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História Beijo Geladinho- Solangelo - Parte 9 - Eu sempre faço tudo errado ou é algum tipo de...


Escrita por: EvannaLaRue

Notas do Autor


minha cabeça ta explodindo e n to com criatividade pra escrever as notas do cap (e ngm le mesmo então foda-se) (mas se vc le sinta-se abraçade e pf lembra de comentar o que ta achando da história)

Capítulo 9 - Parte 9 - Eu sempre faço tudo errado ou é algum tipo de...


Fanfic / Fanfiction Beijo Geladinho- Solangelo - Parte 9 - Eu sempre faço tudo errado ou é algum tipo de...

Antigamente, eu era bom em ser bom. Sabe? Simples assim. Eu tentava e então me esforçava um pouco e era o melhor. Fui o melhor da turma durante todo o ensino médio. Fui o melhor da turma no vestibular e, durante a faculdade, fui o aluno com as notas mais altas pelo menos por um semestre. Eu também era bom em fazer amigos, em conversar e em transar. Eu era um bom filho e meus pais sempre falavam de mim com orgulho. 

    Então, é isso que está acontecendo: estou num território completamente novo aqui. Não estou indo bem no trabalho (cheguei atrasado por ter perdido o ônibus depois que Kayla resolveu bater com um brinquedo na cara de Austin). Também não estou indo bem na faculdade já que quase não me resta tempo para estudar direito. Acho que meus irmãos me odeiam porque eu dormi no meio do filme da terça em casa. E, para piorar, o único tempo que consegui passar com Nico nas últimas duas semanas foram nossos encontros no ônibus e a sessão de amassos no portão da casa dela antes de eu ir correndo para casa. 

    Sou um péssimo ficante. Um péssimo filho. Um péssimo empregado. Um péssimo irmão. Um péssimo estudante. Estou morrendo de sono. 

    Passa das 23 horas de uma sexta-feira quando eu finalmente me despeço de Nico no portão da casa dele e sigo correndo até a minha. Minha boca ainda está com o gosto dele e ainda consigo sentir a pele da sua coxa roçando na palma da minha mão. Eu queria ter entrado e transado com ele e dormido de conchinha. Mas, claro, não fiz nada disso. Preciso ir para casa e fazer com que Kayla pare de arrancar os cabelos da sua nuca — e, amanhã, conversar na escola dela sobre isso. 

    Quando Austin e Kayla finalmente pegam no sono, eu olho o celular. É meia noite e eu preciso acordar dali 5 horas. Mesmo assim, tento afastar o sono e ligo para Nico. 

    — Alô — ele atende no segundo toque. 

    — Te acordei? 

    — Não, to terminando um projeto que eu tenho que entregar segunda. 

    — Certeza que é algo super divertido. Tipo aquela sua apresentação de poesia lá. 

    Nico dá risada. 

    — Aquilo foi péssimo. Eu tava com uma puta vergonha de você ter me visto daquele jeito. 

    — Que jeito? Fodidamente lindo? 

    — Você entendeu. 

    — Entendi sim. Fodidamente lindo. 

    — Will, por que você me ligou? 

    — Não gostou de eu ter ligado? Só queria falar com você um pouco antes de dormir. 

    — Você precisa acordar cedo amanhã. E hoje você parecia mais cansado do que o normal. 

    Eu respiro fundo e penso no que responder. De um jeito completamente patético, percebo que eu quero pedir desculpas a Nico por ter estado tão ausente nessas últimas semanas. 

    — Desculpa — eu digo e acho que o sono está me dominando nesse momento. 

    — Will, você está pedindo desculpas por se sentir cansado? 

    — Eu… acho que sim. 

    — Você precisa de ajuda com alguma coisa? 

    — Como assim? — pergunto, estranhando o rumo da conversa. 

    — Eu não quero ser intrometido, ok? Eu só acho que talvez seja muita coisa nas suas costas. Seus irmãos. A faculdade. O serviço. Cada vez que eu te vejo você está mais cansado. Você sabe que pode falar comigo se precisar de ajuda, certo? 

    — Eu só… — penso em algo para dizer, algo que diminua essa ansiedade no meu peito. Parece que se eu deixar claro para Nico o quão esgotado eu estou ele vai perceber que o melhor é se afastar de uma vez. E eu não o culparia se ele pensasse isso. — To preocupado com a Kayla. Ela vem arrancando o cabelo da nuca nesses últimos dias. Tentei falar com ela mas ela não me diz o que tá rolando. 

    — Você vai falar com a diretora sobre isso? 

    — Vou. Mas preciso encontrar um tempo pra fazer isso amanhã. É dia de reunião de pais na escola dela. 

    — Ah. Claro. 

    — Tudo bem? 

    — Tudo. Tudo sim. É que eu pensei que a gente fosse se ver amanhã. É sábado. 

    — Eu… claro que a gente vai se ver — eu digo, me embolando nas palavras. 

    — A gente não precisa se ver se for muita coisa pra você, ok? Desculpa por ter dito isso. Não quero te pressionar. Acho que é só porque também estou cansado com as coisas da faculdade e… 

    — Você adoraria desfrutar do meu boquete mediano — eu completo e escuto Nico rindo. 

    — Isso seria realmente muito bom. Mas eu ficaria feliz só de ter você na minha cama até eu pegar no sono. 

    — A reunião acaba lá pelo meio dia. Depois preciso fazer umas entregas mas acho que umas 15h eu termino. Daí posso ir pra sua casa — eu digo, deixando de fora o fato de que tenho uma prova na segunda e não vou ter tempo de estudar no domingo de manhã porque vou passar trabalhando no restaurante. 

    — Mesmo? E os seus irmãos? 

    — O Austin vai dormir na casa de um amigo e a Kayla vai ficar na minha vó. Acho. Pelo menos é o que eu tinha combinado com eles. 

    — Legal então. Estou ansiosa por amanhã. Vou até dormir mais feliz. 

    — Tonto — eu digo, mas não consigo parar de sorrir. 

    — Will — Nico diz, baixinho. — Quer que eu cante pra você dormir? 

    — Que gay. 

    — Sorte a sua que eu sou gay. 

    — Verdade. Pera, deixa eu me arrumar — eu digo e sigo para o quarto. Abro a porta em silêncio porque Austin já está dormindo e então me enfio nas cobertas. Pego o fone ao lado da cama e coloco no ouvido — Pronto. Pode começar. 

    — Tá deitado? 

    — Sim, senhor. 

    — Com uma roupa bem confortável? 

    — Sim, senhora. 

    — E numa posição confortável? 

    — Sim, senhore. 

    Nico dá risada. 

    — Você levou a sério quando eu disse que usava todos os pronomes. 

    — Eu sempre levo você a sério 

    — Gay. 

    — Credo, não. Você que é. 

    Eu dou risada e Nico me acompanha. Acho que a essa altura já estamos os dois um pouco bêbados de sono. 

    — Vou começar, ok? Fecha os olhos. 

    — Fechei. 

    Eu espero que Nico comece a cantar uma música esquisita e que me faça rir dessa situação. Mas, ao invés, ele começa a cantar Pela Vida Inteira com uma voz tão suave e calma que não consigo rir. Me esforço para ficar acordado mais um pouquinho para ouvir a voz dele, mas não consigo chegar nem ao segundo refrão. 

    Acordo no dia seguinte cantando "E as estrelas lá do céu/ Eu vou buscar/ Beijos com sabor de mel/ Eu vou te dar/ E pra nossa união/ Eternizar/ Peço ao pai em oração/ Abençoar" e rezando para que hoje seja melhor do que ontem. 


Notas Finais


beijos, beijos!


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