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História Behind The Bars - Forgetting


Escrita por: itsjessica

Notas do Autor


Depois de tanto tempo, estou voltando para jogar o penúltimo capítulo. Espero que me matem com a demora mas queria apenas me sair bem nos testes e nas notas finais.
Neste momento, estou em férias de Páscoa e aproveitei para acabar o capítulo e acabar com todo o suspense que acabei por colocar, que juro que foi difícil pois eu não sou boa nessas coisa. Espero não decepcionar vocês, eu tentei!!
Quero que entendam que as pessoas crescem, seja de qualquer jeito e não fica olhando o tempo passar e eu quis idealizar isso e prezo para todo o mundo perceba, de verdade.

Essa fic é a minha primeira fic de sucesso e me despedir dela não está sendo fácil.
A música é com vocês, mas eu aconselhava só canção instrumental!
Muito obrigada pelos comentários, eu leio cada um e só mostra que vocês são realmente os melhores!!
Boa leitura, amo vocês ❤

Capítulo 22 - Forgetting


Fanfic / Fanfiction Behind The Bars - Forgetting

 

"(..) O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão (..)"

– Clarice Lispector

 

Charlotte Lyons

 

“– Você ta esperando que eu escreva isso no meu trabalho? Você é idiota? – questionei com irritação.

No entanto, Justin por outro lado tinha um sorriso sincero estampado em seu rosto e começou a rir levemente.

Alguém já lhe disse o quão linda você se torna quando está com raiva? – ele questionou de forma aleatória fazendo meu rosto ganhar tonalidade de cor vermelha assim como eu tossia sem jeito e encarei-o mais uma vez.”

 

Suspirei trazendo o panfleto de caridade perto de meus olhos e matutei sobre ele.

Olhei para o enorme edifício em frente de mim e arranjei meu casaco puxando-o mais para perto de meu pescoço apertando com força.

Subi as escadas principais e logo que subi as devidas, uma porta cerrada com madeira escura se revelou e com a mão, bati educadamente.

Ouvi um pequeno murmuro e achando a minha deixa, a abri encontrando um homem com cabelo um pouco grisalho remexendo em uns papéis e assim que me notou, rapidamente demonstrou educação se levantando e me apertando a mão.

– Charlotte Lyons? – assenti e logo ele soltou um pequeno sorriso. – Que bom finalmente colocar um rosto para tantas cartas de recomendação. – adicionou risonho.

Ri fraco.

– Vejo que se formou à cerca de um ano na Universidade de Direito e pretende seguir para defesa. Estaria mais do que satisfeito por ter você em minha equipe. Stratford necessita de pessoas competentes como você. – afirmou decidido e por dentro, eu estava arrebatando de alegria.

Murmurei um pequeno obrigado e me despedi com um sorriso, me virando para a direção da porta.

Assim que meus pés entraram em contacto com o calcário das ruas, coloquei minhas mãos nos bolsos e sorri para dentro.

Meu corpo parou abruptamente assim que denotei a placa velha da prisão de Stratford.

Tinha passado pouco mais de três anos mas minha mente se afundava em memórias e acontecimentos que me fizeram conhecer quem eu realmente queria ser.

Pouco ou nada ouvi de Justin depois de seu atentado de suicídio e assim que o levaram para um hospital privado, o amargo de nenhumas novidades rolou entre mim e chorei por semanas.

Tinha decidido ajudar pessoas como Justin, que mesmo incapacitadas de poder controlar os seus medos e desejos, eles sabiam como proteger as pessoas que amam como ninguém e mesmo havendo injustiças para com elas, sabiam o seu preço e o a sua disposição para poder pagá-lo.

Tentei contactá-lo por meses mas proibiram minha entrada, impondo mais segurança na prisão e dizendo que foi minha culpa o facto de Justin ter se submetido ao que aconteceu e juro que durante dias achei que realmente era verdade.

Mas depois que lembrei de tudo que Justin sempre me disse, me chamei de idiota por ter pensado sequer que foi minha culpa.

Não foi minha culpa, foi por mim.

Shawn se reformou cerca de um ano depois e não se mostra nada arrependido por qualquer contratempo que ocorreu entre mim e Justin com a sua ajuda.

Nunca mais o visitei e nem penso em o fazer. Apesar de ser minha família, família protege, meu tio enganava.

Após sair da prisão naquele dia, meus pais se indignaram ao descobrir que eu continha relações indevidas com um prisioneiro e me castigaram até eu acabar a secundária tendo a certeza que nunca mais o fazia.

Nunca mais o fiz.

 

“– Charlotte, o que somos nós? – questionou coçando a parte de trás do seu pescoço e continuando a olhar para mim atentamente.

– Eu não se – ele me cortou.

– Agimos bonito o tempo todo. Nos beijamos e se não é óbvio, eu não quero que sejamos apenas amigos. Eu acho que estou gostando de você. Toda vez que eu olho para você fico sem palavras. Você me faz sentir coisas que eu nunca soube que poderia sentir. – rasgou seu olhar para longe de mim e brincou com seus dedos em nervosismo.

Antes que eu pudesse falar, ele me interrompeu hesitante.

Eu não sei como isso funciona mas... Charlotte... Você quer ser minha namorada?

 

Tive garotos depois, mas em cada um eu procurava um pequeno detalhe que me relembrasse de Justin.

Então decidi seguir meus estudos focada e sempre quando chegava sequer perto da prisão com minhas colegas de classe, sentia um nó se afixar na minha garganta e sempre pedia para retornar por outro caminho.

Foi impossível esquecer, mas as coisas boas sempre o são.

Assim que cheguei perto de minha antiga casa, avistei Carly de outro lado da rua e por segundos sorri.

Nunca foi uma amiga ruim. Apenas queria me proteger e com tantas pessoas me enganando, acabei por acreditar que Carly também o fazia. Sei que mesmo depois de desdenhar e não aprovar Justin, ela não pensava assim.

Penso eu, que não mais.

 

"Respirei fundo e continuei.

– Eu tenho que dizer a meus pais mentiras constantes para sair da casa e ir ter com você. Sempre te defendo quando até minha melhor amiga me diz que você não é bom para mim. Temos de enfrentá-los Justin. Se eu não me importasse com você porque razão eu estaria aqui às 2:00 da madruga quando eu tenho escola amanhã? – questionei em aborrecimento, respirando fundo de novo e sentindo-me orgulhosa depois de expressar tudo que tinha dentro de mim.

Olhei para Justin notando sua expressão facial afundar e se transformar em uma parte de culpa.

– Charlotte, eu... – eu logo o interrompi.

– Você quer saber? Estou aqui sempre para você, o tempo todo e você nem se importa comigo ou com isso. Estou tão cansada disso tudo."

 

Ela acabou sabendo do que aconteceu com Justin e não me chamou louca tal como todos os outros após saber que mesmo com isso, eu continuei me importando com ele.

Lembro de ela ter referido que fui, finalmente, dona de minhas ações. Que aquela garota ingénua e inconformada que antes ela conhecia, se tornou independente e uma garota que sabia o que queria.

Nunca fui daquelas meninas que dependiam dos pais para se salvar de situações inusitadas, mas pensava que se fizesse algo contra os seus ideiais, estava fazendo algo errado.

Minha mãe não ficou feliz ao saber que decidi seguir direito pois conectou essa escolha com o adultério que houve por minha vontade e se roí em pensar que poderei voltar a fazê-lo. Não a posso culpar.

Porque mesmo que voltasse atrás, voltaria a fazê-lo. Voltaria a conhecer Justin, voltaria a realizar um trabalho sobre sua vida, voltaria a passar o Natal com ele, voltaria a me entregar de novo.

Bati forte na porta de entrada esperando alguém me atender.

Quando me apercebi que a casa estava vazia, bufei. Apesar de ser uma visita surpresa, quem acabou surpresa fui eu mesma com a minha ideia que tudo estaria como sempre me habituaram.

Devia ter guardado a minha chave só para casos desses. Com esse pensamento, me lembrei de quando peguei a as chaves de Shawn para poder abrir a cela de Justin.

Mordi meu lábio interior pensando em como estaria tudo agora. Lá, na prisão nesse momento.

Com bichinho atrás da orelha, me movi devagar para perto da entrada municipal da única prisão de Stratford.

Engoli meus nervos e me dirigi ao guarda principal que se posicionava direio perto de uma secretária. Assim que referi que me encontrava ali para visitar o prisioneiro Justin Bieber, me olhou desconfiado.

Como era novo, não apanhou as regras de meu tio e com isso nem adivinhava que a razão para problemas que se passaram com Justin, estava mesmo na sua frente.

– Me siga, senhorita. – adicionou neutro.

Apenas o segui e com isso, ele acabou por revelar a atual situação de Justin.

– O tribunal decidiu lhe dar Pena Mínima. O envolvido mostrou-se totalmente ausente conscientemente na sua ação e nunca mostrou comportamentos referentes ao suicídio que provassem que havia indícios de mal-estar. Sairá daqui a dois anos com trabalho voluntário por cerca de um ano. – tossiu desprevenido e continuou. – Nunca conheci homem tão inocente com um aviso tão duro de prisão perpétua. Para além do mais, enquanto outros pensam em mulheres peladas, ele pensa no esboço para o próximo desenho. Ele é realmente um bom artista.

Parou, me obrigando também a parar me mostrando a porta currada e colorada a cinza que se eu a passasse, estaria em território já tão conhecido.

 

"– Por que você desenhou isso? – Charlotte questionou levantando a voz mais do que o esperado fazendo com que a cabeça de Justin se levantasse imediatamente e logo seu olhar se desviou para o envelope na mão.

Ele imediatamente levantou-se da cama e caminhou lentamente em direção a porta de sua cela antes de tomar o desenho de Charlotte e olhou para ela sem entender.

– Você vai responder a minha pergunta? – ela perguntou irritada ganhando uma expressão facial desnorteada de Justin.

– Eu-u desenhei ele porque... Eu quero o que está no desenho para a vida real."

 

– Eu sei. – murmurei respondendo ao seu comentário a Justin, deixando crescer um pequeno sorriso em meus lábios. – Eu sempre soube.

 


Notas Finais


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