1. Spirit Fanfics >
  2. Belle Époque >
  3. Vue indésirable

História Belle Époque - Vue indésirable


Escrita por: UchihaSpears e Saku_Sasu_Sara

Notas do Autor


Olá!
Estamos de volta aqui e agradecendo o carinho de todos :)

Capítulo 3 - Vue indésirable


Fanfic / Fanfiction Belle Époque - Vue indésirable

Terminava de ler a caligrafia elegante assim como o dono. Sasori tamborilava os dedos sobre o parapeito da sacada da residência dos Haruno. A festa de seu noivado terminou demasiadamente tardia e o senhor Haruno no auge de sua gentileza insistiu que os Akasunas pousassem por lá esta noite.

Tomou em suas mãos o relógio de bolso, um dos tantos inventos desta nova geração muito útil diga-se de passagem, constatando já se passar das duas da manhã.

Sorriu ao lembrar-se do concierge do tal Uchiha o mesmo que entregara o convite e lhe fizera companhia por todo resto do baile.

Tinham muito em comum, principalmente o gosto peculiar por cavalos e caça; algo comum para os ingleses, mas nem tanto para os franceses da corte.

Passou o dedo pela borda do papel respirando fundo tentando tirar os lábios e a voz aveludada de Deidara dos seus pensamentos. Onde estava com a cabeça? Tinha noivado há algumas horas atrás com a mulher mais bela de toda corte, mulher está aprovada pelos seus pais e a certeza de ser bem visto socialmente.

Balançou a cabeça afastando o desejo absurdo que o consumiu desde que pusera o seus orbes naquele cavalheiro. Tocar aqueles lábios com os seus e desvendar o gosto, mesmo sabendo que aquilo era errado, um pecado aos olhos de Deus.

Deu um salto da cadeira acolchoada quando ouviu leves batidas na porta do aposento. Assustado e receoso caminhou a passos lentos, indagando com a voz elevada a um tom de quem se tratava, não obtendo sua resposta abriu abruptamente dando de encontro a figura de olhos grandes e verdes tão assustados quanto o seu.

— Sakura? — ele indagou por pensar se tratar de uma miragem. — Que diabos você está fazendo aqui a essa hora e nesses trajes? — ele continuou contestando e apontando para a linda camisola branca de seda envolta por um robe de igual cor.

— Meu noivo, quis lhe fazer uma visita esta noite. — ela pediu entrada e ele cedeu. — Sinto que entre nós não há nenhum segredo pela frente, afinal em pouco tempo eu serei sua, serei sua devota mulher amada e estimada por ti. Por isso vim aqui, eu precisava vê-lo essa noite e lhe contar sobre os meus desejos.

Sasori encarou Sakura que tinha em seu semblante ruborizado certo brilho de determinação.

— Mademoiselle não acho que seja apropriado para uma dama como a senhorita estar nesses trajes tão íntimos no quarto de um rapaz, mesmo que este rapaz seja seu tão estimado noivo. — Sasori cruzou os braços na altura do tórax coberto pela blusa de linho parcialmente aberta expondo o peito alvo.

— Não compreende meu noivo. — ela deu um passo para frente na direção do homem. Sakura estava incomodada dos rumores que estavam rondando a corte naquela noite, primeiro o comentário do Uchiha sobre a dúvida da masculinidade do seu futuro noivo e depois tudo piorou, a noiva que deveria ser o centro das atenções e especialmente pelo o seu noivo, foi trocada, deixada de lado pelo o noivo que preferiu conversar com um burguês.

Inadmissível, ela pensou e o boato maldoso foi alimentado.

Ela estava obstinada a provar que era mentira, e que jeito melhor para demonstrar a masculinidade de seu noivo do que uma noite de prazer com ele? Iam se casar de qualquer maneira, ela só estava pulando as etapas. — Eu te quero, quero você junto a mim, tocando o meu corpo, me beijando e trocando carícias. Quero que faça amor comigo.

Sasori empertigou, olhando abismado para Sakura. Sentiu o rosto afogueado e o ar se tornar rarefeito. Engoliu seco quando observou o robe descer pelas curvas sinuosas de sua futura esposa, destacando a pele alva banhada pela luz da lua que adentrava o vitral.

— Mademoiselle, cubra-se. — ele agachou para pegar o robe. — Por favor, vista-se alguém pode chegar e tudo o que não desejo é que sejas rechaçada pelas línguas ferinas desta corte.

— Que mal tem? Eu serei a sua mulher em breve. — ela segurou a mão do homem e guiou-o pelo o corpo dela. A mão de Sasori deslizou pelos seios de Sakura conforme ela conduzia. — Me diga, me deseja? — suas mãos foram descendo. — Não sente o calor? O desejo?

Negar que Sakura era bonita seria blasfêmia e dizer-lhe que não a desejava daquele jeito a confundiria e tudo o que não queria era lidar com especulações por parte de Sakura, mas principalmente de seus pais.

— Mademoiselle Sakura, eu não acho que seja o correto. — ele tentava formular uma explicação coerente. — Por favor, não faça isso. — ele sussurrou, arregalando os olhos amendoados em seguida por ter o vislumbre do corpo alvo de sua noiva desprovido de qualquer pano.

Espantado com a perfeição dos seios rijos e redondos empinados em sua direção estendeu as mãos a fim de tocá-los. As ancas largas dando aquela curvatura feminina delicada se assemelhando as belas pinturas do Louvre. A pele alva arrepiada pela brisa fresca adentrando a janela emanava puro encantamento algo que beirava ao surreal. Sakura poderia ser comparada a um anjo com sua beleza imaculada.

— Não negue meu noivo. — Sakura era uma garota altiva, sempre frequentava a roda das ladies casadas e elas sempre contavam um pouco da relação que tinham, falavam do que o seus maridos gostavam. Sakura se fazia de boba, mas captava tudo no ar. Não sabia bem como era na prática, mas compreendia um pouco. — Não me negue o acalento que meu corpo deseja. — ela se encostou no homem trêmulo e procurou baixar a calça dele, deixando-o desnudo. Tentou esconder sua surpresa ao ver que "aquilo" era diferente do que ela imaginava, seu coração disparou, porém não se intimidou. Iria tocá-lo, bombeá-lo como ouvira falar das mulheres.

Sasori ao sentir as pequenas mãos acariciarem seu membro com certa delicadeza e incerteza cerrou os olhos. Não podia negar que aquela carícia o pegou desprevenido e muito o agradou. Resolveu então auxiliá-la em toda sua doce inexperiência. Tocou as mãos trêmulas de Sakura, apertando um pouco mais com a sua e aumentando o ritmo.

— Assim. — ele sussurrou, soltando a mão da Haruno. — Um pouco mais forte.

— Assim está bom? — ela questionou, seu coração estava vivendo uma euforia, infortunadamente lembrou-se das palavras do padre e a condenação, pensou em recuar, mas não, queria sentir aquilo e não teria como haver pecado ali, em breve eles iam viver juntos.

— Sim. — ele arfou, sentindo o mastro inflar nas pequenas e delicadas mãos. Internamente ele se sentia agitado, era a primeira mulher que conseguira tocar-lhe de modo a despertar tamanha excitação.

Tocou o rosto corado puxando em direção ao seu para um beijo urgente. Gostaria de ir com mais cautela sabia que era primeira vez de Sakura, sabia que era o primeiro a tocar aquela pele imaculada, mas mesmo assim não podia se dar ao luxo de demorar e toda aquela excitação se dissipar.

Tocou os seios intumescidos, girando seus corpos e caminhando em direção ao grande dossel envolto pelo mosquiteiro. Depositou delicadamente ao jovem sobre a cama que o encarava com a respiração ofegante por conta dos beijos intensos.

Observou a intimidade coberta por ralos pelos rosados cerrou os olhos por quase cogitar a desistir. Mas não podia, Sakura era sua tábua de salvação e se ele sentiu atração a ponto de consumar a carne iria até o fim.

— Está certa disso, mademoiselle? — ele pausou, respirando fundo.

Oui, je suis. — disse completamente entregue ao seu noivo e almejando por cada toque.

Sasori tomou o membro nas mãos, tocando-se rapidamente e aproximou-se da entrada intocada de Sakura segurando-se para não se afobar e machucá-la.

Com a ponta do dedo tocou a intimidade de Sakura com delicadeza a fim de estimular e umedecer aquela região.

A garota arfou ao sentir o contato do homem naquela região, nunca achou que iria se entregar daquela forma, sentindo a adrenalina do pecado e a curiosidade entre si. Cada toque em sua região era uma excitação que se formava dentro de si e deixava o seu corpo estremecido.

Sasori queria muito sentir tudo o que Sakura estava sentindo, afinal não era segredo a devoção que a jovem tinha por ele. Apesar de toda sensação prazerosa ele não se sentia completo, parecia estar fazendo aquilo para provar a si mesmo que aquela união era o certo.

Pincelou com seu falo a intimidade umidificada de sua noiva, encarando-a em seguida num pedido mudo para prosseguir.

Sakura atendeu o pedido de seu noivo, não hesitou. Fechou os olhos e sentiu algo vindo em sua direção tomando conta de si, era duro e estranho, teve vontade de expelir aquilo de seu corpo, mas assim continuou mesmo sentindo um incômodo.

Observando Sakura retesar o corpo Sasori parou e prendeu a respiração não movendo um músculo e apoiando o peso do seu corpo nos braços. Notou a hora que Sakura cerrou os olhos mordendo os lábios com força.

— Sakura... — ele sussurrou como advertência, mas ela assentiu para que continuasse. Sasori arremeteu lentamente tomando entre seus lábios os mamilos rosados. Sugou e os mordiscou, sentindo o corpo da Haruno amolecer. Inclinou mais a fundo movimentando lentamente sentindo o aperto em seu mastro intensificar. Notando os olhos verdes arregalar em e um gemido escapar pelos lábios dela. — Você está bem? — ele indagou parando de movimentar-se.

Sôfrega ela apenas acenou com a cabeça, sentia seu corpo tremer e uma ardência na região. — Você fez? — perguntou inocente.

Sasori riu da pergunta e assentiu em seguida.

— Sim só preciso me mexer. — ela encarou aquela pele alva agora vermelha por conta dos chupões e mordidas. — Se doer quero que me avise. — Sakura acenou em concordância.

O Akasuna movimentou-se lentamente cerrando os olhos. Aumentou o ritmo quando um lampejo do sorriso de Deidara lhe veio à mente. Os sons baixos de Sakura eram ocultados pelos gemidos roucos de Sasori que já sentia seu falo enrijecer e as veias pulsarem. Abriu os orbes horrorizado, puxando o membro para fora e despejando seu líquido espesso no lençol.

Encarou o sorriso de Sakura, tentando não focar no que acontecera. Sorriu singelo inspirando fundo e desejando ser tragado para o centro da Terra. Tinha acabado de desvirtuar Sakura pensando em outro. Além de pecador era um porco desprezível.

— Sakura me desculpe. — ao proferir essa frase cheia de ambiguidade ele deitou-se ao lado da jovem sobre os resquícios de sua pureza.

Sakura sentou-se na cama, com a iluminação da vela pode ver o reflexo de sua pureza sujo na cama daquele homem. Ela não conseguia entender a reação dele, era assim? Os homens não deveriam ficar felizes e ainda mais excitados? Por que Sasori pediu-lhe desculpas? — Por quê? Não foi bom para você? Eu posso fazer de outra maneira. — sugeriu sem compreender o que se passava com o noivo.

Sasori sentindo o peso da culpa abraçou Sakura, encostando a cabeça rosada sobre seu dorso nu. Acariciou os fios, plantando um beijo cálido no topo de sua cabeça.

— Não pense em mais nada! — ele a apertou mais contra si não conseguiria encará-la, sentia vergonha de si mesmo. — Só estou cansado por conta do baile, apenas isso. Agora acho melhor a mademoiselle voltar para seus aposentos, afinal podem dar por sua falta, já está amanhecendo. — Sasori procurou ser o mais evasivo possível.

Sakura levantou-se da cama, pegou sua camisola no chão e vestiu. Seu corpo estava um pouco dolorido, mas ela não se preocupou, pensava em Sasori e se realmente era isso que se passava, podia ser verdade. Concordou.

Antes de sair deu um beijo na bochecha rosada do noivo.

Je t´aime. — falou romântica para o noivo. — Nunca se esqueça que eu te amo. — e saiu do quarto silenciosa.

Sasori acompanhou com um olhar pesaroso a silhueta da jovem até a porta ainda sobre o impacto das palavras que Sakura lhe proferiu. Encarou o sangue preso ao lençol e suspirou, sabia que precisava dar um fim naqueles vestígios. Apertou os olhos sentindo aquela sensação incômoda de descontentamento e vergonha. Encarou o convite para o baile na residência do Uchiha e respirou fundo. Só precisava passar mais um tempo com sua noiva e este baile lhe seria providencial. Sorriu confiante, mesmo sabendo que o real motivo de aceitar o convite se deu, na verdade, pelo belo par de olhos azuis do concierge de Sasuke Uchiha.

***

Os flocos de neve começavam a cair em Paris, o inverno tinha chegado a capital francesa.

A neve era a diversão das crianças que saíam de casa para brincar com a neve que caía pelas ruas imundas da cidade, trazendo um contraste entre o belo e o feio.

A carruagem que iria conduzir a mademoiselle Sakura já se encontrava na porta de sua mansão.

Contragosto, Sakura prometeu ao seu noivo, agora homem, que iria à festa do tal burguês Uchiha. Por vontade dela, ela nunca se misturaria com pessoas desse tipo, mas seu noivo pediu e assim ela realizaria.

Trajava um vestido de cor rosa, mais chegado a um bege.

Sua fiel companheira estava atrás dela e lhe ajudava com o vestido. Na noite passada, Sakura tinha confessado a ela o seu maior pecado, ter se entregado para o homem que amava antes do casamento. Pela primeira vez, Ino chamou sua senhora de senil e que isso poderia ser o fim de sua vida, caso seu pai descobrisse.

Sakura não se importou, estava radiante e com um leve incômodo entre as pernas. Tinha contado para Ino os mínimos detalhes, a acompanhante ficou horrorizada com tamanha audácia e coragem.

Assim que colocaram os pés para fora da mansão, Ino abriu a elegante sombrinha branca com detalhes rosados para a sua senhora. Sakura agradeceu e caminhou até a carruagem, onde o cocheiro abriu a porta para a mademoiselle entrar.

Sasori estava tão absorto em pensamentos tanto que nem notou sua noiva adentrar acompanhada de sua dama de companhia. Assustou-se com a risada de ambas e empertigou o corpo, ajeitando sua cartola azul marinho que fazia par com seu palitó de mesmo tom.

— Mademoiselles. — ele as cumprimentou. — Fico feliz que meu futuro sogro permitiu que Ino nos acompanhasse.

Sakura beijou-lhe na bochecha rapidamente.

— Papai permitiu que Ino viesse para o seu próprio bem. Sei das intenções do meu pai, quer que minha dama companheira me espie. — disse.

O cocheiro puxou as rédeas do cavalo que logo começou a trotar, saindo do jardim da casa de Sakura.

Sasori pigarreou desconfortável, afinal a noite anterior tinha maculado o corpo de Sakura transformando-a em uma mulher.

— Realmente me sinto mais confortável com Ino a nos acompanhar, além de evitar que vosmecê fique mal falada. — o ruivo sorriu um pouco aliviado não sabia como lidar com Sakura depois do que fizeram.

— E então está animada para conhecer a mansão do senhor Uchiha? — Sasori indagou Sakura.

Sakura percebeu o acanhamento do noivo, mas sabia que o que eles tiveram na noite passada não podia ser falado para os quatro ventos. Compreendeu seu amado.

— Honestamente, não. Porém como você pediu, estarei indo por ti. Sabe que aquele homem não me agrada. — disse.

— Sakura… — Sasori pausou. — Não se atenha aos preconceitos desta sociedade. O senhor Uchiha não é de todo mal, apenas alguém com o pensamento a frente do tempo e um investidor muito importante da corte.

Sakura era arrogante, seu sangue nobre valia e assim ela julgava as pessoas.

— Ele não é como nós. — foram as palavras dela de desprezo pelo burguês.

— Não compreendo onde minha futura esposa quer chegar com estas comparações. — Sasori franziu o cenho. — Mas espero que as guarde para si, pois seria deselegante destravar o anfitrião que nos agraciou com seu convite. — o Akasuna proferiu seriamente, encarando a Haruno. Ino se mantinha de cabeça baixa, não lhe cabia intrometer-se na conversa do jovem casal.

 — Ora, você sabe bem. — disse com desdém. — Serei comportada e tratarei todos bem, se é isso que desejas meu noivo, sabe que sou uma Lady e assim devo me comportar. — virou o seu pescoço em direção da janela para olhar a paisagem da cidade. — Querida Ino, uma nova boutique de chapéus foi aberta, me lembre de irmos lá antes do final de semana.

Sasori às vezes estava enfadado das costumeiras futilidades de sua noiva. Sakura é uma mulher incontestavelmente bela com atributos dignos de uma esposa a altura dos Akasuna, mas aquilo não lhe apetecia dificultando cada vez mais o entrosamento de ambos, mesmo após tê-la feito dele, a seus olhos parecia que uma grande ruptura se fez depois que consumaram. O ruivo não conseguia imaginar-se com sua futura esposa em uma cama novamente sem sentir calafrios.

— Estamos chegando. — informou sucinto a fim de erradicar de vez aquele assunto sobre o Uchiha.

Sakura preferiu não responder, ela tinha ânimos fortes e uma opinião ainda pior. Não compreendia por que a fixação do seu noivo por burgueses e o interesse de fazê-la ir àquela festa.

Sasori desceu primeiro, estendendo a mão para que a dama de companhia descesse, em seguida estendeu a mão para sua noiva, entrelaçando seu braço ao dela. Dispensou o cocheiro, mas pediu que ele ficasse nas proximidades para acaso eles desejassem se retirar da festa. O senhor assentiu e Sasori agradeceu, gostava de ser cordial com as pessoas.

Ino olhava encantada a entrada da belíssima mansão do tal monsieur Uchiha, nem em seus sonhos se imaginaria num lugar como aquele, afinal ouvira falar dos grandes bailes organizados por este homem misterioso. Encarou sua senhora que estava com as bochechas coradas, talvez por conta do frio açoitando seu perfeito rosto, ou pelo fato de estar segura nos braços de seu noivo ou até mesmo pelo destempero que presenciou dentro da carruagem. Ino não saberia dizer, então resolveu manter-se em silêncio e evitar qualquer comentário inoportuno.

Sakura ao contrário de sua dama, não viu o olhar com os mesmos olhos. Não adiantava ter dinheiro, não tinha gosto. Tudo era cafona demais, exagerado demais. No momento que entrou, teve uma leve surpresa quando encontrou algumas pessoas que conviviam na sociedade.

Os nobres estavam enfeitiçados, pensou.

A música que tocava no lugar era barulhenta demais para o seu ouvido e gosto.

Ino notou o olhar de desaprovação de sua senhora.

— Estamos entre eles. — comentou desgostosa.

— Senhora, eu estarei ao seu lado. — Ino lhe sussurrou e sorriu contida.

— Obrigada por me compreender minha amada Ino.

Sasori percebeu os risos e cochichos das duas, mas nem levou em consideração. Seus olhos rolavam pelo imenso salão a procura dos cabelos loiros e olhos tão azuis que se assemelhavam a duas safiras.

Avistou o concierge entretido com Shion, filha de um importante comerciante de tecidos. Engoliu seco quando Deidara o encarou com intensidade.

Não percebeu quando a tonalidade dos cabelos ruivos, num vermelho mais vivo que o seu, interrompeu sua visão.

— Sejam bem-vindos! — a ruiva os cumprimentou. — Senhor Akasuna. — ela fez uma leve reverência. — Enchanté.

Sasori sorriu encarando Karin. Havia gostado da jovem. Era engraçada e muito espirituosa, talvez se Sakura permitisse uma conversa com ela veria o quão preconceituosa estava sendo. A corte do senhor Uchiha só lhe causara boas impressões até o presente momento.

Sakura olhava por cima, desdenhosa como sempre, analisou bem a mulher de cabelos vermelhos, já tinha marcado ela desde a noite do seu noivado. Sentiu que seu noivo estava interessado nela e isso lhe consumiu por dentro.

— Mademoiselle Haruno, a senhorita como é mesmo o seu nome? — perguntou enciumada.

— Desculpe-me, mademoiselle Haruno. — a ruiva lhe sorriu. — Me chamo Karin Uzumaki.

Karin veio ao encontro deles a pedido de Sasuke que observava atentamente a entrada de seus convidados. Sorriu ao constatar que estava certo quanto à predileção do tal Akasuna já que pode contemplar perfeitamente as olhadelas nada discretas do ruivo para seu concierge.

Só se surpreendeu com a vinda da mademoiselle Haruno aquela delícia de língua afiada. Embora, talvez, a vinda dela fosse bem providencial já que tinha planos para o jovem casal.

Caminhou a passos lentos, acenando para seus convidados que a todo o momento solicitavam sua atenção. Estava tenso dado às últimas notícias que recebera pela manhã, e talvez uma dose do sarcasmo de Sakura Haruno viria a calhar.

— Pelo visto aceitou meu convite, monseiur Akasuna. — sorriu mostrando seus dentes alinhados, estendendo-lhe a mão que foi apertada prontamente. — E trouxe sua noiva. — ele encarou Sakura. — Mademoiselle. — fez uma curta reverência, fazendo pouco da jovem. Atormentar a vida de Sakura Haruno estava se tornando um prazeroso passatempo.

— Senhor Uchiha. — proferiu indiferente.

— Vejo que continua una donna encantadora. — ele sorriu para ela. — Sejam bem-vindos, espero que se divirtam, afinal diversão é o lema desta casa. — ele encarou a jovem loira e piscou, notando suas bochechas corarem. — Quero que aproveitem o vinho, a música e a boa comida. Karin vá até Deidara e peça que ele mostre a casa ao senhor Akasuna, sua noiva e essa bela jovem… — ele fez uma mesura.

— Ino. Yamanaka Nicolette. — a dama sorriu para o galanteador Uchiha.

— E a mademoiselle Ino. — ele sorriu para ruiva que meneou a cabeça.

Sakura segurou a mão do noivo, não queria desgrudar dele por nenhum momento, especialmente por aquela ruiva oportunista estar ali. Ela não iria deixar o seu noivo sozinho perto dela, justo agora que era mulher dele.

Merci pela boa hospitalidade, senhor Uchiha. — disse prepotente do modo dela.

— Não por isso. — ele confrontou os orbes verdes. — Espero que o passeio seja do seu agrado. — ele aprumou o corpo esbelto. — Preciso resolver umas coisas. — ele os encarou. — Até a volta, só não vá se perder senhor Akasuna. — ele gargalhou, afastando-se em direção ao salão.

Sakura admirou-se com a petulância daquele homem, com aquele olhar e trejeitos de que sabia de tudo. Aquela aparência de ser superior, nunca que burgueses seriam superiores aos nobres.

Não conseguia suportar aquele ar de misterioso dele.

Sasori encarou as costas do Uchiha, sentindo o peso quase real daquelas palavras. Sasuke parecia ler sua alma e a ambiguidade contida naquelas palavras o atormentou. Notou Deidara se aproximar confuso, apertando as mãos e os braços de Sakura contra si. Talvez ter vindo para essa festa fora uma péssima ideia.

Sakura por outro lado, achava que todo o problema daquele local era Karin. Praguejou internamente por estar ali, tinha a intuição de que algo ruim iria acontecer. — Querido, vamos ver o banquete? — disse nervosa e quase puxando o noivo.

 — Não deseja conhecer as dependências da mansão Uchiha, mademoiselle Haruno? — Karin ajeitou os óculos. — E o monsieur Akasuna também não gostaria? Deidara se propõe a acompanhá-lo.

— Não sei o que essa casa teria de atrativo para mim, já estive em palácios, sou convidada em Versalhes e no castelo de Chambord, o que seus aposentos teriam de excepcional para mim? — falou em um tom inflexível e frio, causando constrangimento na mulher de cabelos ruivos e até na sua dama.

Sasori encarou Sakura de esguelha irritado com a infantilidade de sua noiva.

— Bom Karin, pois eu sim. Gostaria muito de conhecer o espaço. — sorriu para a ruiva e em seguida encarou o loiro que lhe direcionou um sorriso malicioso. Viu quando Sakura ameaçou retrucar e a cortou. — E quanto a minha estimada noiva ficará bem eu suponho, já que está tão interessada no banquete vá se fartar, aposto que Ino e Karin a acompanharão.

— Mas é claro, senhor Akasuna. — a ruiva disse divertida.

— Irá me deixar sozinha aqui? Trouxe-me para passear pela mansão sozinho? — proferiu brava. — É isso? — falou furiosa.

Sasori cerrou os olhos, respirando fundo. Encarou Sakura com uma súbita vontade de lhe torcer o pescoço.

— Se recomponha Sakura, está sendo deselegante. — ele sussurrou entre dentes. — Além dos males você não está só a não ser que Ino não seja ninguém para mademoiselle. — ele estreitou os orbes. — Você mesma se recusou a ir e eu não farei desfeita ao monseiur Uchiha por um capricho seu! Cresça, Sakura! — bufou, meneando a cabeça para Deidara e tomou rumo em direção aos corredores com o concierge.

Sakura bufou irritada.

Ino tentou ajudá-la, mas foi em vão, ela quase foi derrubada por sua senhora que estava furiosa.

— Para onde eles estão indo? — perguntou a Karin de forma fria.

— Bom, aqueles são os corredores principais que dão acesso às outras alas. — a mulher de cabelos vermelhos explicou pacientemente. — Não faço ideia para qual lugar Deidara o levou primeiro.

— Ino, venha comigo, iremos achar o meu noivo e vamos embora daqui.

— Senhora, não acho que seja uma boa ideia. — retorquiu a ruiva.

— Por quê? Estão me escondendo algo? — revidou furiosa.

— Não. — Karin respondeu nervosa. — Foi como lhe expliquei, a mansão é enorme e não temos noção de onde eles foram. O jeito seria esperar o regresso deles. — a ruiva suavizou. — Vamos cear enquanto aguardamos, huh? — a Uzumaki sugeriu.

— Agora mesmo acho que está me escondendo algo. — puxou Ino pela mão, quase deslocou o braço da loira. — Vamos olhar em quarto por quarto.

Karin tentou acompanhá-las, mas foi contida por dois homens que buscavam Sasuke. Precisava impedi-las antes que o Uchiha soubesse desse descuido.

Sakura seguiu pelo o enorme corredor. Era grande e com muitos quartos, a mulher não mentiu. Mas para Sakura que já tinha brincado se pique-esconde no castelo de Hohenzollern, aquilo seria fácil.

Enquanto isso na ala oeste da mansão Sasori caminhava ao lado de Deidara admirado com o bom gosto do Uchiha e um tanto receoso em se perder naquele lugar que mais lhe arremetia a um labirinto.

— Está tão silencioso hoje milord. — a voz suave de Deidara chamou sua atenção imediatamente sentindo o coração acelerar, sustentando o olhar impassível. — Desculpe a indiscrição, mas por um momento achei que estaria me evitando a todo custo, principalmente porque parecia contrariado a me acompanhar. — Deidara suspirou, tomando a frente pegando uma vela para amenizar a pouca iluminação.

— Não. — segurou o pulso de Deidara delicadamente. O loiro estagnou, encarando o toque suave deixando a vela cair sobre seus pés. — Desculpe. — sussurrou Sasori constrangido soltando o pulso do loiro.

— Não tem porque se desculpar, milord. — Deidara buscou outra vela sobre o mesanino. — Seu toque me causa outros efeitos, mas nenhum se aproxima de incômodo e muito menos de repulsa. — Sasori sentiu o corpo tremer diante daquelas palavras que exalavam duplicidade. Viu-se preso a eletricidade daqueles orbes azuis que faiscavam em sua direção. — Apenas desejaria a reciprocidade das minhas palavras.

Sasori sentiu o estômago revirar com a proximidade do hálito quente do homem, recuperou o resquício de sanidade e se afastou recostando o corpo na parede próximo a uma porta de madeira.

— Não. — o ruivo ofegou. — Isso é tão errado. — Sasori cerrou os olhos numa luta interna.

— Errado? — o cheiro másculo e de tabaco adentrou suas narinas forte e impactante. — Não Sasori! — era a primeira vez que o concierge o chamava pelo nome de batismo e dado a proximidade de seus corpos sentiu a luxúria lhe dominar. — Errado é não fazer o que nosso corpo deseja, errado é ir contra nossas necessidades. — o concierge afagou o rosto e os lábios do ruivo, notando o Akasuna arfar ao seu toque. — Deixe-me lhe mostrar o quão certo eu posso estar.

Sasori estava completamente entregue aos dedos ágeis do concierge que lhe tocavam as partes com tanta habilidade por cima de sua calça. — Nossa você está tão duro, eu adoraria provar-te, sugar-te com afinco, mas para isso só preciso que me diga sim, Sasori.

Sasori estava perdido em sensações maravilhosas, algo que nunca sentira antes. Queria tanto pertencer aquele homem, mas ainda tinha sua família e também sua noiva.

— Mas... Sakura! — ele gemeu ao sentir a pressão dos dedos agora sobre sua glande ordenhando-lhe.

— Esqueça Sakura por apenas um momento e se renda aos seus desejos. — Sasori cerrou os olhos se sentindo incapaz de negar nada àquele homem que fazia seus instintos aflorarem.

— Sim... — sussurrou ofegante, ganhando um sorriso aberto do concierge.

Deidara retirou a mão das calças do jovem Akasuna sorvendo o líquido do pré gozo de Sasori que lambuzou seus dedos finos.

— Venha. — estendeu a mão para o jovem ruivo. — Quero que conheça a minha realidade e se permita sentir lá também.

Sasori pegou os dedos finos sorrindo, acompanhando o concierge. Não conseguiu pensar em Sakura e muito menos em seus pais, apenas Deidara naquele momento o importava.

Sakura seguiu com Ino em sua busca implacável por Sasori, cada porta aberta era uma surpresa diferente para a moça, pessoas se beijando promiscuamente, Sakura ficou assustada e se perguntou que tipo de festa seria aquela e que tipo de pervertido imoral era o tal do Uchiha, aquele lugar era um ambiente de orgia e teria que tirar o seu noivo dali imediatamente.

Em uma das portas, ela escutou barulhos estranhos. E mesmo com Ino pedindo para que ela deixasse aquilo, que seu noivo nunca estaria participando de algo como aquilo, ela não se cansou.

— Tem alguém aí, Ino. Já viu que ambiente nefasto é esse? Tem pessoas se prostituindo nos quartos, aqui é um ambiente hostil. Pelo o bem e costume moral, temos que tirar o meu noivo daqui. Céus!

Ela abriu a porta, era a última do corredor. Rezou mentalmente para o seu noivo não estar ali, afinal ele era homem e homens nunca resistiam a uma libertinagem.

Quando abriu a porta, viu a cena mais improvável de sua vida.

— Sasori?!


Notas Finais


Mas que flagra mona!

E agora? Coitada dessa Sakura, mas convenhamos que essa moça é muito esnobe e merecia uma dessa hehe

beijos e até o próximo com a tia Juh!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...