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História Because of You -Fillie - 01 Still loving you


Escrita por: MabelSousa

Notas do Autor


Boa leitura ♥️

Capítulo 39 - 01 Still loving you


"Se nós percorrermos novamente
Todo o caminho, desde o início
Eu poderia tentar mudar
As coisas que mataram nosso amor. 
Porque eu continuo amando você."


Finn. 

A adrenalina tinha me feito perder completamente a noção do limite do meu corpo e embora a minha mente estivesse muito mais do que ciente de que eu deveria parar para descansar um pouco, eu não conseguia. Tinha que chegar até o final e tinha que sair ganhando.

Afastei com os dedos o suor que pingava da minha testa em direção aos meus olhos e apenas continuei. Dando tudo de mim enquanto sentia minha carne pulsar com os músculos todos trabalhando ao mesmo tempo.

-Porra! Não aguento mais!

-Aguenta, sim! Vamos, estamos quase lá! -Menti apenas como um incentivo para que o jogo não acabasse ainda.

Era eu que estava quase lá.

Continuei a me movimentar depressa, forçando meu corpo já exaurido a avançar cada vez mais rápido com cada vez mais sede de sair ganhando só para obter aquele prazer de novo.

Ouvi seus gemidos e grunhidos cansados e isso só fez com que eu sorrisse mais e continuasse com o massacre violento. Era um combustível a mais para que eu não cedesse ao cansaço.

-Finn, não dá mais!

-Qual é? Você é mais forte do que isso! -Continuei achando graça. Não queria que parasse ainda. - Da última vez você conseguiu, porque agora não consegue mais?

-Chega... Não... Dá... Você... Você... Venceu porra!

Só aquilo me fez parar e virar para trás.

Nick havia parado a alguns metros atrás de mim com as mãos apoiadas nos joelhos se desmanchando em suor. O corpo curvado lutava para recuperar o fôlego e o rosto rubro pelo esforço me encarava como se meu irmão fosse capaz de me matar.

-Parece que venci. -Tirei sarro e me aproxmei dele sacando a garrafa de água que estava acoplada em um pequeno bolso da minha calça.

-Dá isso aqui e vá se foder! -Ele tirou a garrafa de mim e abriu jogando a água sobre o rosto como um desesperado no deserto.

Não me contive e ri ainda mais me sentando no banco do parque enquanto aparentemente meu irmão infartava na minha frente.

Não havíamos abandonado a academia, mas com a sede nova da WolfHall instalada em frente ao parque estadual de Denver, agora eu e ele pelo menos uma vez por semana antes de irmos trabalhar, dávamos uma corrida ao redor do parque. E eu havia descoberto que existia muito mais prazer em correr ao ar livre do que em cima da porra de uma esteira. O prazer de vence-lo quase todas as vezes.

-Nunca mais invento de fazer isso com você. Desde quando correr virou a porra de uma competição entre nós? -Ele reclamou se jogando no banco ao meu lado.

-Desde que descobri que vencer de você é muito fácil e divertido. -Roubei a garrafa com pouco menos da metade cheia de água e fiz o mesmo que ele, jogando o líquido sobre minha cabeça que ainda pulsava devido o grande esforço.

-Ainda bem que vou me casar em breve e vou ter uma desculpa para não vir mais correr com você. -Ele levantou ainda gemendo com os músculos fadigados.

-Quando você casar vai querer é uma desculpa para fugir de casa.

Meu irmão deu um empurrão no meu ombro, mas entendeu a piada começando a rir em seguida.

-Vamos logo, daqui a pouco temos que estar na empresa.

Nossos carros estavam estacionados a alguns quilômetros de onde havíamos parado do outro lado do parque. Joguei a garrafa vazia no lixo próximo ao banco e o encarei com a sobrancelha levantada tendo uma idéia.

-Quer apostar a volta também?

Nick me olhou incrédulo e negou com a cabeça imediatamente.

-Você é louco porra... -O desgraçado sorriu e sem que eu esperasse tomou a frente na corrida, gritando por cima do ombro. -Você é louco se acha que vai ganhar de mim de novo!

Sorri percebendo que fui passado para trás, mas esperei um certo tempo até Nick se distanciar achando que tinha obtido uma grande vantagem de mim.

Ganhar dele era muito fácil.

--

Subi pelo elevador até meu apartamento já menos suado que antes devido o tempo que dirigi com as janelas do carro abertas, mas ainda cansado como se tivesse sido atropelado por um ônibus.

Nick havia quase conseguido me vencer e eu deixei que ele acreditasse naquilo até chegarmos a uns 6 metros de onde nossos carros estavam. Tendo me polpado mais durante o caminho inteiro enquanto ele se matava para chegar antes, consegui ultrapassa-lo nos últimos metros com uma rapidez que o deixou impressionado e puto da vida.

Passei na cozinha apenas para me reabastecer de água novamente e caminhei em direção ao meu quarto.

A luz que entrava no cômodo pelas janelas de vidro só me permitiam ver os móveis no meio do caminho que tive que fazer para chegar na cama.

Era cedo, 6 horas da manhã e eu só tinha que estar na empresa às 8. Não que eu estivesse com qualquer pressa para fazer isso. Pelo menos não quando o lado esquerdo da minha cama estava ocupado. E muito bem ocupado.

Chutei os sapatos de corrida para longe dos pés e arranquei a camisa ainda úmida de suor por cima da cabeça sem tirar os olhos dela que adormecida parecia alheia ao fato de que eu observava.

Nada no mundo ou qualquer sensação poderia ser melhor do que essa. Vê-la completamente nua na minha cama com as roupas da noite passada perdidas pelo chão e os lençóis embolados no lado em que eu havia dormido.

Se isso não era a melhor sensação do mundo, saber que havia uma grande quantidade de coisas dela enfeitando meu quarto e meu apartamento e minha vida, com certeza era.

Porque não estávamos passando uma noite juntos ao acaso. Aquela havia se tornado a nossa rotina. E essa porra era muito melhor do que todas as vezes que eu cheguei a imaginar antes.

Por isso, cada vez que o dia amanhecia e eu acordava sempre primeiro, tinha de parar exatamente como agora para olha-la dormindo naquele lugar. O lugar que era dela e que jamais deveria ter pertencido a outra pessoa.

A culpa e os sentimentos ruins causados pelas coisas que perdemos incluindo os sete anos separados, era um peso que eu tinha que carregar diariamente.

Sentia uma raiva inútil, assim como a sensação de injustiça, remorso e impotência por não conseguir voltar no tempo para ter feito tudo diferente. As lacunas abertas sem respostas só faziam com que essa sensação crescesse ainda mais. Ainda precisávamos de respostas. Respostas essas que por um mês inteiro nunca chegamos sequer perto de descobrir.

A única coisa que me fazia esquecer mesmo que temporariamente era a certeza de que agora tudo era diferente e que nada mais no mundo poderia destruir aquilo de novo. Pois se eu não havia deixado de ser completamente apaixonado por aquela mulher nos sete anos que estive longe dela, agora que estava perto, o amor e a loucura que ela me fazia sentir só aumentavam. Me consumiam. Me faziam ter a sensação de que era capaz de fazer qualquer coisa. E eu era.

Não só porque queria recuperar o tempo perdido, mas porque era a porra da coisa mais certa que eu estava fazendo na vida. Eu amava não só o que estava vendo naquele momento. Eu amava tudo nela. Até os defeitos. A cabeça dura e teimosa, as brigas e discussões, a fragilidade que Millie pouco demonstrava e a força que só ela tinha. A ousadia de se enfiar na minha vida de novo e a pretensão de me fazer perder a cabeça com ela. Por ela.

Pus os joelhos no colchão devegar para não desperta-la antes da hora e analisei milimetricamente seu corpo esparramado de bruços na cama. Desde a pontinha dos pés descobertos pelo lençol, as coxas macias e aveludadas, a bunda empinada para cima redonda e fieme e as costas delicadas e relaxadas enquanto seus braços apertavam o travesseiro embaixo do peito. Seu cabelo tão loiro e bagunçado estava jogado de lado, o que me permitia ver metade de seu rosto sobre o travesseiro, assim como um filete de pele entre o pescoço e o ombro.

O local me atraiu de imediato, e engatinhando por cima dela me inclinei com os braços apoiados no colchão até ter meu rosto mergulhado em sua pele onde cheirei profundamente o perfume que vinha de seu corpo e de seus cabelos.

A primeira reação dela foi um arrepio. Eu vi cada pelo loirinho se eriçando e ela se mexeu embaixo de mim enquanto um gemido fraco e sonolento escapou de seus lábios abertos, ainda totalmente inchados e vermelhos pelos tantos beijos que demos na noite passada.

-Está tão cheirosa. -Murmurei em seu ouvido vendo que ela já não estava mais dormindo e esfreguei meu rosto em sua nuca quando afastei o seu cabelo para cima.

Ela deve ter sentido meu cabelo gelado de suor e se retraiu com minha carícia.

-Não posso dizer o mesmo de você. Está todo suado. -Disse baixinho enquanto tentava se virar para me encarar.

Sorri e a liberei vendo seu corpo de frente quando ela conseguiu se virar. Os seios redondos de bicos vermelhinhos despontando para fora do lençol quase me fizeram perder o foco.

-Sei que você gosta quando estou assim. Suado e quente para você. -Dei um beijo de leve em seus lábios.

Ela achou graça e mordeu o cantinho da minha boca quando me afastei.

-Gosto, mas não está assim por minha causa. Foi correr?

Como se meus músculos tivessem ouvido sua pergunta, senti uma fisgada de dor nas panturrilhas cansadas de sustentar meu corpo e cai ao seu lado no colchão para não cair em cima dela. Millie veio e deitou a cabeça em cima do meu peito me encarando.

-Sim. Estou morto. Fizemos duas voltas no parque só correndo. Ida e volta.

Ela ergueu as sobrancelhas impressionada.

-Eu não conseguiria fazer metade disso.

-Claro que não. Você é uma morta de preguiça. -Brinquei tentando puxar sua nuca para mais perto de mim, louco para provar sua boca.

Mas Millie não me acompanhou e deu um baita tapa espalmado no meu peito.

-Au, isso doeu. -Fingi um biquinho desapontado.

-Bem feito. -Ela levantou da cama e nua contra o pouco sol que entrava no quarto se espreguiçou me provocando ao esticar o corpo todo na minha frente. -É uma pena que esteja tão exausto... Vou ter que tomar banho sozinha.

-Baby... -Murmurei sofrido esticando o braço para que ela voltasse para a cama e para mim.

Millie sorriu malvada e foi andando de costas enquanto me encarava.

-Justo hoje que eu sonhei a noite toda com você.

-Sonhou? -Me ergui sobre os cotovelos, mas ainda cansado demais para levantar de fato.

-Sim. -Ela parou na porta do banheiro e mordeu o lábio. -E foi quase tão bom quanto o que fizemos ontem.

Eu sabia que era apenas uma provocação pois quase havíamos quebrado a cama, mesmo assim a instiguei a continuar.

-É mesmo? E como foi?

Millie abriu a porta do banheiro que ficava em frente a minha cama e apontou para trás.

-Você me pegava de costas e em frente ao espelho nesse banheiro.

Olhei por cima do ombro dela para a pia e para o espelho.

-Jura que foi assim? -Minha voz escapou um tanto mais rouca quando comecei a pensar. -E você? Gostou?

Fui me levantando aos poucos e Millie se afastou entrando cada vez mais no banheiro.

Como eu amava nossos joguinhos.

-Sim, gostei muito. Só que tudo não passou de um sonho, não é? -Ela fingiu decepção, mesmo me vendo caminhar em sua direção.

-Sim, mas estou aqui para tornar todos os seus sonhos em realidade. Já falei isso. -E eu já havia dito mesmo. Várias vezes.

Ela sorriu não querendo demonstrar o quanto sentia aquelas palavras e parou quando seu corpo bateu no gabinete da pia.

-Você já está fazendo isso. Todos os dias. -Confessou.

Pouco a pouco ela vinha se abrindo mais em relação a nós dois e aos sentimentos que nos envolvia. Ainda não tinha sido capaz de dizer que me amava com todas as letras, mas apenas em demonstrar que precisava de mim tanto quanto eu precisava dela já me fazia me sentir a porra do homem mais sortudo do mundo.

Alcancei finalmente a porta do banheiro e entrei, a encurralando naquele lugar entre a pia e o espelho. Afastei seu cabelo para trás e ergui seu rosto na minha direção.

-Eu nem comecei ainda, quero fazer muito mais por você.

Ela sabia do que eu estava falando. Nos últimos dias eu havia pedido que pelo menos conversasse com um médico especialista em dependência química, mas Millie vinha se mostrando um pouco receosa.

Não tomava mais os compridos, mas eu sabia exatamente em que lugar do meu apartamento eles estavam escondidos. Eu só não havia me livrado deles totalmente porque tinha conversado com o médico e ele me disse que Millie precisava fazer as coisas no tempo dela, inclusive decidir aceitar ajuda.

-Só tem uma coisa que quero que faça por mim agora. -Ela pegou minha mão que estava em seu queixo e levou meus dedos aos lábios beijando a pontinha deles com cuidado. -Me ame.

-Eu já te amo.

Millie negou com a cabeça e sua língua se estreitou para lamber a ponta do meu indicador.

-Me ame de verdade. Do jeito que você sabe fazer. Só você sabe.

Compreendi o que ela queria dizer e o sangue latejou se acumulando direto no meu pau. Não era possível explicar como nada entre ela e eu parecia ser o bastante. Como cada dia que passava tudo se tornava apenas insuficiente nos fazendo apenas querer o outro com cada vez mais desespero.

Coloquei as mãos em sua cintura e a fiz sentar em cima do gabinete, abrindo suas pernas para ficar entre elas e pondo a mão em sua nuca.

-Nunca vou parar de amar você. -Foi uma promessa.

Seus olhos brilharam e eu a beijei na boca, deslizando as mãos pelo seu corpo nu inteiramente meu para sempre.

Ela envolveu meus ombros com os braços, me puxando em busca de mais contato e aprofundando a carícia delicada que eu fazia em seus lábios.

Com leves mordidas e chupadas deliciosas na minha língua, Millie enfim conseguiu o que queria. Me ter duro de tanto tesão, com o sangue se espalhando mais quente do que estava quando me acabei na corrida mais cedo.

Sem interromper nosso beijo, busquei na primeira gaveta do gabinete o pacote de camisinhas que por conveniência eu havia espalhado pela casa toda, inclusive no banheiro.

Já havíamos deixado de usar uma vez quando trepamos no carro, e mesmo Millie fora do período fértil e eu gozando fora, ela não estava tomando nenhum anticoncepcional ainda, o que era um risco fodido que nós prometemos não cometer mais.

-Queria ter mais tempo, mas daqui a pouco tenho que estar na empresa. -Me afastei para me livrar da calça e da cuera que ainda vestia

-Eu sei. -Millie se aproximou pegando meu pau nas mãos e me masturbando enquanto eu abria o envelope do preservativo. -As rapidinhas são as melhores.

Sorri porque sabia exatamente que aquilo era verdade. Não havia pouco tempo no mundo que não fizesse nosso sexo ser maravilhoso e não havia uma vez sequer que eu ou ela não saíssemos inteiramente satisfeitos.

Enquanto ela me masturbava e mantinha aqueles olhos pecadores no movimento que fazia no meu pau, tirei a camisinha da boca e deslizei os dedos pela parte interna de suas coxas.

-Me conte mais sobre o sonho. -Pedi querendo provoca-la. Que se fodesse a questão do tempo.

Millie mordeu o lábio inferior e estremeceu ao sentir a ameaça do meu polegar pelas dobras de sua boceta.

-Foi uma delícia. Do início ao fim.

Eu nem sabia se aquele sonho era mesmo verdade ou não, mas queria que ela continuasse a falar.

-Foi? O que eu fiz de especial? Comi você todinha?

Ela sorriu sem vergonha nenhuma, pois adorava as sujeiras que saiam da minha boca. Em seguida entortou o pescoço para o lado quando esfreguei-a, sentindo o quão molhada já estava deixando meu dedo todo lambuzado.

-Sim. Você comeu tudo.

Ah, merda.

-Humm... -Cheguei mais perto, sussurrando em seu ouvido enquanto mergulhava meu dedo dentro dela. -Então eu acho que deveria fazer isso de novo. O que me diz?

-Sim.

Apressada, ela se inclinou para trás me largando e empurrando meu ombro para baixo em direção aos seus seios.

Peguei leve no inicio, dando apenas lambidas de leve pois a área dos mamilos ainda estavam sensíveis e provavelmente um pouco doloridas, mas foi só avaliar sua expressão de prazer e sentir os biquinhos enrijessendo contra minha língua que esqueci de qualquer cuidado. Chupei com vontade, usando as mãos para aperta-los e empurra-los contra minha boca.

Millie agarrou nos meus cabelos e gemeu alto, se contorcendo sobre minha pia.

-Quero você gozando em cada canto dessa casa, baby. -Sussurrei soprando em cima do mamilo molhado que soltei da boca.

Queria que ela soubesse que, embora não fosse nada oficial morarmos juntos ainda, era o que eu mais queria.

-Então faça. Bem aqui e agora.

Mordisquei seus seios mais uma vez e desci ao longo do corpo esticado em direção ao abdome reto, pelo umbigo minúsculo até chegar onde nós dois queríamos.

Cada parte daquela mulher me enlouquecia, mas nos momentos mais íntimos sua boceta era a única coisa a prender minha total atenção e devoção. A carne rosada e brilhante pela lubrificação em excesso surgindo na minha visão quando Millie abriu mais as pernas.

-Sempre tão prontinha, baby.

Deslizei o indicador entre suas dobras e o vi desaparecer entre as duas carnes rosadas e meladas.

-Para você sim.

Millie impulsionou o corpo para cima, fazendo com que meu dedo deslizesse até seu clitóris durinho.

Não esperei nenhum segundo para descer a boca sobre ele, afinal não tinha tempo para perder e estava louco para provar dela.

Assim que meus lábios se fecharam em torno do delicado feixe de nervos, Millie se retesou inteira, seu corpo oscilou na bancada e ela segurou meus cabelos com firmeza.

-Ah, sim...

Fui mais ousado e enquanto dedicava minha língua em estimula-la, curvei um dedo dentro dela, o que a fez gritar ainda mais alto e arranhar meu couro cabeludo com as unhas.

Em poucos segundos ela estava se desmanchando por completo, jogando o corpo para cima, esfregando-se na minha língua e usando-me como bem queria para obter seu prazer que eu jamais seria capaz de negar.

Assistir aquilo só aumentava o meu próprio tesão, porque a visão daquela mulher se entregando inteiramente para mim era a porra de um vício que eu tinha. Eu poderia fazer por horas, assim como poderia viver com a língua no meio de suas pernas, vendo seu corpo ceder a mim, a sua entrega, ouvir seus gemidos pedindo por mais, xingando ou simplesmente chamando meu nome

-Ai, chega... Eu vou gozar. -Anunciou toda ofegante e vermelha. Ela puxou meu cabelo para cima e me fez subir até seu rosto. -Mas vou fazer isso só quando você estiver dentro de mim.

Seu pedido era uma ordem e eu como bom servo, obedeci. Ataquei sua boca com a minha e enquanto ela envolvia as pernas ao redor de mim, vesti a camisinha já se tornando apertada devido a dureza e o inchaço com o qual meu pau se encontrava. Louco para estar dentro dela.

Antes de fazer qualquer coisa, no entanto, me afastei e a desci do gabinete, fazendo-a virar de costas para mim e de frente para o espalho.

-Não quer fazer como no seu sonho? -Perguntei afastando suas pernas e me posicionando bem em sua entrada.

Millie agarrou as bordas do espelho e me olhou atravéz dele. Seu cabelo molhado pregando no pescoço e na testa.

-Sim. Desse jeito.

Ah, eu adorava como não havia qualquer hesitação da parte dela. Porque se Millie me provocasse, nunca recuava ou temia. Ela simplesmente se entregava.

Inclinei seu corpo um pouco mais para baixo para que sua bunda levantasse mais e me desse mais espaço para ver sua boceta, mas antes de entrar nela, esfreguei a cabeça entre suas dobras macias, vendo-a morder os lábios e puxar o ar entre os dentes.

-Queria que pudesse ver isso, baby. -Falei de olho no movimento do meu pau escorregando por ela. -Como nos conectamos. É lindo pra caralho.

-Grava. -Ela pediu de repente empurrando o corpo para trás.

Eu me detive assustado.

-Está falando sério? -A encarei pelo espelho.

-Sim. Qual o problema?

Não sei porque a idéia inicialmente não me pareceu correta, embora fosse algo excitante e se ela queria, certamente seria algo a se pensar.

-Em outro momento. Não posso esperar mais agora.

Segurando firme em seus quadris, arremeti com tudo para dentro dela. Millie já havia se adequado muito com meu tamanho, mas devido a tanta excitação estava sempre apertada demais quando me sugava para dentro.

-Porra. -Xinguei, precisando de autocontrole para não gozar na primeira investida.

Ela achou graça e rebolou a bunda para trás até me ter até às bolas.

-Olhe para o espelho. -Ordenei, vendo que ela ficava torcendo o pescoço para tentar olhar para mim. -Veja o quanto você é linda.

Não queria que ela esquecesse nunca daquilo. Não que fosse algo possível para outra pessoa não perceber ou que Millie tivesse algum problema com baixa autoestima, mas eu queria que ela soubesse que era muito mais do que pensava. Porque para mim, ela era simplesmente divina. Na forma mais profana possível da palavra.

Praticamente deitei-me sobre ela sem chegar ao ponto de machuca-la e a abracei aumentando com tudo os movimentos das investidas dentro dela.

Sua carne pulsou ao meu redor, o canal foi ficando cada vez mais restrito com os espasmos me fazendo prever que seu orgasmo puxaria o meu em instantes.

Beijando suas costas inteira e acariciando forte seus peitos por baixo das mãos, ela choramingou e gozou com força com meu pau ainda enterrado dentro dela.

-Isso, amor. -Mordi seu ombro com delicadeza vendo ela arranhar o espelho com as unhas. -Agora é minha vez.

Com mais quatro ou três investidas, tive a rendição completa do meu corpo que se não havia chegado ao limite durante a corrida, tinha finalmente chegado naquele momento em que me desfiz dentro da camisinha. O prazer tratando de retesar para então relaxar meu corpo por completo.

Depois de me recuperar parcialmente, virei Millie de volta em uma posição normal e avaliei-a tentando encontrar algum sinal de que tivesse machucado seu corpo. Além de uns leves tons de vermelhos causados pela minha boca, ela continuava intacta e o melhor, completamente satisfeita.

-Aguenta mais uma no banho? -A safada envolveu meus ombros com os braços e se jogou em cima de mim para ser pega no colo.

Meu Deus, como era possível?

-Você quer acabar mesmo comigo não quer?

Ela sorriu e me beijou quando a carreguei daquele jeito para o chuveiro.

Realmente só tomamos banho juntos, Millie me deu aquele crédito quando me ouviu gemer de dor e cansaço quando ela massageou meus ombros com o sabonete embaixo d'água. Era um fato, eu precisava pegar mais leve dali em diante.

Depois de trocarmos mais alguns beijos e carícias sem cunho sexual, ela deixou o box para escovar os dentes e eu terminei de tomar banho sozinho.

Tomei um baita susto quando fui tentar fazer a barba e vi o relógio preso na parede do banheiro indicando que já eram 8:30.

Apenas escovei os dentes bem rápido e sai do banheiro, encontrando Millie totalmente vestida de calça jeans e camiseta cor de rosa enquanto penteava os cabelos.

-Vai sair?

Aquilo me pareceu estranho pois como ela insistia em continuar trabalhando na boate todas as noites, geralmente voltava a dormir quando eu saia para a empresa.

-Vou sim e você deveria se apressar porque já está atrasado. -Ela passou por mim jogando o meu relógio para que eu pegasse no ar.

-Porra!

Vesti o terno tão depressa que ele ficou meio amassado quando cheguei na sala ainda tentando apertar a gravata. Millie estava esperando com a minha maleta perto do sofá e veio me ajudar com aquela merda.

-Você vai para onde? -Aquilo ainda não saia da minha cabeça.

Ela se manteve concentrada na minha gravata.

-Vou passar em casa, depois Sadie e eu vamos dar uma volta.

Eu sabia muito bem o que "dar uma volta" significava e mesmo sem tempo para entrar naquele assunto, eu não resisti.

-Quando vai parar de caçar a Lexi todos os dias? -Soei mais irritado do que gostaria.

Eu estava ciente de que aquilo sempre acontecia, só que nunca Millie tinha abdicado até mesmo de seu sono, por isso a estranheza e a inevitável preocupação com ela.

Millie terminou de dar o nó na minha gravata e se afastou me encarando bem séria.

-Nunca. Eu nunca vou parar porque nunca vou esquecer. -Falou baixo, porém totalmente firme e fria.

Respirei fundo e me controlei. Eu odiava aquele assunto tanto quanto odiava Lexi.

-Faz um mês que descobrimos que ela não está em Aurora. Ficar indo até lá todos os dias ou procurando por qualquer lugar que seja não vai adiantar nada.

Ela negou com a cabeça como se eu estivesse enganado.

-Eu não vou é ficar aqui sem fazer nada. Uma hora ela vai aparecer. -Millie se aproximou de mim com o cenho franzido. -Me diga como você consegue agir normalmente sabendo de tudo o que ela fez? Como você é capaz de esquecer com tanta facilidade?

-Acha que eu esqueci? -Cada veia minha se encheu devido a pressão que diz para não fazer aquela pergunta aos berros. -Não esqueci. Assim como você eu revivo essa merda a cada segundo, só que... Agora está tudo tão certo e bem que não quero ficar perdendo meu tempo e a chance de ser feliz com você por uma pessoa que não vale nada, sequer os nossos pensamentos.

Ela cedeu um pouco da pose de durona e seus ombros pareceram relaxar quando respirou, mas seus olhos pestanejaram e seus lábios se apertaram um no outro.

Aquilo era difícil para ela. Lexi tinha sido minha namorada, mas Millie era irmã. Com certeza sentia muito mais.

-Estou tentando fazer as duas coisas. Ser feliz com você e ir atrás da verdade. -Ela se aproximou de mim e empurrou o cabelo da minha testa. -Então não me peça para esquecer nem para parar de lutar por isso. Eu preciso, Finn. Se não achar a Lexi e não ouvir o que ela tem para me dizer, simplesmente nunca vou ter paz.

E aquilo era a única brecha insistente que existia entre nós. Lexi e suas mentiras. Ainda que estivéssemos bem, ela havia deixado um estrago. Eu a odiava ainda mais por isso.

-Tudo bem. -Puxei Millie pela nuca e beijei sua testa. -Só... Tome cuidado com o que está fazendo. Não vou perder você de novo.

Só morrendo. Talvez nem assim.

Ela me abraçou com força e beijou meu peito por cima do terno.

-Se você não fosse dono da WolfHall, seria demitido.

-Ah, porra. Que merda!

Millie começou a rir quando a puxei junto com a minha pasta para sairmos do meu apartamento.

Lá embaixo no estacionamento não havia mais apenas o meu carro, Millie agora tinha o dela. Seu bebê como ela gostava de chamar o conversível vermelho que havia comprado a algumas semanas com parte do dinheiro da herança, mesmo eu tendo me oferecido para dar de presente a ela, mas pelo menos aceitou que eu pagasse o licenciamento de sua carteira que ela havia perdido no México. Era um passo pequeno, mas pouco a pouco, Millie finalmente estava reconquistando sua independência.

-Te vejo mais tarde. -Ela ficou na ponta dos pés para me dar um beijo rápido na boca.

-Ei. -Puxei seu braço quando ela se afastou para tentar pegar o carro. -Eu te amo.

Não veio uma resposta verbal, assim como eu já esperava, mas Millie se jogou nos meus braços me dando um beijo cheio de vontade, que dizia coisas que ela ainda era incapaz de verbalizar.

-Eu juro que não te amo. -Murmurou por cima dos meus lábios e eu sorri, entendendo a referência que aquela frase tinha nas nossas vidas.

E também compreendendo que aquele era o jeito dela de me dizer o contrário, embora eu ansiasse pelo momento em que escutaria com todas as letras que aquela mulher finalmente me amava.


Notas Finais


Ai Millie, porra. Diz logo!


Até breve ♥️


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