1. Spirit Fanfics >
  2. Beauty and a Monster - NamJin >
  3. Rumores

História Beauty and a Monster - NamJin - Rumores


Escrita por: thebaddestpark

Notas do Autor


MUITO OBRIGADA ÁS PESSOAS QUE TÊM COMENTADO!!
gosto muito de vocês muah~~

Capítulo 5 - Rumores


 

 -Você... Está bem? - Seokjin pousou sua mão no meu ombro.

 -O que acabou de acontecer?

 Ele levantou-me do chão e fechou a porta do quarto. Sentámos-nos no chão de novo enquanto eu tentava pensar.

 -Eu lamento imenso sobre... seu pais...

 -Isso não é verdade! O meu pai não seria capaz de fazer isso à minha mãe!

 -Você ouviu a sua mãe...

 -Ela não tem provas! Eu conheço eles, isso não pode estar acontecendo. 

 Não podia mesmo... 

 Desde a primeira vez que os tinha visto no orfanato que se via que Noah e Luena se amavam apesar de duas personalidades paralelas. 

 -Flashback-

 Estava estudando e ouvindo música no único local do orfanato que era silencioso o suficiente para me concentrar, a secretaria. Uma mulher elegante com aspeto exótico estava à espera que alguém a atendesse, mas não estava ali ninguém a não ser nós os dois. De súbito, um homem alto, branco com olhos azuis esverdeados e braços preenchidos com tatuagens entrou e a mulher olhou-o chocada. Observei-os discretamente enquanto eles começaram uma discussão em inglês, provavelmente pensavam que ninguém os iria compreender.

 -O que você está  fazendo desse jeito? As crianças vão se assustar! - A mulher tinha um sotaque espanhol e puxava as mangas do casaco do homem para baixo para esconder os desenhos na sua pele.

 -Se eu vou ser pai de uma delas, não vão acabar descobrindo? - Ele perguntou divertindo vendo-a revirar os olhos - Amor, porquê esse stress todo?

 -Porquê? Como você pode estar tão calmo, Noah?

 -Porque é que eu estaria stressado? - Ele envolveu os braços à volta dos ombros da mulher puxando-a para ele - Todas as crianças gostariam de ter como mãe. - Ele acalmou-a - Quer ver? Oi, moço! - Ele acenou para mim falando coreano de repente - Fala a verdade: Nós não parecemos dignos de adotar?

 Noah olhou para mim dando-me um sorriso forçado como um sinal para não magoar os sentimentos da mulher:

 -Eu deixava-vos adotarem-me, - Acenei com a cabeça tentando mostrar interesse - Mas, não é como se os recém-nascidos tivessem grande opinião, não é?

 -Nós não queremos adotar um recém-nascido.

 -A sério? Isso é raro. Então não têm mesmo de se preocupar, há imensas crianças lá dentro desesperadas por sair por isso tenho a certeza que vão ter sorte.- Sorri fraco para os dois antes de continuar a estudar,

 -Eu gosto dele, não o podemos levar? - Noah voltou ao seu idioma.

 -Ele provavelmente é filho de alguém da direção. E pára de tratar as crianças como se fossem animais de estimação. - Luena bateu no braço do homem.

 -Na verdade...- Interrompi-os - Eu sou orfão, mas há crianças mais bonitinhas lá dentro, não se surpreendam. - Completei em inglês sem olhar para eles apontando o lápis para a porta.

 -Olha eu acho mesmo, que o devíamos levar a ele. - Noah comentou.

 -Pára de o tratar como um animal!

 Quis rir...

Até mesmo antes de sermos uma família, a minha mãe já se zangava com o meu pai por minha causa.

 -Se você é um órfão, porque está aqui e não com as outras crianças? - Luena encostou-se à mesa em que estavam os meus cadernos.

 -Prefiro estudar para ter um bom emprego do que tentar a minha sorte a ser escolhido para ser adotado, noona. 

 -Qual é o seu nome?

 -Kim Namjoon.

 Ele olhou para os meus olhos mas foi interrompida por uma mulher que a chamou a ela e a Noah.

 Dias depois disseram-me que havia um casal interessado em mim e quando saí do meu quarto a Luena e o Noah esperavam-me.

 --------

Jin teve de ir embora um pouco depois. Eu quase que nem tinha falado com ele depois de ouvir-mos aquela conversa. Mas antes de ir embora ele sussurrou-me ao ouvido para que sua mãe não visse:

 -Manda mensagem se precisar de algo.

 -Obrigado.- Abanei a cabeça.

 O jantar foi um pouco silencioso. Era só eu e a minha mãe, pois o meu pai ia chegar tarde. Luena se levantou da mesa após uns minutos e foi para o quarto. Eu não aguentei e fui atrás dela. Encontrei-a sentada na cama a chorar em silêncio. Liguei a luz antes de entrar no quarto e sentei-me ao pé dela:

 -Nam, eu...

 -Eu sei o que você pensa do Noah, mas isso não pode ser verdade. Eu estou decidido a provar isso. Eu sei que ele te ama.

 -Como você...?

 -Eu apenas sei, está bem?

 Ela abraçou-me e eu envolvi-a nos meus braços. Embora ela tentasse que eles fossem meus pais às vezes eu sentia mesmo que eles eram mais meus irmão que pais. Naquele momento parecia que Luena era a minha irmã mais nova que tinha acabado uma relação ou algo assim.

 -O Noah deve estar quase a chegar... Ele não me pode ver assim. - Ela limpou as lágrimas.

 -Certo... Vai para o meu quarto e deixa a porta aberta.

 -Porquê?

 -Só faz o que eu te digo.

 -Tá.- Ela beijou a minha testa e foi.

 Eu desci as escadas e sentei-me à mesa a acabar de comer. Noah chegou um pouco depois. Sentou-se à mesa comigo a comer.

 -Noah.- Chamei-o sério mas nervoso.

 -Fala.

 -Você... Anda a trair a Luena?

 Ele olhou para mim chocado e um pouco zangado embora estivesse a manter a calma:

 -Que raio de pergunta é essa, Namjoon? Porque você acha isso?

 -Porque eu acho que ela acha isso.

 -Nam, ela é a mulher da minha vida.

 -Tá, mas você anda por aí nem lhe dá atenção.

 -Eu só não a quero incomodar. Ela fica irritada quando tem trabalho e eu lhe chateio. Só estou a dar-lhe espaço, ela sabe disso.

 -E porque é que anda a chegar tão tarde?

 -Isso... Na verdade, é algo que eu tenho de falar com ela. E que não é da sua conta.

 A minha mãe saiu do meu quarto e desceu as escadas.

 -Olá meu amor. - Noah falou.

 -Oi. - Ela disse menos seca do que pensava que ia estar.

 Tirou o meu prato da mesa e começou a lavá-lo enquanto eu subi as escadas para o meu quarto. Abri e fechei a porta para fazer barulho e escondi-me lá dentro para ouvir a conversa.

 -Luh... - O meu pai chamou-a.

 -Diga.

 -Você já reparou que eu ando a chegar mais tarde né?

 -Sim, já. - Ela parecia um pouco impaciente e quem a poderia culpar?

 -Bem, eu estive organizando algo. Eu gostava levar você e o Nam aos Estados Unidos nas próximas férias. Acho que ele ia gostar muito. E podia ir visitar os avós dele. Os meus pais estão cheios de saudades do neto. E assim...- Dei uma espreitadela e vi-o puxar Luena pela cintura, virando-a para ele - Nós podíamos ir passear onde costumavas ir. Só nós os dois. - Ele tirou o cabelo dos olhos dela.

 «Cara, o Noah sabe como virar o jogo» 

 Ela acenou com a cabeça:

 -O Nam vai adorar. - Ela o abraçou - Você deve agir assim mais vezes. Como um pai a sério. Nós devemos agir como uma família a sério!

 Aquilo não soava a um comentário repreendedor, ela estava orgulhosa.

 -Eu sou um pai a sério! Você não entende. Nós não escolhemos O Namjoon. O Namjoon nos escolheu.

 -Eu sei. Eu só espero que ele esteja satisfeito com as escolhas dele.

 Eu estava.

 

Encostei a porta do quarto e peguei no meu telefone: 

 -...O-Oi? Está tudo bem?

 -Eu resolvi as coisas!

 -Sério? Que bom.

 -O que se passa? Está tudo bem?

 -Sim... Sim, está. Eu apenas estava dormindo. - Jin riu envergonhado.

 Olhei para as horas. Era quase uma da manhã.

 -Merda, desculpa! Eu falo com você amanhã.

 -Não tem problema. - Era estranho mas eu podia "vê-lo" sorrir pela sua voz - Ainda bem que você resolveu tudo. Falamos amanhã?

 -Sim. Boa-noite. E desculpe.

 Ele riu e desligou.

 Porque raio eu tinha-o chamado a ele?

 

 - Dia seguinte -

 Quando cheguei à sala sentei-me em cima da mesa de SeokJin e quando ele olhou para cima sorriu. Eu sorri de volta sem dizer nada, mas fui interrompido por Jung Hobi:

 -Eu descobri! - Ele bateu com a mão na mesa ao lado da de SeokJin olhando para nós.

 -Descobriu o quê exatamente? - Perguntei continuando a sorrir.

 -Quem é que o Jimin anda a pegar.

 Olhei para Jin que tinha perdido o seu sorriso por uma expressão meio constrangedora meio assustada. 

 Jin já se tinha habituado à presença dos rapazes e já era parte do grupo basicamente. Em pouco tempo eles tinham-no aceite facilmente. O YoonGi nem fazia gracinhas sobre ele. Por falar em YoonGi onde estava ele.

 -O Yoon? - Perguntei olhando à volta e para a porta.

 -Quem? - Hoseok perguntou.

 -O YoonGi. Onde está ele?

 -Não sei não o vi esta manhã. Mas não interessa, o Jimin...

 -Mas você não espera sempre por ele? - Jin questionou tentando fazer Hoseok pensar.

 -Sim, mas eu estava com pressa para vir para a escola, para...

 -Você não esperou pelo o YoonGi para vir mais rápido e poder gritar o quanto odeia Jimin por pegar o seu ex de há séculos atrás, eu sei.

 -Você sabia que era o Tae e não me falou nada?

 -É só isso que você tira da frase do Nam?

 «Do Nam» Desde quando ele me chamava Nam, também?

 Encarei Hoseok. Ele estava a compreender:

 -O YoonGi...

 -Deve ter cara de trouxa, por acaso!- YoonGi surgiu com a cara de sono de sempre - 20 minutos à sua espera para você vir para a escola mais cedo, né viado?

 Hoseok encarou YoonGi ressentido:

 -Desculpa, hyung.

 Aquele pedido de desculpa era dedicado a algo que YoonGi não tinha compreendido de todo:

 -Credo, também não é preciso ficar assim, Hoseok. - YoonGi se sentou na cadeira à frente da mesa onde Hoseok tinha batido anteriormente.

 YoonGi deitou a sua cabeça na mesa e fechou os olhos. O Hoseok devia ser uma espécie de despertador para YoonGi porque ele nunca chegava assim tão ensonado à escola. Hobi olhava o mais baixo com algum medo enquanto este dormia na secretária. Hoseok permaneceu mais calmo que o costume durante o dia, só eu e Jin é que sabíamos o porquê então muitas vezes quase que comunicávamos por olhares sobre se deveríamos dizer algo ou não.

-Depois da escola-

 -Você anda a sair muito com o Jin-hyung. - Jimin comentou enquanto caminhávamos juntos e sozinhos.

 -É. Ele é legal. - Encolhi os ombros.

 Era verdade.

 -Rumores que ele está afim de si.

 Parei de andar. Jimin percebeu isso após uns 3 passos sem mim. 

 -Rumores do YoonGi? 

 -São rumores à mesma, hyung. - Ele sacudiu os ombros e continuou a andar.

 Eu acompanhei-o a tentar procurar o que dizer.

 -Você sabe o que isso significa certo?

 -Que agora você já não tem moral para falar do grupo de amigos que têm? - Ele riu.

 -Mas... eu não gosto dele.

 Eu sabia disso. Eu não gostava de Jin. Ele era um bom amigo, um amigo que eu queria ter por perto mas não desse jeito. Eu tinha dado ideia que gostava dele? Será que a culpa era minha mesmo?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...