1. Spirit Fanfics >
  2. Bebê Stark-Rogers >
  3. Capítulo Único

História Bebê Stark-Rogers - Capítulo Único


Escrita por: nellotcher

Capítulo 1 - Capítulo Único


Quando as brigas eram muito feias, Tony batia a porta atrás de si com um estrondo e sumia por horas. Jamais combinaram os termos — por quanto tempo ficaria fora, para onde iria, o que diria ao voltar. E quando as brigas abatiam o inabalável Steve, horas e horas se passariam com ele na cama, fazendo nada. Nada de corridas, limpar toda a casa, cuidar da mini-horta, ou salvar o mundo com uma boa ação de cada vez.

A briga que o prendeu à cama daquela vez teve início às nove da noite. Um motivo tolo que o loiro não lembrava mais, contudo, o mesmo motivo tolo puxou motivos sérios e acabou que Tony saiu furioso pela porta e Steve passou a noite sozinho pregado à cama.

Assim, ao menor sinal de vida na casa além de sua própria existência, Steve colocou-se de pé. Uma noite toda abandonado pesou contra Steve, que estava desesperado pela fase de reconciliação onde Tony e ele desfrutavam da companhia um do outro.

Tony nunca ficou tanto tempo fora após uma briga, e ele estava voltando próximo da hora do almoço! Por isso Steve estava inseguro se aquela briga era diferente das outras.

Quando os olhos azuis se encontraram com os castanhos, o coração de Steve bateu mais forte, pronto para alcançar o moreno e erguê-lo em um abraço apertado, mesmo que este fosse reclamar até não ter mais saliva. O loiro só não fez nada disso porque Tony tinha em uma das mãos algo pesado que ele colocou sobre a bancada da cozinha americana deles.

A visão perpendicular fez Steve ver que se tratava de uma cadeirinha de bebê.

— De onde… — a pergunta surpresa do loiro foi interrompida com um dedo de Tony sobre os lábios, o bebê dormia. Um bebê com vários fios de cabelo castanhos no topo da cabeça e a ponta das orelhas mais salientes dormia com seu dedão na boca. — … veio esse bebê? — Steve baixou seu tom de voz.

— Não tiveram 'a conversa’ com você sobre de onde vêm os bebês? — apesar da provocação, a atenção do moreno estava fixa sobre o pequeno ser na cadeirinha. Tony tinha muitos planos para aquele projeto de gente e a expectativa o fazia dar um de seus mais belos sorrisos. — É o nosso bebê.

Steve franziu com tanta força suas sobrancelhas e sua boca perdeu tantas oportunidades de dizer algo, que Tony colocou uma mão sobre sua própria boca e o braço livre contra o abdômen para não gargalhar alto e acordar o pequeno novo inquilino.

— Isso é uma brincadeira de mau gosto? — Steve então sussurrou entredentes. Em algum lugar da cidade uma mãe chorava pelo rapto de seu filho, segundo a lógica do loiro para explicar aquele bebê.

— Pensei em chamá-lo de Rex. — Tony alisava a barba, pensativo.

— Ele não é um cachorro. — as narinas de Steve dilatavam a cada troca de oxigênio por Tony ignorar suas perguntas.

Steve daria apenas mais uma chance ao moreno, dali partiria para a ignorância — lado seu que não metia medo algum em Tony. Só que o homem empalideceu de súbito e assim Steve perdeu seu momento.

— Bosta, ele acordou.

O bebê tinha os olhos também castanhos, em uma tonalidade tão escura quanto seus cabelos. A curiosidade pelas duas figuras paradas diante de si fez seus olhos sonolentos abrirem por completo em empolgação.

— Quer pegar o Rex no colo?

— Como? Não!! E não o chame de Rex! — a proposta de Tony deixou Steve em tal estado de desconforto que o próprio Caveira Vermelha teria inveja. Steve suando frio com a ideia de ter um bebê para chamar de seu em mãos.

— Bom dia, amigão! Isso… bom aperto de mão. Esse é dos meus. — Tony interagia sorridente com o pequeno na cadeirinha. — Essa é sua nova casa, guri.

A beleza do momento se quebrou para Steve, que os observava com admiração pelo possível elo que Tony poderia criar com um filho deles.

— Tony, não diga besteiras. Ninguém sai e volta horas depois com uma criança pequena. De quem é esse bebê? Você nos ofereceu de babás pra alguém?? — o loiro seguiu Tony com o bebê em seus braços até o sofá na sala.

— Senta.

Steve o fez, mas com uma careta séria pelo moreno seguir evitando lhe dar respostas. A expressão mudou sem planejamento quando Tony se inclinou sobre ele, estendendo-lhe o bebê. Para o pequeno, pouca coisa mudava, acostumado por sua pouca idade a estar sempre nos braços de alguém.

Steve tinha mais jeito arremessando seu escudo contra um inimigo e pegando-o de volta como um bumerangue. Em seus braços, o bebê estava mais para dispositivo sensível prestes a detonar.

— Recebi ontem uma ligação de Fury. — Tony sentou no sofá, as pernas cruzadas, o rosto apoiado na mão e a atenção fixa sobre a interação de Steve com o pequenino. Notícias tristes podem ser menos impactantes quando se tem um bebê fofo e rechonchudo te olhando com um sorriso. — O pai do guri era uma espécie de agente terceirizado da Shield, ele e a mãe dele, aparentemente. Enfim, Fury não entrou em muitos detalhes, mas não é como se fosse impossível pra mim conseguir os dados da Shield.

Foi nesse momento que Steve girou sua cabeça na direção de Tony, com a respiração quase presa. O moreno passou a encarar o bebê para fugir do olhar do outro homem.

— Sem a Shield operando, papai e mamãe se envolveram com outros tipos de patrões. Patrões maus. E agora, bom… papai e mamãe não vão voltar mais.

Steve sentia as paredes da garganta se estreitarem de angústia com a história de um ser tão jovem e já tão cheia de tristeza. E a diferença de ânimos entre bebê e adulto se via pela expressão de Steve e o balbuciar alegre do menor.

— O plano do Fury é colocá-lo no orfanato ou então entregá-lo para sua tia, que agora está curtindo sua lua de mel com o marido nas Bahamas. Ou…

— Ou nós o criarmos? — a frase custou a passar pela garganta estreitada do loiro.

— Não era o que você queria? Claro, sem as mortes, o mistério em torno disso, possível desejo sanguinário de vingança quando ficar mais velho…

O sorriso, ainda que mínimo, de Steve fez o moreno respirar com mais tranquilidade.

Tony se privava de noites de sono em prol de seus projetos, fossem das Indústrias Stark ou do Homem de Ferro, mas Steve Rogers triste tirava seu sono até que o fizesse sorrir outra vez.

— Tic, tac, Steve… — algumas rugas ficaram aparentes nos cantos da boca do moreno com a brincadeira. — Pois o Ursinho Pooh aqui — a ação de seu indicador na barriga descoberta pela camisa que se enrolava para cima provocou gargalhadas no bebê. — veio sem mamadeira, os caras maus destruíram a casa, então ele logo vai chorar de fome.

Não que Steve precisasse de ajuda para ter uma resposta definitiva.

— Ele é o nosso bebê.

De onde Tony estava, foi como presenciar o nascimento de uma estrela: o exato momento em que Steve se tornou pai e jurou dar sua vida por seu filho.

— Ótimo! Eu cuidarei da papelada na segunda. — do bolso interno da jaqueta que vestia, o moreno sacou um papel, a certidão de nascimento do rapazinho que babava em seus dedos metidos na boca. — A propósito, o nome dele é Peter. Maaas podemos mudar pra Rex! ... Thunderbolt? — Steve o ignorava de propósito. — Ah, tá bom... WAITFORIT STARK-ROGERS!!!! Ainda não?

— Prazer em conhecê-lo, Peter. — o bebê sorriu ao ouvir seu nome.

— Ok. Tudo bem. Vai ser Peter. Sem graça...

Com cuidado exagerado, Steve se colocou de pé com Peter em seus braços, para separar sua carteira e as chaves do carro de Tony. Tinham compras a fazer. Coisas de bebês.

— Obrigado, Tony. — uma coloração avermelhada se via das maçãs do rosto até as orelhas do super soldado. E Steve não se fazia omisso quando algo importante tinha de ser dito. — Por também querer ter um filho comigo.

Tony sentiu uma fisgada no canto da boca, sorrindo instantaneamente. Seu corpo inteiro formigava com violência quando tinha aqueles momentos com o loiro. Porém, seu impulso para roubar um beijo falhou. Peter explodiu em gargalhadas com os pelos do cavanhaque lhe espetando a barriga. O loiro tinha erguido o garoto à altura dos lábios do moreno.

— Ei, isso não vale! — Steve estava risonho em resposta, tanto pelas fortes risadas contagiantes do filho, como pela indignação de Tony.

— Passou a valer agora.

— Muito bem, guri, — Tony sorria presunçoso, com os indicadores erguidos apontando para si e para Steve. — Mim “pa-pai”, ele “pai-co-lé”.

— Não ensine isso a ele. — ralhou o loiro, não representando ameaça alguma.

— Oras, ele é filho do grande Capicolé América e do Homem de Ferro, do que acha que ele vai nos chamar? — provocou Tony enquanto entravam no elevador em direção à garagem.

— Apenas “pai”.

— Steve, isso vai dar um nó na cabeça de todos! — Tony não perdia o tom de sua provocação. — É mais fácil “papai” e “paicolé”. Comigo, garoto: paicolé, paicolé, paicolé…

— Tony, não faça isso.

— lele… — balbuciou Peter, surpreendendo os dois.

— Quase isso, filhão! — o empresário sorria com todos os dentes possíveis à mostra, igual a Steve. Estava na cara que eles seriam dois pais babões.


 


Notas Finais


SuperFamily vai dominar o mundo!! *O*
Rsrsrs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...