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História Belle Époque - Motivé par leurs secrets


Escrita por: UchihaSpears e Saku_Sasu_Sara

Notas do Autor


Boa tarde preciosidades!!! Titia Juhzinha na área!!!

Comment ça va?
J'espère très bien

Trouxemos mais um capitulo recheado de novas perspectivas da fic e consequentemente a entrada de novos personagens, ou nem tão novos assim, kkkk

Bem estamos adorando os comentários, teorias e todo esse feedback que vcs tem nos presenteado!
Agradecemos também os 315 favoritos e bem, o capitulo não pode ser revisado pela nossa amiga e beta maravilhosa ( Ingrid sua diva do caralho), porque ela esta bem atolada de trabalhos e afins, portanto nos desculpe qualquer erro, posteriormente pediremos essa gentileza a ela , que sempre nos atende e revisa com todo carinho!
Esse cap e dedicado a Ingrid e também a uma autora muito fofa chamada SaltoDevil ( nossa Steph), a quem eu gosto muito e acompanho o trabalho( ADD que o diga)

Sem mais delongas...

Uma excelente leitura, suas safadas!

Capítulo 10 - Motivé par leurs secrets


Fanfic / Fanfiction Belle Époque - Motivé par leurs secrets

Sasuke não imaginava há quanto tempo estava na mesma posição e preferiu manter—se assim, precisava daquele momento para refletir sobre sua ligação com Sakura. Nada lhe soava coerente. Suas visões nunca foram tão complexas e dúbias, pareciam mais como um devaneio causado pelo ópio.

Quando veio a França aprofundar seus estudos sobre o clã Alquimista Otsutsuki a pedido do último descendente vivo, Orochimaru , Sasuke tinha plena convicção que era algo relacionado a pedra filosofal e todo misticismo que envolve a sua imortalidade.

Mas se viu tão envolto pelo magnetismo de Sakura Haruno, que acabou por colocar suas motivações iniciais para um segundo plano. Afinal enquanto os manuscritos e o segredo de Kaguya Hime estivesse protegido sobre o legado Hyugga, Gaara não poderia expandir seus planos em busca de poder.

Uma vez que Gaara tivesse posse dos manuscritos e consequentemente o elixir novamente, um exército de imortais comporiam o novo cenário da Europa quiçá o mundo inteiro.

Foram batalhas atraves dos tempos para proteger este segredo e Sasuke sabia que ele era um equívoco necessário ao tornar—se imortal.

Neji Hyugga.

Et Protector.

Levou anos para que o italiano compreendesse a real ligação com Neji Hyugga, viajou até as longínquas planícies bálticas e parte da Ásia em busca de respostas, motivado por sua sede de vingança, que ainda  não tinha se cumprido.

Quando chegou a Alexandria, o reduto dos Alquimistas, conheceu uma bruxa de corpo volumoso e belíssimos cabelos em tom escarlate, chamada Mei Terumi, que lhe apresentou o prazer através da dor. Sasuke sentia prazer em infligir dor, em ver os suplícios de seus inimigos pedindo—lhe clemência a cada lâmina fincada com maestria em suas carnes. Então se adaptar as predileções de Mei fora tão fácil e prazeroso que libertou sua devassidão a muito esquecida.Sasuke  havia perdido todo e qualquer resquício de humanidade, quando viu seus pais queimarem vivos, e o que ainda o mantinha são era ter Itachi com ele desfrutando da maldição de viver pela eternidade.

Na região gelada da Escandinávia, se juntou aos Vikings, aplacando a necessidade de matar durante um tempo, já que saquear, dizimar vilarejos angariando riquezas e escravos tinha se tornado suficiente.

Era habilidoso com a espada e o machado, o que não passou despercebido pelo rei Viking. Sasuke tornou—se o favorito, não só por sua habilidade, mas por ter  salvado o primogênito do soberano alcançando assim o posto de Jarl, uma espécie de braço direito, um líder tribal responsável pelo exército nórdico.

Ali sentiu o que era ter laços novamente, uma família, além de Itachi. Foi ali que recuperou o resto de humanidade que ainda lhe restava  ao conhecer Naruto.

—Sasuke? — a voz entrecortada de Itachi tirou Sasuke de seus devaneios. O italiano virou—se encarando a face desgrenhada e o traje do irmão sujo de carmim ,arregalando os orbes negros em claro sinal de preocupação.

—Itachi? Mas o que…?— Levantou—se num joguete de pés, prostrando—se em frente a Itachi assumindo a posição ereta.

— Não se preocupe Sasuke! — Itachi lhe sorriu tenro. — Eu estou bem! Mas preciso lhe falar.

Non me diga que se meteu em outra briga ao se enfiar nos lençóis de alguma donna comprometida? — Sasuke indagou com olhar repreensivo.

— Não irmãozinho tolo. — ele proferiu o apelido que dera a Sasuke, percebendo o caçula trincar a mandíbula com demasiada força. — Desta vez sou inocente, posso garantir. — Itachi zombou.

Non imagino Itachi e Inocente conjurados em uma mesma frase, mas enfim… — ele deu de ombros, não conseguiria ficar bravo com Itachi, era seu sangue e sua carne, por ele faria tudo, até abrir mão de Sakura se fosse necessário e percebe que esta era a vontade de ambos. Praguejou mentalmente, repreendendo—se por pensar naquela mulher mais uma vez.

— Estou voltando da cabine de comando do Navio. — O Uchiha mais velho suspirou. — Fui ter uma prosa com o Capitão e tive que usar do nosso sobrenome  e alguns francos a mais.

— O que? — Sasuke exasperou. — Qual a parte do discrição voi non compreendeu, Itachi? Para todos os efeitos estamos em Paris! Gaara estais a nos caçar e bem apoiado pela inquisição! Che va piano, va sano e va lontano.— rosnou impaciente insinuando que quem se mantém silencioso alcança seus objetivos. .

— Eu tive um excelente motivo para tal. — Itachi emburrou descontente com a repreensão do mais novo.— Não poderia deixar que aquele marinheiro asqueroso tomasse a jovem a força.

— O que me dizes? — Sasuke o encarou mais uma vez.

— Que quase matei um homem por ter tentado tomar uma mulher a força.

Sasuke suspirou resignado entendendo o senso de Itachi, afinal era o mesmo senso que gritava dentro de si. O instinto protetor e justo. Balançou a cabeça em entendimento.

—Quem és esta donna? — indagou por fim ao irmão.

—Não sei, uma clandestina com os olhos castanhos mais tristes que já vi. — Itachi o encarou.

Una fuggitivo? Itachi … e se ela for alguém a mando de Gaara?— indagou percebendo o olhar irritado do mais velho.

— Ela não é! — Itachi esbravejou. Izumi poderia ser uma fugitiva, mas não tinha envolvimento com o No Sabaku, ele poderia apostar sua vida nisso. Aquela garota precisava de ajuda. E Itachi sentiu—se de alguma forma responsável por ela.

— E como tem tanta certezza qui non é? — Sasuke encarou lívido.

— E como vosmecê tem certeza que é? — Itachi devolveu irritado. Vendo que não conseguiria dobrar o mais velho, Sasuke apenas relaxou a postura e o fitou.

— Que seja.— murmurou. — Até estarmos em terra firme, esta donna é sua responsabilidade, capisco? E se por ventura ela tentar algo, não hesitarei em pegar minha kusanagi e separar a cabeça de seu corpo. Estamos enfrentando tempos sombrios Itachi, não esqueça do que nos trouxe a Cornualha novamente.

Itachi estremeceu absorvendo as palavras frias e duras de Sasuke, ele poderia ter razão em desconfiar das pessoas, até porque Izumi era uma total desconhecida, mas sentia que de alguma forma, aquela mulher seria um bálsamo para ele nesses tempos que se aproximavam.

Encarou as costas do irmão e suspirou.

—Ficarei de olhos e ouvidos atentos, meu irmão.

—Pressuposto que sim. — Sasuke soltou o sorriso malicioso estagnado. — ainda mais se for una bella ragazza. Volte para sua cabine e tome conta dela, Itachi! Non permita que ela transite pelo navio e mantenha as mãos longe dela. Una donna sabe perfeitamente como ludibriar um uomo, meu caro.

— Assim como Sakura  fizera com vosmecê? — Itachi soltou ácido testando a reação do irmão mais novo. Sasuke virou seu corpo excruciando o olhar no mais velho.

Non Itachi, como ela fizera com voi, afinal quem fora um gioco nas mãos da Haruno fora voi, meu tolo irmão. E tenha certezza quando io voltar possuirei não só seu corpo, mas sua alma e o seu coração de maneira que nenhum outro conseguirá fazê-lo.— Sasuke sorriu e Itachi assentiu com uma fungada  satisfeita.

— Então finalmente assumira que mademoiselle Haruno lhe povoa não só os pensamentos, mas também seu coração negro?— zombou Itachi.

— Nunca neguei o fato de cobiçá-la, meu caro irmão!— Sasuke virou dirigindo-se até sua cabine ainda protestando. — Lembre-se Itachi cuide da tal fugitiva até atracarmos em Londres, se o tempo se mantiver favorável, não tardaremos a  pisar em terra firme.

— Está falando idêntico ao  Naruto, Sasuke! Tão mandão quanto ele. — zombou Itachi recebendo apenas um menear em negativo.

O mais velho sorriu vendo a silhueta do irmão sumir ao longe e pôs-se a caminhar desejando um apenas banhar-se para retirar aquele odor de ferrugem e a aparência pegajosa daquele sangue já seco há tempos.

 

[...]

 

O farfalhar dos lençóis e o cheiro de maresia foi o suficiente para a jovem de longas madeixas castanhas retesar o corpo buscando a familiaridade com o local. Izumi piscou repetidas vezes analisando brevemente o espaço, constatando que apenas a luz do abajur causava uma fraca iluminação.

Era um ambiente refinado, digno das cabines de primeira classe, do Nicolette II.

Compunha um estilo denominado Luís XVI, um marco na ornamentação francesa  que uniu o clássico e o inovador , com móveis pontudos e formatos ovais, destacando um estofado mais delicado e de cores suaves cujo as estampas arremetem a art noveau.

A cama possui um dossel em mogno entalhado com uma cortina grossa e pesada num tom verde, contrastando em sua totalidade com a delicadeza das sancas do teto em gesso e detalhes dourados, presentes também nas paredes da cabine.      

Era inegavelmente aconchegante e acolhedor. Assim como Itachi fora com ela.

Izumi inspirou fundo passando as mãos pelos fios desalinhados. Sentiu um calafrio na coluna ao vagar pelas lembranças anteriores, não queria mais pensar no ocorrido e muito menos no que  levara a fugir da França e de seu passado.

Engoliu seco sentindo um bolo sufocar sua garganta e as lágrimas teimosas insistirem em formar bolsas pesadas em seus olhos.

O barulho da porta e iluminação parcial vinda de um cômodo apenso chamou sua atenção, fazendo com  que a jovem de origem francesa secasse o rastro das lágrimas com o dorso da mão. Segurou o ar ao constatar  se tratar de Itachi, aliviando-se momentâneamente. Paralisou ao notar que o Uchiha secava suas compridas madeixas com uma toalha felpuda e o dorso musculoso exposto, tão despretensiosamente casual, que fez Izumi praguejar diante de tal beleza.

O odor de lavanda açoitou o nariz fino e  delicado da jovem que cerrou os olhos por um breve momento apreciando, para logo em seguida tornar abri—los captando o olhar negro circunscrito sobre si.

Izumi sentiu o ardor tomar suas bochechas espalhando uma coloração vermelha e pôde ouvir nitidamente um riso abafado romper seus tímpanos.

Itachi encarou a bela dama encolhida sobre os lençóis, mantendo o sorriso despontando sobre os lábios. Apesar da pouca luminosidade do cômodo, conseguiu notar o perfeito desenho das maçãs do rosto de Izumi, alguns tons acima da tonalidade saudável.

—Vejo que estais  desperta! —Itachi se aproximou deslizando pelo assoalho por conta dos pés descalços, sentando-se a borda da cama.

Exibindo o corpo delineado, coberto apenas pela calça curta e estreita, cruzou os braços na altura do peito avaliando o estado da moça, agora demasiadamente mais próximo.

Si, monsieur. — Izumi desviou o olhar para as mãos cruzadas sobre o colo, afastando o corpo o máximo que a cama permitia, evitando o contato direto com Itachi.

— Eu não lhe farei mal. — Itachi sussurrou notando a repulsa por parte da jovem ao se afastar. — Não vou lhe tocar, Izumi. — ele garantiu recebendo um olhar intenso por parte dela.  — Até agora só lhe dei motivos para confiar em mim, certo? — ele indagou tentando passar a confiança necessária.

—Desculpe. — o sussurro seguido de um suavizar leve da expressão de Izumi o fez relaxar em conjunto. — Eu só… — ela pausou engolindo seco. — Quanto tempo eu dormi? — ela encarou os olhos de Itachi vagando rapidamente para seu dorso descoberto não escondendo o desconforto com a situação .

—Bom, digamos tempo suficiente para a hora da ceia. — Itachi lhe sorriu. — Acredito que tenha fome, então tomei a liberdade de pedir a ceia na cabine.— O Uchiha se constrangeu da mesma forma que notou um rubor tomar as bochechas de Izumi outra vez, seguido das mesmas reações anteriores quando os olhos da jovem pousaram sobre ele e sua casualidade aparente.

Sentiu-se um tolo ao constatar o real motivo.

Não tinha feito aquilo para provocar Izumi, ou fazê-la se sentir mais incomodada,como costumava fazer com as moças da corte, apenas fora um momento tão involuntário ao sair do banho, que nem se deu ao trabalho de vestir-se por completo.

Céus era um asno! praguejou mentalmente.

Depois de um trauma a última coisa que Izumi precisava era um homem parcialmente nu em suas fuças.

— Eu peço desculpas antecipadamente, mademoiselle. — ele tentava se justificar vestindo a blusa de linho branca que descansava sob a cama, abotoando desleixadamente. De imediato sentiu o clima apaziguar.— Não tinha ideia do que lhe agradaria degustar, então pedi meu prato favorito Coq au vin, espero que aprecie.

— Está sendo muito generoso, monsieur Uchiha.— mais aliviada por aquela luxúria em forma de homem estar finalmente coberto. —  A propósito, como está sua mão?— Izumi olhou os dedos do Uchiha que agora traçavam o caminho pelos botões da blusa, ordenadamente.

— Em perfeito estado. — ele sorriu movimentando os dedos elegantemente num ato de fechá-los e abri-los. — Com plena convicção de que estão melhores do que aquele marinheiro repugnante.— Izumi assentiu observando Itachi sentar-se novamente a beira da cama.— Não se preocupe comigo, precisa-se de muito mais para me machucar. — Ele lhe sorriu gentilmente.

— Não queria lhe causar problemas, monsieur.— Incomodada resolveu indagar o que lhe afligia. — Por que fez isso por mim, uma completa desconhecida? — Izumi realmente estava desconcertada com todo aquele cuidado.Não era do feitio que homens poderosos como Itachi Uchiha se preocupassem com o destino de pessoas sem nobreza como ela.

Percebeu então Itachi lançar-lhe um sorriso ladino e encará-la com aqueles olhos excruciantes.

—Por que não vosmecê, Izumi?— Itachi arqueou a sobrancelha negra pegando-a desprevenidamente. Notou Izumi abrir a boca repetidas vezes e ameaçar se pronunciar, mas o toque repetitivo sobre a porta da cabine cortou o início de uma extensa prosa. Itachi levantou-se, mas ainda sim a encarou. — Não responda, agora mademoiselle! Deixaremos  a prosa para depois do jantar, capisco? — Itachi piscou maliciosamente direcionando-se a passos lentos até a porta da cabine permitindo enfim, a entrada do odor de comida fresca num convite mais que propício ao estômago de Izumi.

[...]

 

Sai rolava os orbes negros por todo local que exalava fumo e bebida barata. Sentiu-se desconcertado diante a  promiscuidade das ladys que estavam dispostas por todo o espaço. Algumas expondo os seios parcialmente, outras suas ancas,constatou que as dançarinas de Cancan mostravam bem menos com seu agitar de saias.

Suigetsu engatou a terceira rodada de poker, se deliciando com os seios de uma jovem de longos cabelos negros.Sai  podia sentir o ar tornar-se rarefeito e o desconforto crescendo à medida que desviava das investidas das jovens de passado duvidoso.

Pediu mais uma dose de conhaque praguejando pela terceira vez por ter ido até ali.

Maldito Suigetsu!

Maldita falta de experiência com o sexo oposto!

Pendeu o corpo sobre o balcão, entediado por rechaçar a oitava mulher que oferecia seus préstimos. Tudo o que mais desejava era partir e esquecer que pusera os pés naquele lugar.

Aproximou-se do espanhol a passos largos pisando duro no assoalho de madeira, iria embora com ou sem Suigetsu.

O som alegre da orquestra e as risadas abafavam as conversas fazendo com que tivessem que elevar um pouco o tom de voz.

— Suigetsu!? — chamou o Hozuki não surtindo efeito, já que o espanhol  estava bem entretido entre as gargalhadas e as belas curvas da mulher em seu colo. Impaciente por não ter sido atendido tocou no ombro do platinado.— Ora Suigetsu, estou de partida.— afirmou encarando os orbes perculiarnente violetas.

Suigetsu levantou-se estranhando o comportamento de Sai, afinal até saírem de casa o Uchiha estava bem solícito em conhecer o Cabaret.

Que se pasó, blanquelo? — indagou empurrando a mulher de cabelos negros para o lado.— Espere Eloise, necesito tener con mi amigo una prosa rápida. — advertiu a jovem que lhe sorriu luxuriosa.— Entonces Uchiha, dime.

Sai passou a língua sob os lábios incomodado.

— Não há nada, apenas quero ir para casa! Meu tempo aqui findou—se.

Lo que dice? — Suigetsu aproximou-se tentando captar a voz contida de Sai em meio à balbúrdia do tilintar dos copos se chocando, as risadas espalhafatosas e a melodia constante.

— Eu disse que vou—me!— Sai proferiu mais alto.

Pero, por qué ya se va? Acabamos de llegar. Ni siquiera se inició el show de La Cristal.— Suigetsu falou em tom alto o bastante para que ele ouvisse com clareza.

— O que é Cristal?— Sai indagou curioso.

Lo que dice? — Suigetsu aproximou o ouvido mais uma vez, a voz de Sai era relativamente baixa e mesclado ao barulho não conseguia ouvir.

— Perguntei do que se trata este show?— falou bem próximo aos ouvido do Hozuki.

Aaaa si, se trata de la mejor bailarina de Cancan del Cabaret! La intocable Cristal. Ella nunca se acostó con cualquier hombre que frecuente este Moulin Rouge. — Suigetsu sorriu. — Su rostro es una incógnita ya que se presenta enmascarada, pero le aseguro que lo contemple, estaba borracho pero lo recuerdo perfectamente de él. — Sorriu confiante lhe confessando. — És una belíssima mujer.

Sai assentiu, mas ansioso que o assunto terminasse para poder partir.

— Desculpe Hozuki, mas devo partir! Não quero realmente ver nenhum entretenimento.— Sai falou mais próximo do espanhol ajeitando sua cartola.

— Ora, Inglês! Tomar por lo menos las mujeres aquí y ver el espectáculo aseguran que disfrutan.— Suigetsu insistiu rolando os orbes pelo salão até estagnar na figura loira de seios avantajados e sorrir.— Espere aqui.— pediu a Sai.— Vuelvo en un instante.

Sai bufou, mas resolveu atender ao pedido do espanhol.

Ainda prestando atenção a sua volta e esquivar de mais três mulheres, nem notou o retorno de Suigetsu que agora jazia acompanhado de uma mulher muito atraente e mais madura que as demais.

Ela trajava um corpete por cima do vestido vinho acentuando seu decote. Sob os lábios um batom carmim e uma cigarrilha compondo uma silhueta sensual e convidativa. Sai engoliu seco ao sentir os orbes amendoados da exuberante mulher sobre si.

Blanquelo, me deja presentar a la mujer más codiciada de toda corte francesa, Tsunade Senju dueña de este maravilloso Cabaret.

Sai arregalou os orbes negros inquieto, todavia era um lorde, e fez uma mesura gentil tomando as mãos enluvadas da mulher de seios fartos.

—Encantado , mademoiselle Senju !Me chamo Sai Uchiha a seu dispor.

Tsunade sorriu presunçosa com uma pitada de zombaria.

— Ora vejam só, um digno cavalheiro no meio desta corte de porcos bastardos !— ela riu.— O espanhol mencionou que  o Monsieur, ficou deveras curioso sobre o show de Cristal, mas lamento,  esta jovem não se apresenta mais em minha casa! Entretanto há tantas outras que poderiam servir-lhe melhor que ela, posso garantir. Agora com sua permissão, tenho que receber uns convidados que acabaram de chegar!

Sai apenas assentiu esboçando seu sorriso lacônico observando a mulher caminhar num requebrar de quadris erótico.

Irritado puxou o Hozuki pela gola em direção ao balcão de bebidas.

—Ficou senil, Hozuki?— Sai trincou a mandíbula — Eu disse que queria ir embora e não apreciar show em demasia.

—Ei!Ei! Estabas amasando mis trajes.—Suigetsu se soltou do aperto .—Vosmecê és um hombre mucho estranho! — constatou empertigando a postura. — Quem vem a um Moulin Rouge e não desfruta de una buena mujer?— Suigetsu indagava duvidoso.— A não ser que goste de hombres e seja um maricas!— O Hozuki abriu a boca consternado encarando a face lisa de Sai.— És um maricas?

O Uchiha irritado praguejou.Sentiu sua face tornar-se rubra de pura ira.

—Claro que não!—berrou próximo ao ouvido do Hozuki.

—Pressuposto que és!No te vaias el Antro!No se involucra en bailes, no le veo borracho y mucho menos rodeado de mujeres. —Suigetsu enumerou convencido.— És um maricas de fato.

—Eu não sou maricas!— Sai disse entredentes.

Lo que dice?Hable mais alto maricas, el show não me permite ouvir-te!

—Eu disse que não sou a merda de um maricas, seu bastardo de uma figa!—Sai berrou irritado.

—Aaaa! Entonces, es bueno que tenha um motivo real para tal despropósito!—Suigetsu cruzou os braços.— Ou hablarei a  Lady Yamanaka que no necesitas se preocupar com suas investidas, porque da fruta que ela gosta o monsieur engole os caroços.

—Ora seu...—Sai sentiu o peito inflar e borbulhar de raiva. —Vosmecê não faria!—duvidou.

—Pois aposto alguns francos que o faço!- o espanhol foi incisivo.

Não restando alternativa Sai rendeu-se sussurrando.

—Sou casto.— a orquestra soava alta impedindo mais uma vez das palavras saírem com clareza.

Lo que dice, blanquelo?—indagou o Hozuki.

—Disse que sou a porra de um celibatário, nunca provei do fruto proibido.— Sai disse por fim encarando o rosto retorcido de Suigetsu prendendo o riso.

Un momento me decía que nunca estuvo con una mujer antes?— Suigetsu perguntou recebendo um leve assentir de Sai.— És um abstendo?

Neste instante a melodia cessou permitindo que a voz grasnada e regada do arrastado sotaque espanhol do Hozuki reverberasse por todo salão.

Sai encarou os rostos contorcidos em sua direção desesperado por sair dali.As risadas dos homens e mulheres preencheram o salão tão descrentes quanto zombeteiros.

Naquele momento teve a certeza que não deveria ter saído de casa, mas principalmente acompanhando aquele desgraçado chamado Suigetsu Hozuki.

 

[...]

A face ruborizada de Izumi era  a garantia que Itachi a afetava. Mas não de forma negativa, isso ele pode constatar a medida que desfrutavam da companhia um do outro no jantar disposto na pequena mesa que mais servia como uma escrivaninha. As palavras de Sasuke lhe esbofetearam com força e mesmo que não desejasse sentiu o gosto amargo da desconfiança pairar sobre seus lábios.   

 

Voltou seus orbes negros calmamente para o  seu suculento frango ao toque de vinho, sempre que podendo observando a quietude de Izumi. Encarou as vestimentas masculinas em trapos, analisando-a com mais atenção, sorrindo internamente da tentativa vã da jovem em parecer um menino. O rosto era fino e  delicado com uma charmosa pinta próxima ao olho direito, além de seu busto bem evidente. Sem dúvida , Izumi não conseguiria passar-se por um rapazote de nenhuma forma. Inquieto pigarreou tendo o olhar castanho tímido sobre si.

—Está a seu gosto? — perguntou servindo sua taça de vinho tinto. Notando Izumi assentir e descansar os talheres no canto do prato de porcelana continuou. —   Mademoiselle Izumi?

Si, monsieur — Izumi observou Itachi com curiosidade, a forma com que ele lhe chamara soou tão gentil que ela esqueceu-se por um breve momento todo peso que carregava consigo.

— Quero lhe deixar ciente de sua condição até atracarmos em Londres. — ele começou vendo Izumi assentir. — Consegui reverter as coisas a seu favor e acertar sua estadia no Nicollete, mas por agora terá que ficar sob minha supervisão e consequentemente em minha cabine, já que não há mais cabines disponíveis para pousar. Estão todas ocupadas. — ele a encarou prevendo o constrangimento.

—É bem mais do que preciso e mereço, Monsieur! — ela proferiu limpando os lábios ressecados no guardanapo branco. — Não me incomoda o divã, posso perfeitamente me ajeitar nele.— ela garantiu convicta e Itachi sorriu diante de tanta ferocidade orgulhosa.

— Pelo que me toma minha lady? — o Uchiha a inquiriu. — Em hipótese alguma permitirei que repouse sob aquele móvel. Faço questão que se mantenha sob a cama.

— De maneira nenhuma.— A jovem negou veemente não querendo ser mais um estorvo para aquele homem.— Estou acostumada as limitações da vida e não em sentiria bem em receber mais atenção do que já me concedeu.

Itachi suspirou repousando os talheres sobre seu prato encarando-a profundamente.

— És uma mulher teimosa!— ele constatou com um sorriso, pensando em quanto gostava disso, do jeito orgulhoso e teimoso dela, aquele olhar desafiador que não se deslumbra ou se aproveita de sua condição financeira.— Mas a decisão já foi tomada, dormirei no divã até o fim de nossa viagem. — Izumi ameaçou protestar mas ele a interrompeu. — E não adianta contestar, mademoiselle. Deixe esse orgulho de lado e aceite ao menos um pouco de conforto, afinal é o mínimo que posso oferecer depois de tudo o que passou!

A expressão da jovem de cabelos castanhos suavizou, mas ainda sentia o rubor tomar suas bochechas, não estava acostumada com gentilezas.

— Eu sinceramente… Eu não… Não poderia pagar por tudo o que fez por mim, Monsieur Uchiha — ela não conseguia formular alguma sentença corretamente.— Eu nem ao menos sei o que farei quando chegar em Londres. — Izumi tocou nos lábios se condenando por deixar escapar alguma informação que pudesse lhe revelar seu passado.

Itachi encarou o rosto da jovem com um semblante confuso.

— Como assim? Como não sabe sobre o que fazer em Londres? — Itachi trovejou irritado.— Como se instala num navio, se pondo em risco? Porque  sinceramente não imagino, o que uma belíssima mulher tem em mente para se esgueirar nesses porões fétidos sem um propósito! A menos que esteja desesperada para fugir de algo… Ou alguém? — Izumi exasperou encarando a face lívida de Itachi, que percebeu ter tocado no ponto exato da questão.— Então se trata disso, não é mesmo lady Izumi?

Izumi levantou-se num rompante fazendo com que a cadeira se chocasse no assoalho. Encontrava-se perdida e sufocada. Não queria que aquele homem ou qualquer outra pessoa soubesse do seu passado que estava deixando para trás com todas as suas dores.

S’il vous plait, Monsieur. Não me obrigue a falar sobre isto.— a mulher pôs-se a tremer em desespero e algumas lágrimas penderem sobre sua bochecha.

Itachi arregalou os orbes percebendo que tinha ultrapassado todo e qualquer limite com aquela jovem cujo tinha vivenciado maus bocados. Inspirou fundo passando as mãos sob os cabelos longos e soltos em sinal de nervosismo e  arrependimento. Ficou tão perplexo com a última confissão dela que quando viu já havia despejado tudo em cima da pobre mulher.

Caminhou até ela com cautela para não assustá-la, ainda notando o seu estremecimento. Buscou o contato direto com seus olhos castanhos tocando sua face , elevando o seu rosto.

—Ei! Me desculpe Izumi.— ele soprou gentilmente fazendo um soluço eclodir da garganta de Izumi.— Não tenho direito de lhe forçar a contar sobre suas dores! Eu não posso saber pelo que vosmecê passou, mas conheço um olhar ferido assim que o vejo. E este assunto lhe fere de uma forma que não desejo ver novamente. Vosmecê me perdoa?— Itachi estava sendo sincero e Izumi percebera pela forma que ele a tocava com carinho e preocupação. A mulher meneou a cabeça em concordância não conseguindo falar em meio ao choro contínuo. — Façamos assim, descansamos por hoje, e amanhã assim que se sentir melhor veremos uma forma de te estabelecer em Londres, tenho muitos contatos e,...

Non.— Izumi berrou aos soluços afastando-se do toque acolhedor de Itachi. Virou-se de costas , trêmula e ofegante apertando os dedos contra o pano grosso de suas vestes.—Non, posso aceitar mais nada que tenha a me oferecer.—ela  inspirou fundo acalmando seu coração que batia descontrolado contra suas costelas.— Agradeço-te por tudo, mas vosmecê não tem obrigações para com minha pessoa e peço a gentileza que não insista mais em me ajudar, já fez mais do que sua moral lhe permitia. — os orbes castanhos lhe fitaram com orgulho ferido.

— Izumi seja racional...— Itachi ponderou se aproximando da jovem, mas Izumi elevou o braço o impedindo de continuar.

—Quer me ajudar monsieur Uchiha? — Izumi indagou recebendo um aceno positivo do homem.—Pois bem, não insista e fique longe dos meus assuntos! — ela sentenciou pegando sua trouxa que estava sobre a cama se trancando no lavabo adendo ao quarto.

Itachi encarou o baque seco da porta com indignação, mesmo sabendo que havia errado o tom com a moça, não passou pela sua cabeça tal atitude.

Soltou  um riso frustrado diante de tamanha teimosia. Izumi era uma mulher decidida, uma das poucas que conhecera no decorrer de sua existência, mas em contrapartida a jovem não conhecia o poder de persuasão e determinação de um Uchiha. E Itachi estava mais do que tentado a lhe mostrar.

 

[...]

 

Sakura acordou com uma dor de cabeça naquela manhã; Sua cabeça latejava, resultado, obviamente, da bebida. Assim que acordou, seu corpo gelou.

 

—  Não foi um sonho. — ela falou para si baixinho. Estava em choque. Estava nua na cama ao lado de Ino e Karin, ambas desnudas.

Seu corpo quase desfalece ao lembrar das cenas sórdidas que vinham na sua mente.

Se dormir com Sasori já foi errado, imagina dormir com outras duas mulheres.

MULHERES!

Lembrava dos sermões dos padres no dia de domingo. Não tinha jeito, o quanto tentava purificar sua alma, o errado lhe chamava, estava condenada a ir ao inferno.

Porém...dessa vez foi diferente, o remorso ainda era grande, no entanto, não lhe doía tanto como quando estivera com Sasori. Ela sentiu algo que nunca sentiu, sensações que nunca imaginou e tudo com os dedos de Karin e consequentemente os seus próprios. Ela sentiu e gozou do verdadeiro prazer.

Estava condenada ao inferno, mas dessa vez iria com uma certeza: ela se deleitou do verdadeiro prazer.

Ino sequer conseguia abrir seus orbes azuis de tanto constrangimento. Estava acordada há tempos , mas preferiu manter-se imóvel e não correr o risco de confrontar os orbes das outras duas. Por Deus, era uma devassa casta, ainda sim uma devassa ! Tinha experimentado do pecado da luxúria, se rendido ao deleite com duas outras mulheres, sendo uma delas sua senhora a quem sempre teve grande apreço e dedicação.

Engoliu seco inspirando em seguida abrindo apenas uma pálpebra encarando os orbes acobreados lhe fitando.

— Bom dia Lady Yamanaka.— o sorriso relaxado de Karin foi a primeira visão que ela teve. Cerrou novamente a pálpebra na expectativa de que Karin não tivesse a visto propriamente. — Nem adianta enganar-me. Já tive o vislumbre da tonalidade dos seus olhos.

Ino inspirou fundo encarando a ruiva que apoiava o rosto sobre a palma da mão com o corpo parcialmente virado para si expondo seus belos seios. Os olhos azuis desceram até o busto e voltaram rapidamente ao rosto de Karin esboçando o tom vermelho sobre a face.

A Uzumaki prendeu o riso diante da inocência de Ino, mesmo depois de tudo o que fizeram a jovem ainda mantinha aquele ar puro e angelical.

— B-bom dia , Karin.— Ino gaguejou incerta praguejando por ainda estar nua.

— Olha a minha pura Ino Yamanaka toda encabulada. — Sakura riu. — Eu sei o que você fez ontem e te digo: Que bom que terei companhia no inferno.

Karin levantou-se ainda sorrindo diante as provocações de Sakura,  espreguiçando-se bem confortável com sua nudez e com o que tinham feito na noite anterior.

Tinha apreciado a brincadeira a três e mais ainda a sutileza do ato. Mulheres eram mais delicadas, macias e curiosas que homens.

— Bom espero que tenham apreciado tanto quanto eu.— Karin piscou maliciosamente para as duas. — Estou tão satisfeita.— sorriu soltando um guincho pondo-se de pé e tateando suas roupas espalhadas pelo aposento de Lady Sakura.

— Já tens um lugar cativo no inferno lady Karin. Sabes que foi a culpada por todo esse infortúnio, viestes revestida de luxúria como a cobra fez com a Eva. Eres tão cobra quanto ela.

Karin gargalhou entusiasmada.

—Ah Lady Haruno, vosmecê é um achado! Não há culpados .— Karin sentenciou colocando os óculos sob a face. Caminhou como uma felina em direção da Haruno vendo seu corpo retesar a medida que deitava-se parcialmente sobre a mulher que arregalou os olhos cor de jade, incomodada com a invasão de Karin.— Talvez haja um único culpado.— Karin sussurrou próximo ao ouvido de mulher de cabelos rosados. A Haruno cerrou os olhos ruborizando ao sentir o sopro quente fazer-lhe cócegas.— Sua libido desenfreada.— rapidamente Karin postou-se de pé ajeitando o vestido sobre o corpo sorrindo para as outras duas.— Muito obrigada pela noite maravilhosa, nos vemos no desjejum.— fez uma mesura zombeteira batendo a porta em seguida.

Ino encarou a face ruborizada de Sakura pela primeira vez aquela manhã.

— S-senhora? — sussurrou incerta.

— Não me vem gaguejar, não fez isso quando estava sendo dedada por aquela cobra pecaminosa. — Sakura levantou-se da cama. — Vamos fingir que isso não existiu, você estava bêbada, eu também e aconteceu coisas que não merecem ser ditas. Concorda?

Ino assentiu rapidamente queria tentar esquecer aquela noite, mesmo que  seu corpo fizesse questão de lembrá-la.

— Sim. — Ino engoliu seco tomando coragem em proferir em seguida.— Mas mesmo que o certo seja esquecer o que fizemos, meu corpo ainda me lembra senhora. Isso é tão errado, mas de uma forma tão boa. — A dama de companhia suspirou resignada.

Sakura sorriu de lado, sentia o mesmo. Foi tão errado, mas ao mesmo foi tão bom. Tentava esconder a culpa, mas aos poucos notava que ela não mais existia.

[...]

 

A claridade já despontava nos céus quando Sai passou pela entrada principal da mansão Uchiha seguido por um Suigetsu apressado.

Espere, Blanquelo! — O espanhol disse num tom mais elevado, muito por conta da bebida ingerida no Moulin Rouge .

Sai estagnou na lateral do jardim, que jazia parcialmente tomado pela fina camada de neve, fazendo com que o corpo do Hozuki se chocasse com suas costas.

Ouch, blanquelo! — Suigetsu reclamou ainda ébrio e sorridente.— Tienes las espaldas que mais parecem uma parede de pedras.— reclamou o platinado massageando a testa.

Sai virou-se com rispidez esboçando um sorriso irônico.

—Fale mais alto Hozuki, acho que a cidade de Paris não ouviu seu regresso!- ralhou debochado e ganhou um olhar confuso do espanhol. Às vezes Suigetsu era parvo como uma porta.

Balançou os fios negros incrédulo.

— Foi uma ironia, Hozuki! Não queria que as senhoras desta casa soubessem de nossa chegada a essas horas.

Suigetsu assentiu esboçando um sorrisinho malicioso.

No quieres que a lady Yamanaka saiba sob sua fuga, huh? — O espanhol cutucou Sai com os ombros como se partilhassem um ponto em comum.

— Raios! Feche essa matraca!— Sai murmurou descontente, mesmo sabendo que Suigetsu tinha razão no que dizia, afinal não desejava que Ino soubesse de sua ida ao Moulin Rouge.

— Sinto lhe dizer, Uchiha, mas és un poco tarde! Mira!— Suigetsu apontou para a escadaria de pedra onde Sakura e Ino desciam tranquilamente engatadas numa conversa.

Desesperado, arregalou os orbes negros puxando o platinado pela gola e se esgueirando entre as folhagens gélidas e repletas de neve.

— Shi!— tapou a boca do falastrão impedindo que a voz de Suigetsu escapasse.— Quieto!

Suigetsu meneou a cabeça em concordância acatando a ordem que Sai lhe dera, não estava em condições de manter-se de pé quanto mais entrar em uma briga com o Uchiha.

O Inglês elevou o rosto ainda oculto pelas folhagens bem a tempo de ver lady Sakura e lady Yamanaka entrando na carruagem conduzida por Kiba, o cocheiro.

Suspirou aliviado quando a carruagem passou pelos portões de ferro,indicando a partida delas.Encarou o Hozuki soltando- o de seu aperto.

Sem dificuldade, Sai pôs - se de pé batendo a neve de seus trajes notando o espanhol fazer o mesmo, mas descoordenadamente.

— Essa foi por poco , blanquelo.— Suigetsu zombou.

Sai nada respondeu apenas rumou a entrada principal, agora sem mais preocupações para adentrar a mansão.

Irritado por Suigetsu estar em seu encalço em meio as risadas debochadas parou no hall voltando-se para o espanhol.

— Nenhuma palavra sobre a noite anterior, fui claro?— apontou o dedo em riste na direção do homem.

Suigetsu apenas deu de ombros elevando os braços em sinal de rendição.

No hablarei que usted passou a noite no Cabaret de Madame Tsunade, Blanquelo!— Suigetsu proferiu num tom malicioso que Sai de início não pôde interpretar, mas bastou girar o corpo rumo às escadas que levam ao segundo pavimento para o ar lhe faltar.

Os cabelos ruivos despontavam mais vívidos a cada passada em sua direção. O sorriso matreiro dançava sob os lábios cheios da mulher.

— Vejam só o que temos aqui, huh?— Karin ajeitou os óculos encarando Sai.— Quer dizer que passou a noite no Moulin Rouge?— indagou surpresa.— Então, Sai Uchiha se rendeu as promiscuidades mundanas!— constatou.— Acho que Lady Yamanaka apreciará a informação!

[...]

 

O cocheiro parou em frente numa famosa loja de alfaiataria. Sakura iria encomendar alguns chapéus e vestidos. Ino estava ao seu lado com a cabeça baixa demonstrando que ainda havia resquícios de vergonha daquela noite.

Esse comportamento, tirava alguns risos de Sakura. Ino de fato era muito inocente, se a cabeça de Sakura estava um turbilhão de remorsos, imagina a quase imaculada Yamanaka.

— Conhece os últimos modelos? — Sakura perguntou quebrando o silêncio. — Na última vez que vim aqui, nenhum vestido me agradou.

— Creio que ainda são os mesmos. Madame Lis não parece apreciar a mudança em seus modelos, senhora.

Sakura colocou a mão na bochecha pensativa.  

—Deveríamos procurar outras lojas.— ponderou. — O que acha?

— A senhora que sabe. — Ino sugeriu.

Sakura não tardou a transitar com passos acelerados pela calçada observando as vitrines das lojas. Nada que ela via lhe agradava. Ou era antiquado ou cheio de laços e adornos. Ela simplesmente detestava.

— O que procura senhora? — Ino questionou curiosa sobre o novo gosto da sua senhora.

— Algo que retrate a minha nova eu. Afinal, eu sou uma mulher, devo me vestir como tal.— disse buscando algo em particular mais ousado e elegante.

— Não tenho ideia de como seja isso, senhora.— Ino estava confusa e muito intrigada com a mudança de sua senhora. Obviamente nada mais a espantaria, pelo menos não depois do que fizeram noite passada.

— Logo saberá. — a Haruno olhou para o outro lado da rua. Viu uma grande vitrine de uma loja qual ela não conhecia, e isso chamou sua atenção. Talvez ali pudesse ter o seu modelo maduro.— Iremos ali!

Ela atravessou a rua sem olhar, nem se preocupando com o transito grande de carruagens e pedestres, acabou por esbarrar em um homem.

—Olhe para onde anda.— Sakura disse ríspida.

O rapaz de cabelos ruivos e olhos num tom verde acertou a cartola encarando a dama que na sua concepção era tão ou mais sem modos que os povos bárbaros da Idade antiga.

Mas ao se deparar com os peculiares cabelos num tom rosado, a pele tão alva quanto a neve e os olhos que mais se assemelhavam a duas esmeraldas de tão brilhantes, simplesmente  estagnou.

Ela tinha um brilho e um magnetismo que o sugou de tal forma, que os mais absurdos impropérios que lhe vinham à mente foram engolidos a seco.

— Estou esperando pelas minhas desculpas.— Sakura falou impaciente.

Ino abaixou a cabeça envergonhada, sabia que a sua senhora estava errada em exigir desculpas daquele homem, afinal fora ela a desatenta.

— Minhas sinceras desculpas.— o rapaz pareceu acordar do torpor balançando os fios ruivos em seguida.— Estava distraído e com um pouco de pressa.

— Da próxima tenha cuidado. Vamos Ino, estou realmente ansiosa para ver aquelas roupas.— a dama assentiu acompanhando sua senhora no trajeto.

O homem ajeitou a postura notando os cochichos dos curiosos a sua volta,encarou a mulher se afastar com sua dama e algo lhe prendeu a atenção.

No chão, próximo ao reduto uma peça clara e delicada repousava sob a neve. Agachou pegando com curiosidade, percebendo as iniciais SH, bordadas em dourado. Era um material fino cujo só pessoas abastadas poderiam possuir. De imediato constatou ser da jovem de língua afiada, já que suas elegantes roupas eram seu cartão de visita.

Tomou o passo numa corrida alcançando bem a tempo as duas mulheres, antes que ambas se esgueirassem pela esquina.

Mademoiselle, por favor! Deixou cair seu lenço!— esticou o lenço fronte ao rosto de Sakura que piscou aturdida, parando assim para observar os traços elegantes e refinados do belíssimo homem.

— Obrigada. Na próxima vez tome mais cuidado. — ela aconselhou.

O rapaz sorriu ladino ainda perplexo com o modo ferino da jovem de cabelos exóticos.

— Vou tentar seguir seu conselho. — ele segurou sua mão assim que Sakura pegou o lenço.— A propósito, qual vossa graça, mademoiselle?è que cheguei a pouco em Paris e seria bom ter algum contato proveitoso, ainda mais de uma bela dama como a mademoiselle

— Lady Sakura Haruno. — Sakura respondeu indiferente a falácia mole do homem. — E o Monsieur?

— Encantado, mademoiselle! — ele sorriu mais uma vez mostrando a fileira de dentes perfeitamente brancos.— Sou Gaara No Sabaku a seu inteiro dispor.

Sakura encarou o homem de cabelos vermelhos como o fogo sentindo um leve arrepio tomar sua coluna como um presságio de mau agouro.

 


Notas Finais


Mais uma vez muito obrigado!!! E nos vemos nos próximos!!!!


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