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História Beleza Caótica por Máfia do Porto - Música boa, Cigarros e a Sua Companhia


Escrita por: Bat_Kid

Notas do Autor


Cá estou eu, com minha primeira fanfic de Bungou Stray Dogs e claro que tinha que ser dos meus papais lindos ❤
Fiquei um tempinho sumida, mas por isso peço perdão, minha próxima fanfic provavelmente vai ser Drarry.
Essa capa foi feita pela perfeita @mrsmistyride obrigada anjo sz

Espero que gostem soukoku é canon única coisa que importa é a minha opinião.

Capítulo 1 - Música boa, Cigarros e a Sua Companhia


Fanfic / Fanfiction Beleza Caótica por Máfia do Porto - Música boa, Cigarros e a Sua Companhia


— Hmpf! Espero que você tenha um ótimo motivo pra ter me chamado aqui, Dazai! — Chuuya disse alto, anunciando sua presença quando chegou no lugar combinado por eles.

Dazai havia lhe mandando suas típicas mensagens com erros ortográficos dignos de uma criança de nove anos e emojis demais para um adulto, ele havia pedido para que eles se encontrassem em um santuário que há muitos anos atrás havia sido bombardeado e destruído em um dos confrontos da máfia do porto com alguma organização rival. Apesar de achar aquele um lugar estranho e desagradável, não foi de grande surpresa seu imprestável parceiro ter escolhido um lugar nesse estilo, Dazai parecia amar a beleza presente no caos, e aquelas paredes parcialmente destruídas banhadas pela luz da lua eram a exata definição da beleza caótica tanto adorada pelo Osamu.

Chuuya começou a andar pelos destroços, virando a cabeça hora ou outra, procurando por Dazai pelos arredores e torcendo pelo bem da vida de Osamu que não tivesse recebido um bolo ou nada do tipo. O Nakahara já estava prestes a desistir de procurá-lo e ir embora – sua força de vontade nem estava tão grande assim – quando viu o moreno sentado no meio da destruição, olhos castanhos voltados para cima, encarando o céu, de forma que todo seu rosto fosse banhado pela luz da lua cheia, deixando-o ainda mais bonito.

— Ei, cavala de merda. — Chuuya o chamou assim que esteve próximo o suficiente dele, dando um soco no ombro de Dazai que arregalou os olhos, surpreso, virando o rosto na direção de Chuuya.

— Você veio — Ele disse como se não esperasse que o ruivo fosse realmente aparecer, o mais velho revirou os olhos com o cinismo dele, Dazai era um babaca de merda, ele sabia que se chamasse Chuuya este apareceria, mesmo que o fizesse reclamando, e estava apenas jogando aquilo na sua cara para provocá-lo. Chuuya tinha certeza disso — Desculpe, pouca sombra, eu não tinha te visto antes.

Chuuya trincou o maxilar pelo apelido maldoso, Dazai se achava alto demais com seus 181 centímetros de altura quando a diferença entre os dois não passava dos 21 centímetros.

— O que você quer, Dazai de merda?! — Chuuya perguntou irritado o punho cerrado com os braços ao lado do corpo, sem querer disfarçar o quanto havia detestado a brincadeira de péssimo gosto.

— Néeeh, Chuu~ya — Dazai cantou o nome do parceiro, colocando as mãos nas bochechas e suspirando — Você é tão mal comigo...

Chuuya trincou ainda mais os dentes, odiava aquela voz imbecil e falsamente infantilizada de Dazai. Odiava seus sarcasmos, apelidos e piadas idiotas. Odiava sua máscara, suas brincadeiras sobre suicídio. Odiava a máscara que ele usava. Odiava até mesmo seus esparadrapos malditos. Odiava o estado de astenia que sentia toda vez que se dava conta de que era incapaz de ajudá-lo. Odiava-o ainda mais por fazer seu peito bater daquela maneira. Odiava Dazai Osamu com todas suas forças por fazê-lo se importar com ele.

— Vai se foder. — Chuuya quase gritou, com o rosto abaixado e a franja ruiva cobrindo seus olhos azuis, abalado demais com seus próprios pensamentos para lidar com as gracinhas de Dazai, preocupado demais para conseguir fingir bem que não ligava. 

Ele se virou para ir embora, vir ali havia sido um erro de qualquer maneira. Ele e Dazai não eram amigos. Ele não significava nada pra Dazai que já havia feito questão de demonstrar isso várias vezes.

O Nakahara não conseguiu dar sequer três passos pelo piso destruído antes de sentir a mão fria e coberta de bandagens de Dazai segurá-lo pelo pulso, prendendo-o no mesmo lugar.

— Chuuya... Isso não é algo gentil de se dizer... — Dazai disse, falsamente magoado, aquilo não surpreendeu Chuuya, ele já esperava uma resposta infantilizada assim. Sentiu uma vontade dentro de si ameaçando deixar que ele derrubasse algumas poucas lágrimas, mas ele não choraria por Dazai, muito menos na frente dele. Se Dazai quisesse continuar sendo um falso de merda, ele que fosse lamber o chão do inferno!

Chuuya permaneceu parado no mesmo lugar, querendo, mesmo que sem admitisse, que Dazai o puxasse para perto, que lhe contassr tudo. Mas Dazai não faria isso.

 Chuuya puxou seu pulso, se soltando do aperto de Dazai. O rapaz ruivo voltou a caminhar, cabeça erguida, cabelos parcialmente escondidos pelo chapéu negro que usava.

— Por favor, Chuuya, fique.

Chuuya virou o rosto para trás, observando o parceiro. Dazai estava com a aparência de sempre, exceto pelos olhos. Os olhos revelavam o quanto ele estava perdido mais do que o comum. 

O Nakahara deu meia-volta, incapaz de abandonar Dazai, mesmo duvidando que ele faria o mesmo se os papéis fossem invertidos.

De qualquer forma, não importava. Havia ficado apenas para garantir que Dazai não fizesse nenhum idiotice que acabaria mais tarde sendo considerada responsabilidade sua. Ele não se importava com aquela múmia, desperdício de bandagens ambulantes. Não estava nem aí. Ele repetiria essas informações até que elas se tornassem verdades.

— Tsc, tanto faz. — Chuuya cruzou os braços, enquanto ao seu lado Dazai estava de sorrisinhos, com as bochechas vermelhas pelo álcool que Chuuya achava que ele deveria ter ingerido — O que você quer comigo, maldito?

Osamu riu baixo.

— Apenas queria passar um tempo com você, Chibi... Esse lugar que eu descobri, ele não é lindo?

Chuuya reprimiu o impulso de voar no pescoço enfaixado de Dazai e o enforcar – conhecendo o imbecil como conhecia, ele provavelmente amaria um situação como aquela.

— Tsc. Por que não chamou aquele seu amigo que não mata? — Chuuya disse, irritado. Sim, ele sabia que aquele... Rapaz se chamava Odasaku. Havia outro também, do setor da inteligência ou qualquer que fosse.

Dazai se virou na direção dele, a expressão séria, irredutível.

— Se eu quisesse passar o tempo com ele, o teria chamado. Não você.

Chuuya desviou o olhar dele, sentindo uma onda de constrangimento invadir todo seu corpo. Dazai deveria ter problemas no paraíso. Era a única explicação para ele estar ali, não era? Dazai vivia enchendo o saco dele, jamais o procuraria para apenas "passarem um tempo juntos", Dazai não era legal nesse ponto.

Mas e se não fosse isso... Que diabos aquela múmia queria dizer?

— Vem, escuta isso. — Dazai mudou de assunto, se aproximando ainda mais de Chuuya, fazendo seus ombros roçarem e um incômodo por estarem tão próximos abater Chuuya.

Sem esperar pela resposta do ruivo, Dazai plugou o fone no celular e estendeu um dos lados na direção de Chuuya que demorou mais tempo que o necessário para aceitá-lo.

Quando a música comecou a tocar, Chuuya notou que não sabia que Dazai gostava de música, muito menos daquelas americanas.

— O que é isso, Dazai de merda? — Chuuya perguntou, irritado. Conhecia alguns tipos de cantores europeus, mas eram em sua maioria clássicos, do tipo que Dazai repudiaria. Aquela música era mais leve, tinha uma batida envolvente, parecia um tipo de moda adolescente.

— É uma banda americana, chamada The Neighbourhood. — Chuuya queria dizer que não ficou impressionado ou admirado pelo sotaque forte que ficou tão evidente quando ele disse o nome daquela banda estrangeira. Ele não conseguiu evitar suspirar. — Eles tocam indie.

Chuuya tratou de se distrair da maneira como Dazai ficava tão adorável quando despejava aquelas informações sobre ele. Homens inteligentes sempre foram seu ponto fraco.

— O que ele está dizendo? — Chuuya sabia inglês, bem até demais, mas sentia que precisava de algo pra se distrair do corpo de Dazai tão perto do seu antes que acabasse tendo um ataque cardíaco.

Dazai sabia que Chuuya conhecia a língua inglesa, mas fingiu não saber.

— Ele vai se apaixonar por ela, mesmo que não queira. — Dazai narrou a situação, sorrindo de lado.

Chuuya sentiu seu coração falhar uma batida quando a voz de Dazai se misturou com o eu-lírico da música.

— Ele espera que ela nunca o decepcione, ou então ele vai chorar.

Chuuya fechou o punho com força. O que porra estava acontecendo? Por que aquilo estava o tocando tanto? Por que a voz de Dazai mexia tanto com ele?

— Agora ele aceitou que vai se apaixonar por ela — Dazai disse calmo, seu sorriso de lado estava ainda maior, deixando toda aquela situação ainda mais irritante na visão de Chuuya.

— Que otário.

O ruivo xingou, as bochechas parcialmente vermelhas. Sentiu um calor diferente tomar sua mão, e ele não precisou virar o rosto para saber que eram os dedos de Dazai entrelaçados aos seus.

Chuuya sentiu o calor do corpo de Dazai se aproximando ainda mais, fazendo com que sua respiração descompassasse, ele virou o rosto, encarando Dazai curvado em sua direção.

— O-O que porra...?

Chuuya arregalou os olhos quando todo o corpo de Dazai cobriu o seu. A outra mão, a que não estava entrelaçada a do ruivo foi para o queixo dele, trazendo o rosto de Chuuya para o encontro do de Dazai. Chuuya ficou ainda mais vermelho, mas sentiu todo seu corpo amolecer ao mais simples dos toques de Dazai. As mãos dele eram pura gentileza em todo seu corpo, fazendo com que fosse impossível para Chuuya se afastar quando o beijo deles começou, algo calmo, com as mãos de Chuuya pousadas na nuca de Dazai, acariciando os fios morenos como tanto ele tinha vontade de fazer.

— Que otário — Dazai repetiu contra os lábios de Chuuya, não fazendo uma referência ao Jesse Rutherford, mas falando sobre ele próprio, já que aquela música estava fazendo uma grande alusão à todos os sentimentos que insistiam em confundí-lo sobre Chuuya.


Notas Finais


Terminei! Espero que tenham gostado! ❤🌷


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