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História Beautiful Pain- EM EDIÇÃO - Dia de merda


Escrita por: pornddl

Notas do Autor


Oieeeee Kittens!
Aqui estou eu!! Me perdoem pela demora é que deu muita merda essas semanas, o capítulo que eu iria postar foi apagado porque minha irmã tinha desligado o computador e eu não tinha salvado, ele tava todo pronto e tal, fiquei com muita raiva, então fui tentar escreve de novo mas não lembrava de nada, só do começo, então não seria assim esse cap mas eu gostei dele, achei bem legal zgngd, prestem muita atenção nos detalhes gente, é importante porque ai as coisas vão logo se encaixando. E tenho novidades para contar, mas só nas notas finais :))
E SIM O PLAYBOY DELICIOSO DO JUSTIN BIEBER APARECE NO CAP mas n se empolguem muito ta minha gente osifofi.
Espero que gostem e tenham uma boa leitura :**

E QUE OS JOGOS COMECEM!

Capítulo 5 - Dia de merda


Fanfic / Fanfiction Beautiful Pain- EM EDIÇÃO - Dia de merda

 P.O.V Skyler Bloom

 

O relógio do meu celular marcava 15h20min e eu estava no meu novo quarto tentando deixá-lo mais familiar para mim; pegava meus poucos livros da minha mala e os arrumava na estante próxima a parede de vidro, colocando-os em ordem alfabética, logo depois segui para a mala de roupas pegando-as e levando para o closet.

 Eu não tenho tantas roupas, pois, apesar de não relaxar quando o assunto é estilo, eu não era acostumada a gastar muito, sempre aprendi com minha mãe a ter somente o necessário, mesmo recebendo um bom dinheiro da Adaga Negra nunca gastamos em coisas fúteis, mas eu estava encantada com tamanha riqueza e beleza que essa casa tinha, apesar de ser tudo extremamente exagerado, não serei hipócrita de dizer que não achei lindo e que nunca sonhei em morar num lugar como esse, sempre foi um desejo meu e de minha mãe morar num lugar assim, mas, como eu já disse, nada valia mais apena.

 Quando acabei olhei ao redor percebi que minhas roupas e sapatos não ocuparam nem a metade do espaço que havia no closet. Logo depois fui para a porta número dois, sim, seria assim que eu a chamaria. Subi os degraus que levavam a enorme estante preta e logo em seguida subi os degraus embutidos alcançado a maçaneta externa, a puxei e fui em direção a depósito, fiquei alguns segundos olhando ao redor, achava realmente estranho ter isso num quarto, mas não reclamava pois o ambiente era lindo, abri a janela e fiquei escorada nela sentindo o vento bater em mim, o dia estava bastante frio, mas a casa era aquecida e eu agradecia por isso, ainda assim o dia estava claro, apenas com algumas nuvens no céu e, por mais estranho que seja, eu gostava do dia assim, me lembrava um pouco da Suíça.

 Os seguranças continuavam nos seus postos atentos a qualquer movimento suspeito, olhei para a parte de frente da casa e, com um pouco de dificuldade por causa dos pinheiros, avistei uma van estacionada no outro lado da rua, alguns homens estavam escorados nela; então me lembrei que Gerard era “famoso”, eles só podiam ser paparazzi querendo alguma foto reveladora, o que não teriam.

 Fiquei lá por mais alguns minutos e depois desci para a salinha, abri a janela de vidro e fui para sacada, observei o jardim abaixo e, como todo o resto, era lindo, olhei para a casa ao lado que ficava um pouco longe por conta do gramado, mas pelo que eu vi meu quarto dava de frente para outro, não era envidraçado como o meu mas mesmo assim dava para ver algumas coisas por dentro pois a janela que dava para a sacada estava aberta. Observei a decoração e era provável que fosse um quarto de menino pelas pichações que a parede tinha, tentei ver mais por pura curiosidade mas logo me repreendi por ser assim, algum dia essa curiosidade ainda me colocaria numa furada.

 — Skyler? – Levei um pequeno susto ao ouvir a voz de Gerard chamando atrás de mim, e me perguntei como não consegui sentir ele me observar.

 — Eu. – Respondi, me virando e tendo sua visão entrando na sacada e se escorando na parede atas de si. — Eu sei que, e você já deve saber também, suas aulas só irão começar a partir de Março, o próximo mês, mas estava pensando, que deveríamos comprar logo seus materiais e algumas roupas pra você, além de que, você precisa conhecer aonde mora e, enquanto eu não estiver aqui, você poder sair com mais confiança na cidade, então o que acha de eu te levar a alguns lugares para você conhecer e se sentir mais familiarizada? – Ele perguntou e eu fiquei animada com sua ideia, afinal, nunca estive em Toronto e estava demasiadamente curiosa para saber como ela era.

 — Nossa, é mesmo! Ainda bem que até lá já vai ter esquentado. – Eu disse e ele concordou com a cabeça. — Mas enfim, claro, vamos passear, queria mesmo conhecer melhor a cidade de Toronto e também gostaria muito de experimentar alguma comida do Fidel Gastros! – Falei em expectativa, indo em direção ao quarto, Gerard me seguia logo atrás.

 — Mas esse é justamente o primeiro lugar que irei te levar, você não pode morar em Toronto sem comer as loucuras que eles fazem lá. – Ele falou e parou na frente da porta do quarto enquanto eu já entrava no closet.

 — Okay, já desço! – Ele me responde com apenas um “Tudo bem” e saiu fechando a porta, fui à procura de alguma roupa para usar e acabei vestindo uma camiseta pálida larga, por cima vesti um casaco marrom de lã fina e logo depois um sobretudo preto, coloquei uma calça jeans preta que ficava colada nas pernas e calcei um coturno preto também, pus um cachecol branco e peguei meu Ray-Ban Wayfarer, em meus cabelos eu apenas fiz um coque alto com a franja solta divida ao meio e então, antes de sair do quarto, peguei minha bolsa de couro mole preta com alguns detalhes em dourado e um par de luvas cinza.

 Desci as escadas animada e ao chegar à sala Gerard já estava a minha espera desligando a TV e em seguida indo para a garagem, ao chegarmos havia um homem alto perto de um Bentley Mulsanne 2015, ele cumprimentou Gerard com um aceno de cabeça e ao virar em minha direção eu jurei já ter o visto em algum lugar.

  — Skyler, esse é Theodore James, meu motorista particular e segurança. Ele também será seu motorista se você decidir não fazer carteira de motorista, além disso, ele é um grande amigo da família. – Gerard sorriu para o homem que não parecia ser tão mais velho que eu, ele era um pouco moreno o que me fez ter certa dúvida se ele era daqui, seus olhos eram castanhos assim como seu cabelo, ele tinha uma barba rala e não pude deixar de notar o quão forte e bonito ele era.

   — Prazer Senhorita Garcias. – Theodore estendeu a mão para me cumprimentar e eu estendi a minha hesitantemente, senti Gerard ficar desconfortável ao meu lado e eu quase o corrigi, mas deixei por isso mesmo.

— Igualmente Senhor James, pode me chamar de Skyler. – Ele não tinha me ofendido ao me chamar por Garcias, mas mesmo assim respondi um pouco mais grossa que o costume. Só agora eu havia percebido que com o tempo as pessoas iriam começar a me chamar por esse sobrenome, estou em dúvida se gosto disso ou não, mas não importa se eu gostar ou não, essa é a dura realidade, serei forçada a me acostumar com isso pelo resto da minha vida, e isso é muito tempo.

 Respirei fundo antes que fizesse alguma merda e sorri sem vontade para Theodore na intenção de tirar essa tensão. Gerard decidiu que ele iria dirigindo até o centro então dispensou o motorista.

 Já havia lido uma vez num artigo que Rosedale é um dos bairros mais ricos de Toronto e também um dos lugares com maiores mansões da cidade, onde geralmente moram as celebridades locais e realmente o artigo estava certo, Rosedale era o bairro em que agora eu iria morar, ficava numa região perto do centro, mas longe o suficiente para ser mais tranquila e ter ruas arborizadas e limpas, um perfeito local para se morar.

 Não demorou muito para que chegássemos ao centro de Toronto, a cidade era linda e movimentada, as pessoas eram educadas e respeitosas, típico dos canadenses. Ao chegarmos a High Park, o famoso parque de Toronto, não pude deixar de ficar encantada pelo lugar, por estarmos no inverno as árvores não tinham folhas e algumas flores estavam secas, mas a paisagem era de tirar o fôlego! Havia uma grande quantidade de pessoas por ai, fazendo suas rotineiras caminhadas pelas trilhas, passeando com a família ou com seus cachorros.

 — Pronta para desafiar seu estômago? – Gerard interrompeu meus pensamentos e eu dirigi meu olhar para ele que me olhava de volta sorrindo.

 — Pronta não estou, mas vamos lá! – Soltei uma risada com ele me acompanhando em seguida, entramos mais no estacionamento do parque e nos dirigimos ao Fidel Gastros que era um caminhão de comida, algumas pessoas estavam lá pedindo ou esperando sua comida e depois de alguns minutos nós fomos atendidos. Gerard e o atendente que parecia ser o dono do caminhão se cumprimentaram como se fossem velhos amigos e eu me perguntei se eles realmente eram ou era só o cara puxando seu saco. Ele pediu por nós dois e eu senti minha barriga roncar ao sentir um cheiro delicioso, não esperamos muito, logo nossos pedidos chegaram, eram duas porções médias de batatas-fritas e mesmo parecendo tão simples eu fiquei com certo receio de comer. Sentamos-nos em bancos perto da entrada do parque e ele logo foi dizendo:

 — Decidi pegar mais leve com você hoje por ser sua primeira vez então pedi um puttine, que é batata frita com queijo especial e molho e claro, um tempero a mais, que é especialidade do Fidel, e essa aqui – Ele apontou para a outra porção. — É batata frita com um picante molho tailandês e coberto com brotos de feijão e um pouco de limão. – Gerard riu ao ver minha cara ao dizer a receita, não parecia uma combinação muito boa mas mesmo assim eu comi e minha nossa! É uma maravilha, apesar da mistura o gosto é delicioso, dividimos as duas porções e elas nãos demoraram a acabar, fomos caminhando pelo parque e Gerard chamava atenção por ser que é, eu andava um pouco afastada e meu Ray-Ban disfarçava um pouco o nervosismo que meus olhos demonstravam, mas minhas ações não conseguiam disfarçar, Gerard percebia meu comportamento mas não falava nada.

 Fomos tentando formar assuntos interessantes pelo caminho, mas nada era bom o suficiente para se transformar em uma conversa produtiva, até que chegamos ao Hillside Gardens, os jardins do Hillside são lindos e as plantas de lá são renovadas a cada estação, o centro do jardim tinha um outro jardim em forma de folha do Canadá, o que eu achei lindo, depois de tirar algumas fotos fomos à lagoa que ficava por perto, Gerard disse que estava cansado então ficou sentando num banco perto da lagoa enquanto eu fiquei na beira aproveitando a linda paisagem natural, do local onde eu estava dava para ver a ponta da torre CN, o que era incrível.

 — É bonito, não é? – Gerard questionou ainda sentando.

 — Realmente! – Falei indo me sentar com ele, mas antes que eu desse mais um passo minha respiração fechou e meu cérebro parece dar um estalo. Ele estava à alguns bom metros de distância de mim mas eu o reconheceria em qualquer lugar que fosse a qualquer distância que estivesse, seus cabelos loiros balançavam com o vento e seu feição estava séria, talvez fosse minha cabeça me enganando, mas podia jurar que havia visto aquele sorriso de canto, que tanto me enjoava, se formar em seus lábios.

 Minha cabeça começou a latejar de repente e eu me curvei ao sentir aquela dor infernal como se estivessem mexendo em meu cérebro, coloquei minhas mãos sobre minha cabeça soltando um grito trêmulo e abafado, caindo de joelhos em seguida, senti Gerard ao meu lado assustado colocando hesitantemente uma de suas mãos sobre minha coluna, ele falava comigo mas eu não fazia ideia do que ele queria dizer. A dor ficou por mais 2 minutos e então eu não senti mais nada, se a dor não tivesse sido tão torturante eu duvidaria que tivesse sentido mesmo alguma coisa.

 A voz de Gerard estava abafada por um zunido estranho que era muito alto, era como se fosse um monitor cardíaco anunciando uma morte, aos poucos o barulho foi diminuindo até que eu não o ouvisse mais e o tom de preocupação e desespero de Gerard pareceu me acordar, eu ignorei suas perguntas e olhei rapidamente para frente na intenção de ver aquele homem que me atormentava em meus piores pesadelos mas ele não estava mais lá.

 — Skyler! Minha nossa! Você está bem? O que aconteceu com você? Foram as batatas fritas? Meu Deus! Quer que eu te leve para o hospital?  – Gerard fazia milhares perguntas me deixando confusa e tonta. O olhei e o mesmo estava ao meu lado no chão me olhando preocupado e passando seus olhos por todo meu rosto na intenção de ver se eu demonstrava alguma feição de dor ou coisa parecida, o que não aconteceu. Apenas balancei a cabeça negativamente e suspirei profundamente. “Eu estou ficando louca?”

 Eu não sabia o que havia acontecido mas sabia que ir a um hospital não responderia minhas perguntas.

 — Você tem certeza que não quer ir ao hospital? – Ele continuou a perguntar me ajudando a ficar de pé — Ele é aqui perto, você está realmente bem? O que foi que aconteceu?

— Eu não sei o que aconteceu, mas eu estou bem, só senti dor de cabeça, quando eu era criança isso acontecia, mas dessa vez foi mais forte, me desculpe por essa cena. – Falei envergonhada. Ainda estava confusa com que eu tinha visto, porra, era ele mesmo?

— Que tal passarmos por alguma farmácia para comprar um remédio? Aproveitamos e compramos um café pra você se esquentar, vem. – Ele falou apressado pondo sua mão em meu cotovelo e me levando junto consigo. Remédio não iria ajudar em nada mas aceitei só pra ele não ficar insistindo em me levar ao hospital.

 Como estávamos longe do estacionamento, demorou até que chegássemos ao carro, não falamos nada o caminho todo, não tinha o que falar, minha mente estava confusa sobre o que tinha acontecido e eu estava apavorada e ao mesmo tempo ansiosa por tê-lo visto, se era realmente ele eu já poderia ir atrás dele e acabar de uma vez por todas com ele.

 Gerard às vezes me olhava hesitante, talvez com medo de que voltasse a acontecer o que aconteceu no parque, então eu me senti culpada, mesmo que a culpa obviamente não seja minha, eu me senti mal, ele estava tentando formar um laço mais firme entre nós e eu estraguei tudo, sei que pra ele deve estar sendo tão difícil quanto é pra mim, eu entrei de forma tão arrebatadora em sua vida, devo ter mudado planos que ele deve ter feito, tirei sua privacidade e ele com certeza não irá mais voltar a ter a calmaria que estava acostumado. Ele estava fazendo o possível para ser no mínimo meu amigo, eu teria que me esforçar também.

 — Me desculpe. – Falei cabisbaixa olhando para minhas mãos, notei ele lançar um olhar questionador a minha direção mas não me atrevi a falar nada.

 — Pelo que Skyler? Você apenas passou mal no parque isso é normal. – Ele tentou me tranquilizar mas eu neguei com a cabeça.

 — Não é só isso. Desculpe-me por entrar em sua vida de uma forma tão inesperada, eu não sei se já agradeci o suficiente por tudo o que você fez por mim, você me acolheu, me deu uma casa onde morar e está cuidando de mim, mesmo eu sendo uma completa estranha pra você, por isso obrigada e me desculpe. – Joguei tudo que estava preso em minha garganta, ele, no entanto, ficou mudo por alguns infinitos segundos, ele estava surpreso e eu também.

 — Não, não, pelo amor de Deus, não Skyler!  Você não chegou tão inesperadamente, tive alguns meses antes de você vir para refletir e me animar com a ideia de ter uma filha com uma mulher que é tão especial para mim. – Ele dizia tudo depressa como se estivesse indignado e meu peito se encheu de uma coisa que há muito tempo eu não sentia. — Eu sou seu pai apesar de tudo, é um direito meu cuidar de você e dar tudo do melhor à você, nunca pense de forma alguma que você é algum tipo de peso pra mim ou uma estranha, você é minha filha. Eu errei com sua mãe e quero me acertar com você! Sou eu quem deveria pedir desculpas, por tudo, eu deveria ter ido atrás de sua mãe, ter lutado mais por ela, se eu não tivesse sido tão egoísta hoje você estaria me chamando de pai, eu teria te acompanhado desde o nascimento, ido a todas as reuniões escolares, feito suas festas de aniversário e tê-la mimado o quanto eu quisesse. Você não sabe o quanto é difícil para mim ver você tão madura e crescida quando eu podia ter visto seu primeiro dente de leite cair, Deus sabe o quanto eu desejo voltar no passado e consertar tudo, mas eu não posso, tudo o que eu posso fazer agora é tentar fazer com que você se sinta confortável perto de mim e que não me afaste de você. – Gerard falou isso dividindo seu olhar entre mim e o trânsito, eu não tinha palavras para descrever o que eu sentia, era uma mistura de alivio, amor, saudades e tristeza, lágrimas escorriam de nossos olhos e quando chegamos a uma farmácia ficamos alguns segundos a mais digerindo tudo o que dissemos um ao outro. Ainda era cedo para dizer que já tínhamos superado tudo, mas eu sei que minha vida nunca mais seria a mesma depois de sua confissão.

 Sequei minhas lágrimas quando saímos do carro e entramos na farmácia, ele comprou um remédio para dor de cabeça e fomos para a parte de trás onde havia uma pequena lanchonete, sim uma lanchonete numa farmácia, isso era normal aqui, tanto é que tinha até roupas para vender. Sentamos numa mesinha já com nossos cafés ainda em silêncio, eu não sabia o que dizer, nem o que pensar, mas então me lembrei de uma coisa.

 — Hã... com licença, eu vou fazer uma ligação – Falei baixo, ele apenas acenou com a cabeça distraído, eu peguei meu café e saí da farmácia, fiquei escorada na parede de concreto ao lado e liguei imediatamente para Lana.

 — Alô? Skyler? – Lana atendeu animada, o que me fez sorrir um pouco.

 — Oi Lana, estou sentindo saudades.

 — Não é que eu também estou sentindo saudades de você me atazanando por aqui? – Fez piada rindo e eu soltei uma leve gargalhada. — Então? Ligou de saudades ou aconteceu alguma coisa? Ele não é um bom pai? – Perguntou já preocupada.

 — Não! Ele é um ótimo... pai, liguei de saudades é claro, e também por que aconteceu uma coisa hoje, preciso saber se não estou ficando louca!

 — Ande menina, conte logo! – Falou ansiosa.

 — Então, vai mesmo parecer loucura mas... – Falei já pensando e sua reação — Eu acho que vi o Alan – Falei o nome um pouco hesitante, ela ficou em silêncio por um tempo e eu conseguia ouvir sua respiração pesada do outro lado da linha. Quase conseguia ouvir também seu cérebro dando um nó. — Foi tipo, por mínimos segundos mas eu o reconheceria em qualquer lugar, ele está atrás de mim? Pensei que estivesse escondido no México junto com seu pai e seu irmão. E o mais estranho é que depois que o vi eu senti uma dor infernal na cabeça, sabe quando eu sentia aquelas dores aos 10 anos? Então, foi mil vezes pior, e-eu não sei o que está acontecendo. – Disse rápido e tremula, minha cabeça dava voltas e voltas tentando entender tudo o que estava acontecendo mas era inútil, eu esperava que Lana tivesse minhas respostas.

 — Sky-Skyler, i-isso é impossível! O... Ele... Merda!... Alan está morto! – Tudo ao meu redor pareceu ficar parado, eu repassei o que ela disse em minha mente pensando ter ouvido errado mas eu havia escutado perfeitamente, minha expressão foi de confusa para surpresa. “O-o que? Como?” — E-ele morreu no ataque que fizemos em 2012 logo depois de tudo aquilo acontecer, é impossível que você tenha o visto, e sobre a dor, lembre-se que aquilo não era nada, mas se doeu muito você deve ver isso ai com urgência! Skyler você tem certeza que era ele? – Minha boca secou, na hora eu tive certeza absoluta mas agora estava em dúvida, minha mente estava querendo me pregar uma peça? Não! Eu tenho certeza de que era ele.

 — Não Lana! Era el... – Antes que eu conseguisse terminar minha frase sinto um corpo empurrar o meu com violência me fazendo cair no chão, a pressão do corpo acima do meu me fez perder o fôlego e jogar meu celular longe, eu conseguia ouvir o som dele se quebrando. As pessoas que caminhavam ao meu lado se assustaram mas não tentaram me ajudar. Talvez canadenses não fossem tão educados assim.

 Resmunguei de dor ao sentir minhas mãos queimarem por ter ralado, a pessoa se jogou ao meu lado antes que eu pudesse fazer qualquer coisa e foi logo se desculpando mas eu não dei atenção, me levantei rangendo os dentes de raiva ao sentir meus joelhos arderem olhei para baixo e eu estava um lixo, meu café havia simplesmente explodido em mim sujando minha roupa que já estava suja ao ter caído, minha calça se rasgou nos dois joelhos e desfiou um pouco mais para baixo, meu coturno ficou arranhado e para completar meu precioso celular velho-mas-indispensável estava destruído. Olhei para a pessoa, que na verdade era um garoto, que havia me derrubado e caído por cima de mim com um olhar raivoso, sentia minha calma esgotar e minhas bochechas queimarem.

 — Olha me desculpa mesmo, eu sinto muito, é que eu não vi você ai e, também, você estava no meio do calçamento. – Eu não sei se ele estava se desculpando ou pondo a culpa em mim, talvez os dois. Fui pegar meu celular que estava destruído no chão e mostrei a ele que estava com um skate em mãos. Olha só! E ele não havia se machucado. Óbvio! Eu havia amortecido sua queda, mas eu não me importaria de fazer um machucado no meio de sua cara.

 — Eu estava no meio do calçamento? Você é cego? Eu estava escorada na parede, mas que merda! Agora minha roupa está destruída e meu celular também. Merda! Porra! Mas que caralho! Inferno! Filho da mãe! – Xingava não só ele como também o mundo inteiro olhando para a tela do meu celular “Hoje, definitivamente, não é meu dia!”

 — Nunca ouvi uma garota falar tanto palavrão, me desculpe, mas realmente não te vi, e peço para que não fale assim comigo. – Ele deu ênfase ao dizer “comigo” e apontou para seu rosto, eu olhei para ele indignada “Quem ele pensa que é?”

 — E você é quem? O dono da Terra? O Poderoso Chefão!? Você fodeu com meu celular! Como é que vou poder saber se ele está morto ou não? – Se eu estivesse menos nervosa teria percebido a merda que falei, também teria percebido as várias pessoas que nos olhavam e talvez tivesse percebido a câmera de um paparazzo apontada para nós.

 Ele soltou uma risada desdenhosa que fez com que minha raiva aumentasse, o sujeito desviou o olhar olhando para os lados e eu fiz o mesmo, então reparei nas pessoas que tentavam disfarçar seus olhares para nós. A onda de raiva que eu sentia diminuiu me fazendo recuar um paço. Estava sem meu Ray-Ban, que merda. Quando ele voltou a olhar para mim sua sobrancelha estava arqueada em sinal de deboche e então foi ai que reparei nele, seu cabelo estavam escondidos entre um boné mas dava para ver que era num tom loiro sujo, seus olhos tinham uma tonalidade de caramelos e seus lábios avermelhados faziam contraste com sua pele clara, ele não vestia nada mais do que um casaco grossinho xadrez azul largo e comprido junto com um jeans preto e tênis esportivo branco, ele era lindo, me perguntava se ele não estava congelando mas deixei pra lá no segundo em que ele falou com deboche:

 — Eu sou Justin Bieber, o dono da Terra ainda não, mas podemos dizer que sim, sou o Poderoso Chefão, mas você já deve saber disso, obviamente. – Ao terminar de falar ele revirou os olhos como se aquilo fosse dever meu ter conhecimento de sua existência. Ele era realmente lindo, mas sua petulância, egocentrismo e grosseria o deixavam feio.

  — Na verdade, nunca lhe vi e nem nunca soube da sua existência e também nem quero saber. Passar bem! – Falei isso e sai do local com medo de fazer alguma merda na frente daquelas pessoas. Voltei à farmácia e quando Gerard me avistou completamente desajustada foi ao meu encontro boquiaberto.

  — O que aconteceu Skyler? Foi assaltada? Meu Deus, você caiu? – E lá vamos nós de novo!

 

(...)

 

 Depois de explicar que um maluco petulante caiu em cima de mim me deixando naquele estado fomos embora, mas aproveitamos para fazer um curativo em minha mão e joelhos na farmácia. Eu estava de saco cheio desse dia! Queria me enfiar debaixo do cobertor e não sair de lá até amanhã de manhã, estava com medo de que mais alguma merda acontecesse. Eu ainda lamentava pelo meu celular destruído e ainda sentia a tensão no meu corpo, eu estava ficando paranoica.

 Ele estava morto, o homem cujo me causou tanto sofrimento estava morto e eu nem sabia. Pensei que ao souber disso eu iria finalmente seguir minha vida e um peso enorme iria sair de minhas costas, mas o peso pareceu mais pesado e fiquei com mais receio ainda de seguir em frente.

 Afinal, se não foi Alan quem matou minha mãe, quem foi então?

 

 

Você tem aquele olhar de James Dean, sonhador

Eu tenho lábios vermelhos, algo clássico que você gosta

E quando nós desabamos

Conseguimos ressurgir, todas às vezes

Style - Taylor Swift 

 


Notas Finais


E então?? Gostaram? Espero que sim kittens, as coisas vão começar a entrar nos trilhos logo logo.
Okaay, a novidade é o seguinte: eu escrevi um cap hot pra uma menina que pediu minha ajuda, não vou dizer que sou profissional nisso e que arrasei mas ela disse que ficou bom orsibngj, vou deixar aqui o link da fanfic dela e o link do cap que eu escrevi.
Queria agradecer a ela tbm pela oportunidade e agradecer a Nany por ser um amor e ter comentado todos os caps e ter elogiado bastante a fic, os comentários dela me deixaram mais animada e confiante, então muito obrigada Nany e a ~confidentlove, e obrigada também a vocês que estão acompanhando a fic e gostando!
E comentem se vcs gostaram ou sei la, qualquer coisa!

Até o próximo capítulo kittens :**

E QUE A SORTE ESTEJA AO NOSSO LADO PQ O BIXO VAI PEGAR!


Link da fanfic >> https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-you-are-my-angel-2069197
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Link do capítulo que eu escrevi >> https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-you-are-my-angel-2069197/capitulo16
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-you-are-my-angel-2069197/capitulo16
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-you-are-my-angel-2069197/capitulo16


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