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História Behind the Backstage Season 2. - A grande noite.


Escrita por: opslety

Notas do Autor


apenas sintam.

Capítulo 18 - A grande noite.


Fanfic / Fanfiction Behind the Backstage Season 2. - A grande noite.

 

Capítulo quatorze – A grande noite.
Newport Coast, CA, EUA – Sábado.
24 de Junho de 2017
POV Justin Bieber

A festa de casamento começou as sete horas da noite. John e Sophia demoraram um pouco para chegar, mas quando finalmente adentraram o salão onde a festa estava acontecendo, o clima mudou completamente para pura euforia. Antes de entrarmos ali, eu dei mais uma entrevista para o canal E!, e fui cumprimentando os convidados que estavam ali com acenos de mão ou na maior das hipóteses, um cumprimento rápido. Felizmente, a mesa dos noivos ficava entre as mesas dos padrinhos e das madrinhas e dessa forma, Cheryl e eu não ficamos perto.

Hailey e eu passamos grande parte da festa com a mesma taça de champanhe e conversas aleatórias com alguns amigos íntimos. Tiramos fotos que já foram para as redes sociais e peguei o bebê de Scooter no colo por vários minutos, enquanto o moleque abria aquele sorriso banguela. Depois de devolver aos pais, o jantar foi servido e algum tempo depois, os discursos começaram. Scooter e eu discursamos juntos. Cheryl discursou para John (mas falou de Sophia também) e as primas de Sophia fizeram uma homenagem a ela com vídeos e fotos de crianças.

Por fim, a noite caiu. Eu tinha plena certeza que a festa não duraria até as seis da manhã, justamente pelo horário que havia começado, mas quando a chuva começou a cair forte do lado de fora, muitos convidados começaram a ir embora. Ao olhar no relógio e constatar que já eram três e meia, procurei John e Sophia para me despedir. Scooter e Yael já haviam ido há muito tempo por causa das crianças e dos padrinhos de John, arriscava dizer que eu era o último.

Ao me despedir deles, já fiz sinal para o segurança chamar um carro para mim. Charlotte e Zachary dançavam a toda velocidade junto com alguns convidados e justamente por não ver Cheryl lá, constatei que ela havia ido embora mais cedo. Eu não a julgava. Estava completamente exausto também. Após todas as despedidas necessárias, eu entrei no banco traseiro do carro com ajuda do segurança da festa e já procurei a chave no bolso da calça. Ao achar as chaves, dei graças a Deus pelo carro estacionar em baixo da parte coberta e desci, agradecendo ao motorista e entrando em casa rapidamente.

Deixei o blazer e o sapato no canto da sala e comecei a soltar a gravata borboleta. Deixei ela presa no pescoço e fui lentamente desabotoando a camisa social, mas parei no meio ao entrar no quarto de Hailey e não a encontrá-la lá. Eu já sabia que Hailey dormiria fora e por isso, peguei o telefone no bolso e mandei uma mensagem a ela pedindo que ela me desse algum sinal de vida. Eu sabia que a resposta não viria hoje, mas não custava pedir. A chuva lá fora não dava trégua e no momento em que a campainha do quarto tocou várias vezes seguidas, eu corri até a porta, preocupado com Hailey. Mas ali na porta, era Cheryl Scott que estava parada, completamente molhada de chuva.

— O que você está fazendo aqui?

O vestido de Cheryl está encharcado e seus cabelos loiros estão grudando no rosto. Apesar disso, consigo diferenciar as lágrimas que cobrem sua bochecha no momento em que ela soluça alto. Mais uma vez, abro a boca para perguntar o que havia acontecido, mas Cheryl é mais rápida e interrompe os soluços do choro juntando seus lábios contra os meus. O susto que eu tomo não permite que eu corresponda o beijo de Cherry. Mesmo assim, ela não para e coloca as mãos úmidas em baixo da blusa quente que eu usava. No momento em que eu retomo a consciência e levo minhas mãos até seu rosto, Cheryl se separa bruscamente com os olhos arregalados, bochecha e lábios vermelhos e a respiração descompassada.

— E-eu não deveria ter vindo aqui...

Sabendo que eu não poderia deixá-la ir embora, eu a puxo pela mão, colocando as palmas pequenas de Cheryl contra meu peito e coloco minhas mãos em cada lado de sua bochecha impedindo que ela fuja. Meus lábios invadem os seus e o suspiro de susto que ecoa de seus lábios se mistura com o meu de alívio em senti-los novamente depois de quase um ano. Cheryl envolve lentamente suas mãos embaixo da minha blusa e os dedos finos caminham entre os músculos do meu abdômen. Aquilo me faz arrepiar e é impossível não sorrir contra seus lábios. Ela percebe e faz o mesmo.

Sem conseguir parar de beijá-la, eu envolvo o corpo de Cheryl em meus braços e a guio em direção ao meu quarto. A cama organizada com os travesseiros e edredons brancos contrastam com o corpo de Cheryl coberto pelo vestido rosa. Aquela visão faz com que o meu corpo trema em ansiedade, do mesmo jeito que todas as outras vezes. O sorriso sincero que ela carrega nos lábios é o suficiente para me fazer tirar a blusa social que já estava desabotoada e me aproximar dela em cima da cama.

— O que você está fazendo comigo?

— Não pergunta... Eu preciso de você, Justin. Você pode dar isso para mim?

Fraco e incapaz são as palavras que me descrevem naquele momento. Eu não poderia parar agora, principalmente após ouvir a voz suplicante de Cheryl pedindo para que eu dê isso a ela. Enquanto o meu inconsciente implorava para que eu não fizesse isso com Cheryl, os motivos para que eu faça isso são muito maiores. E melhores.

Sem conseguir evitar, eu encaro Cheryl no fundo dos olhos e com um suspiro baixo, eu murmuro.

— Você é tão linda... Eu senti tanto a sua falta, Cheryl. Você está voltando para mim?

— Shh... - sua voz baixa e calma contrasta com a minha angustiada. - Não se preocupa com isso agora não...

Eu fecho os olhos, sabendo que estaríamos cometendo exatamente a mesma coisa que em Seattle. Apesar disso, fecho os olhos no momento em que os lábios de Cheryl juntam-se aos meus em mais um beijo completo de paixão e saudade. Era inegável esse sentimento mútuo e dessa forma, fiz questão de passar as mãos e enfiá-las entre os fios molhados do cabelo dela. Cheryl gemeu baixinho contra meus lábios e isso foi o suficiente para me arrepiar inteiro.

— Levante-se, vamos retirar esse vestido. Eu não quero você doente, Cherry.

Ela concorda, levantando da cama e ficando em pé ao lado dela. Lentamente, eu fico atrás de Cheryl e ergo a parte de trás do vestido, que simula uma capa. O zíper bem escondido é aberto com calma e deixo que o vestido rosa deslize por seu corpo lentamente. No momento em que o vestido está no chão, Cheryl não usa roupa de baixo. Nenhuma.

A visão do corpo nu de Cheryl me fez recuar alguns passos e a encarar por completo. Ela percebe e em um sussurro baixo o porquê de eu estar olhando para ela daquele jeito. Eu começo a tentar explicar, mas somente palavras desconexas saem dos meus lábios. Cheryl joga a cabeça para trás rindo do que eu tentava explicar e sorri mais uma vez com a expressão carregada de inocência. Eu me aproximo de Cheryl mais uma vez, ficando novamente atrás dela e encosto as mãos em sua cintura. Seu corpo arrepia no momento seguinte.

— Você estava assim esse tempo todo, Cheryl? — minha voz é rouca e séria. Cheryl assente sem responder palavras conexas.

Sem esperar alguma coerência vindo de ambas as partes, eu encosto meu corpo contra o seu com força, mostrando a ela a forma com a qual ela ainda me deixava.

— Certas coisas nunca mudam, Justin Bieber... — eu sorrio.

— Por você nunca. Você é a única que me deixa assim, Cheryl Scott. — eu a viro de costas, colocando sua mão contra a ereção que havia se formado por baixo da calça. — E eu sei que sou o único a deixar você assim...

Com calma e cautela, eu desço minha mão pela barriga de Cheryl, sentindo cada pedaço do seu corpo arrepiar. E como o esperado, ela estava pronta para mim.

Lá pelas cinco da manhã, Cheryl está dormindo do meu lado, com uma das pernas envolvidas no meu corpo e a cabeça em meu peito. Apesar de não sentir mais o meu braço direito, eu deixo que ela continue a dormir ali apenas para conseguir observá-la dormindo. A dúvida se isso era um sonho ou não se fez tão presente que só percebi que não era quando Cheryl olhou no fundo dos meus olhos, como se ela pudesse enxergar os meus pecados e então, ficou de joelhos.

Com muito cuidado, eu coloquei a cabeça de Cheryl sobre o colchão e fui ao banheiro jogar uma água no rosto. Eu não conseguia dormir por nada nesse mundo e parte disso era por receio de Cheryl se levantar e ir embora sem que eu perceba. O medo de ser abandonado por ela novamente era tão presente e por mais que eu evitasse pensar, eu sabia que ela iria embora assim que acordasse. Cheryl não havia dito que estava voltando para mim, ao invés disso ela simplesmente pediu para que eu ficasse quieto e me beijou novamente.

Eu deixei que meus pensamentos vagassem até o momento em que voltei para o quarto e encontrei Cheryl tentando vestir a camisa que eu usava. O corpo descoberto dela estava arrepiado e eu acreditava fortemente que mesmo coberta, o frio lá de fora estava deixando-a arrepiada.

— Espere, eu te empresto uma blusa e uma cueca.

Cheryl apenas concorda, meio sonolenta enquanto eu pego peças de roupas no armário. Sei que eu poderia pegar roupas de Hailey, mas pela primeira vez eu tive certeza que isso traria problemas, sem contar a enorme vontade que eu sinto de vê-la com minhas roupas novamente. Ao colocar do seu lado na cama, Cheryl veste primeiro a blusa e em seguida a cueca embaixo das cobertas. Eu me sento na cama, mantendo uma distância considerável e olho o horário no display do celular.

— Que horas são?

— Cinco e vinte e dois. Você pode dormir se quiser.

— Não sei se conseguirei. — ela sorri fraco.

O clima entre nós é pesado e a sensação de que ela está arrependida paira no ar. Eu a encaro com cautela, temendo a pergunta que eu quero fazer. Apesar disso, a minha curiosidade fala mais alto.

— Você está arrependida?

Ela abaixa o olhar, me provando que ela estava um pouco arrependida. Entretanto, ela ergue o rosto com um sorriso sincero e o olhar carregado de ternura.

— Não estou arrependida, Justin. Eu só não sei o que pensar agora. Não é um arrependimento, você entende? É apenas uma sensação de confusão.

— Eu entendo. Quer dizer, eu ainda não entendi o que você veio fazer aqui. Eu ainda acho que isso pode ser alucinação.

— É, pode mesmo.

Cheryl se levantou da cama usando minha roupa, pegou um roupão no chão e ao terminar de vestir, se aproximou de mim na cama e segurou a minha mão. Ela me puxou para fora do quarto e juntos, caminhamos até a sacada. O sol ainda não havia nascido e a visão do mar à noite era simplesmente incrível. Cheryl se sentou no sofá redondo e me chamou para fazer o mesmo. Eu estava completamente confuso com o que estava acontecendo e acreditava fortemente que eu estava delirando com isso. Felizmente, os quartos do lado eram de Cheryl e Scooter então se alguém aparecesse na janela, não teríamos eventuais problemas. Eu deitei atrás de Cheryl fazendo com que ela encostasse no meu peito e puxei a coberta que estava na ponta do sofá. Ela se aconchegou no meu corpo e suspirou baixinho.

— Por que você não deixou que eu me explicasse? — a minha voz é baixa e carregada de mágoa.

— Porque não ia adiantar, Justin... Tudo já havia acontecido. Não havia nada que a gente fizesse que iria concertar tudo.

— Claro que tinha. — eu respondo, mas surpreendentemente, meu tom de voz não se eleva. — Eu teria ficado do seu lado! Eu teria apoiado você e a gente teria superado tudo isso junto, Cereja.

— Mas eu não ia conseguir, Justin. A minha carreira iria ficar arruinada, você entende? Eu sei que é completamente rude da minha parte só pensar nisso, mas eu não posso fazer nada. Eu cuidei da minha carreira por anos e de repente a única coisa que eles falavam era sobre esse contrato... Fizemos muito mais que isso, você entende?

— A gente poderia ter provado isso, Cheryl. Eu não consigo acreditar que depois de tudo o que a gente passou, eu teria que lidar com você agindo daquela forma comigo. Indiferente, rude, seca. 

— Eu fiz o que precisava ter sido feito. Um de nós precisaria ter essa coragem.

— De nada adianta as coisas serem feitas e terem terminado do jeito que terminaram. Você me odeia?

Cheryl se senta e me encara. O começo do dia chegando ilumina ela de uma forma tão pura que eu me perco em seus traços. Ela sorri para mim mais uma vez.

— Não, Justin. Eu não te odeio. Eu nunca odiei você, por mais que eu tenha falado isso todas as vezes.

— E o que acontece agora?

Ela suspira.

— Nada, Justin. Demos um ponto final no nosso ciclo e acho que seria ideal continuar assim. Uma vez uma pessoa sensata me disse que relacionamentos acabam e duram e isso é inevitável. — eu sorrio, lembrando de Hailey dizendo a mesma coisa nessas palavras. — Novos relacionamentos começam. É o ciclo da vida. Você tem a Hailey, por exemplo.

— Eu não tenho a Hailey, diferente de você que tem o Lewis.

— Eu não o tenho também, Justin. Mas o que nós temos é tempo. Se um dia for para acontecer de novo, vai acontecer. Mas agora eu acho melhor que as coisas continuem do jeito que estavam. Sei que te procurei e sei que provavelmente eu derrubei barreiras que você construiu... 

Eu não sei em que momento aquela conversa havia tomado um rumo tão sério, mas eu sentia as bochechas úmidas e via perfeitamente as lágrimas escorrendo pelas bochechas de Cheryl. Apesar disso, isso não era uma discussão e pela primeira vez na vida, estávamos lidando com maturidade.

— Mas eu também derrubei barreiras vindo aqui. Eu estava trancada para fora, para ser sincera. E com todos os sentimentos bagunçados, eu precisei ver você para ter alguma certeza. E eu tenho uma, Justin. O sentimento continua aqui. Em você e em mim e é por isso que eu digo que um dia pode ser que a gente volte a ter algo... Mas não é a hora. Eu espero que você me perdoe por fazer isso e espero mesmo que você entenda os motivos que me levaram a fazer o que eu fiz.

— Não se arrependa disso, Cherry. Eu penso nisso desde Seattle. Mas você ainda não levantou e foi embora dizendo que foi um erro, então acredito que pelo menos nisso eu acertei. Você não fez nada sozinha então não precisa pedir desculpas por ter vindo aqui e feito o que fizemos. Eu provavelmente teria ido no seu quarto quando eu estivesse chapado o suficiente para não lembrar dos meus atos. É difícil tentar esquecer de você usando essas coisas, porque normalmente é quando eu mais lembro.

— Você realmente me ligou cinco mil e duzentas vezes?

— Sim. Todas as noites desde que eu fui para casa e virei as costas para você. Não pensei que você fosse ver isso em algum momento, mas aconteceu...

— Se você sabia que eu não iria atender, por que ligou?

— Para ouvir sua voz... eu sei que é patético.

— Há milhares de entrevistas minhas na internet. Era só ter procurado no YouTube.

— Eu sei de cor todas... — murmuro baixo, desviando o olhar. — Eu sei que isso é psicótico, Cher. Mas eu não pude evitar.

Cheryl se deita novamente com a respiração tranquila. O dia está amanhecendo e o barulho das ondas me acalmam de uma forma surreal. Arrisco a dizer que Cheryl havia dormido, mas consigo sentir que ela está pensando muito.

— Consigo ouvir você pensar.

— Obrigada por ter essa conversa comigo. Acho que encerramos um ciclo.

— É, eu também acho.

E pela primeira vez, eu afirmei com certeza.


Notas Finais


Finalizada a maratona de publicações, voltaremos uma apenas um por semana.
Mais pra frente, pretendo outra.

LINK DA PLAYLIST: http://bit.ly/CHERBIEBER
Cheryl Scott está no Instagram: http://instagram.com/realcherylscott. O link do perfil está na foto da playlist.


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