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História Begin (Taekook - Vkook) - Aeroporto


Escrita por: ancorada

Notas do Autor


Essa é uma fanfic baseada na vida real, e mostra o meu ponto de vista em relação a Taekook. No geral, são observações e analises, quais me fizeram chegar a uma teoria, esta que apresentarei ao longo da história.
Ela é bem importante pra mim, espero que apoiem!

Capítulo 1 - Aeroporto


01 de dezembro de 2016 – 16h00 PM

O evento mais esperado do ano tinha um nome: Mnet Asian Music Awards – bastante conhecido também pela sua sigla. Tratava-se de uma das mais importantes premiações dentro do mundo musical asiático.

Bangtan Sonyeondan fazia parte dos nomes de destaque da noite, principal motivo que levava o atual desembarque do grupo no Aeroporto Internacional de Hong Kong, região onde se realizaria a cerimônia.

A fim de evitar qualquer incômodo aos membros e sua equipe, seguranças davam as mãos e formavam um circulo protetivo ao redor dos mesmos.

Com as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta, Jungkook caminhava mais a frente, perdido em seus próprios devaneios. Só conseguia pensar em sua parte critica na apresentação dessa noite, onde ficaria suspenso em cabos, como no MV de Blood, Sweet and Tears, desafiando as leis da gravidade.

Podia sentir o estômago gelar só em pensar no assunto, mas sabia que se tratava de uma reação natural do seu corpo. Vinha treinando há meses para isso, recebendo preparos tanto físicos quanto psicológicos, portanto sentia-se confiante acima de tudo. Não estava disposto a falhar.

Encarando o chão enquanto andava, Jungkook deixou escapar um riso debochado e inaudível, qual imediatamente se perdeu dentro da máscara escura que cobria parte do seu rosto. Pensava em como seria incrível se conseguisse levar a mesma autossuficiência da vida profissional para a vida amorosa. E isso chegava a ser tão irônico, considerando que o garoto vivia cometendo o erro de misturar esses dois elementos indevidamente.

Definitivamente, se apaixonar não estava em sua lista. Quando assinado o contrato para se tornar um idol, automaticamente assina-se um termo que o impede de manter qualquer tipo de relacionamento que possa afetar a carreira de alguma forma. Se não falhava a boa memoria do Jeon, chegou até mesmo a receber uma palestra sobre isso em seus anos de treinee, e aquilo soou tão patético e constrangedor na época. Agora, no entanto, martirizava-se por ter rido ao invés de ter dado a devida atenção.

Mas quando um sentimento desses chega, ele não pede licença ou permissão. Ele não está nem aí pras suas condições de vida. Na verdade ele só quer um cantinho onde possa se aconchegar, e acaba fazendo morada no coração. Independente de cor, raça e gênero, assim é o amor.

Isso soava poético demais até para o próprio romântico nato, Jeon Jungkook, o maknae de dezenove anos que acabou se apaixonando pelo seu companheiro de grupo, Kim Taehyung, em um ponto desconhecido da vida. Todos os dias os problemas davam um jeito de se refazer para eles, e mesmo assim, todos os dias, acordavam dispostos a enfrenta-los, mesmo que aos resmungos, tudo porque desistir do amor não estava nos planos.

Era bonitinho, de fato. Quer dizer, agora era bonito. No inicio era mesmo um bicho de sete cabeças, qual nenhum dos dois garotos sabia como controlar. Não dá pra imaginar dois adolescentes bobos, que inicialmente só estavam ali por causa de um sonho, de repente apaixonados um pelo outro. Dois meninos. Qualquer um diria que se tratava de uma loucura.

Contudo, agora, após driblar diários trancos e barrancos, os sentimentos que ambos carregavam no coração havia finalmente se tornado algo adorável, do tipo de causar inveja em uns e sensibilizar outros apenas pela intensidade da história.

Jungkook e Taehyung sabiam que não seria nada fácil lutar por isso, mas mesmo assim tomaram a responsabilidade para si, e por este motivo sentiam-se tão felizes por ter chegado até aqui, ilesos.

Todos os membros apoiavam a relação – um segredo qual não pôde ser mantido por muito tempo entre eles – e até faziam o possível e impossível para proteger os mais novos, mantendo o sigilo qual a situação exigia e certificando-se de que nada sairia para a mídia e os fãs.

A cumplicidade que havia entre os sete, e até mesmo dentro da equipe que envolvia o grupo, era realmente algo lindo de se ver.

Durante esse quase um ano de namoro, Taehyung e Jungkook haviam aprendido bastante, inclusive que são os responsáveis pelas consequências de seus atos. Ou seja, queriam e lutaram por aquele relacionamento, e agora teriam de lidar com os frutos dele.  E isso envolvia uma sequência de coisas.

A começar pelas broncas. Eles sabiam que estavam suscetíveis a recebê-las, não só do líder, como do manager, quando ousassem passar dos limites na frente das câmeras. Teriam de aprender um pouco de atuação também, porque seria útil quando fosse necessário manter a distância saudável em público, mantendo a farsa de serem nada mais que amigos. As brigas e discussões, era tudo problema dos dois, e que aprendessem a conviver com elas já que eram dilemas que todo casal normal passava.

Nesses momentos não adiantava chorar no colo de um hyung, porque não havia nada que eles pudessem fazer, senão dar uns simples conselhos.

Jungkook, especialmente, já estava acostumado com tudo isso. Gostava de viver a vida com intensidade, e não fez diferente em relação ao namoro. Experimentava algo novo e hipnotizante todos os dias, então se acostumou a lidar com os inusitados sabores dessas sensações. Sozinho.

Entretanto, havia um entre toda essa bola de neve de problemas qual o Jeon não sabia lidar, na verdade nunca soube. Um sentimento qual era incapaz de controlar e o fazia enlouquecer com facilidade: o ciúme.

Deus, como Jungkook detestava sentir ciúmes! Ficava tão vulnerável e fora de si, acabava encontrando mil personalidades dentro de um único ser. Algo tão ridículo que não tinha hora, lugar ou pessoa em especifico para acontecer. Sentia-se enciumado por qualquer besteira, até mesmo com os amigos – Jimin que o diga. Porém, com Taehyung era um inferno!

Se o ciúme em si já era tempestuoso, imagina quando voltado para Tae – quem há muito tempo o Jeon deixou de negar que fosse o amor da sua vida. Enciumar-se por ele era insuportavelmente doloroso. Patético até.

Quando achou que não pudesse ficar pior, então Taehyung conseguiu um papel para seu primeiro drama, Hwarang, e o inferno foi consumado.

Jungkook sempre odiou a proximidade do Kim com qualquer idol fora do seu circulo de confiança, e tentava manter o controle da forma como podia. Mas agora? Agora estava de mãos atadas e morrendo de ciúmes.

Tratava-se de um trabalho, e o maknae deveria mostrar-se compreensivo e confiante diante a isso, mas não era exatamente o que acontecia. Toda vez que ouvia o telefone de Taehyung tocar, era o mesmo que estar sendo apunhalado diversas vezes no coração. Como dito, incontrolável.

A vida de um idol não é nada fácil, repleta de preocupações e responsabilidades reais com as quais lidar diariamente, e ainda assim, tanto Jungkook quanto Taehyung deixavam-se serem guiados por aquele amor intenso, que os fazia esquecer de tudo. Esquecer até mesmo que ainda estavam dentro de um aeroporto e deveriam manter-se focados, afinal as câmeras estavam por todo canto. Porém, esqueciam.

Quando se deu conta, Tae já passava o braço por cima dos ombros de Jungkook, puxando-o para si em um abraço confortável e intimo como se estivesse mostrando para o mundo o quão aquele garotinho era seu.

Quem quisesse que compreendesse.

Sinceramente, estava preocupado. Desde o embarque na Coréia havia notado algo de errado acontecendo com o menor. Seus olhos estavam sem brilho, sem foco, e havia perdido o privilegio de ouvir o som daquela voz que tanto adorava durante toda a viagem. Tae sentia-se mal por isso, porque sabia que, de certa forma, a culpa era sua.

Ele já estava até acostumado a parecer o vilão da história. Contudo, era o vilão mais coração mole que podiam conhecer. Detestava ver alguém triste por sua causa, ainda pior se esse alguém fosse o seu bebê.

– Está tudo bem, não está? – perguntou, ainda prendendo o mais novo contra seu corpo, as palavras sendo abafadas pela própria máscara.

– Hyung, você não devia estar tão perto. Está cheio de câmera nos filmando. – alertou Jeon, usando um tom de voz baixo e discreto.

– Se estiver te incomodando pode dizer que vou me afastar.

Jungkook não estava incomodado. Ele só sentia-se um pouco perdido. Talvez fosse a pressão que o evento dessa madrugada emitia. Havia dormido bem, mas estava exausto, e é claro que gastaria o resto do tempo livre ensaiando. Não queria o afastamento do namorado. Pelo contrario. Adorava sentir o toque e o perfume tão característico. Só não queria dores de cabeça. Acabou que preferiu se calar, limitando-se a andar apenas.

Taehyung inclinou a cabeça o suficiente para vislumbrar o semblante alheio, mas não encontrou nada alarmante, então tomou o silêncio como um consentimento para continuar o que já estava fazendo.

Prosseguiram andando lado a lado, praticamente presos um ao outro. Tae foi obrigado a repousar o braço esquerdo no ombro de Jungkook, deixando que o direito pendesse ao lado do corpo, conforme os passos foram ficando maiores.

Ambos gostavam de estar assim, próximos, independente das câmeras, fãs e curiosos os rodeando. Entretanto, ainda havia algo de errado ali.

Após mais alguns minutos e com jeitinho, Jungkook conseguiu se desvencilhar, deixando o namorado para trás aos poucos.

Tentando não se sentir chateado com isso, Tae continuou andando logo atrás da marra do mais novo, que parecia ainda mais ousado dentro daquelas vestes pretas – um truque que o grupo inteiro havia aderido para chamar menos atenção, o que, convenhamos, não funcionou.

O telefone do Kim tocou repentinamente em meio ao caos, fazendo-o ponderar entre o atender ou não. Contudo, recebeu a chamada ao ver resplandecer na tela o nome de um hyung do drama qual participava. Devido às circunstancias do momento, tratou de ser breve e encurtar a conversa, principalmente quando notou estar sob a mira do olhar do Jeon.

Enfim, desceram os degraus de uma escada, os gritos das fãs ficando cada vez mais altos e incômodos. As câmeras pareciam se multiplicar, enquanto os flashs vinham cada vez mais rápidos e fortes, prontos para cegar.

O MPD, aquele cara que usa uma bola preta com um M enorme estampado na cabeça, logo apareceu cumprimentando todos com um toque de mão, de brinde fazendo-os saudar a câmera que segurava.  

Taehyung viu quando Jungkook estendeu o dedo médio e indicador, formando um “V” sem muita cerimonia e indo embora. O mais velho teve tempo de piscar charmosamente e ir logo atrás, caminhando até o carro que já os aguardava com o intuito de conduzi-los até o destino final.

Um aceno singelo foi retribuído às fãs que esperava por eles gritando.

O carro foi preenchido apenas por uma conversa aleatória entre Hoseok e Seokjin. Os outros se perderam em seu próprio mundo, inclusive o determinado casal, preferindo não tocar em mais assuntos com o outro.

O percurso foi concluído com tranquilidade, deixando espaço para concentração, e uma dúvida de quando voltariam a se falar novamente. 


Notas Finais


Sempre que o capítulo for baseado na realidade (deixo claro que nem todos serão) deixarei o link do vídeo que me baseei, caso tenham curiosidade.
O de hoje: https://www.youtube.com/watch?v=MHBH2o7DGnI
Não esperem que eu poste com frequência. Pode ser qualquer dia, a qualquer hora.
E desculpem qualquer erro.


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