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História Belle Époque - Cartes sur la table - partie 1


Escrita por: UchihaSpears e Saku_Sasu_Sara

Notas do Autor


Olares aqui quem vos fala é titia Juh....
Vcs devem estar pensando: que autoras caras de pau! Mas ca estamos "nozes" trazendo um capítulo gigantesco e compensador! Eu ouvi um amém?

Tomara que a espera tenha válido a pena!( diabinho aqui)
Em nossa defesa, foi realmente por falta de conciliação de tempo com vida pessoal e profissional.
Capítulo inteiramente dedicado a princesa BB Solune, pelo seu niver que será no dia 5/07 ... Parabéns antecipado gata! Toda positividade e luz!



Informamos que este capítulo é somente a primeira parte deste ano novo repleto de tretas.
Como o capítulo sugere : As cartas estão sobre a mesa.
Sem mais delongas...Uma excelente e gostosa ( no sentido real da palavra) leitura.

Capítulo 15 - Cartes sur la table - partie 1


Fanfic / Fanfiction Belle Époque - Cartes sur la table - partie 1

 

Châtelet - Mansão Uchiha

Paris, França Inverno ano de 1876 D.C

Século XIX

 

Encarava o trepidar da lareira na mesma posição da noite anterior, desde que chegara daquele maldito baile dos Durband.
A noite de ano novo que deveria ser esplendorosa, acabou de uma maneira deveras frustrante.
Sasuke sentia-se inquieto desde as descobertas da noite anterior, o que lhe custou a madrugada inteira de uma reflexão perturbadora dentro de seu recluso quarto.
Ouviu o estrondo seguido de vozes alteradas no primeiro andar da Mansão.
Moveu-se rapidamente empunhando sua Katana, esgueirando-se pelos corredores do segundo pavimento.
Se deparou com Sai subindo as escadas com um semblante mais pálido que o comum.
⎯  Sasuke!⎯  murmurou quando confrontou com seus olhos tão escuros quanto os dele.
⎯ O que se passa?⎯ indagou irritado.
⎯ Não imagino, meu  primo. ⎯ proferiu Sai em claro estado ébrio. ⎯ Mas acho que deveria guardar esta espada já que o Chefe de Polícia encontra-se no hall de entrada e deseja lhe falar.⎯ ele soluçou.
⎯ Estais embriagado? ⎯ Sasuke perguntou confuso ⎯ O que estais a acontecer? Onde estão todos?
Sai deu de ombros fazendo o italiano bufar irritado.
Sasuke passou as mãos nos cabelos praguejando mais uma vez aquela noite infernal que já iniciava uma manhã turbulenta.
⎯ Esqueça. Depois conversamos. Vá se banhar e descanse. Pelo odor de bebida e perfume baratos faço uma vaga  ideia de onde passou a noite. ⎯ constatou por fim batendo no ombro do primo.
Sasuke guardou a Katana  no canto da escada próximo a estante do relógio, descendo com toda postura e imponência que seu status sobrepunha.
Encarou o Chefe de Polícia que trajava suas costumeiras roupas escuras e o cachimbo a tiracolo. Observou que dois guardas  que o acompanhava e estranhou o fato.
⎯  Bonjour Chefe Vanguard! A que devo a honra de sua visita tão cedo à minha residência?⎯  Sasuke se aproximou do homem encarando seus orbes azuis.
Monsieur Uchiha, se importa de nos responder algumas perguntas? ⎯ contestou e Sasuke deu de ombros assentindo ao pedido do Chefe de polícia. ⎯ Monsieur é certo que esteve no baile de máscaras organizado pelos Durband na noite de ontem? ⎯  indagou diretamente.

⎯ Pressuposto que sim. Assim como toda corte parisiense. ⎯  Sasuke soou frívolo.⎯ Afinal, o monsieur ainda nao respondeu o que trazes até minha residência numa hora tão imprópria? ⎯ contestou irritado.

⎯ O monsieur também saiu mais cedo do evento em questão dispensando assim seu cocheiro e carruagem alegando querer apreciar a noite gélida de Paris?
Sasuke soltou uma risada de escárnio.
⎯ Não compreendo aonde quer chegar Chefe Vanguard.⎯ Sasuke pontuou.
⎯ Já entenderá, monsieur. ⎯ murmurou o homem de extensa barba ruiva.⎯  Responda Sil`v plait  a minha pergunta.
⎯  Sí.
⎯ Esteve com Matsuri Delacroix na noite de ontem em uma discussão acalorada no baile dos Durband?
Sasuke estreitou os olhos avaliativo. Não entendendo o que Matsuri tinha a ver com todo aquele interrogatório.
⎯ Não me recordo.Como sabe sou um homem influente na corte, possuidor de muitos desafetos, eu presumo. ⎯  deu de ombros tentando desviar o foco daquela conversa, afinal tivera sim um desentendimento com Matsuri na noite anterior e não queria vincular seu nome aquela mulher, uma espiã de Sabaku No Gaara.
⎯ Entendo. ⎯  Vanguard pareceu mexer nos bolsos e retirou um pequeno objeto estendendo a Sasuke. ⎯ Conheces estas abotoaduras?
Sasuke observou o pequeno par dourado nas mãos do homem e sorriu em reconhecimento. Era o par que ele havia ganhado de Itachi no seu último aniversário de imortalidade com as iniciais US cravejadas em ouro branco.
⎯  . São minhas. As perdi na noite de ontem. ⎯  Sasuke assentiu tentando pegar o objeto que foi retirado prontamente de sua frente. O chefe encarou os dois guardas  num gesto positivo.
Monsieur Sasuke Uchiha o senhor está preso.
Sasuke arregalou os orbes negros indicando confusão.
⎯ O que disse? Preso? Sob qual acusação? ⎯ indagava perplexo.
⎯ Pela morte de Matsuri Lacroix.Suas abotoaduras foram encontradas junto ao corpo e todas as suspeitas nos levam a vosmecê.
⎯ Sasuke? ⎯ ouviu a voz de Sakura e encarou o topo da escada. ⎯  O que está acontecendo?
⎯ Eu não sei. ⎯ Sasuke respondeu sincero observando a confusão estampada naqueles olhos verdes e a preocupação quando fora algemado.  O momento em que Sakura desceu o pequeno lance de escadas apreensiva.
Os guardas puxaram seu corpo com violência o irritando.
⎯ O que eu faço?⎯  ela sussurrou com um semblante apavorado.
⎯ Espere um momento. Não vou fugir. ⎯  informou num pedido ao guarda que parasse. ⎯  Prometo ser breve.⎯ Sasuke mirou Vanguard que apenas assentiu dando-lhe permissão. ⎯  Avise a Karin e Itachi. ⎯ Sakura se aproximou analisando os orbes negros com cautela.Tocou o rosto do Uchiha tentando decifrá-lo. ⎯  Sakura, eu não imagino o que esteja acontecendo, mas eu juro que sou inocente. Eu não matei Matsuri.
⎯ Vamos homens!Levem o prisioneiro. ⎯ Vanguard exigiu.
Sasuke foi arrancado do toque quente de Sakura, que estagnada observava o italiano ser levado.
O Uchiha foi lançado na carruagem com violência e antes que a porta fosse fechada ainda teve o pequeno vislumbre do rosto retorcido e choroso de Sakura Haruno.

 

 

24 horas antes...

Châtelet - Mansão Uchiha

Paris, França Inverno ano de 1875 D.C

Século XIX


 


Sakura olhava-se no espelho, seu vestido branco com alguns dress sobreposto de cristais brilhavam. Era a noite a de ano novo, não estava muito animada em rever a nata da sociedade francesa.
Apesar de tudo, eles ainda a julgavam, tão hipócritas.
Às dez em ponto, a carruagem tinha chegado.
Ino lhe ajudava nos últimos retoques de seu cabelo, milady de modo algum poderia ir com um penteado desarrumado.
Contudo, a mente de Sakura estava longe, precisamente devaneando no último encontro com Sasuke.
Lhe rendeu um banho gelado no meio da noite.
O Uchiha brincou com o seu desejo.
⎯  O que acha milady? ⎯ Ino perguntou para Sakura que estava entretida em seus próprios pensamentos.
Por outro lado, Sakura achou melhor não ter se rendido a ele e seu estranho fetiche.
Agora ela sabia o nome: Sadomasoquismo. Uma prática que extrai através da dor um prazer surreal
Passou a semana fingindo que estava estudando a cultura alemã, porém estava lendo livros em busca de saciar sua curiosidade. 

⎯ Prazer na dor. ⎯  repetiu em voz alta.

  ⎯  O que milady? ⎯   Ino perguntou confusa.

⎯  Acha que dor e prazer se misturam?⎯ perguntou.
Ino achou esquisita a pergunta.

⎯  Lembra do prazer que sentimos a três? ⎯ Ino corou quando ela relembrou. ⎯  O sadomasoquismo promove algo superior.
⎯  Ainda naquele assunto Milady?⎯  Obviamente que Ino lembrava, isso havia mexido com ela muito além do ato em si.

⎯  Estou interessada. ⎯  ela tirou a mão de Ino do seu cabelo. ⎯  Me faça um favor.
⎯  Todos milady. ⎯  Ino sussurrou trêmula.

⎯  Dê um tapa na minha face.
A Yamanaka arregalou os olhos.
⎯  Senhora!
⎯  Calma, preciso que me beije, me beije como se eu fosse o seu Uchiha inglês, me beije com prazer e em seguida me bata. Preciso sentir essa sensação.
Ino estava horrorizada com o pedido.
⎯  Não se negue.
⎯  Senhora...
⎯  Agora!
Sakura puxou a Yamanaka. Ino sentou-se com as pernas abertas no colo de Sakura e a beijou assim como ela tinha ordenado se rendendo aos instintos e desejos ocultos. O beijo quente  e envolvente.
Sakura passava as mãos nos seios da jovem sentindo uma excitação crescente. O beijo era repleto de lasciva.
Em sua mente, Sakura acreditava estar beijando o Uchiha, Céus! Desejou que os lábios femininos fossem dele.
⎯  Ino...⎯  sussurrou. ⎯  Me bata. ⎯ ordenou.
Hesitante, a criada deu um tapa fraco na face de sua milady.
⎯  Forte.
⎯   Senhora.
Sakura capturou os lábios da loira outra vez.
Ino entendeu o recado e deu um tapa, não tão forte, mas fez a Haruno sentir algo.
⎯  Isso. ⎯  Ino ainda a beijava e por instinto luxurioso, seus dedos agora tocavam no monte de Sakura. A Milady estava molhada.
⎯ Não pare. ⎯  ela pediu. Os movimentos de Ino continuavam, não tão experientes quanto os de Karin, mas ainda sim gentis. Sakura fechou os olhos prazerosa.
⎯  Milady. ⎯ Ino chamou-a, a devassidão estava estampada em seu rosto.  A loira se transformava quando estava em um ambiente de intensa promiscuidade.
⎯ Quer que eu lhe toque com a língua? ⎯ pediu manhosa no ouvido de Sakura.
Sakura riu pervertida.
⎯ Será o nosso segredinho.⎯  assentiu.

Ino preparou-se para subir o vestido de sua milady, no entanto as batidas na porta fizeram as duas se distanciar.
⎯  Quem é? ⎯  perguntou Sakura frustrada.
⎯ O Monsieur Uchiha está lhe aguardando mademoiselle. Está atrasada. ⎯  disse a criada.
⎯  Acho que você terá que arrumar o meu cabelo para o baile, Ino. Já que o bagunçou.
⎯  De fato. ⎯ disse ofegante.
⎯  Com a língua, é? ⎯  Sakura repetiu, lembrando da atitude ousada de sua criada.
⎯  Senhora, não lembre.
Sakura sorriu adorando o fato de constranger Ino.

 

[...]

 

Sasuke encarava o Hall de entrada absorto em seus pensamentos quando Mary ann a criada desceu as escadas com o rosto ruborizado.
Encarou a jovem de cabelos loiros com um semblante inquisidor deixando-a mais desconfortável.
⎯ O que houve, srta. Lewis? Estás deveras corada? Algo lhe aflige. ⎯ indagou encarando a jovem mais de perto.
⎯ Não, monsieur. ⎯ ela abaixou a cabeça em sinal de respeito. Jamais comentaria o que viu nos aposentos de mademoiselle Haruno, afinal pelo tempo que servia ao Uchiha aprendeu que o que acontecia dentro daquela mansão deveria ficar apenas ali. ⎯ Vim apenas lhe informar que Mademoiselle Haruno já descerá.
Sasuke assentiu ainda desconfiado, encarou a jovem mais uma vez soltando uma lufada de ar.
⎯ Grazzie, Srta. Lewis.⎯ Sasuke sorriu minimamente e continuou. ⎯ Dispenso seus serviços e de toda criadagem por hoje. Aproveitem a noite de ano novo com seus familiares e só retornem amanhã após o desjejum.
A criada prontamente assentiu esboçando um sorriso genuíno diante da generosidade de Sasuke Uchiha. Podia ser um homem dado a promiscuidade, porém havia uma bondade implícita dentro daquele coração.
⎯ Boas entradas, monsieur! E muito obrigado! Avisarei a todos.
Sasuke meneou a cabeça em concordância e observou a jovem caminhar apressada até a copa. Sorriu singelo encarando o alto da escada.
Karin descia trajando um vestido verde coberto por rendas até o pescoço. Em seu encalço Suigetsu reclamava da casaca  que utilizava por cima do terno de gala.
⎯ Estoy a parecer un pinüino! No me gusta de toda essa formalidade. ⎯ ele bufou ao chegar no fim da escada puxando a  gravata afrouxando-a.
Karin estagnou fazendo o corpo do espanhol se chocar contra suas costas. A ruiva virou-se apontando o dedo em riste.
⎯  Calado Hozuki.⎯  ela trincou a mandíbula irritada ajeitando os óculos. ⎯ Se  vosmecê der mais um pio eu juro que arranco essa gravata e faço engoli-la. Já me basta ter vosmecê como acompanhante, uma lástima eu diria, ainda tenho que aguentar esse sotaque e suas reclamações irritantes.
Suigetsu encarou  Karin com um rosto retorcido.
⎯ Acalma-te mi cariño. ⎯ ele falou manso. ⎯ Ainda prefiro estar a cá com usted embaixo dos meus lençóis. ⎯ ele sussurrou ganhando um olhar enfezado da ruiva.
Karin ameaçou retrucar, mas Suigetsu foi mais rápido ao notar Sasuke que observava a cena com sua típica expressão tediosa.
⎯ Ora, Sasuke ainda aqui? ⎯ indagou o Hozuki fazendo Karin encarar o Uchiha.
⎯ Não, Suigetsu. Ele morreu e sua alma está fadada a vagar nessa mansão pela eternidade. ⎯ Karin respondeu por Sasuke puxando o espanhol para apertar novamente a gravata.
Sasuke apenas rolou os olhos pensando o quanto o humor ácido de Sakura tinha afetado a ruiva.
Karin finalizou o laço observando o Uchiha em seguida.
⎯ Bem, estaremos aguardando lá fora junto a Sai. ⎯ ela informou passando o casaco de pele marrom sobre os ombros sorrindo para Sasuke. ⎯ Ah, já ia esquecendo. ⎯ estendeu uma caixa dourada que estava sob o aparador do Hall.⎯ As duas conforme me pediu, nas cores respectivas.
Sasuke apenas assentiu pegando o objeto em questão.
⎯ O que são? ⎯ indagou o espanhol repleto de curiosidade.
⎯ Não é de sua conta, Hozuki. ⎯ Sasuke respondeu encarando Suigetsu com um olhar frio.
⎯ Nossa Uchiha. Me senti no inverno escandinavo. Só fiz una pregunta. ⎯ murmurou fingindo estar magoado. Karin rolou os olhos  pegando a mão de Suigetsu puxando rumo ao pátio.
Sasuke suspirou analisando a caixa dourada abrindo-a no fecho. Conferiu as duas máscaras esboçando um sorriso aberto diante do bom gosto de Karin.

 

[...]

 

Sakura estava com o penteado renovado. Um coque simples, já que não teve tempo de fazer algo mais sofisticado.
Desceu os degraus da escada com sua pose, nem Maria Antonieta em seu auge conseguia chegar aos pés da soberba da Haruno.
Parecia que tinha nascido para ser uma rainha. Observou Sasuke qual não desgrudava os olhos negros, aliás, ela fixou o olhar no Uchiha e especialmente na sua roupa negra.

⎯ Irá fantasiado de corvo? ⎯   foi a sua primeira indagação para ele.
 

Sasuke encarou a Haruno avaliando toda sua silhueta bem demarcada por aquele vestido. Lembrou-se da última vez em que estivera na presença sarcástica de Sakura e sentiu seu pau latejar. Como era boa aquela sensação impregnada. Os gemidos. Os toques. A entrega. Sakura Haruno era sem dúvida uma deliciosa perdição.
⎯ Vejo que seu bom humor está em alta nesta noite, donna mia! ⎯ Sasuke sorriu ladino mantendo forte seu sotaque italiano. ⎯ Apesar de me evitar a semana toda e não ter propriamente me informado nada sobre o baile, Karin se encarregou de cuidar dos meus trajes, afinal pelo que me consta terá como temática um baile de máscara. ⎯ ele finalizou alfinetando Sakura sem desviar dos olhos verdes da Haruno.
Sakura deu de ombros o esnobando.
⎯  O importante é que soube. ⎯ disse ríspida. Ainda estava chateada com a atitude do Uchiha nos dias que passaram. ⎯ Vamos?
⎯ Vamos.⎯ assentiu estendendo o braço para a Haruno. ⎯ A propósito estais tão bela nestas vestes brancas. O símbolo da pureza lhe cai bem. Já lhe disse que branco é minha cor favorita. Pelo menos para vestes íntimas. ⎯ Sasuke sorriu recebendo um rolar de olhos da Haruno. Amava provocá-la.

 

[...]

 

Ino passou por eles indo em direção a saída. Sentiu-se mal por observar a interação daqueles dois, principalmente depois do que quase ocorrera naquele quarto. A devassidão já se instalara dentro de seu corpo e não conseguia mais trancafiá-la. Ela clamava por liberdade. Uma liberdade que seu celibatário noivo se recusava a desfrutar.
A Yamanaka desceu o pátio notando Sai em uma conversa com o cocheiro  de uma das três carruagens alugadas.
O Uchiha inglês  trajava um fraque cinza e cartola de mesmo tom. Por cima dos ombros uma casaca negra compondo um visual elegante.
Assim que os olhos escuros de seu noivo pousaram em si. Sentiu-se num misto de constrangimento e felicidade. Pois naqueles orbes encontrava  a felicidade e o amor em sua totalidade e pureza.
⎯ Estás linda meu amor. ⎯ Ino sorriu constrangida quando ele lhe plantou um beijo cálido em sua mão enluvada.

A Yamanaka achou seu traje vermelho simples perto das vestimentas de Karin e Sakura, mais ainda sim sentia-se elegante com sua máscara no mesmo tom de seu vestido vermelho vivo.
⎯ Obrigada meu noivo. Vamos? ⎯ indagou apressada. Sai sorriu oferecendo sua mão para que Ino se acomodasse na carruagem.
A Yamanaka se sentia uma princesa da realeza, mas em seu íntimo achava que não merecia tanto amor e adoração que Sai Uchiha dedicava a si.


[...]

 

A brisa gélida adentrava pela janela parcialmente aberta da  carruagem que Sasuke dividia com a Haruno.
O italiano fechou a cortina ao observar sua acompanhante estremecer e puxar o casaco branco todo em pele.
Uma combinação perfeita com aquele vestido branco cujo o dress possuía detalhes prateados sobrepondo seu corpo repleto de curvas.
Sasuke passou a língua sob os lábios a fim de umedecê-los cogitando iniciar uma conversa.
⎯ Então, ainda chateada comigo? ⎯ iniciou ganhando a atenção de Sakura para si.
⎯  Sí ⎯  respondeu grosseiramente.
Sasuke sorriu levando o indicador sob os lábios.
⎯ Tudo isso simplesmente porque lhe disse não na outra noite, ou há algo que eu deveria saber? ⎯ arqueou uma sobrancelha negra em claro sinal de divertimento.
⎯  Por que sente prazer na dor? ⎯  iniciou uma nova pergunta.
Sasuke empertigou o corpo encarando a expressão curiosa de Sakura. Notou também um brilho diferente passar rapidamente por aqueles olhos verdes, algo beirando a excitação.
⎯ Não se trata apenas de sentir prazer em infligir a dor, mas sim testar o limite do seu corpo, o quanto ele é capaz de  suportar em busca de saciedade que é servir ao seu dono. É sobre aguçar seus sentidos e controlá-los. ⎯ ele sorriu mais uma vez. ⎯  Vai muito além da dor física e da linha tênue que existe entre ela e o prazer.
⎯ Linha tênue. ⎯ Sakura repetiu. Iria falar que pesquisou, mas preferiu ficar calada. Aparentemente ela estava entendendo.
⎯ Exatamente. Essa linha pungente e totalmente emocional. ⎯  Sasuke a encarou profundamente. ⎯ Quando vosmecê sente a dor física, propriamente, eleva aquela sensação e associa a algo negativo, seu pensamento a molda para aquilo, afinal o corpo mesmo expurga as suas terminações. É aí que o prazer transcende essa barreira criada pela sua mente, porque seu próprio corpo demonstra o que lhe é atrativo e lhe ensina que não se evita a dor, apenas é possível suportá-la. Quando passamos a entender nosso corpo e suas necessidades ele se encarrega de administrar a dor e o prazer que há por detrás disto.
Sakura guardou as palavras dele para si. Parecia ser uma experiência transcendental, algo que ela não sabia como explicar, mas se viu mais uma vez tentada a descobrir.
⎯ Animado para o baile? ⎯ perguntou mudando bruscamente de assunto.
Sasuke percebendo a mudança resolveu apenas dar por encerrado aquele assunto, porém satisfeito com o resultado. Não insistiria mais e nem a pressionaria, mas sabia que ela andava se esgueirando até sua biblioteca com a desculpa esfarrapada de ler sobre a cultura alemã.
⎯ Non. Esses bailes são sempre enfadonhos repletos de figuras importantes da corte. Nada muito entusiasmante ou desafiador. ⎯ deu de ombros pegando a caixa dourada ao observar que estavam chegando a seu destino.
⎯ São patéticos, mas por outro lado, os bailes de máscara são  uma bela oportunidade de fazer travessuras e não ser revelado.
Sasuke a encarou com os olhos mais escuros que o normal repuxando os lábios levemente num típico sorriso ladino.
⎯ Interessante esse seu fetiche por máscaras. ⎯ Sasuke pontuou. ⎯ Então devo presumir que gostará do que tenho a lhe dar. ⎯ ele mostrou a caixa dourada a Haruno.
Sakura pegou a caixa dourada e desfez o laço vermelho.

⎯ Uma máscara de penas brancas com turmalinas.Muito semelhante aos cisnes brancos que vagam pelo Seine na primavera. ⎯ Sakura ajustou a máscara sob o rosto se voltando para o Uchiha. ⎯  Como fiquei?
⎯ Maravilhosa. ⎯ Sasuke elogiou avaliando seus olhos verdes em contraste com aquele tom branco. ⎯ Eu poderia imaginá-la perfeitamente em meus aposentos em toda sua magnífica glória utilizando nada além desta máscara. Garanto que não seria apenas para o meu bel prazer sua subserviência. ⎯ Sasuke sorriu em direção a Sakura já sentindo sua excitação crescendo no meio das pernas só de imaginá-la do jeito que descrevera.

⎯ És apenas um homem de palavras, Sasuke. ⎯ ela disse com a voz sedutora. ⎯ Pelo o que eu recordo, palavras não produzem o efeito que eu desejo.

Sasuke estreitou os olhos para o rosto perfeito de Sakura esboçando uma excitação latente.
⎯ Já lhe disse que basta vosmecê dizer sim e lhe mostrarei que não uso minha boca para proferir apenas tais palavras luxuriosas. Mas lembre-se uma vez minha não terá mais volta. Aceite minhas condições.Aceite a submissão. Seja minha Bottom e experimente o prazer como nunca antes.

Ele tocou seu rosto levemente observando Sakura arfar. Com o polegar trilhou os lábios cheios da mulher ansiando sentí-los novamente.
⎯ Eu sei do que precisa Sakura. Sua boca pode negar veemente, mas seus olhos e seu corpo condenam sua necessidade implacável de que eu a possua.

Antes que pudessem se render ao clima instável e sensual dentro daquela carruagem o cocheiro parou abruptamente avisando de sua chegada. Sasuke praguejou ajeitando sua máscara sob o olhar excitado de Sakura. Sabia que havia chegada a hora de encenar diante daquela corte enfadonha e hipócrita.


 

Théâtre du Châtelet - Praça de Paris -Véspera de ano novo.

Paris, França Inverno ano de 1875 D.C

Século XIX

 

O frio do último dia do ano não impediu a nata parisiense sair de suas mansões. Um baile de máscara era um evento que não podia ser deixado de lado.
Assim que a carruagem do Uchiha parou, os olhos do que estavam fora fixaram nela, com uma curiosidade genuína de quem sairia de lá.
Sakura notando os semblantes dos presentes encarou por fim o Uchiha, ainda sob o efeito erótico daquela cabine.
⎯ Está pronto?

⎯  Pressuposto. Lembre-se que só faço isso por vosmecê. ⎯ estendeu o braço observando por cima dos ombros os outros dois casais os acompanhando.
⎯ Eu não pedi. ⎯  respondeu com um risinho infantil.
A perplexidade  tomou conta dos presentes quando se deram conta do casal imponente que havia chegado. Muitos transpareciam admiração ao observar tamanha beleza e intensidade. Outros torciam a face em claro sinal de desconforto. A máscara apesar de mantê-los numa bolha de mistério e sedução, de nada servia para cobrir  suas identidades já reveladas no momento em que cruzavam as portas do renomado teatro.

Sakura segurou o riso encarando o espaço finamente decorado em tons como dourado e prata saudando o novo ano.
O Théâtre du Châtelet era composto por  quatro pavimentos. O primeiro acomodava grande parte dos cenários para peças e grandes obras. Um pátio extenso adornado de suas pilastras cor de ouro e suas cortinas grossas de veludo vermelho dando um ar sofisticado ao espaço.Os demais pavimentos eram formados por camarotes que atendiam a todos os tipos de público da corte.
Os camarotes do último andar eram destinados às famílias mais abastadas da nata parisiense.Uma perfeita alusão.
Grande parte da corte se concentrava no primeiro pavimento, entre conversas acaloradas e danças contidas num emaranhado de cores ocultos pelas máscaras tão atrativas.
Shion Durband realmente não poupou requinte e ostentação, isso ela não poderia negar.
⎯ O ambiente soa atrativo e um tanto misterioso. Será que nesta noite encontraria alguém para satisfazer as minhas vontades? ⎯ Sakura perguntou maliciosa.

⎯ Não me provoque Sakura. ⎯ Sasuke disse entredentes enquanto o garçom indicava a mesa destinada a ele e sua corte. ⎯ Não sabe como desejo tirar esse sorrisinho presunçoso do sua face com umas boas palmadas nas suas nádegas redondas. ⎯  sentiu Sasuke roçar a ponta dos dedos em sua cintura afilada por cima do vestido, ajudando-a a se acomodar no assento.

Sakura observou Suigetsu e Sai agirem com o mesmo ato cavalheiresco, e sorriu internamente diante dos bons modos apresentados por aqueles dois.

 

[...]


Ino observava o salão pela sua máscara vermelha maravilhada com toda aquela pompa digna de uma princesa. A orquestra, a comida, o espumante tudo divinamente harmonioso.
Se já achava os bailes da mansão Uchiha encantadores, estar ali era deveras sublime.
Observou os demais sentados a mesa. Karin ao lado de Sasuke destacava-se pelos belíssimos cabelos vermelhos e mesmo oculta pela máscara verde que adornava seu rosto, ainda sim era um ponto notável.
Suigetsu ao seu lado lhe cortejava com seus costumeiros gracejos. Era divertido toda aquela interação leve e regada de insultos daqueles dois.
Encarou o lado esquerdo de Sasuke se deparando com sua senhora e seu costumeiro sorriso presunçoso. Sakura era provocativa, esbanjava sagacidade e sarcasmo a altura de Sasuke e talvez fosse por isso que o italiano detinha tanta atenção da mulher de cabelos róseos. Sakura enfim havia encontrado alguém ao seu nível de presunção  e Sasuke Uchiha parecia gostar daquele jogo.

Ino observou a máscara branca de Sakura em perfeita combinação com a tonalidade do vestido e os olhos expressivos da Haruno. Achou estranho, afinal lembrava perfeitamente  do adereço que Sakura usava ao sair do quarto. Uma máscara simples na cor prateada.
Ela estava muito bonita antes, mas agora Ino podia jurar que Sakura estava estonteante.
Sentiu um leve aperto sobre as mãos que repousavam em seu colo. Encarou a mão pálida e calejada.Mãos de um artista. Não pode deixar de sorrir com esse pensamento.

Analisou o noivo ao seu lado numa conversa distraída com Suigetsu, mas sem deixar de tocá-la com leves caŕicias inocentes sobre sua mão.
Sai parecia se divertir e Ino não pode deixar de sucumbir aos devaneios  excitantes do que fizera com Karin e Sakura. E mais uma vez com a Haruno naquele quarto mais cedo. Não queria pensar  no que aconteceria se a criada não tivesse aparecido. Mas era justamente isso que não lhe saía da cabeça e a certeza latente que teria realmente dado prazer a Sakura com sua boca.Tomou de uma só vez o espumante servido pelo garçom apanhando novamente outra taça. Era fraca para bebidas,mas isso era única forma de esquecer a culpa pelos desejos luxuriosos que sentia não apenas por seu noivo, mas por Sakura e Karin também.
⎯ Ino? ⎯ a voz de Sai a despertou. ⎯ Algum problema?Estais vermelha? Sente-se bem?
Ino apenas assentiu virando mais uma taça de uma só vez.
⎯ Vá com calma Yamanaka! Isso é espumante e não aquela bebida barata que costumava servir na residência do Banqueiro. ⎯ Shion Durband aproximou-se trajando um vestido bordô de alta costura acentuando seu colo farto. A máscara de penas de ganso tingidas decoravam seu rosto bonito, porém odioso.
Ino empertigou notando a dama de companhia de Shion que expressava um semblante apático reforçado pelas imensas bolsas roxas abaixo dos olhos castanhos tristes.
Sentiu uma espécie de compaixão seguida de um intenso calafrio, pois bem lembrava da megera insuportável que a Durband era com sua criadagem. Tomou mais um gole do espumante e prendeu a respiração quando o olhar de Shion pousou nas mãos dela entrelaçadas as de Sai.
⎯ Que interessante. ⎯ ela voltou-se para Sasuke. ⎯ Sua criadagem agora tem lugar a mesa, Uchiha?

⎯  A ignore Sasuke, não perca tempo com Shion. ⎯ Sakura falou ⎯   E por falar... Seu espumante é horrível. ⎯ derramou o líquido no chão.
Ino notou o semblante da Durband endurecer. Sakura sabia como colocar aquela mulher em seu devido lugar.Encarou  a Haruno com um olhar de gratidão.Sua senhora , mesmo que indiferente ao fato havia a defendido.
⎯ Lembre-se que posso escorraçá-la daqui de um jeito muito pior do que seu querido papai fizera. ⎯ relembrou a Durband destinando a Sakura um olhar de repulsa. ⎯ Aliás ele está reunido com um grupo de investidores a duas mesas daqui, não gostaria de se juntar a ele? Oh que cabeça a minha, ele disse que não tinha filhos para um dos abastados americanos.
Sakura deu uma gargalhada.

⎯ Está te tentando me deixar mal querida?Tente mais um pouco, pois assim como o lorde Haruno não tem filha, eu não tenho um pai há muito tempo e adivinha, consigo me virar sozinha, ao contrário de vosmecê, se um dia o seu pai lhe abandonar, não terás força para retornar ao seu status e pior, nenhum homem lhe ajudará, pois convenhamos, a deusa da beleza não foi sua amiga.
Shion bufou para Sakura em claro sinal de irritação, isso Ino pôde sentir de longe. Mas quando os  claros olhos da Durband piscaram em direção da Yamanaka, Ino sentiu o sangue gelar.
⎯ A propósito Uchiha, não é de bom tom trazer as amantes como acompanhantes. ⎯ ela alfinetou.Sasuke rolou os olhos irritado com toda aquela troca de farpas e a encarou profundamente.
⎯ Não seja deselegante Mademoiselle Durband. ⎯ ele murmurou baixo. ⎯ O convite fora destinado a mim e minha corte, portanto quem eu trago comigo é um problema exclusivamente meu. E se continuar nos brindando com sua  dispensável presença, destratando não só minha acompanhante como meus amigos que estão aqui presentes, serei obrigado a mostrar o quão perigoso aos negócios de seu estimado pai eu poderei ser.Agradeço seu convite e vos digo que a festa estava muito agradável até o momento.⎯ Sasuke sorriu irônico. ⎯ Nos faça a gentileza e se retire, sua presença está se tornando enfadonha e incômoda.
Sakura deu um risinho de lado aparentando estar satisfeita com a atitude do Uchiha.
⎯ Bom, acredito que devo me mover pelo baile, conhecer pessoas. ⎯  Sakura levantou-se da cadeira. ⎯ Até mais. ⎯ disse exclusivamente olhando para Sasuke.
⎯ Eu te acompanho. ⎯ o italiano murmurou tomando o braço de Sakura nem dando tempo para a jovem protestar.
Ino observou o casal se afastar e soltou o ar. Aquela tensão toda na mesa só a fez pensar se estar com Sai era o certo. Eram tão diferentes. Sai era tão bom para ela.
⎯ Vosmecê está estranha, Ino. ⎯  Sai mencionou fazendo com que a Yamanaka empertigou-se. Encarar seu noivo nos olhos a enchia  de culpa. ⎯ Se for causa do que aquela mulher desprezível disse, não se preocupe, My sweet. Eu amo vosmecê e não deixarei que ela lhe faça mal.
Ino sentiu os olhos umedeceram por detrás da máscara e abraçou Sai.
⎯ Obrigado meu amor! Eu não sei o que faria sem vosmecê.
Ela sussurrou sentindo o coração apertar-se. Definitivamente ela não merecia aquele homem.


[...]

 

Sakura caminhava entre os convidados do baile. Não reconhecia todos ali, a máscara atrapalhava, mas alguns não tinham como ocultar-se nelas. Ela riu de algumas personalidades ali presente. Observou o seu pai de longe, nenhum sentimento passou em suas veias.
Era apenas um velho conhecido e nada mais.
Foi irremediável, mas ela pensou em sua mãe e tudo o que o seu pai a fizera sofrer.
Asco ela sentiu.
— Estais a me seguir, Sasuke?— perguntou ao homem sem olhar para trás.
⎯ Non , donna mia. Apenas não gosto do fato de vosmecê andar desacompanhada. ⎯ ele sorriu cumprimentando  alguns conhecidos com um leve menear de cabeça.
— Não estou desacompanhada. Logo posso arrumar uma companhia, para mim não é difícil.
⎯ Sakura não me teste. ⎯ o Uchiha pontuou. ⎯ Não esqueça que para todos os efeitos é minha protegida. E apenas minha.⎯ disse com possessividade.

⎯ Apenas sua? — ela riu, passou a mão na máscara dele. — Quem disse isso? Onde está o decreto que diz que eu sou sua? — debochou.
Sasuke sorriu de lado observando a fresta escura entre a coluna e a grossa cortina. Olhou para os lados e se deixou ter a certeza de que não eram observados. Tocou  o cotovelo de Sakura puxando-a para o vão. Chocou seu corpo grande contra o dela circulando sua cintura.
⎯ Deixe-me lembrá-la.
Arrancou sua máscara com brutalidade encarando os lábios carnudos de Sakura. Passou o polegar sob aquela carne macia diminuindo a distância em seguida. A Haruno arfou contra sua boca ao sentir o toque bruto sobre seus lábios reivindicando-os para si.
O italiano pressionou sua pélvis roçando lentamente sobre a intimidade da jovem torturando-a.
Apertou a cintura levando a mão livre até os fios rosados desfazendo seu penteado e puxando-os com mais força a fim de ditar o próprio ritmo ao beijo.
Sentiu Sakura corresponder enroscando a língua macia e sedenta em sua boca. Mais uma vez a mulher de cabelos rosados se rendia a ele.

Sasuke teceu beijos por toda extensão do pescoço da Haruno, lambendo e mordiscando aquela região deixando suas primitivas marcas. Mordeu o queixo da jovem capturando seus lábios novamente.Sakura estava num estado febril  de excitação.

O beijo tinha uma promessa subentendida e cada vez mais Sakura desejava que Sasuke cumprisse a sua maneira.

Ela gemeu manhosa contra a boca soltando um ofego mais alto quando Sasuke empurrou com mais força seu quadril contra o dela. Como típico torturador afastou o rosto de Sakura parando a centímetros de seus lábios, passou a língua úmida delicadamente sobre eles.

⎯ Acho que isso deve refrescar sua memória. ⎯ o Uchiha sussurrou afastando totalmente o corpo em seguida.

Sakura respirava com dificuldade absorta nas sensações que aquele homem lhe causava.⎯ Venha devemos retornar a nossa mesa.

Sakura o acompanhou sem murmurar nenhuma palavra. Seu corpo ainda estava inerte as ações do Uchiha, ele iria levá-la a loucura.

 

[...]


Uma ritmada música tocava, boa parte dos convidados estavam no meio do salão. Sakura sentou-se na cadeira próximo a Ino. ⎯  Bebeu todas essas taças? ⎯ Sakura perguntou admirada ao observar uma fileira de taças vazia a frente da Yamanaka.
⎯ Não sei dizer mademoiselle. ⎯ Ino soluçou num claro sinal embriaguez. ⎯ Eu só precisava esquecer. ⎯ ela murmurou com os olhos marejados.
⎯ Ino, por favor. ⎯  Sakura falou a repreendendo.
⎯  Por Deus Ino!Beba isso!  ⎯ Sai se aproximou oferecendo a Ino uma taça com água.⎯ My sweet, estou preocupado!
Ino encarou Sai sentindo o ar lhe faltar. Seu noivo tão cheio de amor e candura e ela uma mulher promíscua e libertina.
⎯ Sai... Eu... Não lhe mereço. ⎯ Ino rompeu-se em lágrimas chamando a atenção dos outros a mesa.
⎯  O que está dizendo Ino? Claro que vosmecê me merece. Eu te amo. ⎯  Sai disse segurando a mão dela.⎯ Pare de se diminuir. Amo - te pelo que és por dentro.
Sakura observava a cena transcorrer de maneira preocupada.
⎯  Ino, vamos tomar um ar lá fora. ⎯ Sakura sugeriu.
⎯ Não! ⎯ Ino encarou Sakura com os olhos marejados. ⎯ Ele precisa saber a noiva promíscua e sem valor que ele deseja desposar.
⎯  Do que está falando Ino? O vinho subiu em suas veias. ⎯ Sai falou tentando acalmá-la.
Sasuke observou a atitude da doce Yamanaka estranhando suas palavras. Não era do feitio da jovem beber em demasiada quantidade e muito menos se impor com Sakura daquela forma.
⎯  Meu primo, acho melhor levar sua noiva para a Mansão, ela não  está em condições de se manter na festa. ⎯ pontuou o italiano. ⎯  O que aconteceu enquanto estivemos fora? ⎯ indagou verdadeiramente preocupado.
⎯  Eu não imagino. ⎯  Sai mencionou estupefato. ⎯  Poderia afirmar que tenha sido por causa de Lady Durband, mas Ino tem andado estranha ultimamente.
O Uchiha encarou Sakura que afagava as costas da pobre Yamanaka. Observou Karin se remexer diversas vezes alternando o olhar com a Haruno.Algo havia acontecido entre aquelas três. Era nítido para o italiano que compartilhavam algum segredo.
— Querida Ino, se acalme. — Sakura repetia no ouvido da loira já fora de si. Sabia que a sua inocente Ino não tinha resistência a álcool, porém não imaginava que iria causar um efeito tão devastador.
— Eu preciso contar, isso está me consumindo, senhora. Eu não mereço ser amada por um homem bom como o Sai, eu sou uma devassa, uma pecadora sodomita. — Sakura revirou os olhos e deu um gole em seu champagne, estava tudo perdido.
Sasuke encarou as duas com demasiada curiosidade. Afinal como dizem, o álcool tem o poder de trazer as verdades mais ocultas. Ele por sinal estava interessado no que poderia Ino dizer de tão  absurdo.

— Sai, eu preciso te dizer que, por favor — suas lágrimas desceram compulsivamente. Sai tentava acalmá--la, mas em seu íntimo, estava assustado com a situação. — Eu dormi com a minha senhora.
Sai arregalou os olhos encarando Ino e por conseguinte a mulher de cabelos róseos. Engoliu seco se voltando para sua noiva.
⎯  Isso é algum tipo de zombaria? ⎯  perguntou em tom baixo. ⎯ Porque se por acaso for não  estou gostando do rumo desta conversa.
— Ela está bêbada. — Sakura sussurrou, achou que seria pior. Bem pior, mas tudo de ruim já estava atrelado a ela. — Não leve a sério.
— Dormimos juntas senhora e com a Lady Karin.
— Isso são  devaneios de sua cabeça. — Sakura levantou-se e tentou puxar Ino. — O que a bebida não faz com um ser angelical. A igreja está certa em condenar.

Sakura explicou e com esforço fazendo Ino levantar. — Sabe que copulamos senhora, nós três. Senti seus lábios, tanto de cima e de baixo.
Sakura arregalou os olhos. Estava tudo perdido.
Sasuke observou a Haruno piscar aturdida sentindo um incômodo fora do comum e aquele típico sentimento de posse tomar seu interior.
— Eu te amo Sai, mas não sei o que acontece comigo quando estou perto da minha senhora, sentimentos quentes surgem em mim. Tenho vontade de tomá-la em meus braços.
Sakura não sabia como reagir a esta informação. Sua dama de companhia nutria um desejo secreto por ela? Não compreendeu, de imediato, mansão Lembrou-se que Karin também era voltada para a duplicidade.
Sai por sua vez cerrou os punhos sentindo uma ira incontrolável, afinal sua doce Ino, a mulher com quem planejava se casar era uma mulher promíscua. Uma mulher como tantas as outras que frequentavam as festas de seu primo.
⎯  Como ousa a admitir que nutre sentimentos por outra mulher? ⎯  ele bateu o punho contra mesa irado assustando Karin. ⎯ E eu o que sou para vosmecê? Um divertimento? Alguém que casaria por conveniência? Para ocultar seu desejo profano?⎯  ele notou Ino soluçar alto. ⎯ Não ouse a chorar! Suas lágrimas não me convencem!
O Uchiha inglês  se afastou sem nem ao menos destinar um único olhar naquela direção. Se sentia decepcionado, pior ainda, enganado.

Sasuke encarou o primo sair. Fechou os olhos impaciente, afinal era muito para ele absorver naquela noite. Obviamente que o italiano sentia-se irritado com o fato de Sakura ter feito um ménage á  trois com outras duas mulheres, já que seu lado totalmente monogâmico se apossou fazendo com que uma ânsia de corrigir Sakura e marcá-la como dele tomasse uma crescente. Era nítida toda aquela tensão, justamente  pelo seu olhar dirigido a ela, tanto que a própria Sakura estremeceu puxando Ino para longe daquela mesa. Sasuke inspirou profundamente levando os dedos às têmporas e massageando-as lentamente. Pensou em seu primo. Sai tinha alma de artista, acreditava piamente em toda aquela ilusão do amor eterno e entrega de sentimentos que transcendia o prazer carnal.  Tanto que se mantinha casto para entregar-se àquela que teria seu coração pela eternidade. Totalmente o oposto de Sasuke, que se deleitava nos prazeres mundanos profanando tudo o que já acreditou um dia.
Voltou seu olhar para Suigetsu que discutia com Karin em tom baixo e pigarreou.
⎯ Suigetsu vá atrás  de Sai antes que ele faça qualquer coisa que se arrependa. ⎯  O rapaz de cabelos platinados assentiu indo na direção que o outro Uchiha havia seguido, pelo salão em direção  a saída.
Sasuke se voltou para Karin com um sorriso diabólico nos lábios.
⎯  Agora Karin Uzumaki, somos apenas nós  dois.
A ruiva ajeitou os óculos de armação arredondada, engolindo seco. Apesar da consciência tranquila, ela sabia que tinha irritado Sasuke Uchiha ao tocar no seu objeto de desejo, mas não  conseguia se arrepender de tê-lo feito.

 

[...]

 

Sasuke caminhava ao lado da exuberante ruiva mantendo a expressão fechada como sempre e mesmo que, ainda ganhasse alguns olhares enviesados associou ao fato ocorrido  em sua mesa mais cedo. Afinal a corte era sempre especulativa para não dizer alcoviteira.
Karin parecia alheia observando tudo à sua volta, mas Sasuke sabia que aquele era o jeito que a ruiva encontrava para aliviar a tensão. Se desligar das situações sempre fora do feito da Uzumaki.
O Uchiha suspirou encarando a mesa de Kizashi Haruno que mantinha seus olhos tão  verdes quanto os da filha a observá-lo, como se analisasse cada passo do italiano. E isso não  se deu apenas agora, depois da cena que a pobre Yamanaka fizera, foi algo desde que o Uchiha chegou acompanhado da Haruno.
Notou uma silhueta familiar se aproximar do banqueiro  e lhe confidenciar algo no ouvido.Estreitou os olhos vendo alguns fios ruivos despontarem da máscara prata em formato de um tigre branco.
O homem que acompanhava Kizashi Haruno o encarou, mas desviou os olhos rapidamente o que  fez Sasuke estranhar tal comportamento. Pareciam leopardos à espreita, prontos para dar o bote.
Kizashi se afastou acompanhando do homem para o outro lado do salão  e algo no Uchiha dizia para que se mantivesse em alerta. Ignorando aquele ponto, puxou  Karin até a entrada dos camarotes do segundo pavimento, que se mantinham desapropriados e achou providencial para o que desejava ter com Karin. Uma conversa direta e esclarecedora. Não  esperaria chegar em sua residência para resolver aquilo que tanto o incomodava, mesmo sabendo que não teria o que resolver propriamente.
Sakura não  era sua propriedade, era sua protegida, a reencarnação da Deusa Kaguya,  aquela que deveria cumprir a profecia. Mas algo dentro dele insistia em dizer que Sakura o pertencia muito além do vínculo místico. E não  se dava apenas ao fato de nutrir sentimentos complexos pela Haruno que iam desde a luxúria até o zelo. Era uma conectividade de almas.
⎯  Pode começar a se explicar sem subterfúgios. ⎯  O Uchiha exigiu assim que abriram a porta de um dos camarotes.
Karin suspirou ajeitando o decote e encarando seu amigo de longa data.
⎯  Não  sou de subterfúgios  e vosmecê sabe bem disso. Se quer uma explicação para algo que nem sei ao menos como sucedeu, apenas que não  me arrependo de ter feito, perdeu seu precioso tempo.⎯ Karin foi direta e isso não surpreendeu o Uchiha. A ruiva era arredia principalmente quando acuada.
O italiano encarou  Karin esboçando um sorriso de escárnio.
⎯  Não pedi sua opinião quanto ao que devo ou não  dedicar meu tempo. Exijo uma explicação não só pelo fato de vosmecê ter tocado na mulher que desejo, mas porque confiei Sakura a seus cuidados durante minha ausência.
⎯  Sakura não  vai quebrar, Sasuke!Ela é uma mulher forte e com desejos!Pare de tratá-la como se  fosse de porcelana. ⎯ Karin bufou. ⎯ Eu juro que não foi proposital e fora que já  dividimos mulheres antes. Não vejo diferença desta vez a não ser que estejas apaixonado pela lady. ⎯  Karin pontuou sua desconfiança
Sasuke cerrou os punhos irritado com as verdades ditas pela Uzumaki. Sabia que não  podia exigir nada nem de Sakura ou da própria Karin. Ele mesmo prezava pela liberdade sexual e as descobertas do corpo. Mas saber que a mulher que nutria fortes sentimentos estava se descobrindo aos poucos e que outras pessoas lhe proporcionaram isso o deixava ensandecido de raiva e ciúmes.Era sua natureza possessiva.
⎯  Meus sentimentos por Sakura não  estão em questionamento. ⎯ Sasuke pontuou. ⎯  Mas sim a confiança que depositei em vosmecê. E traiu ela tocando em Sakura. ⎯  afirmei.
⎯ Sasuke… ⎯  Karin sussurrou tentando contra argumentar.
⎯ Deixe-me concluir!⎯  ele advertiu sério.⎯ Embora eu não a culpe, já que Sakura Haruno detém esse poder sobre todos nós, imortais. Proteger aquela mulher  é minha obrigação e agora entendo o real significado. Não é porque a considero fraca ou quebrável, mas sim por sua essência. Sakura é a personificação de tudo o que somos. ⎯  ele pausou vendo a ruiva piscar confusa. ⎯ Sakura é a reencarnação de Kaguya Hime. A deusa da imortalidade.
Karin elevou as mãos sobre os lábios contendo  um grito de perplexidade.
⎯  Pelos deuses! Então isso quer dizer que o tal Alquimista não é a reencarnação de Kaguya como acreditávamos...Mas o que será de Sakura e o ritual? Sasuke vosmecê  não pode…

⎯ Levá-la a Cornualha? ⎯ ele completou  com uma indagação. Karin assentiu repetidas vezes. ⎯  Acha que não penso sobre isso? Meu prazo é curto. Até o fim do inverno.Tenho me afundando nos pergaminhos que trouxe comigo do clã Hyugga, mas nada muito significativo. Hinata assumiu o clã e nunca mais se ouviu sobre Hiashi.Seu estimado primo ainda me detesta. ⎯  Sasuke apertou as pálpebras em claro sinal de frustração.

⎯  Naruto não te odeia. ⎯  Karin deu de ombros. ⎯ Ele ama vosmecê como um irmão por tudo o que fizera por ele. Meu primo sempre lhe será grato. Naruto tem sangue viking correndo nas veias … É normal que toda aquela sede de vingança e barbaridade que habitam seu interior vassalo se sobressaia algumas vezes. Mas ele sabe o seu lugar como Deus Raposa e a importância disso. Por mais que lhe custe aceitar que nosso povo tenha se extinguido, ele encontrou sua paz ao lado de Hinata.

Sasuke encarou Karin por um tempo lembrando-se de quando a salvou do apedrejamento. Lembrou-se do vínculo de amizade e companheirismo que criou com a ruiva, mesmo depois de amantes, a amizade prevaleceu.

Suspirou mais uma vez pensando em Sakura e na bagunça que se tornou sua vida depois de tê-la em sua corte.

Ardilosa.

Língua afiada.

Tentadora.

Sasuke ameaçou se afastar, pois ainda queria ter com Sakura uma conversa franca sobre aqueles confusos sentimentos que ela lhe despertava, mas Karin segurou seu braço a fim de dizer-lhe algo que amenizasse aquele clima ruim.

⎯  Sasuke… não  pense em mim como uma rival pelos sentimentos  de mademoiselle Haruno. ⎯ ela pausou ajeitando  os óculos. ⎯ Não a vejo desta forma.Foi algo bom, de momento. Se lhe serve de consolo, só nos beijamos e a ensinei como se tocar, apenas isso. E posso te garantir  que não foi a mim que ela desejou ardentemente e chamou repetidas vezes enquanto derramava sua essência nos próprios dedos.

Sasuke arqueou a sobrancelha devido a riqueza de detalhes e sorriu de canto.

⎯  Não sou homem de me contentar com palavras de consolo, Karin. O que está feito, está feito e não  tenho direito algum sobre isso… ainda! ⎯ ele enfatizou a palavra ainda. ⎯  Mas saiba que uma vez minha, Sakura Haruno não  será de mais ninguém.E vosmecê sabe o que acontece com aqueles que tocam no que me pertence? ⎯  Sasuke se aproximou a encarando impassível. A ruiva assentiu engolindo seco lembrando-se o quão cruel Sasuke Uchiha poderia ser.

O barulho do ferrolho indicando que a porta fora aberta os fez afastarem - se abruptamente.

Sasuke encarou a figura esguia de Sakura Haruno em toda sua pose austera.

Os olhos verdes miraram de um para outro com um brilho além da curiosidade.

⎯  Oh. Atrapalho? ⎯  Sakura proferiu num tom de falsa perplexidade.

Karin ameaçou responder, porém o Uchiha foi mais rápido.

⎯  Talvez. O que fazes nesta parte do Teatro? ⎯  indaga presunçoso.

— Apreciando um pouco do ambiente enquanto a minha acompanhante está surtando. Olá Karin, está tão bela essa noite. Não tive a oportunidade de elogiá-la devidamente. — Sakura falou animada, sabia que o Uchiha não tinha apreciado o assunto que Ino levantara,  sobre o ménage inocente das garotas.
⎯  Não  tanto quanto vosmecê, mademoiselle Haruno. ⎯  Karin sorriu encarando a mulher de cabelos róseos. ⎯  Precisa de ajuda com a Lady Yamanaka?

⎯  Não, Ino já teve o seu grande momento, chorou tanto que adormeceu no banco. Deixarei ela em paz. ⎯  Sakura mencionou fitando o olhar furioso de Sasuke para ela, tentada a provocá-lo ainda mais.
⎯ Karin. ⎯  ela aproximou-se de Karin e passou a mão no rosto da ruiva. ⎯ Noite entediante, não acha? Pensei em repetirmos aquela noite entre moças, o que me diz?
Karin abriu a boca confusa diante ao comportamento ousado da Haruno, mas bastou notar o semblante divertido da mulher de cabelos róseos para compreender que o alvo em questão  não era ela, e sim Sasuke.
O Uchiha que observava os trejeitos da Haruno com certa irritação  se viu preso no magnetismo daquele olhar esverdeado repleto de desafio.
⎯  Karin leve Ino para casa, prego! Pegue a carruagem de aluguel, pois dispensei Kiba. Preciso ter com Sakura uma conversa franca.
Karin nem se deu ao trabalho de retrucar. Atendeu ao pedido de Sasuke prontamente, afinal tudo o que ela não  desejava era estar no meio deste fogo cruzado.

A porta bateu deixando apenas Sasuke e Sakura dentro daquele cômodo. O ar parecia mais denso exalando uma tensão  avassaladora.
⎯  Então  Sakura Haruno, gosta de provocar não  é mesmo? És uma provocadora. ⎯ ele se aproximou lentamente. ⎯  Sejamos francos ao menos esta vez... ⎯ ele sussurrou. ⎯ Está disposta a seguir com este jogo até o final? Tenha em mente que eu jogo muito sujo para conseguir o que desejo.
⎯  A pergunta não deveria ser feita a mim, Sasuke! Vosmecê que busca subterfúgios e desculpas a todo momento e nunca é franco em seus desejos comigo.  ⎯ ela suspirou pesarosa. ⎯ Eu espero a ação vindo de vosmecê há um bom tempo. Algo que mostre realmente o que quer de mim.
Aquelas palavras afetaram  Sasuke, ouví-la afirmar que o desejava era muito não  só para seu ego, mas principalmente para o seu coração.
Ele deu mais uma passada em direção a ela segurando seu rosto com ambas as mãos numa carícia lenta e gentil.
Nesses momentos, é que se tornava tão contraditórias suas ações. A queria tanto, mas tinha receio das consequências disso.Parecia um covarde e não se reconhecia. Sasuke observou então  os olhos da Haruno buscando alguma relutância ou mentira em relação aos seus desejos.
⎯  Eu sou possessivo, Sakura. Eu tenho minhas perversões e estigmas, além de segredos que algum dia nos afastarão. Mas tudo o que eu desejo é estar cada vez mais perto e fazê-la minha. No começo  foi por mero capricho, eu confesso. Desejar aquilo que tinha consciência que não poderia ter. Um desafio, pois vosmecê deixava clara sua indiferença. Mas agora, depois de tudo o que passamos nesse curto período de tempo, e as coisas que me faz sentir quando estou com vosmecê… Eu apenas sinto o que sinto… Eu a quero junto a mim.Que seja para velar seu sono ou tomar seu corpo junto ao meu. Vosmecê me faz querer mais, muito além do que eu merecia ou poderia ter.

Sakura abaixou a sua guarda após a quase declaração do Uchiha.  Aquelas eram as palavras que ela desejava ouvir desde que ele a beijou no natal, a afirmação sobre como ele se sentia com relação  a tudo o que viveram naquela mansão. Ainda não tinha ideia de como achariam um meio termo para as práticas de Sasuke, mas não fugiria dos sentimentos que desenvolvera pelo italiano, desde o dia em que ele lhe deu um motivo  para viver ao tirá-la das águas do Seine. Sasuke Uchiha vinha se enraizando como erva daninha não só em seu corpo, mas principalmente em seu coração.
⎯ Eu te desejo Uchiha Sasuke, Não entendo porque demorou tanto para tomar o que algum tempo já lhe pertencia?  ⎯ claro, ela o alfinetou. ⎯ E agora, o que faremos?
Sasuke encarou os olhos de Sakura esboçando um sorriso genuíno beijando sua testa, sentindo o coração dar cambalhotas.
⎯ Vosmecê  por vezes exala uma inocência que me entorpece.⎯ ele sussurrou contra os lábios da jovem. Deslizou a máscara  negra sob a face fazendo o mesmo com Sakura.
Entrelaçou os dedos nos da Haruno puxando-a pelos corredores do segundo pavimento.

 

[...]

 


O som dos saltos de Sakura contra o assoalho e das passadas firmes de Sasuke ecoavam pelo imenso corredor ladeado de candelabros e pinturas paisagistas.
Sakura deixava ser guiada pelo italiano  sem qualquer relutância. Seu coração batia desenfreado lhe causando um misto de euforia e felicidade.
⎯ Onde estais me levando, Sasuke? ⎯ ela sussurrou entre sorrisos perdida na beleza única do Uchiha.
⎯  Quero um tempo a sós  com vosmecê. ⎯ lhe sorriu malicioso.
Sakura corou sentindo seu ventre contorcer com a possibilidade finalmente ser possuída por ele.
Subiram mais alguns lances de escada, se dirigindo por fim para a ala dos camarotes luxuosos, frequentado apenas pelos mais abastados da corte.
Sasuke abriu a cortina de veludo vermelha puxando Sakura junto a si.
O camarote era amplo com doze cadeiras  estofadas com desenhos feitos a mão no estilo Luís XVI, dispostas em duas fileiras.
A Haruno caminhou até a sacada que possuía uma vista privilegiada de todo o salão, e principalmente do baile dos Durband.
Ficou encantada ao contemplar em sua totalidade,  aquela explosão de cores e sons, tanto que nem sentiu a aproximação  de Sasuke que apreciava sua magnitude e beleza naquele vestido que acentuava suas curvas.
O Uchiha tocou o pescoço alvo da jovem que estremeceu com o toque íntimo.
⎯ Sasuke… ⎯ Sakura gemeu quando o afago se tornou mais forte e os lábios  do homem tocou calidamente num ponto doce em sua nuca. ⎯ O q-que estais fazendo? Não  podemos...⎯ ela sussurrou sentindo as terminações de sua chatte pulsarem.
⎯ Shiii...⎯ Sasuke circulou sua cintura prendendo seu corpo contra a sacada de mármore frio. ⎯  Eu quero te foder aqui... ⎯ ele sugou o pescoço alvo, descendo as mãos até o decote generoso da Haruno.
⎯ Aqui? ⎯ Sakura perguntou aturdida em meio aos toques libidinosos de Sasuke.Cerrando os olhos quando os dedos do italiano adentraram o decote do vestido acariciando seu mamilo já teso. ⎯ Alguém  pode nos ver.
⎯ Essa é  a minha intenção. ⎯ Sasuke girou o corpo de Sakura friccionando suas pélvis com força. Sakura arfou abrindo os orbes verdes carregados de luxúria. ⎯  Estais a sentir como estou rijo só de te imaginar trajando apenas essa máscara enquanto fodo essa boceta deliciosa.⎯ Sakura gemeu mais alto quando sentiu o aperto firme em seu mamilo.
Sasuke encurtou a distância tomando os lábios  de Sakura num beijo voluptuoso,ditando o ritmo com sua língua quente e úmida.
O beijo tinha um paladar de champanhe roset. Teceu beijos sobre o colo leitoso deixando um   rastro vermelho sobre aquela pele imaculada e cheia de sardas.

Sakura agarrou-se nos cabelos escuros raspando suas unhas compridas no couro cabeludo do italiano a medida que Sasuke explorava com afinco aquela região. Totalmente entregue às sensações provocadas pelo Uchiha, a mulher de fios rosados  não mais se importava com o fato de serem flagrados por alguém da corte em questão, pelo contrário sentiu uma excitação crescente em sua chatte com esta possibilidade indecorosa e totalmente arriscada.
Sasuke afastou-se sob o protesto da Haruno, girou o corpo da mulher apoiando - o novamente na sacada. O ofego de Sakura foi alto, porém com o baile acontecendo alguns metros abaixo, dificilmente formaria-se algum eco.
Sasuke dedilhou os botões do vestido soltando - os um a um como se desembrulhasse algo precioso.
⎯  Este vestido é lindo, mas prefiro o que há por debaixo dele... Escondido  para o meu deleite.⎯ O Uchiha murmurou terminando de soltar o último botão.
Sem dificuldade deslizou a peça pelos ombros da jovem acariciando - os com as mãos  ásperas.
Sakura arrepiou - se e pôde ouvir claramente um riso cafajeste daquele italiano que vinha se mostrado um exímio conhecedor de seu corpo. ⎯  Estais com frio, mon petit? ⎯  ele sussurrou num francês  perfeito mordiscando o lóbulo da orelha de Sakura fazendo com que ela gemesse ainda mais alto.

Sasuke contemplou o corpo da Haruno preso a um corselet branco, que elevava seu busto e demarcava sua cintura fina. As ligas abraçavam suas ancas e nádegas arredondadas, até as meias 3/4 de mesma cor.Sakura possuía um furinho charmoso na nádega direita cujo Sasuke não resistiu ao impulso e estapeou certeiramente. A Haruno deu um solavanco, não pelo susto em si, mas por ter sentindo uma estranha sensação de ardência e formigamento na região, que rapidamente fora aplacada pelo beijos de Sasuke dando lugar a um prazer indescritível. Eram sensações prazerosas,  mas em partes contraditórias. Sentir prazer na dor . Exatamente como Sasuke lhe dissera.
Céus aquele homem sabia onde exatamente tocá-la levando-a ao desconhecido. Explorando tudo aquilo que dissera ser capaz de fazer.
Sasuke observou o nó do espartilho que finalizava bem próximo aos quadris  de Sakura. Com maestria desfez o aperto, afrouxando de modo que os seios da mulher não  ficassem tão comprimidos.
Sakura ameaçou virar-se, mas o italiano  foi mais rápido prensando o seu corpo junto ao dela.
⎯  Vosmecê confia em mim?⎯  ele sussurrou acariciando a cintura de Sakura alternando entre leves afagos e apertos mais fortes. ⎯  Quero tentar algo em vosmecê. ⎯ ele sentiu a jovem estremecer. ⎯ Se acalme, mio dolce! Eu nunca a machucaria.
Algo no interior de Sakura lhe dizia que Sasuke era o único em que poderia confiar tudo, principalmente sua vida. E mesmo temerosa com que havia buscado compreender sobre a prática sadista que o Uchiha apreciava, decidiu por fim acatar o que seu corpo clamava: Servir de instrumento de prazer nas mãos daquele homem.
Assentiu contendo o arfar quando a mão esquerda do Uchiha resvalou sobre seus pelos rosados e os dedos másculos afundaram-se nas dobras úmidas tocando bem no centro de sua carne.
⎯ Não se vire. Fique quieta. Seja uma boa menina que lhe recompensarei. ⎯  Sasuke ordenou assumindo seu lado controlador. ⎯ Não quero que se mova Sakura. Afaste suas pernas desse jeito. ⎯  Sasuke posicionou o joelho entre as pernas da jovem afastando - as lentamente.⎯ Curve-se assim. ⎯ O italiano empurrou o dorso de Sakura contra o mármore frio da sacada dando-lhe o vislumbre do salão e a ele suas ancas e boceta ensopada.
A Haruno sentiu a pedra fria contra seus seios rijos aplacando a quentura de seu corpo.
⎯  Apoie as mãos no mármore, Sakura. Em hipótese alguma solte, ou terei de amarrá-la. ⎯  Sakura quase virou-se para observá-lo quando sentiu um aperto alucinante em sua chatte, mas precisamente em seu broto. Suas pernas bambearem e um gemido rouco eclodiu de sua garganta.⎯  Shii...⎯ o Uchiha continuou tocando-a sem pudor. ⎯ Isso é sobre autocontrole, mon ange. ⎯  a apelidou de meu anjo em francês.  ⎯ Se vosmecê melar meus dedos com sua essência serei obrigado a castigá-la. Vosmecê compreende, Sakura?
A Haruno mordeu os lábios com força perdida no toque intenso em sua chatte. Ela tinha plena convicção de que se desfaleceria a qualquer momento se Sasuke continuasse a provocá-la daquela forma.
⎯  Italiano maldito... Oh! ⎯  sua boca abriu - se num perfeito "O", expurgando o gemido desesperado que martelava em seu peito.
⎯  O que disse, Sakura? ⎯  ele mordeu o ombro exposto da jovem que fincava as unhas no mármore.
Sasuke ajoelhou-se entre as pernas grossas de Sakura retirando as mãos da intimidade da mulher. Acariciou o meio das coxas calmamente observando as reações da Haruno.
⎯  Como recompensa por ter obedecido tão  bem as minhas investidas, vou te chupar e talvez permita que vosmecê se derrame, se continuar a seguir minhas regras.
⎯  Sasuke...⎯  Sakura arfou quando a língua do Uchiha entrou em contato com sua chatte, sugando com força  aquela região.
Sakura estava a beira de um colapso. Seu corpo estava em brasa e mesmo seminua em pleno inverno europeu, ainda podia sentir o suor e o calor acumularem em suas costas.
O homem de cabelos negros segurou as pernas de jovem lambendo de uma extremidade a outra, dando maior atenção a sua protuberância e a pele mínima que ligava  a entrada molhada de Sakura com o ânus.
A Haruno sentiu a cabeça girar gemendo alto, principalmente quando olhou para o vão  entre suas pernas e se deparou com aqueles olhos escuros que exalavam poder, pecado e luxúria.
Sasuke afastou um pouco mais as dobras da mulher sugando novamente o ponto doce. Dedilhou a cavidade da jovem antes de lhe arremeter o dedo longo. Foi uma estocada firme, porém deliciosa. A chatte de Sakura engolia o dedo do italiano e Sasuke nunca ansiou tanto para que fosse seu pau escorregando inteiramente para dentro de uma mulher.
A jovem sentiu a crescente em seu interior,  muito mais forte e intensa. O tremor seguiu pelo ventre até a região de sua chatte. Seu coração deu um solavanco e a quentura tomou seu rosto. Ofegante gritou, se derramando sobre a boca de Sasuke que sorvia todo aquele líquido viscoso e salobro.
⎯  Cristo. ⎯  ela murmurou sôfrega encostando a testa na pedra fria observando alguns casais valsando pelo salão.
Deixando Sakura atônita, embebida nas reações avassaladoras de seu corpo, Sasuke levantou-se retirando a máscara negra  com um sorriso vitorioso, espalmando as nádegas redondas numa carícia firme. Sakura o encarou por cima do ombro achando aquela desordem sensual e ao mesmo tempo intimidadora.
Ainda sem tirar os olhos de Sakura, o italiano desabotoou as abotoaduras douradas, seguido o paletó negro.
⎯  Vire-se. ⎯  ordenou. ⎯ Quero te ver.
Sakura não tinha controle sobre si, e sinceramente não desejava tal feito, apenas acataria todo e qualquer pedido daquele italiano delicioso.
Virou-se observando-o se despir e salivou ao notar aquele dorso nu novamente.Sasuke puxou a gravata calmamente analisando o rosto de Sakura que  ainda era oculto pela máscara do cisne branco. As bochechas coradas, a respiração ofegante, os lábios inchados, tudo feito por ele.

Sorriu satisfeito correndo o olhar pelos seios expostos com os mamilos rosados e tesos. A barriga alva e chapada coberta pelo corselet branco e por fim as pernas envoltas pelas meias e nos pés os saltos. Ele desejou que pudesse pintar aquela imagem e emoldurá-la para apreciar aquela expressão tão  tentadora.
Assim que retirou sua blusa, Sasuke aproximou-se de Sakura trajando apenas a calça já com o fecho aberto e em sua mão  a gravata negra.

Passou a mão livre sobre o pau rígido tentando conter a expectativa. Sakura era uma mulher de personalidade em sua convivência diária, mas se mostrava uma amante receptiva e obediente no sexo. E isso o deixava em completo frenesi, mesmo que ainda tivesse que molda - la.
Observou o peito da Haruno subir e descer claramente ansiosa com sua aproximação e sorriu ladino.
⎯  Vosmecê tem sido perfeita, mon ange. Estou tão  duro e desesperado para tomar vosmecê como nunca estive antes. ⎯  Sasuke sussurrou contra os lábios da mulher. Com delicadeza retirou a máscara do rosto de Sakura analisando antes de tomá-la para um beijo selvagem.
Sakura sentiu seu próprio gosto achando aquilo tão  devasso, porém erótico. Ousou ao empurrar sua língua receptiva contra a de Sasuke massageando num movimento tímido, mas sincronizado. Sasuke gemeu segurando a nuca de Sakura, finalmente soltando os fios rosados. Entrelaçou com brutalidade os dedos naquela cascata cor de rosa  mordiscando os lábios de jovem como fruta fresca e madura.
O Uchiha afastou observando Sakura de olhos cerrados e a certeza de que estaria se apaixonando por aquela mulher lhe acertou como um soco.
⎯  Tão  linda... Agora tão  minha.⎯  ele sussurrou recebendo um leve assentir da Haruno que envolta naquela dimensão abrasadora só fazia concordar e se esgueirar nas carícias de Sasuke.⎯  Me dê suas mãos. ⎯ Sakura estendeu as mãos ansiosa com que Sasuke tinha em mente.⎯ Muito bem, cara mia.⎯  o Uchiha juntou os pulsos de Sakura enlaçando-os com duas gravata.
A Haruno encarou o olhar libidinoso e cheio de promessas de Sasuke Uchiha e se deixou levar.
Sasuke puxou o corpo da Haruno sem dificuldade acomodando seu traseiro na sacada.Passou os pulsos amarrados  de Sakura sobre sua cabeça descansando-os em sua nuca.
⎯  Abra bem as pernas desse jeito e exponha essa boceta deliciosa para que eu possa fode-la como ela merece. ⎯  ele proferia tais palavras sujas com tanta naturalidade que Sakura não pode deixar de achar aquilo abrasador.
Trêmula diante as palavras de Sasuke e receosa por estar sentada na sacada sem qualquer proteção, Sakura apertou a nuca do Uchiha com uma força além do normal.
⎯  Confie em mim, Sakura. Não vou deixá-la cair. ⎯  Sasuke beijou os lábios da Haruno com delicadeza e se afastou quando sentiu o corpo da mulher relaxar novamente.
Colocou a mão por dentro da calça liberando seu membro duro, bombeando num ritmo lento.
Sakura passou a língua sob os lábios secos de desejo. Observou o membro de Sasuke fazendo uma análise minuciosa desde a cabeça rosada até a base. Era grande, grosso e repleto de veias. Sentiu-se tentada a tocar para testar a textura e o calor, e quem sabe experimentar seu gosto.Lembrou-se de estar com as mãos atadas e suspirou.
Sasuke percebendo a frustração da Haruno sorriu e aproximou a glande pincelando em seu broto pulsante. Sakura mordeu os lábios tentando conter um gemido.
⎯  Não  se contenha, Sakura. Quero ouvir cada gemido seu. Saber que sou eu quem lhe proporciona isso, e não  seus dedos.
Sakura gemeu ao sentir as mãos de Sasuke passearem por suas coxas até as nádegas onde fixou ambas.O italiano teceu beijos cálidos por toda extensão do pescoço da jovem até  o vale dos seios rosados. Sugou os mamilos intumescidos um após o outro marcando -os como sua propriedade.
⎯  Sasuke por favor...⎯  Sakura implorou impulsionando sua pélvis contra ele. Com um sorriso satisfeito Sasuke roçou seu pau ereto colocando apenas a ponta rosada na entrada molhada de mulher de fios rosados. Adorando quando ela implorava para tê-lo dentro de si.
De uma só vez estocou profundamente seu membro duro e latejante adentrando sem reservas a chatte escorregadia de Sakura. Ambos gemeram em uníssono, apreciando a sensação de união e pertencimento  entre seus corpos. Era sublime aquela conectividade.
Extasiado ao observar a fisionomia excitada de sua amante, Sasuke movimentou-se retirando seu pau e adentrando com força naquela boceta quente, que lhe envolvia receptiva.
Sakura gemeu ao senti-lo duro e fundo dentro de si. Desesperada por mais contato tentou em vão  soltar o aperto de seus pulsos.
O Uchiha ritmou as estocadas puxando as nádegas da jovem, fazendo com que seus sexos se chocassem com brutalidade.
Ele queria forte e intenso.
Ela queria duro e rápido.
Sakura entrelaçou as pernas na cintura do Uchiha deixando livre o acesso a sua intimidade que o recebia em sua totalidade.
O italiano por sua vez levantou Sakura, retirando o seu corpo  da sacada e carregando consigo até uma das cadeiras estofadas. Sentou-se segurando na cintura afilada auxiliando-a se posicionar melhor, para que fodesse sua boceta com agilidade.
Seus gemidos se misturavam aos sons do Teatro.
Sakura tentou levantar os braços unidos para se acomodar melhor,  enquanto Sasuke socava fundo dentro do e sua boceta tocando em todas as partes do corpo de sua amante, que suas mãos  habilidosas conseguiam tocar.

Sakura puxou o braço tentando soltá-lo à medida que descia sobre o pau de Sasuke com urgência.
Percebendo a intenção  da mulher abocanhou os seios medianos, prendendo o mamilo rijo entre os dentes chupando-o em seguida. Alternando sempre as mordidas com uma sucção lenta.
Foi o gatilho para que Sakura arfasse e se entregasse aquelas arremetidas rápidas e impulsionasse seu corpo  cada vez mais forte em direção ao sexo de Sasuke.
O Italiano sorriu ainda sugando os seios que agora jaziam avermelhados,forçando seu pau até o limite dentro dela.
Afastou o rosto encarando os olhos de Sakura lacrimejando, esboçando um brilho de desejo. Ainda segurando a cintura da jovem impulsionava sua pélvis cada vez mais rápido. Se perguntando quando um sexo havia sido tão prazeroso assim. Queria que a Haruno explodisse de prazer e sentisse tudo o que estava lhe proporcionando.
Sakura puxou mais uma vez os pulsos ansiando por tocá-lo desesperadamente. ⎯  Vosmecê não vai me tocar Sakura. ⎯ Sasuke afirmou estocando duro dentro em sua intimidade. ⎯  Pelo menos não com as mãos. ⎯ ele sorriu presunçoso.
⎯  Sasuke...Por favor...Eu preciso...Oh, Deus… ⎯  ela implorava entre gemidos a medida que os movimentos ditados pelo Uchiha tocavam em seu interior.
Sasuke acariciou o rosto de Sakura reivindicando seus lábios avermelhados sufocando os gemidos de ambos.
Interrompendo o beijo,  puxou os cabelos rosados para trás  deixando exposto o pescoço repleto de marcas. Suas marcas.
Queria que ela olhasse no espelho de seu aposento e lembrasse quem as fez e como as tinha feito.
⎯  Vosmecê é minha. ⎯ afirmou apertando as coxas da jovem arremetendo longamente em seu interior.
Sentiu o aperto da boceta em seu membro indicando que ela logo se derramaria. Encarou os olhos verdes que reviraram assim que seu pau deslizou para dentro novamente.
O grito agudo encheu seus ouvidos bem no momento em que o líquido quente de Sakura escorria por toda extensão  do seu pau. Estocou mais rápido tentando prolongar não só a liberação da Haruno, como a sua própria. Esvaziou seu gozo inteiro dentro de Sakura gemendo languidamente.
A rosada encostou a testa no ombro do Uchiha com um sorriso gigantesco nos lábios. Estava pela primeira vez em  paz,depois de um longo tempo naquela guerra dentro de si mesma. Como se ali, preenchida pela presença avassaladora de Sasuke, fosse seu reduto, o seu templo.
Aproveitando a sensação pós coito, Sasuke puxou os braços da Haruno desatando o nó que prendia seus pulsos. Massageou-os delicadamente plantando um beijo cálido  em cima das marcas feitas pela gravata. E sorriu como uma criança ao contemplar o encaixe de seus corpos.

Sakura piscou aturdida com a doçura daquele gesto.Percebeu que aquele italiano  pervertido e sádico era muito além de um amante dedicado. Era o homem que havia quebrado suas barreiras e a feito desejá-lo como nenhum outro.
Ela tinha consciência de que, como ele havia repetido inúmeras vezes, não  conseguiria pertencer a mais ninguém que não fosse aquele homem de olhos e cabelos tão  escuros quanto a noite. Pois ela era de Sasuke Uchiha, assim como ele lhe pertencia.


Notas Finais


Obrigado a todos que nos acompanham até aqui!
Por cada comentário e favorito, mas acima de tudo pela paciência.
Nos vemos no próximo.


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