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História Behind The Secrets - Fourth Season - Nervous


Escrita por: featollg

Capítulo 61 - Nervous


- Eu sei disso, mas eu fico preocupado desde então. Não podemos correr qualquer risco. Só de saber que você está bem eu já fico mais tranquilo. Eu só quero que você tenha uma boa alimentação, durma bem, nada de carregar peso e por aí vai. - Assinto conforme ele fala todo sério e percebo o quanto amadureceu. Que lindo.

- Uhum. - Assinto ao me aproximar dele, que para de falar e me encara de volta. - Você é o melhor pai do mundo. - Ele abre um sorriso de orelha a orelha e acaricia minha barriga. 

- Obrigada por tudo. Eu sei que agi errado. Desculpa. - Justin assente e eu arranho seu pescoço, então ele continua passando a mão em minha barriga e logo sobe por meu busto.

- Mas que eu estava com um pressentimento seu de gravidez, eu estava. - ele me disse isso pelo menos umas... cinquenta vezes desde que eu contei.

- Sei disso! - Aperto suas bochechas e Justin me dá dois selinhos, então nos beijamos de língua e ele pede que eu suba em seu colo. Com as pernas divididas, logo o faço e o abraço no pescoço. - As crianças estão lá em cima. Aqui não é um bom lugar nem uma boa hora. - Ele assente em concordância e trocamos dois selinhos.

- Sei disso. - Ele sussurra e me abraça nas costas, então pede por um beijo de língua e assim ficamos por um tempo indeterminado. 

- CREDO. SOLTA A MAMÃE. - Vallery grita e Justin ri ao pausar o beijo. Sento com as pernas para o lado em seu colo e vejo que ela está de braços cruzados no começo da escada, olhando-nos. - CREDO.

- O que foi, querida? - Ele pergunta conforme acaricia meu cabelo e eu rio. Eles morrem de ciúmes quando eu e Justin estamos assim... juntos, mesmo que já estejam acostumados. 

- Já esqueci o que iria falar... sai daí, mamãe. Vem ficar aqui com a gente. - Ela pede ainda de braços cruzados e eu rio ao assentir em concordância.

- Ow meu Deus, estou indo, filha. Você está com fome?

- SIM.

- Não precisa gritar. - Fico de pé e calço meus chinelos. - Seu irmão também?

- Não sei... eu acho que sim. Eu queria lanchinho.

- Eu vou fazer e já levo aí, tá ok? - Ela murmura em resposta e a perco de vista.

- Nossa, mas que ciúmes, né? - Ele diz conforme eu vou até nossa cozinha e pego quatro pães pequenos na dispensa.

- Você quer lanche também, Jay?

- Sim. - passo maionese em todos, então coloco algumas folhas de alface no meu e de Justin, tomate, cenoura picada e esquento algumas fatias de frios no microondas. Assim que apita, coloco no das crianças e de Justin. Abro o freezer e pego uma polpa de frutas vermelhas. Bato o suco e divido em quatro copos. Eles tomam nos menores. 

- Pode me ajudar aqui? - falo ao pegar duas bandejas pequenas: lilás de Vallery e amarela de Brandon. Justin logo aparece ao meu lado e pega as duas bandejas.

- Eu levo lá....

- Vou deixar os nossos aqui na bancada. - Gosto muito dessa bancada de mármore. A verdade é que estou cada vez mais apaixonada por essa casa. Justin sobe as escadas com todo cuidado e enquanto isso coloco nossos lanches frente a frente, dois copos e guardanapos de papel. Aumento o volume da televisão e consigo ouvir o jornal da cidade de Miami. Ele desce as escadas e vem até mim, sentando em minha frente, assim não consigo nem ver direito onde está nossa televisão. - O que eles estão fazendo? - dou minha primeira mordida e está bom. 

- Vallery está deitada assistindo um filme com várias bonecas e Brandon brincando de carrinho perto dela. - é tão bom que eles sempre tenham a companhia um do outro. - Quando saberemos o sexo?

- Daqui um mês, eu acho... Meu próximo ultrassom é em duas semanas. - tomo um gole do suco e ele concorda pensativo. - Ainda não compramos nada!! Eu estava pensando nisso antes de você descer.

- Por mim já poderíamos estar até organizando o novo quarto. - Ele diz empolgado. - Mas você não quis contar a ninguém.

- Argh, eu sei. Só vamos esperar completar 12 ou 13 semanas.

- Mellanie, Anna virá em breve. Sua mãe não iria gostar de saber por último.

- Ela escondeu a própria gravidez de mim por seis meses! Seis meses, Justin. Eu só estou de 11 semanas, não faço ideia de qual seja o sexo e estou ansiosa. - Ouço na previsão do tempo que amanhã será um dia ensolarado, mas com possibilidade de chuva. Isso significa que não deveremos ir à praia. 

- Você que sabe... mas eu acho que seria ótimo começarmos a montar o quarto dele... ou dela. - Sei disso. - Sua próxima consulta é em duas semanas? Até lá podemos projetar o quarto e Anna já estará aqui.

- Seria bom se quando minha mãe viesse tivéssemos pelo menos um berço no quarto... ficaria tão mais fácil. - Ele assente em concordância e tira o celular do bolso.

- Podemos chamar o arquiteto? Você projeta o quarto como quiser aí já mandamos fazer.

- Tudo bem, mas na segunda-feira... enquanto isso eu vou pensando, porque não sou tão boa quanto você para decorações. - o que é realmente a verdade. Justin projeta tudo o que for preciso, mas eu só sei ajudar com as cores e detalhes. 

 

...

30 de junho de 2019

Comecei a semana com muita dor na região do ventre e confesso que fiquei preocupada. Deixei as crianças no colégio por volta das 8h30 e fui direto para o médico... nem que eu fique duas horas esperando um encaixe. Não saio daqui até saber o que causou essa dor... que medo. Começo a rezar para que não seja nada demais e lembro que Anna virá para Miami hoje... Passará alguns dias conosco.

São 9h e ainda estou esperando um encaixe. Meu celular vibra e vejo que é Justin.

 

- Você está no colégio deles?

- Eu estou no médico... depois que você saiu comecei a sentir muita dor.

- Puta merda, mas o que aconteceu? Você já foi atendida? Mellanie, por que você não me disse? - Ele já está desesperado. Foi por isso que eu não disse!!! Suspiro fundo e não dói a todo momento, são picos de dor como se uma pontada me incomodasse. Que aflição.

- Eu estou esperando... devo ser atendida em meia hora, eu acho. Tem duas pessoas na minha frente.

- O que você está sentindo? Está no mesmo consultório de antes? - Murmuro em concordância.

- Sim. Estou com dor no ventre... umas pontadas, sei lá. 

- Tá. Eu... estou indo aí.

- Não precisa, Justin. Eu já vou ser atendida e te ligo.

- Eu vou. Quero saber o que está acontecendo. 

- Tudo bem. Tudo certo com o pessoal aí? - Percebo que ele fala brevemente com alguém e então eu o chamo mais uma vez. - Justin.

- Oi. É... sim. Estou saindo agora. Beijo.

 

Ele desliga e com certeza realmente já deixou a casa. Era por isso que eu não queria que ele soubesse... Acabo de entrar na 12º semana e sinto um tremendo frio na barriga. Que eu não passe pela mesma coisa, que eu não passe pela mesma situação... que dê tudo certo, minha consciência tenta me deixar mais calma, mas é impossível. Meus seios também acordaram me incomodando. Acabo pegando uma revista qualquer que estava na mesa e era sobre como lidar com a gravidez. Começo a ler algumas páginas aleatórias e meu celular vibra de novo. Era só um e-mail. 

- Bom dia, com licença. - ouço a voz de Justin e então ele vem até mim, senta ao meu lado e me dá um beijo na testa. - Amor. 

- Você veio voando?

- Aproveitei que o Stevan estava saindo e vim junto. - Assinto em concordância e ele toca minha barriga. - Você está com dor? 

- Estou com algumas pontadas na região do ventre, meio embaixo... sei lá. - Levo a mão dele até a região e então olho ao redor... só mais três mulheres estão aqui e a porta do consultório é finalmente aberta. A próxima é chamada e não devo demorar muito para ser atendida. 

- Isso é perigoso, não é? Será que ela vai pedir exames? - Afirmo com a cabeça e ele está com as pernas inquietas, a mão direita segurando a minha. - Eu estou preocupado. - eu também!!!! 

- Justin... calma. - nós projetamos todo o quarto ontem à tarde e Justin levou a ideia ao arquiteto no mesmo dia. É um amigo não que fez nosso novo ambiente de trabalho. Ele aperta minha mão bem forte e suspira fundo. Parece que vinte minutos nunca demoraram tanto para que chamassem meu nome. - Está demorando muito. Eu vou ao banheiro, já volto. - Ele assente e eu levanto, deixando minha bolsa ali e sorrio para a recepcionista. Vou ao banheiro e percebo que tive início de um sangramento. Não pode ser... não, não, não. Será que foi por isso que senti tanta dor logo cedo? Argh, não pode ser. Estou trêmula. Abro a porta do banheiro ainda em choque e Justin já estava de pé.

- É a sua vez. - Ele fala e então arregala os olhos. - O que aconteceu? - Ele pergunta ao se aproximar e segura meus pulsos. Pisco duro.

- Eu... eu tive um indício de sangramento. - Entro no escritório me sentindo pálida, fraca e não pode ser... caramba. A médica me olha tão preocupada quanto Justin e se aproxima para que eu sente em sua frente. - Eu... eu acabei de ter quase um sangramento... não foi quase, foi um pouco, eu... eu acordei com muita dor e... caramba, não pode ser. - acabo falando em voz alta sem perceber e Justin está tão nervoso quanto eu.

- Mellanie, calma. É... vamos fazer um rápido ultrassom? Você comeu algo hoje cedo?

- Estou de estômago vazio. - Justin devolve um olhar assustado como quem diz: "eu achei que você tinha comido". Fiquei com tanta dor que acabei esquecendo de comer algo antes de sair de casa... ele saiu primeiro e não viu. - Eu perdi meu bebê? Eu acabei de entrar na 12º semana, Sra. Killes. Não pode ser.

- Mellanie... vamos fazer um rápido ultrassom e você fará um exame de sangue, ok? Você está pálida. Precisa se alimentar.

- Eu não sabia que ela estava de estômago vazio. - Justin diz quase gaguejando e parece muito nervoso. Estou a ponto de chorar de tristeza. Passo a mão na minha barriga conforme levanto e deito na maca. Minha médica vem até mim e levanta minha blusa até a boca do estômago, então passa o gel na minha barriga e logo o aparelho por cima. 

- Por que será que eu acordei com essas dores e tive esse sangramento? - falo com a voz mole e mal consigo pensar a respeito. Estou me sentindo tão... mal.

- As dores são comuns, já que você está quase saindo do primeiro trimestre, mas o sangramento... não. Foi muito?

- Não. Não foi quase nada, na verdade, mas eu estou em choque. - Ela senta num banco ao meu lado e Justin vem até mim, segurando minha mão e a dele está tão gelada. Ele nunca está gelado. Realmente deve estar apreensivo. - E aí?

- Primeiro de tudo: você não pode ficar sem se alimentar, Mellanie! Pensei que já tivéssemos conversado sobre isso. - Assinto em concordância e pisco duro.

- Eu digo isso a ela todos os dias.... mas parece que não me ouve. - Justin responde primeiro e então ouço algo vindo da máquina.

- Estão ouvindo isso? - assinto rapidamente e Justin vem mais próximo da tela. - É o coração do bebê.... Ele está bem. - Suspiro fundo aliviada e jamais pensei que essa seria a notícia de agora. Isso é tão bom, tão... aliviante. Justin tem a mesma reação que eu e começo a sorrir sem parar. 

- Graças a Deus! - Comemoro baixinho e ela sorri ao nos ver contentes. - Mas o que foi tudo isso, então? - ela continua passeando com o aparelho pelo meu ventre e a dor ainda me incomoda um pouco.

- Seu útero está em fase de expansão. É normal que você sinta algumas pontadas. - com os gêmeos eu tive MUITA dor, mas foi tudo tão diferente. - Mas com relação ao breve sangramento... as causas são estresse, um sinal do seu corpo que você precisa tomar mais cuidado... mas a verdade é que o bebê está bem. 

- Ainda bem... ela me deixou tão preocupada! - Justin se pronuncia e então abre um enorme sorriso de alívio. - Ela sempre vai sentir essas dores, então? Porque quando tivemos os gêmeos foi um pouco pior.

- É... Possivelmente por mais alguns dias. Se você tomar chás como Camomila, Hortelã e Eva Cidreira poderá deixar seu organismo mais calmo. É sempre bom fazer um pouco de repouso no dia a dia, não ficar muito estressada e essas coisas. Caso os sintomas piorem você pode entrar numa gravidez de risco. - Meus olhos esbugalham com a notícia final.

- Ah... é... ok. Claro. Isso significa que devo voltar com mais frequência?

- A cada 10 dias. - Ela senta na mesa e anota algo no papel, logo escreve meu nome e liga para alguém. - Ah, por favor... não carregue peso, em hipótese alguma! Todo cuidado é necessário. - Assinto em concordância e vejo que ela atende. - Sim. Uma enfermeira para realizar exame de sangue. Agora, por favor. - Ela desliga e começa a digitar em seu notebook. Justin volta a segurar minha mão e trocamos um breve olhar.

- Como você vem aqui de estômago vazio? - Desvio o olhar como se ele não estivesse falando comigo e ele bufa. Uma enfermeira entra no escritório e me chama para acompanhá-la.

Após realizar o exame, a Dra. Killes me disse que o resultado estará disponível online mais tarde. Menos mal... meu bebê está bem, porém ainda tão pequeno e só poderemos saber o sexo daqui pelo menos três semanas. Saímos do consultório por volta das 10h e então Justin quis ir dirigindo. Parou no primeiro Starbucks e pediu que eu ficasse no carro. Ele me trouxe um capuccino e biscoitos integrais.

- Eu não acredito que você saiu de casa sem comer nada, Mel.

- Eu esqueci! Fiquei com tanta dor na hora de sair que não lembrei de comer. - Dou os ombros e tomo alguns goles. - Eu fiquei com tanto medo... - voltamos para o trânsito e ele liga o rádio numa estação Country.

- Eu também fiquei, muito. Caramba... você ainda está com dor?

- Quase nada. - Dou os ombros. - Eu tinha certeza que... nossa. - Ele me olha de imediato e entende o que eu quis dizer. - Preciso distrair a cabeça.

- Isso. Ele está bem. - Justin beija meu cabelo assim que paramos no semáforo e atende uma ligação. - Sim. Estou chegando. - ele desliga e deixa o celular entre as pernas, logo descansa sua mão direita entre minhas coxas. - Você vai descansar ou vai ao escritório comigo?

- Eu vou trabalhar, é claro! - Ele revira os olhos e coloca seus óculos de Sol. Eu faço o mesmo e ofereço meu café da manhã a ele, que nega com a cabeça. - Se eu me sentir mal, posso deitar um pouco lá na cama. Relaxa.

- Relaxa. Depois de tudo o que aconteceu agora? - Eu sei, Justin. Ainda estou um pouco em choque, porém aliviada.

- O arquiteto já te deu um retorno?

- Sim. Ele aprovou nossa ideia por conta do tamanho do cômodo e começará com construção na quarta-feira, se não me engano. Pelo menos Anna estará por aqui para acompanhar e nos ajudar. - Ele está radiante pelo fato de Anna vir hoje.

- Até quando ela ficará conosco, você sabe?

- Ela tinha me dito que ficaria por uma semana, mas vamos ver... Eu queria tanto que ela morasse conosco de novo, ou pelo menos ficasse na cidade pra sempre. - Acaricio sua nuca e concordo com a cabeça. - Ela ficará muito feliz quando contarmos da gravidez.

- Com certeza! Os próximos a saber serão nossos pais... agora que entrei na 12º semana e estou bem. - Justin estaciona na garagem e descemos do carro juntos. 

Tivemos uma tarde um pouco cansativa e complicada. Eu senti muita dor durante a tarde toda e fiquei um tempo deitada naquela cama de casal do segundo andar. Maria até me fez um chá de hortelã e fui ficando mais calma um pouco depois. Justin, obviamente, ficou ao meu lado com seu notebook boa parte da tarde. Ele já é todo prestativo no dia a dia, durante minha gestação então... Ele ficou até umas 17h ao meu lado e então teve que sair para uma reunião online com Bryan e Nolan. Decidi voltar para o meu escritório perto da hora de ir embora e falei brevemente com Isabelle, Jade, troquei mensagens a respeito de como foi hoje com Dimitri, que está lá embaixo, e mal me lembrei de Elizabeth. A verdade é que ela praticamente não me incomoda mais. Meu ramal toca e vem da sala de Justin.

- Oi.

- Oi. Anna me mandou uma mensagem mais cedo dizendo que desembarcará às 18h40. Como faremos?

- Eu vou buscar as crianças umas 17h30 e posso ir direto ao aeroporto.

- Meu amor, primeiro que você precisa ficar de repouso e segundo que não dá. Eu acho melhor irmos embora na mesma hora, aí eu pego o carro em casa e a busco.

- Tudo bem. Nos vemos em casa.

- Você melhorou?

- Sim.

 

Desligo e volto a atualizar as planilhas de sempre, olho o rendimento de todo mês e começo a programar os depósito a serem realizados nessa semana. Alguém bate na minha porta e é Maria.

- Mellanie, você está melhor?

- Estou sim, Maria! Obrigada. 

- Eu já estou indo embora... Até amanhã, na sua casa. - Sorrio e ela solta o cabelo castanho escuro, que fica na altura do ombro, só um pouco mais curto que o meu. 

- Até! 

Saio da casa por volta das 17h20 e vou direto para o colégio deles, que não dá nem mesmo 10 minutos de carro - o que é ótimo.

- Posso saber como foi hoje? - Falo ao ajustar o cinto de segurança em Brandon, logo faço o mesmo com Vallery e eles não param de tagalerar.

- Foi muito legal. Eu fui ao parquinho com os meus amigos e eles disseram que eu falo diferente. - Brandon comenta conforme observa o trânsito.

- Como assim, diferente?

- Eles disseram que eu falo com outro sotaque. 

- E o que você disse? - Olho-o através do espelho, que dá os ombros.

- Ele falou que nós somos russos. - Que coisa mais fofa!!! 

- Huh, isso mesmo! Vocês são russos.

- Eles acham legal gente que vem da Rússia. - Ela completa. - Eu gostava de lá...

- Mas vocês gostam daqui também, não? De Miami!

- Sim!! - Vallery afirma com a cabeça. - Mas eu queria ver Anna, Lauren...

- Billy, Baby e Bob. - Brandon interrompe.

- Eu tenho uma notícia muito boa pra vocês! - digo empolgada e os dois arregalam os olhos, já esperando minha continuação. - O papai foi ao aeroporto buscar uma pessoa muito legal....

- QUEM? A VOVÓ?

- LAUREN?

- ANNA? - Vallery grita e Brandon a interrompe para dizer o mesmo.

- SIM!!! Anna ficará uns dias em casa conosco. - Comemoro e os dois gritam empolgados.

- Sério? Eu adoro Anna. - Vallery fala toda contente. - Ela não conhece nossa casinha.

- Ela vai morar com a gente, mamãe? - Brandon pergunta curioso e nego com a cabeça.

- Não, querido. Ela mora em Moscou, então passará só uns dias conosco.

- Ah... eu tô com saudade dela. - Ele lamenta. - Ela tá aqui, já?

- Deve estar chegando. 

Chegamos em casa e eles tomaram vitamina de banana e maçã, assim como eu. Coloquei os uniformes para lavar e dei um banho nos dois, que vestiram pijamas de calor e ficamos todos na sala à espera de Anna. Justin saiu daqui umas 18h para buscá-la. Ouço nosso carro estacionar na garagem e os dois correm até a porta.

- Ei, calma. - Eu os acompanho e Brandon abre a porta, saindo já no quintal e dá de cara com Anna descendo do carro.

- ANNA!!!!! - Ele grita e Vallery sai correndo até ela. Os dois quase a derrubam, que sorri contente com a recepção. Ela veste um vestido florido de regata e segura uma jaqueta no braço direito, uma bolsa pequena e está com o cabelo completamente liso, parece que fez progressiva. Está diferente, talvez com uma aparência menos cansada. Justin tira sua mala azul do porta-malas e traz até mim. 

- Eu vou guardar no quarto de hóspedes. - Ele passa por mim e me dá um selinho, logo tranca o carro. Anna começa a conversar com os dois e eu me aproximo para finalmente abraçá-la. Depois de um mês e meio... ela veio!! 

- Como é bom te ver, Anna. - Eu a aperto e descarrego toda a minha aflição nela, que é como uma mãe para mim e Justin. Hoje foi um dia tão complicado.

- Mel, eu digo o mesmo! Eles cresceram tanto... você está diferente. - Abro um sorriso e a puxo para dentro de casa, conforme somos seguidos pelas crianças.

- Eu vou mostrar a casa para Anna. - Vallery ergue as mãos e rio.

- Vai nada! A mamãe que mostra. - Brandon retruca e vejo Justin descer as escadas. 

- Ei. Eu vou te mostrar toda casa, Anna. - Olho ao redor e Justin vem até nós.

- Mas antes... - Ele acaricia meus ombros e fica ao lado de Anna. - Fala, amor. - Ele sussurra e eu assinto. Sabia que não aguentaria até o jantar.

- Pode falar. - Anna nos olha curiosa e Vallery tenta puxá-la pelas mãos.

- Vocês podem ver se o papai deixou a mala de Anna no quarto certo? - Eles assentem e sobem as escadas juntos.

- Estamos grávidos. - Ele fala empolgado e me faz gargalhar. - Eu estava louco para te contar.

- Mel!!! Sério? Que legal, parabéns. Fico muito feliz por vocês, mesmo... Bem que nós suspeitamos no começo, hein? - Ela encara Justin e eu mostro minha barriga quase imperceptível. - Um só?

- SIM. Outro casal de gêmeos eu não consigo. - Justin ri e concorda com a cabeça.

- Mas você está de quantas semanas?

- 12. Estou desde aquela época em que eu e Justin tínhamos terminado e eu voltei de São Francisco... lembra? Eu não contei a ninguém desde então, só Justin.

- Já sei... tudo por conta do avião. - Ela me conhece muito bem.

- Exato!! Mas o que importa é que agora estamos bem... Ainda não sabemos o sexo. - Ela toca minha barriga e acaricia a mesma. 

- Eu acho que é menina. - Ela fala assim... na lata. Justin parece um tanto surpreso, mas eu sei o que é isso. Intuição de mãe, o formato da barriga. - Você sentiu muito enjoo no começo?

- Sim. Agora melhorou bastante... só hoje que tivemos um susto.

- Como assim?

- Tive muitas dores e um pequeno sangramento, mas não foi nada demais. - Dou os ombros e os dois descem as escadas na correria.

- Eles já sabem?

- Não... na verdade eu acho que mais ou menos. Vou esperar pelo menos aparecer mais, assim poderei dizer a eles. - Justin concorda com a cabeça e pega Vallery no colo.

Eu mostro toda a casa a Anna e ela decide desfazer sua mala já no quarto de hóspedes. Enquanto isso, tomo um banho quente e visto meu pijama de calor: uma camisola na cor azul marinho. Justin faz o mesmo e veste uma cueca boxer preta.

- Você não vai vestir uma bermuda? - Ele nega com a cabeça.

- Anna me conhece desde pequeno e está acostumada. - Dou os ombros indiferente e vou até a cozinha para esquentar o nosso jantar. Enquanto isso, as crianças estão no quarto com Anna, enchendo-a de perguntas. Jantamos todos juntos e eles quiseram dormir com a presença dela, mesmo no próprio quarto. No fim das contas, Anna só conseguiu ir dormir depois das 22h. Eu e Justin... lá por meia-noite. Tivemos um dia e tanto.

...

Acordamos com o tempo fechado na quinta-feira e meu desânimo aumentou para sair da cama. Mesmo assim, tomei um banho quente e sequei meu cabelo. Hoje é dia de Maria vir aqui.... Expliquei a Anna que ela está aqui como visita, não para ajudar com a casa, mas ela fez questão de pelo menos ficar com as crianças durante as manhãs da semana toda. Não posso discutir... eu prefiro, assim como eles. Fico até um pouco mais segura. 

Felizmente, não tive mais qualquer sintoma como na segunda-feira. Acordei Justin assim que saí do banho e desci primeiro para fazer nosso café da manhã. Estou apenas com minha calça jeans e um sutiã de renda. A fome foi maior do que eu.

- Mellanie, você está descalça nesse frio? Gravida! - Oh. Eu não tinha percebido. Olho para trás e Justin está de braços cruzados, o cabelo já penteado, todo molhado, e vestindo apenas a calça preta e chinelos. Anna acabou dormindo tarde ontem, então hoje não acordou tão cedo. 

- Eu esqueci. - Digo baixo para que ele também modere o tom de voz. 

- Esqueceu? Você precisa evitar essas coisas.

- Eu sei, Justin. Já vou calçar um chinelo.

- Outra coisa... Eu te vi carregando Brandon no colo ontem, na hora que fomos ver como está ficando o quarto do bebê. Sua médica disse a nós dois que você não pode carregar peso em hipótese alguma.

- Por que você está tão em choque assim? - ele dá os ombros. - Eu já estou melhor... só fiquei ruim na segunda e terça-feira.

- Só! - Ele fala inconformado, então vem até mim e então sento na cadeira, evitando os pés no chão. - Você que está despreocupada.

- Eu só não estou incomodada com coisas bobas, já que eu estou ótima... não sinto mais dores e ficar descalça não vai prejudicar em nada. 

- Você está indo ao consultório semanalmente porque está quase com uma gravidez de risco. - só porque a Dra. Killes disse que eu posso entrar numa gestação de risco se eu não me cuidar melhor... 

- Quem te disse que eu estou numa gravidez de risco? - Cruzo os braços olhando para ele e fico de pé. Justin se aproxima e coça a cabeça como se não fosse o que queria ter dito. - Ela falou que isso aconteceria em caso de não haver melhorias.

- Vista um chinelo e vá descansar.

- Eu vou terminar de me arrumar para o trabalho, Jay. - Ele suspira. - Por que você está falando tanto dessa gravidez ser de risco? Você está sabendo de algo que eu não sei? Porque se for você me fala agora. - ele arqueia as sobrancelhas e se aproxima de imediato. - Até me deu tontura. - passo as mãos no rosto e ele dá dois passos à frente.

- Você vai calçar algo. - ele fica descalço e me faz usar os seus chinelos. Assim faço.
 

SPOILER

 - Tudo bem. Eu entendo que tudo seja novo... Eu também fico com a cabeça cheia. Eu só não gosto de pensar que estamos bem quando na verdade não estamos.


Notas Finais


Boa noite, meninas!!! O capítulo de hoje na verdade era outro, mas acabei escrevendo tudo isso agorinha porque me veio à cabeça haha acontece.
Espero que vocês estejam gostando. Caso esteja cansativo ou algo repetitivo, me falem, por favor. Às vezes eu não percebo porque mexo com tantos capítulos ao mesmo tempo que até fico um pouco confusa.
Obrigada a todas que tiram um tempinho pra me acompanhar. Quero saber o que vocês querem que aconteça (ou o que não querem rs).
Beijos.


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