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História Believe - Porque sou uma idiota


Escrita por: Milinhas2fofa

Notas do Autor


Não tem o que falar kkk
Boa leitura pra vocês amores.

Capítulo 20 - Porque sou uma idiota


Lucy POV

Ouvir aquilo foi demais, como Pattie disse, ser amante dói, dói muito ouvir que não é amada. Justin é perfeito, me faz sentir coisas absurdas, coisas fortes e eu sei que vão feri-lo, eu queria poder estar lá com ele quando acontecesse mas não dava, não sou forte o suficiente para vê-lo sorrir com outra. Pensei em uma música que ouvi uma vez, sobre traição, sobre porque a pessoa é amante. “ninguém vai entender porque te aceito assim, mas ficar sem você é bem pior pra mim.” Isso é verdade, quando você não sabe que a outra pessoa só esta com ele pra machucar, não porque ama. Nesse caso dói, porque ele não percebe que você que o ama de verdade. Por esse motivo estou aqui no Brasil, eu tinha que vir, minhas tias disseram que eu tinha que assinar alguns papeis se não iriam me impedir de ficar nos EUA, então resolvi vir terminar de resolver o passado e relaxar dos problemas.

 Terminei de prender meu cabelo em um coque frouxo, estou com um short jeans e uma camiseta de alcinha, saí sem me despedir de minhas tias, caminhando pela rua devagar, tinha que pegar o ônibus. Peguei e desci em frente ao grande muro, caminhei até o portão velho e enferrujado de ferro, subi as escadinhas e observei a vastidão de túmulos velhos, alguns tanto que já estão deteriorando, caminhei sem me importar com os olhares desconfiados, muitas pessoas iam ali usar drogas, subi mais algumas escadas e avistei o tumulo bem tratado ao longe, coberto com flores bonitas, uma garota parada na frente.

- Sarah... – sussurrei, indo pra lá, sem ser notada a princípio.

Flash Back on

- não dou a mínima garota! Essa sua aproximação já esta me irritando! – gritei e a ruiva encolheu.

- Eu amo Jimin, você não o ama de verdade! – rebateu e eu me enfureci, odiava quando as pessoas saíam gritando o que pensavam.

- Eu namoro com ele! Eu que o beijo! Eu o abraço! Eu me aconchego em seus braços a noite! Eu que faço amor com ele! Sou eu que ele ama e não você! – Falei e sorri superior. – vai doer mais nele me perder do que perder você, então faça um favor? Desaparece, ou eu vou acabar com ele e a culpa vai ser sua.

- espere... – pediu. – ele te ama mesmo Lucy, não machuque Jiminnie. 

- Então fique longe dele! – ordenei e a ruiva assentiu. – você até que é legal Sarah, não se esqueça de ficar longe.

Flash Back off

- Sarah.. – falei agora perto e ela se levantou arregalando os olhos.

- Lucy? Como? O que faz aqui? – ela franziu o cenho, era óbvio que minha presença a incomodava, claro, eu matei o garoto que ela amava afinal.

- Vim falar com ele, estou com alguns problemas. – Confessei me agachando em frente a foto bonita que haviam colocado dele. – Oi Jiminnie, estava com saudades.

- Muita coragem sua vir aqui assim. – Falou se abaixando ao meu lado.

- É meu direito, mesmo causando mal a ele sei que ele me ama, não vir seria falta de respeito com ele.

- eu sei. – deu de ombros. – você não estava nos EUA?

- é, mas precisava sair de lá. 

- Matou alguém lá também? – eu ri de seu humor negro, acho que mereci essa.

- não exatamente, dessa vez apenas fiz seu papel. – ela me encarou confusa.- Deixei alguém lá pra morrer. – saiu num sussurro e ouvi a garota começar a chorar.

- acha que a culpa é minha?! Eu... – ela começou mas eu cortei, encarando ela seriamente.

- não estou dizendo isso, apenas estou vendo a pessoa que amo ser enganado e humilhado e nada posso fazer, ele a escolheu e não a mim. – expliquei e ela se calou. 

- sabe... eu fiz a coisa errada na época, devia ter ficado com ele... 

- o que? Ter dito que o amava? – perguntei e ela negou.

- eu fiz isso, e ele me disse que amava você. Mas eu devia ter estado lá pra amortecer a queda, mas fugi e olha no que deu. – viajei até Justin em pensamento, será que ele se mataria? Não acredito nisso, ele não deixaria a mãe desse jeito.

- Mas machuca muito, não da pra assistir. – murmurei.

- se o ama pode aguentar, se o quer bem tem que aguentar. – ela olhou pra mim. – não seja medrosa ou fraca como eu fui, não deixe seu garoto sozinho, esteja com ele mesmo que ele te use de muleta pra subir. Faça isso por você, por ele e por Jiminnie. – olhei a foto outra vez, Jimin me apoiaria eu sei disso, talvez ele mesmo tenha me mandado aqui hoje de todos os dias que estou aqui, tenha me mandado pra encontrar Sarah.

- me desculpe Sarah... – senti uma lágrima escapar de meus olhos e a limpei rapidamente. 

- eu queria poder dizer que desculpo você, mas não posso. 

- eu o amava, muito. 

- eu também. – ela disse se levantando. – tenho que ir agora, muita sorte com seu garoto. 

- se cuide. – vi ela se afastar e me sentei de pernas cruzadas, eu não queria ficar muito, minha sorte é que encontrei Sarah, se fosse qualquer outro provavelmente teríamos uma terceira guerra mundial. Na época em que tudo aconteceu, o que foi há uns 14 ou 15 meses, quase fui linchada, recebia insultos e ameaças, tive que criar outro e-mail e apagar as redes sociais que estavam sendo bombardeadas por mensagens hostis. – me desculpe Jimin, eu realmente sinto muito. Estou com tanta saudade de você, queria saber se você esta bravo por eu estar amando outra pessoa, mas acho que não, você me amava demais pra isso. – Depositei uma única rosa azul no concreto e me levantei, não sei bem porque eu vinha aqui, minha vó me dizia que os mortos podem ouvir melhor quando visitamos e dizemos próximos a seu corpo terreno. – eu vou agora, tenho que assinar alguns papeis pra liberação judicial, acredita que ainda não acabou o processo sobre você. Acho que eu merecia não é? Mas eu prometo que não vai acontecer de novo, juro que não vou brincar com os sentimentos de ninguém, nunca mais.


...


Passei por outra vitrine, parando em frente a ela, eu não posso ver um vestido que paro pra olhar, um vestido de festa. Agora estou de olho em um roxo, longo, Justin gostaria desse, entrei e pedi a atendente pra provar, ela foi pegar e voltou com ele em mãos. Era tão delicado, um tecido fino e macio, provavelmente cairia bem em meu corpo, entrei no provador e experimentei, observando minha imagem no espelho do lado de fora.

- a senhora está linda – a moça falou e havia sinceridade, eu sabia porque realmente havia ficado bonito. - vai em algum casamento? Ou festa?

- Não vou pra lugar nenhum... – suspirei triste, eu não ia ao baile, não tinha acompanhante e nem motivo pra estar lá.“ – não seja medrosa ou fraca como eu fui, não deixe seu garoto sozinho, esteja com ele mesmo que ele te use de muleta pra subir. Faça isso por você, por ele e por Jiminnie.” As palavras de Sarah vieram em minha cabeça, eu tinha que ir, mesmo que não quisesse, é meu dever estar lá pra ele. – na verdade, vou a um baile na escola. – falei e sorri, descendo e entregando o vestido pra moça. Ela concordou e levou pro caixa, embalaram em uma sacola e eu entreguei o cartão. Depois de pagar eu andei mais no shopping atrás de um sapato pra usar com ele, um salto baixo e fechado, que combinasse com o vestido, depois de achar parei em uma pastelaria na praça de alimentação, deixando as sacolas ao meu lado no balcão enquanto esperava meus pasteizinhos chegarem.

- Meu deus, Lucy! – ouvi a voz animada atrás de mim e o garoto me abraçou forte.

- Leo... – chamei pra ter certeza que era ele mesmo e ele se afastou sorrindo. – nossa Leo! – falei mais animada. Ele continuava uma perdição, como sempre, nunca consegui ignorar a beleza dele, talvez seja isso que justin tenha por Ash, ou só estou tentando me iludir, não sei.

- Cara, que viagem, nossa você continua linda.... – ele ria a todo momento e se sentou ao meu lado, pedindo uma coca com gelo e laranja.

- você também, esta ótimo. O que faz aqui? Nunca gostou de shopping. – Meu pastel foi entregue e peguei um, oferecendo pra ele, ele aceitou e pegou outro, eu era gulosa então pedi quatro, ainda bem.

- é, mas vamos ter um baile na escola e precisava de uma roupa... – explicou, Leo continuava na mesma escola, e todo ano tínhamos o baile lá. – vai ser amanhã, sabe comprar a roupa um dia antes, ainda temos isso. – riu vendo minhas sacolas. – vai a um também?

- é... – dei de ombros. – teremos um na minha escola lá nos EUA, eu não ia, mas, aconteceram umas coisas e mudei de ideia. 

- vai ser uma bela rainha, fica bem de roxo. – corei com o elogio, sempre corava bastante quando estava com Leo.

- não vou competir, eu mudei bastante Leo... – encarei meu pastel triste, ouvi um suspiro vindo dele.

- todos mudamos bastante. – era verdade, a turma daquele ano se sentiu culpada, eu e Leo principalmente, ouvi que ele precisou de um psicólogo e nos afastamos bastante, afinal sempre que nos olhávamos lembrávamos do que aconteceu.

- mas já passou. – sorri e ele acompanhou - e aí? Vi que esta namorando... – mandei um olhar mais insinuativo que consegui, ele riu.

- porque? – piscou – esta com ciúmes gata?

- nem nem.... – dei a língua.

- ain, assim magoa. – fingiu chateação – eu estou sim, uma menina doce, vou com ela no baile. –ele sorriu bonito, um brilho nos olhos, senti inveja, eu queria poder dizer isso, com alegria, mas não posso. - e você?

- Eu vou sozinha no baile. – dei de ombros e ele olhou chocado, como se eu estivesse cometendo um crime.

- Como assim? Não pode ir sozinha não rainha, isso é um insulto. – ele falava sério, eu havia sido tão cobiçada e popular na escola que a indignação dele é aceitável.

- Eu não quis convidar ninguém, a pessoa que eu queria já tem acompanhante. – terminei meu pastel e peguei outro – e ela provavelmente será a rainha.

- Se eu pudesse eu iria com você. – eu ri e soquei de leve o ombro dele. 

– não precisa, eu vou ficar bem, além do mais eu preciso estar sozinha. – ele concordou e acabamos de comer, não deixei ele rachar a conta, já que eu que havia chamado. Andamos mais um pouco e colocamos o papo em dia, não falei sobre Justin, não é necessário que ele saiba sobre ele, quando acabamos eu voltei pra casa.

 Faltava pouco para o baile e minhas tias insistiam que eu deveria ir, mas eu ainda não sabia ao certo, e se Ash gostasse de Justin mesmo, ela podia ter se apaixonado por ele com o namoro, como eu me apaixonei por Jiminnie. Justin era lindo e legal, gentil e meigo, fofo e educado, também é muito quente, qualquer pessoa que o conheça se apaixonaria por ele, então porque ela não podia? Me lembro de quando falei pra ele que ela o estava enganando, ele me perguntou porque ela não podia o amar, e eu não tenho uma resposta pra isso até hoje, não há um motivo pra não amar Justin. 

- querida o jantar esta pronto... – minha tia falou da porta. 

- eu tenho que ir... – disse enquanto encarava o teto, ouve um silencio e senti a cama afundar ao meu lado. - porque eu tenho que ir?

- Porque quando você ama você faz tudo pela outra pessoa, mesmo que ela não mereça, ou que seja estupido, a felicidade dela acima da sua sempre. É por isso que você vai. – ela disse acariciando meu cabelo. – Porque quando amamos viramos idiotas.


…….


Abri a porta do carro e saí, olhando a decoração da escola, não era muito meu estilo, mas era bonito. Eu não via ninguém conforme andava, estava vazio e a festa já havia acabado, mas eu sabia que se algo tivesse dado errado ele estaria aqui ainda. E eu não podia estar mais certa, no meio de toda a bagunça eu avistei a caixa de vidro do outro lado do salão, ele estava lá sentado , cada lágrima que ele derrubava machucava, era como uma faca fincando em meu peito. A princípio eu senti magoa, magoa dele por não me ouvir, de mim por não insistir, depois raiva, raiva de mim e dela, raiva de Ash por machuca-lo, tanto ódio que eu poderia mata-la, eu sorriria se pudesse ve-la sofrer. Mas depois a dor voltou com o soluço dele qua preencheu o salão, eu só queria poder ajudar a parar.

- Justin.... – chamei e ele se recostou na cadeira de olhos fechados, talvez não estivesse me ouvindo, ou podia apenas estar triste demais pra falar, afinal ele a amava muito. – Jus... – insisti indo até lá, encarando o garoto lá dentro, ele nunca pareceu tão distante de mim, ele abriu os olhos inchados e vermelhos pelo choro, pareceu me observar por um momento. 

- Lucy... – sua voz saiu baixinha e um sorriso mínimo tomou seus lábios, e percebi o quanto eu senti falta deles, do gostinho de pêssego, do calor que eles emitiam – você esta linda. –não pude conter o choro que veio, eu estava com tanta saudade, tanta vontade de ve-lo e abraça-lo, apoiei minhas mão na superfície gelada que me separava dele, e era como se ela sempre estivesse ali, sempre me barrando, não deixando que eu entrasse em seu coração, essa parede parecia a própria Ashley e eu queria quebra-la e arrancar de lá , mas não podia arrancar - porque esta aqui? – porque? Para ser a muleta dele, pra que ele não se quebre quando cair, pra limpar a sujeira gratuitamente, consertar a bagunça e vê-lo partir depois, seguir em frente mesmo que sem mim. 

- Porque sou uma idiota... – Abri aquela porta idiota e fui até meu Justin, meu garoto que eu amava tanto, selei nossos lábios em um beijo cheio de sentimento, queria que ele sentisse como eu o amava, como eu estaria lá pra ele, nossas línguas entrelaçaram juntas e ele devolveu o carinho na mesma intensidade, e eu soube que ele entendeu que eu sempre estaria com ele.


...


Estávamos sentados um ao lado do outro no jardim da escola vazia, víamos algumas pessoas fazendo a limpeza da escola para o dia seguinte, era a ultima semana de aula, a grande despedida. Justin ia pra Austrália e eu, bem, ficarei aqui esperando que um dia ele volte.

- Sabe, não acho que deva acabar assim... - comentei e ele me encarou sem saber ao certo do que eu falava, estava perdido demais em pensamentos para raciocinar. – Ashley, acho que ela deveria saber o que perdeu, o quanto foi idiota.

- uhm, já esta bem, estou feliz que esteja aqui. – falou sorrindo, seus braços me rodearam em um abraço gostoso.

- Eu sei, mas eu queria tanto esfregar na cara dela que agora você é meu. – faço bico e ele ri.

- eu acho que no fundo eu sempre fui. – ele se deitou com a cabeça no meu colo, me observando de baixo, ele estava realmente bonito.

- é mesmo.... – ficamos nos olhando um tempo, não pareceu muito pra mim, não pareceu sulficiente, eu podia olhar pra ele pelo resto da minha vida.

- Luh.... – chamou, voltei a atenção pra ele, ainda anestesiada com a beleza do garoto. – Quer ser minha namorada?

- ... – prendi a respiração tentando acalmar meu coração que batia a mil, ele estava me pedindo em namoro? – Ser sua namorada? Não amante, nem a segunda?

- isso, minha namorada, a única. – sorri largo e baixei até juntar nossos lábios, depois de tudo aquilo eu o teria só pra mim.

- Claro que sim! Eu te amo Justin . –falei ainda rindo boba com o pedido.

- eu também te amo minha rainha. –ele voltou a me puxar pra perto, iniciando outro beijo, agora eu sou oficialmente a namorada de Justin Drew Bieber.



Notas Finais


Rápido? Não sei, eu estava em dúvida sobre a relação dos dois, como manteria. Mas, se levarmos em conta que eu estou trabalhando isso desde o começo da fic e que o Jus meio que já estava gostando dela também então eu acho que foi aceitável.
Enfim, por hoje é só, bjocas no core de vocês.


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