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História Beautiful Thing - O primeiro contato


Escrita por: ShyYoonSeok

Notas do Autor


A ideia de criar essa fic do YoonGi como tritão surgiu bem do nada mesmo. Eu espero que possam dar muito amor a ela, pois está sendo bem divertido de escrever. Bem, a narração vai ser dividida entre YoonGi e HoSeok, mas geralmente irei me focar no Hobi, hehe.
Então é isso, boa leitura.

Capítulo 1 - O primeiro contato


Tudo ia bem com o futuro veterinário da família, bem até demais. Afinal em finais de semana era mais que comum ser convidado pelos pais para alguma atividade em família, estas que HoSeok sempre tentava a todo custo escapar. Já não era mais um adolescente e a vontade de ter seu próprio espaço só ficava maior, mesmo que ainda morasse com os pais tinha planos futuros de morar sozinho e começar a trabalhar. O sonho de fazer música nunca abandonou a cabeça do moreno, desde os 7 anos de idade tinha a profissão de músico como um sonho e aos 13 anos compôs a primeira música. Mas era claro que isso não era tudo.

HoSeok deva seu melhor para de alguma forma mostrar aos pais que seu sonho de ser músico valia a pena, que valeria a pena investir em si. Escutar seu pai falando que "música não tava dinheiro" o deixava triste, pois para alguém extremamente sensível com palavras algo assim já o fazia querer jogar tudo para o alto e desistir. 

Contudo ainda tinha um objetivo em mente, agradecer sua mãe. Sim, agradace-la por não o abandonar em seu sonho. O apoio de sua mãe era fundamental para o crescimento do menino. Fez tudo que estava ao seu alcance para o ajudar na busca pela realização pessoal e com isso HoSeok se fez a promessa de se tornar famoso. E ele iria, era seu maior desejo saber que era admirado pelo que fazia e que as pessoas gostavam. Um sonho que poderia estar longe mas o garoto não desistiria, nem pelas investidas do pai em o fazer mudar de idéia e nem pela sua irmã, que pensava da mesma forma que o patriarca.


Naquele final de semana os pais decidiram ir além, bem além do que Jung esperava. Seu pai, como sempre com idéias extravagantes, decidiu por si só alugar um barco para passar alguns dias em alto mar. O homem fez tudo por baixo dos panos, nem mesmo a própria esposa sabia da ideia, ideia essa que não agradou muito sua irmã, pois a mesma tinha uma facilidade bem maior de ficar enjoada, sem dúvida alguma vê-la vomitando nos cantos do barco seria algo bem comum. Já para o caçula não fazia diferença, estava até bem feliz pelo fato de não ter que acampar, acabando por ser devorado pelas mais várias espécimes de insetos. Então, para HoSeok, ficar em um barco era a melhor opção até agora. A única coisa que realmente deixou o moreno preocupando foi o aluguel daquela belezinha, um barco que mais parecia um iate, alho um tanto exagerado para 4 pessoas, todavia era seu pai, um homem naturalmente exagerado.

- Estou muito empolgado para passarmos o final de semana juntos nessa beleza. - dizia o homem mais velho, mostrando a todos cada cantinho do barco. No trajeto o moreno tentava conter a risada cada vez que Dawon parecia mais lívida.

Foi por muita sorte que HoSeok conseguiu se livrar das atividades "domésticas" com sua mãe pois seu pai preferiu que cuidasse da irmã mais velha, tentar a distrair um pouco da ideia de se encontrar dentro de um veículo flutuante na água. Então naquele mesmo horário os dois jogavam banco imobiliário, e HoSeok estava perdendo vergonhosamente. Não tinha experiência nenhuma com o jogos daquele tipo, gostava dos eletrônicos de alta tecnologia, estratégia de batalha e essas coisas, foram poucas as vezes que ele tinha contato com jogos de tabuleiro.

A tarde foi bem calma para os dois jovens, assim como os seus pais que não tiveram muito que organizar. Mas a única coisa que a família não esperava era a mudança súbita no mar. Com a chegada da noite as águas ficaram cada vez mais agitadas, as nuvens carregadas mostravam que a chuva seria das brabas. Conforme o barco ia chacoalhando, Dawon só sentia mais nervosismo e HoSeok se via cada vez mais aflito, afinal era sua irmã que estava a ponto de chorar e o mesmo não poderia fazer nada. Em um dos solavancos do navio um deles havia sido bem mais forte que os outros, fazendo o barulho semelhante a de um corpo batendo na parede, ecoar para dentro do quarto dos 4 tripulantes. Imediatamente a filha mais velha agarrou o braço de sua progenitora, clamando por proteção.

- HoSeok, a gente tem que ver se está tudo bem com o barco e você vai ter que ir comigo - não teve tempo de inventar uma desculpa para não ir lá fora naquele temporal. E se uma onda gigante surgisse para o arrastar 'pro fundo do mar? Não queria nem pensar nisso.

Seu pai praticamente o arrastou para fora da cabine, e mesmo com muito medo, HoSeok sabia que seria melhor olhar o problema para evitar coisas piores. Respirou fundo com a lanterna em uma das mãos, dando a volta para ir até o local do estrondo. Seu pai havia lhe dito que iria checar os monitores do barco enquanto o filho mais novo se preocupava em ver se tudo estava bem com o veículo. As gotas grossas de chuva encharcavam a roupa do moreno de forma bruta, deixando sua franja grudada a testa. O menino sabia onde ir, mas ainda sim tinha medo. O barco mexia 'pra lá e 'pra cá, seguindo o ritmo das marés durante a curta caminhada de HoSeok, algumas vezes tendo que se segurar em algum lugar para não dar de cara com o chão.

A cada passo que dava, cada vez mais perto de descobrir sobre o barulho que havia ouvido, o garoto sentia um frio na espinha. Sentia medo do que poderia encontrar ao chegar, uma rachadura já lhe causava dores de cabeça mas é se fosse algo mais? E HoSeok estava certo. Escutou uma pancada de novo, um som que ele não conseguiu decifrar e talvez gostasse de ficar sem saber. 

No momento em que seus olhos flagraram as escamas de cor verde, refletindo o brilho da lanterna, HoSeok tremeu dos pés a cabeça. A chuva ainda castigava seu corpo, mas nada disso importava no momento pois estava totalmente paralisado de medo. A criatura a sua frente era algo que nunca, jamais esperou encontrar em sua vida. O cabelo longo e esverdeado da criatura caía sobre os ombros e peito desnudo, grudando úmidos a pele. Os olhos do ser o encaravam, arregalados e tão surpresos quando os de Jung. Se HoSeok não estivesse tão nervoso, notaria as branquias nos dois lados do pescoço e como elas tentavam respirar de alguma forma. Notaria o desespero da criatura em tentar achar oxigênio. Mas HoSeok estava tão assustado quanto o próprio ser a sua frente e por estar com medo, a lanterna acabou por cair de sua mão em um baque alto. 

- A-ajuda... - o fio de voz vez HoSeok despertar. Sentia o desespero através da fala, e ele queria ajudar, mas não sabia como. 

Então o garoto se aproximou da criatura, tentando ignorar a chuva grossa e os solavancos, e mesmo com receio pensando em algo. A luz da lanterna iluminava os dois indiretamente, deixando a luminosidade baixa mas suficiente para o futuro veterinário. Avistou o peito alheio subir e descer, como se  houvesse dificuldade ao respirar e de fato existia. HoSeok percebia que o que estava lidando não era humano e muito menos algo como um cachorro com a pata ferida. Contemplou a calda longa que mexia aflita, algumas vezes batento contra o barco e causando mais barulho. O nervosismo só aumentou quando sentiu uma mão molhada puxar sua camisa com força, outra forma muda de pedir ajuda.

- Calma, vai ficar tudo bem - mas HoSeok não sabia, ele só estava fazendo seu trabalho como um quase médico. 

A mão que lhe segurava foi ficando frouxa, foi nesse instante que teve de pensar rápido ou aquilo iria morrer. O que realmente não era uma das opções. Saiu de perto daquele corpo, indo a procura da lanterna. Com o objeto na mão ele voltou a se por ao lado do indivíduo, tirando os fios claros de cima das guelras. A respiração fraca era sinal de que precisava ser feito algo com urgência. HoSeok tinha que pensar, mas não sabia como. E em uma atitude de desespero, o jovem colocou a lanterna na boca e passou um braço pela calda espessa, o outro braço ele passou pelas costas daquela criatura. Com certa dificuldade conseguiu o erguer no ar e assim HoSeok iria jogar o ser na água. Mas quando deu uma última olhada no desconhecido, a luz migrou sobre o rosto pálido e lábios rosados do mesmo. HoSeok nunca tinha visto alguém com tamanha beleza, nunca havia visto qualquer coisa chegar perto. Os pequenos olhos do que estava em seus braços foram se fechando aos poucos e HoSeok sabia que tinha que ser agora. 

Jogou-o ao mar, escutando o baque que o corpo produziu no mar. O jovem se prontou a observar as águas ainda agitadas ficarem um pouco mais calmas, a chuva ficava mais fraca e por alguns segundos HoSeok ficou estático. O ser com cabelos verdes voltara para superfície, não esboçando emoção alguma, apenas o encarando com os pequenos olhos castanhos.

Os lábios do menino peixe se mexeram em algo que HoSeok conseguiu entender como "obrigado". Em seguida o mesmo voltou para a água, mostrando brevemente sua bela cauda de escamas verdes e brilhante. Deixando o jovem tão fascinado que o mesmo parou ali sem reação, se questionando o que era real. Talvez estivesse ficando louco mesmo, por estar tão fascinado por algo que nunca mais veria na vida. 

Aquela foi o primeiro contato que HoSeok teve com aquele que iria mudar tudo em sua vida.


Notas Finais


Amaram ou odiaram? Deixa seu comentário aí pra gente trocar umas idéias.
Beijos, até a próxima.


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