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História Belo Desastre - Já ouviu falar num jogo de sedução?


Escrita por: Nurse-Ophelia

Notas do Autor


Novo capítulo saindo do forno.
E caramba, chegou aos 200 favoritos em ponto! Sem falar dos 113 comentários. Estou pasma no bom sentido.
Tipo, caramba, eu mereço tudo isso? (^∀^●)ノシ

Aliás, quero agradecer o envolvimento de todos.

Muita gente vem me motivando a continuar a história. Fico extremamente contente de ver isso. 😍

Música: I Think I'm Paranoid – Garbage
@jiupeach fez a capa e o banner para a fanfic! ❤
@schonerbrunnen foi a fofuxa que me ajudou betando o capítulo. 😭🌟


Boa leitura.

Capítulo 10 - Já ouviu falar num jogo de sedução?


Fanfic / Fanfiction Belo Desastre - Já ouviu falar num jogo de sedução?

Você pode olhar mas não pode tocar
Eu não acho que eu gosto muito de você
Os céus sabem o que uma garota pode fazer
Os céus sabem o que você tem que provar
Eu acho que eu sou paranóica,
E complicada

 
I Think I'm Paranoid — Garbage

 

 

 

Yamcha e Bulma se levantaram, alarmados. Saiyajins bêbados não era uma combinação recomendável e poderia causar catástrofes. 

Eles nunca tinham visto Goku alcoolizado antes; quem sabia o que iria acontecer?

— Olá, para vocês, caras durões. Como estão? — indagou ela e examinou os rostos dos Saiyajins. Os olhos estavam instáveis ​​e turvos e as faces coradas: os dois já estavam bêbados.

— Oi, Bulma. A comida estava ótima. Mas essa bebida já não gostei. Faz a terra balançar — disse Kakarotto com um ligeiro engano. Vegeta começou a rir.

— Goku, você não está cansado? Chi-Chi e Gohan já estão na cama e você deveria estar com a sua família — Bulma convenceu o seu amigo mais antigo e o puxou para levantá-lo. 

O guerreiro oscilou ligeiramente. Yamcha rapidamente o apoiou.

— Vou levá-lo para o quarto de hóspedes. E quanto a Vegeta? — perguntou Yamcha.

Os dois olharam para o homem de cabelos negros que havia apoiado a cabeça na mesa e cujo corpo tremia por conta de um riso reprimido.

— Vou levá-lo, não se preocupe — ela se ofereceu.

— Seja cuidadosa. Ele ri como um louco e está bêbado. Talvez seja melhor você chamar Tenshinhan — sussurrou Yamcha, desconfiado.

— Acho que é melhor eu usar o meu charme feminino — murmurou Bulma e acenou com a mão para Yamcha levar Goku embora rapidamente, antes que os últimos convidados notassem sua condição.

Quando os dois ficaram sozinhos, a cientista balançou o ombro do príncipe.

— Qual é, levante-se, Vegeta. Vou te levar para o seu quarto.

— Posso andar sozinho — murmurou. Ele tinha parado de rir, contudo, parecia muito cansado.

— Isso é bom, porque você é muito pesado para mim. Só vou te guiar até lá, te colocar em sua cama e te cobrir — sussurrou em uma voz suave. Ela pegou a mão dele e puxou com todas as suas forças para fazê-lo se levantar de sua cadeira.

Ele a seguiu pesadamente.

“Provavelmente, é mais fácil conduzir um elefante”, Bulma ponderou ao movê-lo para perto de si mesma. A sua pequena mão mal era o suficiente para envolver a dele. 

Decidiu continuar falando. Desde que Vegeta respondesse, saberia que não tinha adormecido andando.

— Você gostou da refeição? E o álcool? Nem sabia que você bebia isso.

— Não costumo ingerir essa porcaria. Mas abri uma exceção hoje — disse e soltou um resmungo.

Ela olhou para trás e o pegou observando seu bumbum.

— Vegeta, pare de olhar para a minha bunda — disse ela em advertência.

— Mas é uma ótima bunda — ronronou ele com um sorriso. — Redonda e deliciosa.

— Você quer saber? Vá em frente. Então eu posso observar a sua bunda e também a avaliar — Bulma ofereceu e o soltou.

— Como quiser — disse o príncipe, passando por ela com passos surpreendentemente leves e balançando as nádegas. — Você gosta do que vê? — Então ele deu um sorriso atrevido.

Os olhos de Bulma se arregalaram de espanto com o seu comportamento incomum: em vez de ficar marrento, Vegeta voltou com humor.

— Uh... sim, parece excelente — sussurrou ela; o seu olhar caiu sobre o músculo glúteo dele. Era um alienígena, de fato, mas ainda assim, um homem de aparência total e completamente humana.

“O que estou fazendo? Estou olhando para o traseiro de Vegeta?! Belo bumbum, aliás, mas desde quando ele é assim? Ele não é de flertar, não é? O cara nunca mostrou interesse em ninguém!”

Ela corou.

“Ok. Vou me certificar de que ele acabe em segurança em sua cama e não faça nenhuma besteira. Depois volto para a festa e averiguo se os últimos convidados também foram dormir.”

Bulma resolveu e seguiu Vegeta, desconfiada.

— Estou bem! — afirmou ele.

— Você está sorrindo... Não pode estar nada bem. O cara que conheço não sorri assim!

Ele riu, divertido.

— Aí está, esse não é você! Pois nunca ri. Só para zombar de alguém — comentou ela atordoada.

— Foi divertido ver como o Kakarotto reage ao álcool. Mas em vez de me contar seus segredos, ele elogiou sua esposa e filho, dizendo como eram incríveis — falou ele.

— Espera... O quê? — Bulma congelou. — Você queria embebedar Goku para apanhar informações sobre seus pontos fracos ou como se tornar um Super Saiyajin?

Vegeta parou. Lentamente, virou a cabeça. O seu sorriso foi embora, e ficou um olhar escuro e arrogante.

— Sendo sincero, eu apenas ofereci a bebida, e o palhaço aceitou — disse ele calmamente.

— Meu Deus! Você não pode fazer isso. É totalmente errado! — alertou Bulma, desaprovando a ação dele. — Nunca mais faça uma coisa dessas, entendeu?

— Eu só ofereci...

— Nunca mais faça isso!

Ela estremeceu de desgosto pela ação egoísta e de pouca empatia do príncipe. Nunca o entenderia. Mas como havia suspeitado, ele não mostrava nenhuma gentileza. Sempre foi duvidoso, mesmo na presença de um homem que não planejava atacá-lo.

Vegeta não confiava em ninguém.

— Você pode encontrar o caminho para o seu quarto sozinho — murmurou ela friamente. — Agora eu posso voltar para os convidados.

— Você não disse que me colocaria na cama e me cobriria? — Ele a lembrou.

— Teria feito isso se você estivesse realmente bêbado!

Bulma se virou com raiva. Mais uma vez, ela havia se preocupado com ele por nada. Exatamente como na explosão da nave ou quando procurou planejar que Vegeta se divertisse em sua festa; o príncipe poderia ter se virado sozinho.

No entanto, antes que a mulher pudesse dar um passo, ele estava atrás dela; uma mão segurando o seu pulso, a outra, enrolada em seu estômago. O aperto era suave, mas firme.

— É uma pena, fiquei tão feliz com a sua simpatia — sussurrou ele em sua orelha. A voz baixa e sombria, bem próxima ao ouvido dela, o que lhe causou um tremor com arrepios subsequentes, e ele o sentiu graças à sua proximidade.

Para sua surpresa, Bulma não respondeu. 

O seu polegar roçou suavemente a pele delicada do pulso da mulher e soprou em seu ouvido. A cientista estremeceu e um ruído estranho escapou de seus lábios.

— O quê? — gaguejou ela, corando. — Melhor você sair, porque… — Na verdade, Bulma queria que ele mantivesse as mãos ali. Mas não ia conseguir pedir isso em voz alta. — Porque...

Ele virou a cabeça e enxergou as bochechas da cientista aquecidas apesar da escuridão.

— Ou o quê? — murmurou ele. — Olha só, parece querer. Você quer?

— Eu pareço? — indagou Bulma, atordoada. Ela não estava bêbada, então não era por isso que se atrapalhava com as palavras. A causa foi o contato dele, que a deixou tonta de desejo.

A mulher sentiu o peito musculoso do príncipe contra suas costas, a mão em seu estômago pressionando-a. O toque ainda era delicado, mas Bulma não resistiu, porque não queria fazê-lo. 

De repente, ela sentiu uma leve mordida no lóbulo da orelha. Naquela circunstância, pulou de surpresa, acordando de um torpor.

— Você acabou de me morder? — perguntou ela e se desvencilhou. Ele a deixou ir.

Respirando pesadamente, a cientista colocou a mão na orelha e não tirou os olhos dele.

O moreno cruzou os braços sobre o peito, com a cabeça inclinada para o lado, e sorriu arrogantemente. Em seguida, virou-se, sem dizer uma palavra, e foi embora em direção ao seu quarto. Devagar e sem pressa.

Bulma olhou para o traseiro dele e voltou sem acreditar, enquanto o seu cérebro tentava entender o que acabara de acontecer.

Exausta, arrastou-se até o que restava da festa.

Mestre Kame havia adormecido no palco, com uma garrafa de cerveja pela metade nos braços. Tenshinhan, Kuririn e Oolong faziam jokenpô para decidir quem iria colocar o mestre na cama. Lunch e Chaos assistiam a eles.

Bulma se recompôs. O que quer que tivesse acontecido no corredor escuro, poderia ser pensado mais tarde, quando estivesse sozinha em seu quarto.

Ela deu um sorriso feliz e se aproximou. Depois pegou um controle remoto e chamou os robôs-domésticos para fazerem a limpeza. Um deles pegou o idoso inconsciente e o levou embora, e os outros puderam dormir.

Bulma monitorou brevemente seu trabalho. Os restos seriam limpos na manhã seguinte.

— Nós dois somos os últimos ainda acordados? — Yamcha apareceu atrás dela.

— Sim, mas eu também vou dormir agora. Fico feliz que essa festa tenha terminado sem uma luta — disse ela e começou a andar.

— Espere... Não quer tomar outra bebida... e conversar? — ele sugeriu.

Bulma se virou. Os olhos azuis estavam cansados.

— Sobre o quê? Yamcha, nós terminamos, e com acordo mútuo, há alguns meses. Desde então, nada de grande que eu queira dizer aconteceu... Você está treinando, o que eu acho chato. Portanto, não há nada a ser falado, exceto que você tenha se arrependido da decisão de terminar. Mas isso é besteira, porque não tenho absolutamente nenhum desejo de continuar o relacionamento. Nem tive. Realmente... você só está com nostalgia e tem ciúmes de Kuririn e sua namorada. — Ela analisou a situação completamente.

Yamcha enrubesceu, pego no ato.

— É por isso que iremos agora para os nossos respectivos quartos sozinhos, dormiremos e amanhã, no sol, teremos um pequeno almoço. E você voltará para a sua vida, enquanto eu, para a minha. Um dia, ambos teremos novos amores, e você verá que hoje me salvei de um grande erro. Boa noite. — Ela se foi com um adeus.

 

Uma vez em seu quarto, chegou ao banheiro para tomar banho e remover a maquiagem. Podia começar a relaxar sob a água quente.

Ainda tinha a sensação de sentir as mãos quentes de Vegeta em seu corpo. Essa mordida, ela não podia acreditar que ele a fez. Não doeu, pelo contrário, a cientista havia gostado, mas mesmo assim, parecia um acontecimento de cinema.

Bulma se lembrou de seu sorriso zombeteiro, porque não conseguiu pensar em uma frase para revidar. Pois ela gostou da sensação.

— Se eu o deixar me afetar, vou apenas dar-lhe munição — murmurou ela com raiva. Portanto, pensou em suas estratégias.

Água contra fogo: ela aceitaria qualquer insinuação sexual e pareceria entediada para ele. De acordo com o lema: “Já tive caras mais gostosos do que você!”

Foi difícil apenas porque ela não tinha controle do corpo da última vez.

Fogo contra fogo: ela iria jogar junto. Não era mais uma virgem inexperiente, sufocando o rubor por causa de um hálito quente na orelha. Mas e quanto ao príncipe?

Bulma deu uma risada. Não conseguia imaginar Vegeta como um sedutor experiente. 

O que ele poderia fazer? Bem, ele a segurou inesperadamente, porém não a machucou. Foi delicado. Sem falar que ela queria naquele momento.

O Saiyajin apenas não parecia um homem que fazia sexo com frequência, se é que teve relações sexuais.

Vegeta, o príncipe dos Saiyajins, já tinha feito sexo alguma vez na vida? Pergunta estúpida. Ela também não conseguia imaginar Goku fazendo tal coisa e, então, o amigo apareceu com um filho de quatro anos.

Ele nunca a consideraria seriamente como uma parceira sexual. Ele somente queria provocá-la, só não esperava que viria a receber um ataque semelhante.

A cientista, por outro lado, estava preparada. Vegeta queria entrar em um jogo de sedução? Ele ficaria perdido, pois qualquer um que brincasse com o fogo, deveria esperar ser queimado.

Ela imaginou que acidentalmente tropeçaria e cairia em cima dele, escovaria as mãos sobre seu peito e torso musculoso, com aquele tanquinho treinado; afinal, esse cara tinha passado por ela muitas vezes em roupas minúsculas. Sabia que seu corpo era bem definido, sem um grama de excesso de gordura...

Imagens do corpo dele passaram por seu cérebro e ela balançou rapidamente a cabeça.

Bulma saiu do chuveiro e se secou.

 

~*~

 

Vegeta estava deitado em sua cama, vestindo apenas um short curto, olhando pela janela. 

Graças ao concurso de comer, o seu estômago ficou tão pesado que não conseguia dormir. A leve sensação de embriaguez, por outro lado, havia desaparecido após o banho.

Ele não gostou que algo assim pudesse acontecer com ele, mas simplesmente não queria que Kakarotto tivesse mais tigelas e copos vazios ao seu lado. Infantil, tinha noção disso, porém havia vencido.

Vegeta recebeu uma informação interessante: de acordo com a memória de Goku, foi preciso exaustão total, raiva e o que ele chamaria de força de vontade para se tornar um Super Saiyajin.

Vegeta acariciou seu estômago cheio, pensativamente. Ultimamente, fartava-se muito com a deliciosa comida dos terráqueos. Tinha pensado que era por causa do treinamento duro que merecia isso.

Um adversário forte também seria bom, mas além de Kakarotto e seus amigos, não há ninguém aqui. Além disso, eu quero chegar a esse estado sozinho, sem que eles saibam. No dia em que os andróides atacarem, vou mostrar a todos. Este será meu retorno vitorioso. O dia do meu triunfo.”

Quase tão significativo quanto sua obra-prima sobre a mulher de cabelo azul, de outra forma agitada. Ele sorriu ao se lembrar de seu constrangimento... em que talvez ela tivesse entendido mal a atenção dele. 

Em seguida, bufou depreciativamente. Como se o príncipe dos Saiyajins estivesse interessado...

Apesar disso, era capaz de admitir que as curvas sedutoras dela chamavam sua atenção. Da mesma forma que os seus trocadilhos e a sua inteligência quando ela olhava para ele com raiva e sua pele delicada ficava vermelha...

De repente, sentiu uma onda de excitação, a qual suprimiu com sua força de vontade. “Não com ela, nunca.”

Fazia muito tempo desde a sua última vez.

Vegeta não era como Kakarotto, o homem que estava muito feliz com sua esposa terrestre e filho.

Deitou-se de lado e fechou os olhos. Ele podia sentir a forte aura de Kakarotto e isso o perturbava enquanto adormecia. Ficaria tão feliz quando o guerreiro de classe baixa estivesse longe novamente.

 

~*~

 

Na manhã seguinte, Bulma os convidou para um brunch antes de se despedirem. Goku reclamou de dores de cabeça e comeu relativamente pouco para seus padrões habituais.

Vegeta não apareceu, o que provavelmente se devia aos convidados, e não à sua ressaca.

Chi-Chi ficou preocupada quando viu Goku tão mole na mesa. Bulma não disse a ela que seu marido havia bebido demais e a acalmou.

— Eu coloquei a comida em um refrigerador numa cápsula hoi-poi.

— Oh, legal. Goku pode levar isso para o treinamento. Estou tão feliz por não ter que cozinhar por alguns dias — disse Chi-Chi.

— Bem, um Namekusei é menos exigente — avisou Bulma.

— Isso seria muito extremo para mim. Gosto de cozinhar. Mas às vezes cansa — afirmou Chi-Chi.

Goku ficou muito feliz com o presente.

— Uh, diga-me, Bulma... — começou ele com cuidado. — Você e Vegeta. Como estão se dando?

— Yamcha me perguntou isso também. É estranho, mas estamos convivendo. — Ela encolheu os ombros. — Eu acho que Vegeta jamais se integrará a este grupo. Ele prefere ficar sozinho.

Ela imaginou o homem sentado, rindo e relaxando à mesa com os outros. Inconcebivelmente, isso nunca aconteceria.

O amigo acenou com a cabeça em concordância.

— Provavelmente, nós dois somos os únicos que ele deixa ficar perto — disse ele.

— Nós? Goku, nós discutimos na maior parte do tempo. Logo, não chamaria isso de ficar perto — retrucou ela.

Kakarotto fitou-a estranhamente.

— Hum, se houver algum problema, me ligue — o homem riu e despediu-se.

— Como farei isso se você não tem um celular? — gritou Bulma.

— Então ligue para o telefone fixo e Chi-Chi me passará a mensagem — disse Goku e pegou a esposa nos braços. 

A mulher de cabelos escuros colocou os braços em volta do pescoço dele e descansou a cabeça em seus ombros, confiante. Ambos acenaram quando ele começou a flutuar.

 

~*~

 

Ela olhou para o buffet, bem como em direção às mesas com pratos e copos sujos e vazios. Vegeta ainda não tinha aparecido nem queria esperar por ele. Ela ordenou que os robôs limpassem.

Bulma bocejou. 

A noite foi curta. O sonho bizarro, no qual Vegeta a instigava, manteve-a acordada, embora não fosse apenas um devaneio.

As espreguiçadeiras à beira da piscina pareciam tentadoras. Ela se deitou em uma delas e cochilou.

 

— Ei, você não se esqueceu de algo? O DG ainda está quebrado. Como vou treinar assim? — Uma voz sombria de comando a acordou.

Resmungando, Bulma abriu os olhos, ergueu a cabeça para cima e viu o príncipe de um planeta em ruínas, fitando-a de mau humor.

— Você já comeu? — Tentou distraí-lo. Ela queria dormir por mais alguns minutos. As suas pálpebras se fecharam.

— Sim, eu comi — ele mentiu. — Agora, acorde e faça o seu trabalho. Eu preciso de 410 G hoje!

A cientista percebeu que ele iria irritá-la o dia todo se sua amada sala de gravidade não funcionasse.

— Dê-me três segundos para me levantar — murmurou. Os olhos azuis não abriam, nem seu corpo elevava.

— Demasiado longo.

De repente, sentiu duas mãos deslizarem sob suas costas e foi suspensa. Já estava por cima do ombro dele como um saco de batatas. 

Os olhos de Bulma se abriram com indignação.

Ela se lembrou de como Goku cavalheirescamente carregou sua esposa, enquanto ali, estava sendo tratada como um objeto.

Que diabos! Eu não tenho que correr para o DG desse jeito! Esse Saiyajin é um homem das cavernas!” 

A cientista escovou o cabelo para o lado e olhou para baixo, onde tinha uma boa visão das nádegas dele.

"Por que estou olhando a bunda dele com tanta frequência em poucas horas? Porque Vegeta é... tanto faz, vou dar uma olhada no problema. Não pode ser tão ruim.”

Ele a deixou em frente ao painel de controle da sala gravitacional. Desse modo, ela se abaixou e abriu o equipamento.

— Oh, Deus, isso é ruim — resmungou ela. Os cabos foram queimados. Teria que ser paciente para mexer neles e substituí-los.

— De quanto tempo você vai precisar? — perguntou o moreno.

— Vou tentar deixar pronto hoje. Talvez em duas horas — retrucou Bulma.

— Muito tempo! — Ela o ouviu criticar.

A cientista respirou fundo e se levantou. Mirou os olhos do homem e colocou as mãos na cintura.

— Além de substituir os cabos, tenho que verificar o sistema elétrico. Nós dois não queremos que a sala gravitacional exploda — replicou ela arrogantemente. — Duas horas são, portanto, o mínimo e devem ser suportadas por Sua Majestade.

— Você está zombando de mim?

— Não, só estou tentando pontificar a você que um bom trabalho leva tempo porque, do contrário, pode ser fatal.

Os dois se contemplaram amargamente.

Ele se inclinou para Bulma.

— Duas horas... Nada mais.

— Ou o quê? — ela repetiu as mesmas palavras que ele havia dito na noite anterior e deu-lhe um sorriso desafiador.

— Caso contrário, tenho que preencher meu tempo livre com outra coisa — disse ele baixinho e deixou o seu olhar deslizar, lenta e claramente, sobre os seios dela.

Bulma rapidamente cruzou os braços sobre o busto.

O homem sorriu arrogantemente.

“Calma aí! Eu conheço esse jogo como ninguém”, ela pensou maliciosamente e, no mesmo instante, passou o dedo em seu próprio peito. 

A camisa apertada grudou no corpo dela e, casualmente, a mulher de cabelo azul dedilhou um mamilo.

— Eu acho que terminaria mais rápido se você não me distraísse com seu corpo sexy. — Bulma deu um suspiro dramático para ele.

— Uh?! — Vegeta não esperava essa reação. Mas ele não podia dizer que não estava gostando.

— Quero dizer, você fica tirando a camisa e exibindo seus músculos lindos. Minha mãe não é a única que percebeu. Ah, eu sempre fico tão fraca quando tenho um lutador forte ao meu redor. Simplesmente não consigo me concentrar, por sua causa, Geta-kun — sussurrou ela e colocou os braços em volta do pescoço forte.

O polegar dela roçou a nuca e a linha do cabelo dele, arranhando a pele. Bulma podia sentir os arrepios que isso estava causando ao homem. Então pressionou os seios contra a parte superior de seu corpo.

Foi o príncipe quem ruborizou e evitou olhar para o busto dela. No entanto, Vegeta gostou e queria o toque da Briefs.

— Para que tanto exercício em uma sala de gravidade se tem uma linda mulher como eu aqui? O que acha de exercício físico de colchão? — indagou ela sensualmente e apalpou o bumbum do guerreiro.

Bulma conseguiu ver como aquilo o fez estremecer. Droga, logo ela não iria conseguir conter o sorriso.

— Sua mulher vulgar!!! — gritou ele, afastando as mãos dela e recuando dois metros. — Certifique-se de que a sala gravitacional funcione hoje e não se aproxime de mim!

— Mas, Vegeta, por que você está respirando tão forte? E seu rosto vermelho? — sussurrou Bulma em um tom inocente e fingido, como se estivesse preocupada. — Você não está mais tão interessado?

— Você...?! Uah! — Foram as últimas palavras antes de o moreno sair da sala de gravidade e deixá-la sozinha.

Bulma riu, em seguida, gargalhou, lágrimas quase escapando de seus olhos. Foi uma ótima jogada.

— Isso será uma lição para ele. Quando se trata de flertar, eu sou mais experiente. Vegeta não se compara a mim — disse para si mesma, analisando as unhas feitas.

Ela olhou para o painel de controle. Estava prestes a se trocar e pegar o kit de ferramentas e cabos de reposição. Provavelmente, naquele dia, teria silêncio o tempo todo.

 

Assim que ele saiu de onde estava, voou para o telhado da CC (Corporação Cápsula) e se escondeu lá. Vegeta contemplou desconfiado a sala de gravidade. A mulher não o seguiu.

O príncipe tinha o pensamento de que não deveria ter feito aquilo na noite anterior. Era claro que a pobre lunática havia entendido mal o seu comportamento e realmente acreditava que a veria como uma possível companheira de cama.

Ela não podia resistir a ele, o guerreiro de elite e príncipe dos Saiyajins. 

Repentinamente, Vegeta sentiu o calor de suas bochechas. O seu pescoço formigou. O que foi aquilo de apalpar seu traseiro? Bulma era atrevida. Ele tinha gostado, mas não ia permitir que ela fizesse mais que isso.

— Eu tenho que sair daqui. À noite, deixarei claro para a mulher que seus genes inferiores impedem a união. Só porque Kakarotto se envolveu com uma terráquea, achou que eu iria fazer o mesmo? Hunf. Não importa se a nossa raça está criticamente ameaçada ou não. Não sou um qualquer para cair em sua feitiçaria vaginal.

Vegeta a viu saindo da sala com excelente humor. Nenhum traço de insulto ou tristeza por sua rejeição. Ou Bulma havia aceitado muito bem ou...

— Ela me enganou! — percebeu ele. — Maldita astuta!


Notas Finais


O príncipe se acha superior a todos, e isso inclui Bulma. Oh, cara orgulhoso.
Mas quando tempo poderá ignorar o inevitável? E poderá ignorar o que está por vir? Veremos.

Espero que tenha gostado. Comente e deixe um emoticon engraçado ou louco ou fofo ou bonitinho ou sei lá 🦄🥐
E aí, você é um novo leitor? Deixe-me saber de sua opinião!

xoxo,
Ophelia


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