar com esse tipo de coisa agora.

Mas, no momento em que estamos prestes a atravessar a rua, a criatura para a nossa frente. Sim, dessa vez posso vê-la. Ele é tão horrível que meus olhos provavelmente queimaram se continuar a olhá-lo. É gigante, deve ter um metro a mais que nós e seu cabelo é preto e longo, repleto de hematomas na cabeça e no corpo, grotesco e coberto de sangue.

Eu e Mei nos afastamos. Ela retira o tapa olho apressadamente, mirando os seus olhos nas órbitas vazias dele.

Não vai funcionar comigo sua tola – A voz dele é horripilante, e estou tão paralisado que não sei o que posso fazer, e apesar de já ter lidado com aquilo tantas vezes, Misaki parece bem mais apavorada do que eu. – O dia acabou, e não terá um final feliz.

 


Notas Finais


Quem não entende porque a Misaki tem medo de parques de diversão e rodas gigantes favor assistir ao OVA de Another. Eu não contei aqui porque é parte da história original e muitos de vocês já devem ter assistido. Enfim, espero que tenham gostado, tentarei postar o 13 o mais rápido que conseguir <3


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