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História Bebidas entre anjos e demônios - Mudança, decepções e ajuda;


Escrita por: HaruAbacaxi e ghostlight

Capítulo 5 - Mudança, decepções e ajuda;


Fanfic / Fanfiction Bebidas entre anjos e demônios - Mudança, decepções e ajuda;

" Você não sabe como é legal!

Desejo p'ra ninguém...

Viver nesse calor infernal.

E todo mundo te usar,

Como garoto propaganda,

P'ra todo mal que existe nesse mundo..."


-


-- Hm... Acho que vou ter que entrar...-- fala, triste.

-- É sua família não? Precisam de você-- o outro o consola.

Era realmente muito bipolar bêbado.

-- Ninguém precisa de mim...

-- Eu gosto da sua companhia.

Miguel ri, zombeteiro.

-- Uau, grade consolo de importância...-- fala-- ...obrigado.

Parecia honesto na última parte da frase.

Abraça o amigo, como ato de despedida, que logo cora de vergonha.

Nenhum deles recebia muitos abraços.

-- Tchau... Favelado! -- o maior fala, imitando-o.

Queria o reanimar, e conseguiu. O loiro riu alto, não acreditava que um dia Duda falaria isso.

-- Tchau... Pecador!

Retribuiu, vendo-o rir.

E então, entrou em casa. 

Olá inferno, sejam bem vindos! Que Deus os eliminem!

-- Nossa! Chegando meia noite, que surpresa Miguel!

Ouve a voz chata de sua mãe, como sempre.

-- Seu irmãozinho está na cama des das dez! Te avisamos para não chegar tão tarde, o deixa triste... -- Seu pai fala, lendo um jornal anti-globo, ou algo assim.

Seu irmão era um anticristo, mais que ele.

Para todos era o certinho da igreja, das notas perfeitas, o exemplo de filho, amigo, namorado, que seja!

Talvez o associando com Duda que pararam de se falar por completo.

Mas, sozinhos. O muléque o xingava e sempre tentava o agredir, mesmo com três anos de diferença, tinha catorze o pirralho. Não revidava, não queria castigo e sermões.

A tal da "Seleção divina" que sempre dizia.

Não entendia. Não queria entender.

Era um psicopata, certamente, vestido de anjo.

Davi; aquele peste desgraçado!

-- Desculpa pai, mãe -- fala-- vou dormir agora

-- Só não perguntamos quem era o garoto que te acompanhou até aqui por que já estamos acostumados com suas nojeiras!

Foi a ultima coisa que ouviu, antes de fechar a porta. Se jogou na cama

Odiava seus pais.

Odiava o capeta do seu irmão.

Odiava sua má fama de "viado", "pegador",  "alcoólatra".

Odiava ter se apegado tanto à um garoto que odiava des que se conhecia por gente, em apenas uma noite.

Mas claro, amanhã faria tudo de novo.


-


-- Duda Pereira Silva!

Não se era a primeira coisa que gostaria de se ouvir depois de chegar meia noite e quinze em casa.

Nem Duda, nem filho, e sim o nome completo.

-- O-oi, mãe...

-- Onde estava? Quem é a cadela? Porque esse cheiro de álcool? -- falou alto.

"Fudeu."

A única coisa que via a sua mente.

-- Ãh... Eu meio que saí com um amigo e...

-- Que amigo? Eu conheço?

-- O-o Miguel mãe.

-- O atentado anticristo do bairro?

Fala sarcástica.

Abaixou a cabeça, decepcionado consigo.

-- Sim...

A mãe suspira, cansada, com sono, com raiva.

-- Se eu te pegar falando com ele denovo... Diga adeus à esse bairro, vamos morar com sua avó. -- diz saindo da sala-- não vou dar castigos dessa vez. Tome um banho que amanhã vai ter que pedir muito perdão a Deus por essa noite.

-- Ok...

Lógico, veria o menino várias vezes, sabia que nem tão fácil esqueceria os sorrisos e jeitos do rapaz, muito menos o gosto de liberdade misturada com álcool.

Se jogou na cama, cançado.

Porque fazia isso? Porque se importava tanto com um capeta igual Miguel?

Seus olhos pesavam, sua mente pesava, sua consciência pesava.

E então, dormiu.


(...)


"Pai nosso que estaí no céu.

Seja feito o vosso nome.

Venha nosso vosso reinho.

Assim na terra como no céu.

..."

Duda já sabia disso.

Sabia muito bem desse começo, do meio, e do fim. Concerteza, era entediante.

Depois de algumas horas, sairá de lá, indo para o colégio. Afinal, era mais obrigação aprender matemática e português do que rever os versos da bíblia.

Começava às oito as aulas.

Andava, sempre um pouco isolado pelo colégio, apenas as vezes com a amiga; Rebeca, e raramente com Binho.

-- Então... Você saiu com o Paçoca noite passada e se deu mal? É isso?

A garota fala, resumindo. 

Resolveu contar para alguém sobre isso, Rebeca era sua melhor amiga.

-- Sim... -- disse, cabisbaixo e triste -- eu sei, eu não deveria ter feito isso.

-- Porque não? -- pergunta o deixando confuso -- Digo, eu sei que chegar bêbado meia noite em casa não é legal, mas, nossa! Vocês se dariam bem juntos!

-- Quê? Porque? -- disse surpreso -- Ele é o maior atentado do nosso bairro, enquanto eu sempre fui de igreja, não tem o menor nexo.

-- Você tá cançado dessa vida, não? -- Olhou para o garoto, vendo-o sem resposta-- Pelo que você me diz, parece que você se sentiu bem com ele, não vejo porque não tentar fazer amizades novas. Você pode ajudar ele a melhorar, e ele fazer o mesmo por você!

Diz, o vendo meio receoso.

-- 'Qualé'! Tenho certeza que vocês seriam bons amigos! -- insiste, fazendo Duda rir.

"Ou um belo casal."

Pensou a jovem.

Mas provavelmente era seu instinto "fujoshi" falando por si.

-- Okay, okay... Talvez eu tente falar com ele denovo.

-- É esse o espírito da coisa!

Incentiva.

Depois, foram apenas conversas normais, até a namorada de Beca chegar; Eliza, e continuarem como as novidades.

O garoto nunca aprovou de fato a melhor amiga ser lésbica, ou ter uma namorada. Mas tentava sempre respeitar o máximo que conseguia.

Ainda não entrava na sua cabeça o "gostar do mesmo gênero" como algo normal e saudável.

Após um tempo, se despediram;

Dudão estudava no terceiro B.

Rebeca no Segundo A.

-

(...)

Era alguma aula que não parecia a primeira, em algum horário qualquer, que Paçoca realmente não dava a mínima. Por incrível que pareça, não queria conversar naquele dia, estava um pouco mal por tudo, e mal por não conseguir entender absolutamente nada da matéria.

Era sua culpa, sabia.

Observava de longe oque o recém-amigo fazia, pensando em como puxaria assunto. Ou as vezes apenas olhava para a folha de papel em branco, triste.

-- Ei! Paçoca, precisa de ajuda? -- ouviu do garoto, em algum momento da aula, onde não sabia oque estava fazendo, provavelmente dormindo. 

-- Ãnh? Quê?-- perguntou num susto-- Ajuda... Pra quê?

O outro apenas riu, negando.

-- Na correção! O professor disse que podiamos ajudar alguém, pensei que precisasse de ajuda.

-- Ajuda não resolve, eu precisaria de um milagre... -- resmunga baixo

--Ah... Não deve ser tão ruim! Afinal, temos o final dessa última aula inteira para eu poder te ajudar -- tenta o animar -- vamos do começo...

(...)

-- Okay... Isso é realmente horrível! -- Foi oque conseguiu dizer, sem paciência, depois de ver como o loiro resolvia uma equação.

-- Eu te disse! Disse p'ra não insistir nisso! -- o menor fala, irritado e frustrado consigo.

-- Sério que você não sabe nem fração do quinto ano? 

-- Desculpa tá? Eu nunca prestei atenção em muita coisa! -- seus olhos lacrimejavam, à beira de chorar.

"Burro de merda."

Odiava ser a decepção até mesmo no que seus pais pagavam para o ver fazer.

-- Ei! Não chora... -- Dudão diz, tentando o consolar, não adiantando.

Estava um pouco desesperado, não sabia oque fazer.

-- Olha... Podemos combinar um dia de estudarmos, você precisa muito de ajuda.

O loiro então, o olha surpreso.

Quem o ajudaria? Em troca de que? Nada?

-- Vai cobrar algo? Quanto?

-- Quê? Lógico que não! -- diz -- eu quero ser seu amigo... Me diverti com você ontem.

Então, vê o baixinho sorrir, grato, e surpreso

-- Obrigado...-- da uma pausa-- na casa de quem?

-- Pode ser na sua? Minha mãe ainda 'tá meio brava pelo horário que eu cheguei

-- Okay... 



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