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História Behind The Secrets - Second Season - DONT YELL AT HER


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 33 - DONT YELL AT HER


- Deve ser sobre o DNA.

- É. Estou tão ansiosa pelo resultado.

- Sabe que eu também estou? Não sei, mas eu sinto como se tudo fosse dar certo.

- Não fique com tanta esperança assim... - falei ao sentar-me de frente para ele. - A chance de haver um erro é mínima. Ele deu os ombros.

- Mas pode haver um erro. Já pensou? O que você faria?

- Não faço ideia. - falei ao pensar na hipótese dele. Não quero me iludir pensando que pode haver um erro, mesmo eu querendo que houvesse. Não posso mudar o que já aconteceu. - E você? O que faria? - falei curiosa e ele sorriu.

- Eu te pediria em casamento e moraríamos longe daqui. - disse rápido, como se já estivesse com a resposta em mente. 

- Você está falando sério? - olhei-o estranhando a situação.

- Por que não estaria? - deu-me um selinho. - Eu quero ir para longe com você, independente desse resultado. 

- Nós ainda somos muito novos. - falei. - Ainda é cedo para tomar uma decisão como essa.

- Qual o problema? Eu te amo e você me ama. 

- E se o teste estiver certo? E se não houver nem um mínimo erro? 

- Eu não sei... Seria completamente decepcionante. - desfez o sorriso. - Mas sabe que, mesmo com tudo isso acontecendo, eu não consigo te enxergar como uma irmã. Eu não sei, eu, quando eu tento te olhar como uma irmã, parece que tudo o que já fizemos vem à tona. Cada coisa.

- É? Do que você lembra? - falei curiosa.

- Quando nós transamos na sauna. - riu. - Você quase morreu de vergonha porque estávamos cercados de amigos assim que saímos. Quando eu te levei para uma rua deserta, de noite. Lembra? - disse forçando sua voz e assenti enquanto ele falava.

- É claro que eu lembro. Eu sinto tanta falta de tudo isso. - falei olhando para ele. - Às vezes, eu acho que nós estamos errando ainda mais ao ficar tentando um ao outro.

- Quem aqui está tentando? - disse cínico. - Eu não estou forçando nada. Você está?

- Não, mas você entendeu o que eu quis dizer... - falei para que ele percebesse o quanto isso pode continuar nos prejudicando.

- Eu entendi, mas não concordo. Se eu estivesse forçando, eu não estaria nem perto de você, o que é impossível. Por isso eu acho que não devemos pensar nisso.

- Até quando nós vamos ficar nessa?

- Até o resultado do DNA. - disse rápido. - O que acha?

- Se houver algum erro, continuaremos "juntos", mas... - falei confusa.

- Se estiver certo e formos mesmo irmãos, eu desgrudo de você e fico em Los Angeles de vez. - disse tranquilo.

- Você faria isso?

- Eu não aguentaria ficar perto de você o tempo todo sem te tocar, você sabe disso.

- Mas não é assim também, irmãos se abraçam e dizem eu te amo como qualquer outra pessoa.

- Irmãos não transam e se pegam por aí. - riu ao dizer e dei-lhe um selinho em concordância.

- Se você não tivesse me agarrado naquela festa, no dia em que nós conhecemos, nós provavelmente não estaríamos nos pegando por ai.

- Agora a culpa é minha? O que você quer dizer com isso?

- Quero dizer que você nunca se apaixonaria por mim e eu por você.

- Isso é mentira. Se aconteceu, foi por algum motivo. Ou você preferia estar namorando aquele babaca lá?

- Para de chamar ele de babaca. - dei um tapa em sua perna. - Não foi isso que eu disse.

- Indiretamente, você disse. Porque se você preferia estar namorando aquele outro cara, pode ir atrás dele agora. Vocês não se veem há tanto tempo mesmo, creio eu. 

- Para de ficar falando isso. - ele desviou o rosto do meu e voltou a sentar-se direito e assistir tevê. - É ignorância da sua parte.

- Você falou na minha cara como se a culpa fosse minha, como se eu tivesse te induzido a me amar.

- Mas foi isso. - falei como se fosse óbvio. - Não foi?

- Não. - disse sério. - Quer saber, chega desse assunto. - respondeu ignorante, de novo.

- Ai Justin, para de falar assim. - acariciei-o no rosto. - Eu não falei nada disso.

- Você fala como se estivesse arrependida de tudo. - tirou minha mão de seu rosto e cruzou os braços. 

- Isso é coisa da sua cabeça. - passei novamente as mãos no seu rosto. - Eu nunca te disse ter me arrependido. 

- Huh. - murmurou feito criança e dei um beijo em seu rosto, ao abraçá-lo de lado. 

- Para de drama. - passei a mão em seu cabelo e comecei a desfazer todo o seu topete aos poucos. Arranhei-o quase no peitoral, por conta da regata, que permaneceu imóvel e percebi que segurou o riso ao morder a língua. - Você começa o assunto e depois não aguenta.  - dei-lhe um selinho e mordi seu lábio, que não correspondeu. - Você não quer me beijar? Que pena. - dei os ombros e voltei a sentar-me ao seu lado. Peguei meu celular e ele soltou as mãos ao ajeitar seu cabelo. Em completo reflexo, ele me agarrou com força e beijou-me nos lábios. Ri durante o beijo e ele sorria o tempo todo, aproximando-se cada vez mais. 

- Boba. - disse rindo ao se afastar e beijou-me novamente, ao puxar meu lábio com os dentes. - É por isso que eu te amo. - disse ao segurar meu rosto com as mãos e beijou-me de uma única fez, sem ao menos parar para recuperar o fôlego. Eu já estava com a respiração gasta e ele me deitou na cama, ainda beijando-me sem parar. Dei-lhe um selinho para poder me recuperar, que sorriu ao segurar com as mãos no lençol, deixando meu corpo entre suas mãos. 

- Justin... - falei ofegante enquanto olhava-o, que riu. 

- Perdeu o fôlego, foi? - falou rindo de mim e assenti. - Bons tempos. - tornou a beijar-me nos lábios e abracei-o no pescoço, sem força nas mãos para que ele não caísse em cima de mim. - Esse é um belo estímulo para eu me exercitar. - disse ao começar a fazer flexões em cima de mim, dando-me um selinho a cada segundo que voltava com seu rosto ao meu. 

- Você é tonto. - ri. - Qual o sentido disso?

- Eu não quero te machucar. Malhar deitado em cima de você foi a melhor ideia que eu já tive. - falou brincalhão e beijou meu pescoço.

- Justin, você é muito besta. - falei ao cerra-lo com os olhos, que riu e continuou a fazer flexões em cima de mim.

- A culpa é sua. - disse ao parar pela primeira vez e voltou a apoiar-se com ambas as mãos no lençol. Estávamos quase no escuro, já que a cama era coberta pelas cortinas pretas. 

- É o quê? Não.

- O amor deixa as pessoas meio bestas mesmo. Você já deveria saber disso. - disse ao voltar a me beijar nos lábios. Ele estava certo. É um sintoma natural do amor.

- Você pode estar certo. - falei passando o polegar em sua bochecha e ele mordeu meu dedo, ainda fazendo as flexões. - Para com isso.

- Te incomoda? - disse chato e assenti descarada. 

- Sim. - falei e ele se afastou, ao sentar-se novamente.

- Então tá, parei. - tirou a regata e jogou na minha cara.

- Como você é chato.

- Eu? Você que reclama de tudo o que eu faço. 

- Eu não reclamei de nada.

- Reclamou sim. Às vezes eu acho que sou mais bobo do que você, porque eu sempre te ouço e você nunca me dá atenção.

- Nunca te dou atenção? De onde você tirou isso? - olhei-o inconformada. - Você só pode estar brincando. 

- Não estou. - disse sério e mudou o canal diversas vezes. - Escolha um filme para assistir, já que você vai reclamar se eu escolher.

- Você é muito fresco.

- Sou fresco, sou besta, sou chato, sou idiota, o que mais? - cruzou os braços e fui até ele. 

- É o meu amor. - falei tão séria quanto ele, que fingiu não me ouvir. - É lindo. 

- Agora você fica se redimido, engraçada você. - disse olhando-me. - Eu estou aqui, todo de boa vontade pra te animar já que você não está tão animada hoje e sou recebido com xingamentos.

- Quem disse que eu não estou animada? Não são xingamentos.  

- Eu sei que não está. São sim. - retrucou. 

- Justin, sério que você vai ficar se estressado comigo? Você já vai embora amanhã. 

- Exatamente porque eu vou embora amanhã. Você deveria valorizar o meu tempo aqui e não ficar me destratando.

- Eu não te destratei. - falei brava enquanto arrumava o cabelo. - Qual é Justin? 

- Tá Mellanie, tá. Eu sou o errado então. - disse impaciente e levantei-me.

- Quando você estiver mais legal, você me fala que eu volto para te ver. - peguei minha mochila e ele continuou sentado. Abri a porta e fui até o começo da escada.

- Fica aqui comigo. - parou no batente e me olhou. - Por favor.

- Agora você está educado?

- Fica. - disse com a voz mansa e sorri sem querer. - Não vamos mais nos irritar um com o outro. - estendeu a mão e toquei-o, que me puxou devagar até ele. - Agora me dê um beijo. - falou quase tocando meus lábios e cedi, ao dar-lhe um beijo. Ele pegou meu fichário e escondeu nas costas, ao conduzir-me a voltar para o quarto. Ele me abraçou forte e continuou beijando-me nos lábios, enquanto me puxava at[e ele pelo quarto.

- Você faz isso de propósito. - falei entre o beijo e ele sentou-se na cama, passando as mãos em minhas costas, por baixo da minha blusa e acariciou-me.

- Eu faço. - confessou e beijou-me novamente. - Eu nunca vou cansar de dizer o quanto eu amo o fato dos seus seios estarem enormes. - falou olhando para a minha blusa e logo em meus olhos. - Estão enormes.

- Você me deixa constrangida.

- Eu estou te elogiando.

- Mas eu fico constrangida. - falei olhando para ele, que passou a mão em minha barriga e deu um beijo na mesma, ao subir minha blusa. 

- Não fique. - deu mais um beijo na mesma. - Quando você irá marcar outro ultrassom? Eu quero tanto ver o rostinho da Vallery e do Brandon novamente.

- Não sei... Eu vou esperar o resultado do DNA. Você falou com a Stacey esses dias? 

- Não fale sobre ela. - falou bravo. - Agora não é hora.

- Ok, ok. - concordei. - Eu acho tão estranho o fato de você querer minhas carícias e tudo mais, sendo que eu estou enorme e com o rosto mais gordo e tão estranha.

- Você está muito insegura com a gravidez. Se eu digo que você continua maravilhosa, é porque você continua. Eu te amo e você sabe disso. Não precisa ter vergonha de mim.

- Está falando sério? - falei sorridente.

- Óbvio que estou. - respondeu convincente e beijou minha barriga novamente. - Mexeu! Você sentiu isso?

- Senti, claro. - ri e passei a mão na barriga, direcionando-o a tocar onde havia sentido um forte chute. - Foi a Vallery.

- Como você sabe?

- Porque é mais fraquinho. Não sei, eu sinto. - dei os ombros e ele me abraçou forte.

- Eu te amo tanto. - disse ao me abraçar novamente e correspondi o abraço.

- Eu também amo você, Jay. - respondi acariciando seu cabelo, enrolando os curtos fios em meus dedos. Meu celular tocou e logo atendi.

 

- Oi pai.

- Mel, onde você está?

- Acabei de chegar na casa do Justin. 

- Huh. Estou indo aí... Preciso conversar com vocês.

- Ok.

 

- Ele está vindo? - disse curioso e afirmei com a cabeça.

- Sim. Acho melhor não ficarmos aqui dentro. - afastei-me e ele me puxou para perto de novo.

- Ele não manda em mim e muito menos em você.

- Mas ele é o nosso pai. - falei desapontada. - Nosso.

- Não fica falando isso. - disse sério. - Vamos aproveitar que ele ainda não está aqui.

- Arrume a sua cama e eu vou levar meu fichário para a sala.

- Mel, ele deve saber que nós nos pegamos vez ou outra. - disse brincalhão.

- Ele não sabe nem que você é o pai.

- Ele não sabe?

- Não. - falei rápido. - Ele não pode saber.

Saí do quarto com o meu fichário e desci as escadas devagar. Peguei meu celular e mandei um sms para a Jennifer.

 

"Tá a fim de conhecer o Justin hoje?" - Mellanie.

 

"Claro. Vamos sair?" - Jennifer

 

"Vamos em algum barzinho. Fale com o Bob e mais alguém". - Mellanie.

 

"Beleza. Às 20h na sua casa?" - Jennifer.

 

"Sim!" - Mellanie.

 

Justin veio atrás de mim ainda sem camisa e foi até a cozinha. Voltou com uma garrafa d'água e bebeu metade da mesma. 

- Você quer? - ofereceu-me a garrafa e peguei de sua mão. 

- Obrigada. - tomei um gole e dei nas mãos dele. - Você tem bebido esses dias?

- Por que a pergunta? - disse surpreso e colocou seu celular para carregar perto da escada. 

- Responda.

- Ah, de vez em quando.

- Você não foi convincente.

- Antes de ontem eu fiquei irritado e bebi um pouco.

- Irritado com o que? - apertei-o para que falasse e se aproximou-se um pouco.

- Deixa quieto... - Meu pai abriu a porta e nos encarou no mesmo instante. Justin revirou os olhos como se já estivesse incomodado com a presença dele sem ao menos dizer uma palavra.

- Oi pai! - abracei-o com força, que deu-me um beijo no rosto e abraçou o Justin com muito custo.

- Oi filha, filho. - deixou suas chaves na mesa e cumprimentou a Mabel. Tirou a jaqueta e parou no primeiro degrau da escada. - Podemos conversar agora?

- Sim. - respondi e Justin levou a garrafa até a bancada. Ele sentou-se ao meu lado.

- Por que você está sem camisa aqui com a Mellanie, de novo? - falou já desconfiado.

- Estava transando com ela. - disse sério e com um olhar descarado. - Não posso nem mais tirar a camisa?

- Justin! - olhei-o com os olhos salientes e meu pai bufou irritado com a resposta dele.

- Como você pode ser tão grosseiro?

- Você não me deixa nem ficar sem camisa na minha própria casa? Vai vir com a história de que ela nunca me viu sem camisa?

- Agora a história é outra.

- Não tem história não. - respondeu descarado. - Fala logo o que você quer, porque já acabou com o meu dia.

- Para. - Mellanie sussurrou para mim.

- Você sempre se defende como se estivesse errado.

- Para você eu sou sempre o errado. - revidou. - Eu aposto que o que você vai dizer não me interessa, mas sim a Mellanie. Pode falar com ela. - ele passou reto por nós e foi até o quintal.

Fui correndo atrás dele e meu pai veio atrás de mim.

- Justin. - falei ao segui-lo, que estava do outro lado e sentou-se no chão, com o frio que estava. - Está muito frio. Volte aqui.

- Não está mais tão frio. O sol está começando a aparecer. - respondeu-me sério. 

- Eu quero falar com vocês sobre o teste de DNA. - pronunciou-se ao ficar entre nós. - Apesar do resultado sair na quarta-feira, eu quero que vocês saibam que, eu tenho certeza absoluta que vocês dois são meus filhos. Não tem como isso estar errado. Eu amo vocês dois do mesmo jeito.

- Você não sabe amar seus filhos. - respondeu ainda sério. - Prefiro esperar pelo resultado e poder esfregar na sua cara que nós não somos irmãos.

- Não duvide da minha palavra! Se eu estou dizendo que vocês dois são meus filhos, é porque eu sei que são.

- Vai ver a Mellanie não é sua filha e você se sente culpado. Por isso você a ama tanto assim.

- Você tem ciúmes dela. - falou rápido.

- Cala a boca, Jack. - levantou-se - Era só isso que você tinha a nos dizer? Era, ok. Mel, vamos.

- O quê? Vamos aonde? - falei confusa com toda a situação. Como eles conseguem discutir tanto, a todo momento?

- Qualquer lugar que ele não esteja. - passou por nós e pisou forte no chão ao subir as escadas. Continuei parada em frente ao meu pai, que parecia pouco se importar com a situação.

- Por que você sempre faz isso com ele?

- Eu não faço nada. Não tenho culpa se ele me detesta. - falou se defendendo e Justin apareceu na sacada de seu quarto.

- Ei, Jack. Só para você saber, EU ENGRAVIDEI A SUA FILHA. NÃO AQUELE BABACA QUE VOCÊ PENSA. - eu não acredito que ele disse isso. Escondi o rosto com as mãos, por não ter onde me esconder e meu pai gritou de raiva como se não soubesse o que dizer. Eu realmente não acredito que o Justin disse isso logo agora que a discussão havia acabado. - ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA OUVIR? POIS NÃO.

- EU NÃO ACREDITO NISSO. - gritou de ódio. Eu nunca o vi tão bravo quanto agora. Melhor dizendo, raivoso. Talvez essa palavra possa defini-lo no momento. - QUE CARALHO DE BRINCADEIRA É ESSA BIEBER? DESÇA AQUI AGORA. MELLANIE! É O QUÊ? - Ele gritava sem saber o que dizer ou até mesmo a quem olhar. Dei alguns passos para trás enquanto ele parecia perdido e Justin sumiu da varanda. - MELLANIE ELE ESTÁ FALANDO A VERDADE? ME DIGA QUE NÃO. VOCÊ ENTENDE O PERIGO DISSO? VOCÊS SÃO IRMÃOS. IRMÃOS. - ele continuou gritando descontrolado e deve ter se esquecido que não é bom gritar perto de uma grávida, principalmente quando são gêmeos.

- PARA DE GRITAR COM ELA. VOCÊ NÃO PERCEBE QUE NÃO PODE? MELLANIE, VAI PARA DENTRO. - chegou por trás de mim, já vestido com uma blusa de manga comprida e fui frustrada até a copa. Continuei olhando-os pela janela, com ódio do Justin ter dito isso logo agora.

- VOCÊ É UM HIPÓCRITA. AGORA POUCO VOCÊ ESTAVA TODO SIMPÁTICO COM ELA E, POR ALGO QUE EU DIGO, VOCÊ SE SENTE NO DIREITO DE GRITAR COM ELA? QUAL É O SEU PROBLEMA?

- VOCÊ FALA COMO SE ELA NÃO FOSSE MINHA FILHA. EU SEI MUITO BEM O QUE EU DIGO OU DEIXO DE DIZER. VOCÊ MERECIA UM SOCO NA CARA POR TER ENGRAVIDADO A MINHA FILHA.

- EU TAMBÉM SOU SEU FILHO, SEU MERDA. - Confesso que eu estava assustada com a situação. Nunca vi o Justin com tanto ódio nos olhos como agora e meu pai tão descontrolado. - EU AMO A MELLANIE COMO MULHER. SEMPRE AMEI E VOCÊ SEMPRE SOUBE DISSO. SE VOCÊ ACHA QUE HÁ ALGUM PROBLEMA DO FILHO SER MEU, EU VOU PARA LONGE COM ELA E VOCÊ NUNCA MAIS A VERÁ. PARA QUEM ABANDONOU A FILHA UMA VEZ, OUTRA NÃO DEVE SER TÃO DIFÍCIL ASSIM. - Se tem algo que eu odeio nele, é o fato de não medir suas palavras quando está irritado. Apenas vi meu pai dar um soco em seu rosto e Justin logo pegou-o pelo punho e empurrou-o longe. - VAI ARREGAR É? VOCÊ DEVERIA SE IMPORTAR COM O FATO DELA ESTAR GRÁVIDA E BEM, NÃO PELO FILHO SER MEU. ISSO ERA ÓBVIO. - não sei o que senti, mas comecei a chorar enquanto eles brigaram. Era uma cena terrível de presenciar. Mabel veio até mim e tentou me consolar de alguma maneira.

- Você está se sentindo bem? Não pode ficar nervosa.

- Eu, eu estou com umas pontadas aqui. - apontei para a barriga. - Mas é por conta do nervosismo. Logo passa. - sentei-me ainda ouvindo os dois brigarem e eu queria interferir de alguma maneira, mas o que eu vou fazer? Isso é terrível.

- VOCÊ NÃO SABE O QUE DIZ. TALVEZ, SE A SUA MÃE ESTIVESSE AQUI PARA TE EDUCAR, VOCÊ NÃO SERIA ESSE MERDA QUE É HOJE. - Gritou para o Justin, que gritou de volta com ele. Eu preciso fazer alguma coisa para que eles parem de brigar. Mesmo que eu tenha odiado o fato do Justin ter falado para ele, não posso deixar os dois brigando por um motivo não tão novo e sério.

- PARA! - gritei ao sair no quintal e tapei os ouvidos. - PARA, PARA. - Gritei novamente e eles foram se soltando aos poucos, como dois adolescentes em uma briga de colégio. 

- Mellanie, vai para dentro. Você não pode ficar nervosa. Vai para dentro. - Justin olhou-me e estava com a bochecha completamente vermelha, assim como meu pai. Eu já chorava de tão nervosa que estava. - Mellanie, vai! - ele dizia em um tom quase gritante, mas não completamente por saber que não é certo. 

- Não. Parem de brigar, pelo amor de Deus. - continuei falando chorando. - Vocês estão brigando feito crianças, mas vocês são pai e filho. Parem com isso. - Justin se afastou dele ainda mais e suspirou fundo ao passar correndo por mim e foi até a porta. Meu pai passou as mãos no rosto para ver se estava sangrando, o que foi um exagero. Ele parecia mais controlado que o Justin.

- Eu não, não deveria ter gritado com você filha... - falou tentando se redimir e saí do quintal, indo até a cozinha. Peguei uma das garrafas d'água na geladeira e saí pela porta principal, à procura do Justin. Ele estava no fim da rua, pensando em ir até a pista de caminhada. Passei a segui-lo, mesmo andando lenta e aos poucos ele foi parando, como se não aguentasse mais andar para qualquer lugar. Sentou-se na guia e escondeu o rosto. Ele estava com o cabelo todo bagunçado.

- Justin. - falei ao alcançá-lo e fui até a guia. 

- Me deixa, Mellanie. Me deixa. - falou ainda com ódio em seu tom vocal e recuei, sem saber o que fazer. - Me deixa aqui. Eu não quero falar agora.

- Eu não quero falar com ninguém agora, sai daqui, antes que eu acabe dizendo o que não quero.

- Não precisa falar nada, mas eu vou ficar aqui com você. - sentei-me ao seu lado com dificuldade, por ainda estar com um pouco de dor e ele puxou a manga de sua blusa, mostrando algumas de suas tatuagens no braço esquerdo. Ele parecia estar chorando, mas preferi não interferir no que ele deveria estar sentindo. Se era ódio, raiva ou apenas decepção. Passei a mão em seu cabelo, tentando acalmá-lo, que suspirava a cada segundo.

- Ele falou da minha mãe, na minha cara. Ele sabe o quanto eu detesto mencioná-la, porque isso me magoa. Foda-se se eu sou um homem de 20 anos. É um assunto que ele não deveria falar. Ele não tinha que dizer nada sobre ela, porque se tem alguém que errou na minha infância, foi ele. Você já deve ter percebido que a sua relação com ela é completamente diferente da minha. Ele só me trata bem quando está com um humor irreconhecível. Ele nunca está assim, por isso... - parou de falar e sua voz estava fraca. - Eu sou um idiota. Você está certa. Ele deveria ter ficado feliz porque você está grávida de alguém que ele sabe quem é, diferente daquele babaca. Foda-se se somos irmãos ou não, você engravidou antes e até ele sabe disso. - parou de falar e passou a mão em seu topete já desfeito. Dei a garrafa em sua mão, sem dizer ao menos uma palavra. Eu não queria interferir na raiva dele, só queria que ele falasse o que precisava e se acalmasse. - Ele me tratou como se eu fosse um namorado vagabundo da filha dele, mas eu sou o filho dele. - Justin colocou a garrafa na bochecha, onde estava todo vermelho e logo bebeu um gole. - Não quero passar nem mais cinco minutos naquela casa. Ainda bem que eu estou morando sozinho em Los Angeles. Você não faz ideia do quanto é péssimo morar com o meu pai e ter o Greg nos visitando a todo momento. - bufou. - O Greg. Você sabia que ele me mandou uma foto, de quando vocês ficaram? Vocês estavam se pegando na foto e eu me embebedei para não explodir de ódio. - foi por isso que ele bebeu nesses últimos dias, como ele disse naquela hora. - Você acha isso pouco?

 

SPOILER

- Ai meu Deus, finalmente consegui falar com você! Eu liguei no celular do Justin, mas ele não atendeu e eu procurei por ele há horas.

- O que aconteceu, Shawnteal?

- A mãe da Stacey me ligou e ela teve um sangramento durante a madrugada. Ela está no hospital.

- Meu Deus! Eu não... o Justin não está aqui agora, mas eu vou falar com ele. Você tem mais alguma notícia?

- Ela queria que o Justin estivesse lá para falar com os pais dela, já que ele não foi na semana passada.


Notas Finais


Não to atrasando pra postar: comemoreeeeeem. To pensando sobre coisas que ainda podem acontecer, mas n sei. Apenas pensando. Posso soltar um spoiler do resultado do DNA logo, já que vocês terão o resultado logo tb. Espero que estejam gostando!! Bjss


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