História Behind The Scenes - Ruggarol - Feliz Aniversário - Segunda Parte

Ruggero Pasquarelli 

assim que Karol se acalmou nos jogamos no sofá novamente e encaramos a parede, eu estava bem, mas apostava que Karol ainda precisava de tempo para processar tudo o que acabara de acontecer, ainda por cima no seu aniversário.

O único medo que eu tinha era de ela ter percebido na onde está se metendo e quisesse desistir de mim, eu não sei o que faria sem ter essa garota na minha vida — ela revolucionou tudo e não sei mais viver sem ela.

— Karol? - chamei-a baixinho e puder ver ela se virando na minha direção - Você não vai me deixar, não é? 

Karol suspirou antes de me responder.

— Claro que não Ruggero - abaixou o olhar por um milésimo de segundo - Mas, você ainda me quer? A Cande é bem melhor que eu, nós dois sabemos disso.

— Não fala bobagem, eu amo você Karol - a puxei para mim mais aliviado e a fiz deitar em meu peito - Vamos terminar a série porque hoje é o seu dia.

Dei play na série novamente e fiquei perdido nos meus pensamentos confusos e um tanto amorosos.

[...] 

Já havia se passado algumas horas desse que tudo ocorrera. Agora seria a hora que eu teria que inventar uma desculpa para levar Karol até o salão em que aconteceria sua festa.

Por falar em Karol, ela cochilava feito um anjo no meu sofá, enquanto eu a encarava como se fosse um louco. 

O que era verdade. 

Cheguei pertinho do seu rosto e depositei alguns singelos beijos na sua bochecha, chegando até sua boca, onde dei um beijo de verdade vendo-a abrir os olhos.

— Vai tomar banho, vai - a puxei e coloquei-a de pé. Ela se virou resmungando confusa, eu a admirei, linda de qualquer forma.

Enquanto Karol tomava um banho, eu vesti meu terno e lutava para colocar minha gravata, mesmo eu tendo que usar gravata para interpretar Matteo Balsano - algumas vezes, claro - eu ainda não havia aprendido como se fazia. Já estava frustrado com aquele pedaço de pano quando senti as mãos delicadas fazendo o trabalho por mim. 

— Eu acho que você está muito arrumado e eu estou parecendo uma andante - Karol parou em frente ao espelho em meu lado e se auto-analisou - É, definitivamente. 

— Não fala besteira, você fica linda de qualquer jeito - beijei sua bochecha em um ato carinhoso 

— Até se eu colocasse uma melancia na cabeça e saísse correndo vestindo um saco de batatas? - Karol riu enquanto dizia e eu acenei com a cabeça rindo junto - Ok, vou por uma roupa mais apresentável, aliás, onde vamos? 

— Porquê você é tão curiosa? - ri enquanto via minha - em breve - mulher se despir em minha frente, ficando apenas de roupas íntimas 

— Porque você não me conta as coisas? - ela jogou a camiseta que usava em mim e eu a peguei no ar rindo e jogando de volta.

— Vamos logo, estamos um pouco atrasados - puxei sua mão e a levei para fora de casa.

O caminho todo fomos rindo e fazendo piadas que não eram tão boas assim, mas ela tinha o dom de me fazer sorrir com qualquer coisa.

Assim que chegamos na entrada da rua onde aconteceria toda a surpresa, eu a vendei - mesmo com os seus protestos - e segui o caminho. Quando chegamos em frente ao salão, desci e ajudei-a a descer também, caminhamos o tempo todo lado a lado, eu segurando sua cintura e ela a minha. Logo que abri a porta vi que as luzes estavam apagadas e que o silêncio habitava ali, retirei a venda de Karol que passou a me olhar de um jeito confuso. Compreensível, afinal, o cara que é seu melhor amigo e ficante te leva para um lugar afastado da cidade e ainda por cima não te diz o motivo. 

Quando eu abri a boca para dizer alguma coisa, o grito de “surpresa” ecoou por todo o salão e todo o elenco apareceu parabenizando Karol, que agora estava radiante. Uns minutos depois pude ver Valentina levar Karol para longe, provavelmente para arruma-la. Eu, que já estava arrumado, fui para a parte onde serviam as comidas, pegando alguns docinhos. A música - que identifiquei ser Havana da Camila Cabello - tocava altamente no som e podia ver as garotas cantando, claro que Agustin estava no meio. 

Até que meus olhos encontraram Karol que dançava, pulava e cantava no meio da galera. Fui andando até ela e pousei minhas mãos em sua cintura e me movimentei junto com ela, tendo a certeza de que quando eu fosse dormir mais tarde a frase “Havana Oh na na” estaria na minha mente.

[...]

 A festa já rolava a algumas horas e quanto mais a minha hora se aproximava, mais nervoso eu ficava.

Quando Carolina decidiu que era a hora de cantar os parabéns e cortar o bolo, dei o sinal para o DJ e a música Perfect do Ed Sheeran começou a tocar. Rapidamente Michael entregou a mim um microfone e eu dei uma olhada geral. 

“Caramba, tem muita gente testemunhando a minha loucura” pensei.

Mas quando olhei para os olhos verdes em minha frente, tudo a minha volta pareceu sumir. Andei até ela e apenas deixei meu coração falar.

— Mowgli - suspirei nervoso - Eu sei que tudo aconteceu de uma forma confusa e um pouco rápida, mas eu te amo, e agora tenho a certeza de que sempre te amei. Você aceita ser a minha namorada? 

— Baloo - rimos emocionados - Claro que eu aceito, amor - sorri e me apressei para abraça-lá - Você sempre me faz chorar.

— Desculpa? - perguntei e ela riu assentindo - Te amo.

— Te amo mais - ela colou nossos lábios em um beijo rápido - Você sabe que temos que falar com o diretor antes de assumirmos publicamente, né? 

— Não tinha pensado nisso - rimos - Depois falamos. Vamos curtir seu aniversário, amor. 

A música continuou animada voltou a tocar e a minha mulher, que agora estava com o sorriso mais bonito e um brilho diferente nos olhos, voltou para a pista de dança com as amigas.

Ao lado dela eu sinto que sou capaz de fazer o que quiser e, por Deus, não quero que isso acabe nunca. 

Eu amo Karol Sevilla profundamente para me conseguir me imaginar longe dela.