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História Bem-vindo a Tallahassee. - Bem-vindo a Boston.


Escrita por: JessNorth

Notas do Autor


Repostando!

Essa era uma estória que sempre tive na cabeça e graças a Deus, consegui postar rs
Espero que curtam e quem não tenha lido da primeira vez, que gostem ;)

Obs: Durante o cap, terá insinuação de violência doméstica.
Se conhecem alguém que está passando por isso, denunciem 180!

JUNTAS SOMOS MAIS FORTES!

Capítulo 1 - Bem-vindo a Boston.


Fanfic / Fanfiction Bem-vindo a Tallahassee. - Bem-vindo a Boston.

Boston, 2003.
Um mês atrás.


— Emma, você tem certeza? Não se esqueça que vamos de carro... são mais de 20 horas de viagem.


— Regina, você disse pra eu escolher.


— Eu sei, mas pensei que escolheria um lugar que realmente quisesse ir... não escolher aleatoriamente, fechando os olhos e apontando um lugar qualquer em um mapa.


— Regina! Nós vamos para Tallahassee.


Dias atuais.


Regina.


— E aí , doutora Mills... empolgada com as férias? — James, um jovem rapaz loiro e de olhos azuis, perguntou a amiga, assim que a morena entrou no refeitório do Boston University Medical Center, aonde trabalhava já há seis anos como cardiologista.


Após se formar na conceituada Boston University School of Medicine, Mills conseguiu um estágio no hospital, não demorando a se tornar uma das cardiologistas mais requisitadas de Massachusetts.


— Você nem imagina o quanto. — Sorriu, se sentando na mesa junto com os outros médicos, colocando sua bandeja com apenas arroz e legumes. — Também pudera, há três anos que não tiro férias. — Os outros médicos assentiram, rindo.


— E vai viajar com o namorado? — A doutora Hong, uma médica chinesa, de estatura baixa e magra, com os cabelos e olhos negros, perguntou, sorrindo por detrás de sua caneca.


— Não, Mulan. Vou com a Emma. — Sorriu.


— Wow, com aquela loira gostosa? — Regina ouviu a voz de Will e rolou os olhos. — Garota de sorte. — Deu um leve empurrão em Mills, com os ombros.


— Cala a boca, cara. — James interferiu. — Regina namora com o Robin. Ela e a loira são amigas desde antes da Mills começar a trabalhar aqui. — A morena assentiu.


Regina conhecera Robin na faculdade, quando estava no segundo ano. O rapaz cursava medicina porém queria ser neurologista, mas largou a faculdade, após três anos de curso.


— Ah, mas essa carinha aí, não me engana. — O moreno apontou seu garfo para Regina e sorriu, malicioso. — Você tem cara que curte colocar as aranhas pra "brigar". — James se engasgou, cuspindo o suco que bebera, enquanto todos os outros á mesa, incluindo Regina, caíam na gargalhada.


— Bom, terminei. — Disse a morena se levantando. — Se me derem licença, tenho que ligar para a Swan... Sairemos em algumas horas. — Todos á mesa assentiram, e os homens se levantaram, voltando a se sentar novamente, quando Mills já caminhava até a porta de saída. — Ah, Will? — Chamou o rapaz que a olhou, arqueando as sobrancelhas.


Regina fez um " V" com os dedos, os levando até a boca, aonde enfiou a língua entre eles.


— Eu sabia! — O rapaz disse alto, batendo na mesa, enquanto a morena saía rindo, em direção ao telefone.


SQ


Regina conhecera Emma ainda no colégio. A morena era dois anos mais velha que a loira e, mesmo terminando a escola primeiro, as duas não se afastaram, pois logo descobriram que moravam a uma distância de seis minutos a pé, de Clarkson St aonde ficava a casa de Regina, a Potosi St, na casa de Emma.


A morena sempre fora apaixonada pela amiga, desde a época do colégio. Mills nunca escondera sua preferência sexual de sua familia, e todos a aceitavam. Regina sempre pensou em se declarar a Swan, mas nunca teve coragem. Após entrar na faculdade e a loira se formar no colégio, finalmente tomou coragem de contar a verdade a Emma, mas foi impedida pela própria amiga, lhe contando empolgada que tinha começado a namorar um jovem conhecido de seus pais.


Os pais de Emma, eram um casal tradicional e religioso. O maior sonho deles era ver Emma se casando na igreja e se tornando uma "moça do lar", como diziam. Eles nunca viram com bons olhos, a amizade entre sua filha e a morena, mas isso nunca as impediram de continuarem amigas. No final, Regina nunca revelou a Emma sobre sua orientação sexual e seus sentimentos, continuando seu namoro sem amor com Robin, e Swan tornou-se o quê seus pais queriam.


Regina discou o número da loira e aguardou Swan atender. Chamou e chamou, mas caiu na caixa postal. Tentou mais uma vez, começando a se irritar. " Se Emma me der um bolo, vou mata-la".


— Alô?


— Me diga que está tudo pronto?


— Oi, Gina. Estou bem e você? Sim, não se preocupe... só falta fazer uma coisa.


— Que coisa, Emma?


— ...


— Swan?


— Só estou esperando Killian chegar pra...


— Pra?


— Pra contar sobre a viagem.


— Por Deus, Swan. Estamos combinando essa viagem há um mês, e até agora você não contou ao seu marido?


— Eu sei, eu sei. É que eu não tive... tempo.


Regina sabia muito bem que não era "tempo" que faltava a Emma, e sim coragem. A loira se casou muito nova com Killian, um policial amigo de seus pais. Após o casamento, Mills notou a mudança que Swan tivera. A amiga mal saia de casa, e quando fazia, tinha sempre que "pedir" para o marido... Killian sempre fora controlador. Regina já viu a amiga chorando por diversas vezes, fora os roxos que apareciam em seu corpo, mas a loira sempre dava alguma desculpa. Por diversas vezes Regina quis denuncia-lo, mas Emma sempre dizia que iria negar. Claramente Swan tinha medo do rapaz.


Antes Emma era controlada por seus pais... e agora, estava sendo por seu marido.


— Emma, estou falando sério. Daqui uma hora estou passando na sua casa, e é bom você estar pronta.


— Não se preocupe, Gina. Não importa o quê aconteça, eu vou com você para Talahassee.


Emma.


Swan desligou o telefone e o segurou em seu peito, respirando fundo. Suas quatro malas já estavam prontas em cima da cama, só faltando fecha-las. Todas as suas roupas, mais as poucas coisas que tivera, estavam ali... não estava deixando nada para atrás. A loira ainda não tinha dito nada a Regina, mas sua intenção com a viagem, era fugir. Antes de tudo, iria aproveitar as férias da amiga e na volta, pediria para Mills deixa-la em alguma cidade por onde passassem, ou até mesmo em Talahasse. Claro que Emma sabia que a morena não ficaria com ela, pois tinha uma vida feita em Boston: Um bom emprego, que lhe dava toda a estabilidade financeira que precisava, uma boa casa, família, um namorado que, por mais que a amiga sempre lhe dissesse que não o amava, sabia que o rapaz a fazia feliz. Ao contrário da loira.


Swan se casara muito cedo com Killian Jones. O rapaz de cabelos negros e olhos azuis, era amigo da familia Swan. Na verdade, seu pai sempre fora amigo de David, pai de Emma e consequentemente, Killian passou a frequentar a casa dos Swan's desde cedo. Sua mãe havia morrido, lhe deixando com seu pai, que começara a passar todos os feriados: Ação de Graças, Natal, Ano Novo... Junto a Mary e David, levando seu filho, quatro anos mais velho do quê Emma. Tanto os pais de Swan como o pai de Killian, sempre fizeram de tudo para casa-los. Os dois começaram um namoro e no começo, Killian sempre fora carinhoso e amoroso com a loira, a fazendo se encantar a cada dia mais por ele. Após a pressão de seus pais, Emma resolveu ceder e logo aceitou o pedido de casamento do moreno, pensando que estaria se livrando de ser controlada por seus pais. Terrivel engano. Claro, eles nunca mais a impuseram nada, agora ela era uma mulher casada, e cabia ao marido controla-la... e foi exatamente isso que aconteceu.


Já na Lua de mel, após Emma se entregar ao rapaz, Killian já se mostrou possessivo, lhe pondo ordens e dizendo a todo instante, que ela agora o pertencia e que teria que fazer o quê ele mandasse. Não demorou muito para que o moreno a transformasse em sua empregada.


Não demorou para Swan começar a se irritar e largar mão de algumas tarefas impostas pelo homem. Com isso, venho o primeiro empurrão, seguido pelo primeiro tapa e daí para pior. Emma sempre pensara em fugir ou denuncia-lo como Regina sempre lhe disse, porém além do medo, tinha outro motivo: Killian também era policial.


" Acha que alguém acreditará em você? Não seja idiota. E se eu souber que você, junto aquela sua amiguinha, foram até a delegacia, e acredite, eu vou saber, isso será pouco para o quê farei com você".


Emma enxugou as lágrimas do rosto que nem percebera que estavam saindo de seus olhos, enquanto se lembrava do quê o homem lhe dizia.


— Isso acaba hoje! — Disse determinada, fechando suas malas.


SQ


Não demorou muito para que a loira ouvisse a porta da garagem sendo aberta. Deu uma última conferida na casa, pra ver se estava tudo em ordem e olhou para o fogão, vendo se a comida que acabara de fazer, permanecia quente. Logo Killian entrou pela porta da sala nervoso, como vinha acontecendo já há algum tempo.


— Boa tarde, amor... como foi no trabalho? — Emma sorriu, fingindo interesse, como já fazia há alguns anos.


— Um saco. — Killian se sentou na mesa da cozinha, tirando sua carteira do bolso, e sua arma da cintura, colocando na mesa. Swan olhou para a arma, imaginando como seria pega-la e atirar no meio dos olhos do marido. Riu com o pensamento. — Do quê está rindo? Vem aqui, vem. — Puxou a loira pela cintura, a colocando em seu colo. — Hum, está cheirosa. — Disse, passando o nariz por seu pescoço e deixando alguns beijos, fazendo a loira sentir náuseas.


— Amor, a comida está pronta. — Tentou se desvencilhar, ao sentir o rapaz se animando.


— Droga, Emma. — A empurrou de seu colo, a fazendo se levantar. — Traga logo, então. — Bufou e a loira respirou aliviada. Há tempos que tentava fugir de todas as maneiras das investidas do marido. Claro que, não era sempre que conseguia, ainda mais quando o homem chegava violento e, não importa a desculpa que ela desse, o homem a tomava a força. Há tempos também, que Killian pedia um filho a loira, que, apesar da vontade em ser mãe, se recusava a ter um com o homem. — Vou almoçar e tomar um banho. Precisarei voltar ao trabalho e não sei a hora que volto.


— Trabalho, sei. — Swan disse baixo.


— O quê disse?


— Nada... bom trabalho então. — O olhou com raiva e deboche. Emma sempre soube aonde o moreno passava as noites, ainda mais depois que ele nem passou a se importar mais, ao chegar com algum perfume diferente ou marcas de batom pelo corpo.


— Não abuse da sua sorte, Swan. — Disse, em tom ameaçador, jogando o prato dentro da pia e indo em direção ao quarto para tomar banho.
Swan olhou na mesa e viu a arma e a carteira que Killian esquecera. Mesmo receosa, olhando toda hora pra ver se o moreno não voltava, abriu a carteira, pegando todo o dinheiro que havia nela e também sua arma.


Emma foi até o quarto, abrindo a porta devagar para não fazer barulho. Abriu sua bolsa e colocou o dinheiro e a arma lá, fechando rapidamente e escondendo, junto a suas malas. Não demorou muito, e Killian saiu do banheiro já arrumado, e com excesso de perfume pra quem iria trabalhar. A loira o observava sentada na cama, quando o homem se aproximou lhe deixando um selinho nos lábios.


— Já sabe, não me espere. — Disse, já indo em direção a porta.


— Pode deixar, eu não vou. — Sorriu internamente, o seguindo até a saída. O homem fechou a porta de entrada e logo Emma ouviu o carro saindo da garagem. Olhou novamente a mesa da cozinha. — Vai trabalhar e leva somente a carteira? — Negou com a cabeça, ao ver que o marido nem se dera falta de sua arma.


Após alguns minutos da saída de Killian, Regina estacionou sua BMW M4 Cabrio vermelha, na entrada da casa da amiga e buzinou. O teto do carro estava abaixado mas Mills desceu, se encostando no carro e cruzando os braços. Estava com oculos de sol e cabelos soltos, molhados. Vestia calça jeans escura, sapatos pretos de salto e uma camisa branca de botões, com as mangas dobradas até um pouco abaixo do cotovelo.


Não demorou muito ao ver a porta da casa se abrir, e uma Emma sorridente passar por ela, puxando algumas malas.


— Nossa, Swan... pra quê tanta coisa? — Perguntou, abrindo seu porta-malas, e a ajudando.


— Ah, são só algumas coisinhas. — Disse, correndo até a entrada pegando as outras duas.


— Coisinhas? Aposto que seu guarda-roupa todo está aqui. — Riu, terminando de fechar o porta malas. — E que roupas são essas? — Perguntou, a olhando de cima abaixo. — Faz tempo que não te vejo vestida assim... Agora eram só aqueles vestidos floridos de dona de casa. — Riu.


— Esses tempos acabaram, meu amor. — A loira piscou, já entrando no carro.


— Gostei de ver, Swan. — A morena sorria, também entrando no carro.


— Tallahasse, aí vamos nós. — Emma gritou, levantando os braços, fazendo Regina gargalhar e dar a partida.


SQ


Após um pouco mais de três horas e meia, as duas adentraram a cidade de Nova Iorque.


— Olha, Gina. A Estátua da Liberdade. — Os olhos de Swan brilhavam. — Eu nunca vim aqui.


— Sério? — Regina arqueou as sobrancelhas e Emma negou com a cabeça, triste. — Ok... um dia prometo te trazer aqui. Quem sabe paramos na volta? — Tentou anima-la e a loira sorriu amarelo. " Não vai ter volta pra mim, Gina". — Pensou.


— Estou com fome. — Reclamou Swan, passando a mão pela barriga.


— Não comeu antes de sair? — A loira negou. — Vamos fazer uma parada rápida. Não podemos perder tempo... temos muito quilômetros ainda, até Tallahassee. — Swan assentiu sorrindo por diversas vezes, fazendo Mills rir.



Passaram por diversos restaurantes mas o quê chamou á atenção de Emma, foi uma lanchonete: a Defont's Sandwich Shop, fazendo Mills rolar os olhos pelas besteiras que a amiga comia.


— Sabia que comer tanta besteira prejudica o coração, né? — Regina disse, enquanto já entravam na lanchonete.


— Obrigada por me avisar, doutora Mills. — Swan andava feliz na frente, indo em direção a mesa e se sentando, aguardando a garçonete impacientemente. " Parece uma menina". — Regina sorriu, negando com a cabeça e se sentando.


— Boa noite, vocês já sabem o quê vão querer? — Uma moça simpática, se aproximou da mesa, segurando uma caneta e seu bloco de notas.


— Eu quero esse The Dino. — Mostrou, apontando no cardápio.


— Por Deus, Swan. Olha o tamanho dessa coisa! — A morena disse com os olhos arregalados, olhando o próprio cardápio, tirando risada da garçonete e fazendo Emma dar de ombros.


— E pra você? — Perguntou para Regina.


— Só uma salada Cesar Romero, obrigada. — Disse, devolvendo o cardápio a garçonete.


— Eu já trago pra vocês. — A moça sorriu e se afastou.


— É sério, Emma. Vê se não vai vomitar no meu carro depois.


— Relaxa, Gina. Tô acostumada a comer essas " besteiras", como você disse. — Respondeu, fazendo aspas com as mãos e Mills respirar fundo.


Regina dirigiu por mais duas horas e quarenta minutos, até ter que parar o carro para Swan vomitar. A loira estava pálida desde que saíram da lanchonete, mas sempre que Mills perguntava, ela dizia estar bem, até que, entrando em Baltimore, Maryland, Emma não mais aguentou, fazendo a morena parar o carro rapidamente.


— Está melhor? — Regina, que segurava seus cabelos loiros, perguntou, após Swan parar de vomitar.


— Sim. — Sua voz saíra rouca. — Não tem mais nada aqui pra sair. — Disse, limpando a boca.


— Tem certeza? — A loira rolou os olhos.


— Gina, eu não vou vomitar no seu carro.


— Ei, eu sei. — A abraçou pela cintura. — Vem. Acho melhor achar um lugar pra passarmos a noite. Amanhã, pegamos a estrada cedo. — Swan assentiu, deixando-se ser conduzida para o carro pela morena.


Após alguns minutos, chegaram até o Rarisson Hotel. Regina foi até a recepção, enquanto Emma aguardava no carro, tomando um ar, tentando ainda se recuperar.


Regina retornou, entrando no carro.


— E então? — Perguntou Swan, vendo a morena saindo com o carro.


— Eles estão cheios. Só tem um quarto, porém com uma cama de casal. — Olhava para atrás, dando ré.


— E daí? — Regina parou, a olhando. — O quê foi? Está com medo que eu vomite em você durante a noite? — Perguntou, rindo. — Eu já disse, não tem mais nada aqui pra sair.


— Não é isso, só que... tem certeza? — A morena perguntou, arqueando as sobrancelhas.


— Gina... — Emma rolou os olhos. — Não é a primeira vez que dormimos juntas, né?! — A morena riu.


— É verdade. Então, vamos lá.


Já no quarto, enquanto Regina arrumava a cama para as duas, Emma foi tomar um banho e escovar os dentes.


— Oh, droga! — Mills arqueou as sobrancelhas, enquanto esticava o lençol na cama, e olhou em direção ao banheiro.


— Emma, está tudo bem? — Perguntou, batendo na porta. Logo em seguida a loira abriu, sorrindo.


— Sim, é que esqueci minha roupa. — Saiu do banheiro passando pela morena, apenas de calcinha e sutiã pretos, indo em direção a sua mala. Regina permaneceu parada na porta, com os olhos arregalados, olhando o corpo da loira enquanto essa se abaixava abrindo a mala. — O quê foi? — Arqueou as sobrancelhas, ao se levantar, já com a camisola em mãos, vendo a cara de Mills.


— Na-nada. — Gaguejou, com seu rosto já vermelho. — É... vou ir tomar banho agora. — Apontou para o banheiro. Swan assentiu sorrindo e Regina pegou sua roupa que já estava arrumada em cima da cama, e entrou no banheiro rapidamente.


— Deus, por que me tentas? — Mills respirava fundo, encostada na porta, olhando pra cima.


No quarto, Emma sorrira negando com a cabeça, pela reação da amiga. Se lembrou de o porquê Killian não gostar de vê-la com a morena.


" Você é burra? Não percebe o jeito que ela te olha? Acredite em mim, Swan, Regina gosta de você muito mais que apenas amiga".


— Será que ele tem razão?


Regina demorou muito mais que Emma no banho. Precisava esfriar a cabeça e também seu corpo. Tentava apagar a imagem do corpo da loira, de sua mente. Não que em todos esses anos de amizade, não tinha visto Swan ainda daquela maneira, mas cada vez estava mais difícil de esconder seus olhares e sentimentos... fora se controlar pra não fazer uma loucura, correndo o risco de perder a amizade da loira.


Sem conseguir procrastinar mais, Mills saiu do banheiro já vestida com sua camisola negra, que ia até o meio de suas coxas. Emma já estava deitada na cama e, enquanto Regina se esforçava para não olhar nos olhos da loira, ainda por vergonha, Swan se pegou observando as coxas grossas da morena.


Regina correu para a cama, ainda sem olhar para a loira. Se deitou rapidamente, apagando a luz e se virando de costas pra Swan, que riu com a atitude da amiga.


— Boa noite. — Disse um um sussurro.


— Boa noite, Gina. — Emma respondeu, ainda sorrindo.


Quando Mills pensou que dormiria tranquila, sentiu o braço de Swan a abraçando pela cintura, juntando seu corpo em suas costas e seus lábios, deixando um beijo em sua nuca, arrepiando seu pelos.


— Emma? — A voz da morena saiu ainda mais rouca.


— Hm? — Swan respondeu de olhos fechados.


— O quê está fazendo?


— Só quero dormir assim com você... se importa? — Respondeu, mantendo os olhos fechados.


— Não, tudo bem. — A morena respirou fundo, fechando os olhos novamente.


— Gina? — Emma a chamou, depois de alguns minutos.


— Diga, Swan. — Respondeu, meio sonolenta.


— Você já ficou com mulher? — A morena despertara no mesmo instante, arregalando os olhos. — Ou... sentiu atração por alguma?


— Por que está me perguntando isso?


— Porque... eu sempre tive vontade. E pretendo começar a fazer tudo o quê eu quiser. — Regina se virou nos braços de Emma, ficando frente a frente, com seus rostos próximos. A loira continuou a abraçando, agora acariciando suas costas. — Isso... teria algum problema pra você? — Perguntou receosa. Apesar de estar escuro, a luz que entrava pela janela, as permitia enxergar seus rostos.


— E por que teria? — A loira deu de ombros.


— Bem, meus pais me matariam se soubessem. — Sorriu, triste.


— Emma... — Acariciou o rosto de Swan, que fechou os olhos com o carinho. — Seus pais já não mandam em você há algum tempo. Você já é uma mulher adulta.


— Eu sei. — Concordou, abrindo os olhos. — Mas também, a outro motivo. — Disse, envergonhada.


— Qual? — Regina agora acariciava uma das mechas de seu cabelo.


— Eu quero beijar uma mulher... mas não qualquer uma. — Emma alternou o olhar entre os olhos e a boca de Mills, a fazendo engolir em seco, enquanto a loira se aproximava devagar. Regina fechou os olhos e respirou fundo, antes de sentir os lábios de Swan tocando os seus.


O beijo era calmo e Regina pode sentir os lábios da amiga, trêmulos e receosos. Mills colocou a mão na nuca de Emma, a puxando ainda mais pra si, lhe passando confiança. Não demorou para a loira pedir passagem com a língua e Regina prontamente, permitir.


Emma foi se empolgando e logo estava se esfregando na coxa de Mills. A morena puxou a loira pra cima de si, tendo o contato do sexo quente de Swan, em contato com o seu.


— Emma? — A chamou, quando a loira começou a descer seus beijos por seu pescoço. — Acho melhor pararmos.


— Hã? — Parou de beija-la e a olhou, vendo Regina ofegante, igual a ela. — Ah... tudo bem. — Saiu de cima da morena, se deitando ao seu lado. — Me desculpe. — Pediu, envergonhada, seu rosto estava vermelho.


— Vem aqui, Swan. — Sorriu, a puxando para que deitasse a cabeça em seu peito. — Vamos dormir. Amanhã acordamos cedo. — Emma suspirou mas nada respondeu, fechando os olhos e se entregando ao sono, enquanto Mills continuava sorrindo, não acreditando no quê tinha acontecido. Ao contrário de Swan, ela não iria conseguir dormir.


SQ


Na manhã seguinte, Regina acordou e sentiu a cama vazia. Se espreguiçou, em seguida esfregou os olhos, buscando Swan pelo quarto mas não a viu. Logo a porta se abriu, e a loira entrou.


— Bom dia, Gina. Trouxe seu café. — Agora quem não a olhava era ela. — Como sei que acordaria com pressa, o trouxe pra viagem, com alguns biscoitos.


— Obrigada. — Disse, ainda tentando acordar. Pegou o café, junto ao pacotes de biscoitos da mão de Swan, dando alguns goles, enquanto a loira ia terminar de guardar algumas coisas em sua mala. — Você não vai tomar café da manhã?


— Eu comi um mamão e tomei suco de laranja, lá embaixo. — Regina analisou suas roupas, a vendo já pronta pra ir embora.


— Ok... — A morena se levantou. — Vou me arrumar, pra irmos. — Viu a loira assentir e entrou no banheiro.


— Gina, me deixa dirigir? — A loira foi pulando até o carro, quando saíram do hotel.


— E desde quando você dirige, Swan? — Perguntou, destrancando o carro.


— Desde meus dezesseis, ué. — Deus de ombros.


— E como eu nunca vi isso? — Arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços, encostando no carro.


— É que... — Emma coçou a nuca, envergonhada. — Meus pais nunca souberam que eu tirei carta. — Sorriu amarelo. — Eles não deixariam eu dirigir, mesmo. — A morena assentiu. — E depois que casei com Killian, ele também não permitiu. — Abaixou a cabeça, triste.


— Então você tirou a carteira há dez anos atrás, e agora quer dirigir o meu carro? — A loira assentiu, sorrindo, e com os olhos brilhando. — Você só pode estar louca. — Emma se emburrou, cruzando os braços. — Sua carteira deve estar até vencida.


— Não está não. Renovei esse ano. — Disse orgulhosa, fazendo Regina arquear as sobrancelhas.


— Por quê?


— Pra poder dirigir, ué. — A loira rolou os olhos como se fosse óbvio.


— Como, se você acabou de dizer que Killian não te deixava? — " Pra fugir, quando tivesse a chance". — Pensou.


— Ah, Regina. Esquece vai. — Disse irritada, entrando no carro. — Vamos embora logo. — Olhava pra frente, com um bico nos lábios. Regina negou sorrindo, e entrou, dando partida.


Após três horas e quatorze minutos de viagem, com o silêncio reinando entre elas, e as duas com o pensamento na noite anterior, principalmente no beijo que trocaram, Swan adormeceu. Regina a olhava encolhida no banco do passageiro, a todo momento, imaginando como queria que aquela viagem durasse para sempre, só pra ter a loira sempre ao seu lado. Passavam-se do meio dia, quando entraram em uma nova cidade.


— Emma, acorda. — A chamou, colocando a mão em seu ombro, apertando devagar.


— Hum... — Swan reclamou, abrindo os olhos lentamente. — Aonde estamos? — Perguntou, olhando pela janela.


— Estamos entrando em Towson, Virginia.


Não quero você no fim de semana, não quero você por uma noite
(Don't wantcha for the weekend, don't wantcha for a night)

Eu só estou interessado se eu puder ter você para o resto da vida, sim
(I'm only interested if I can have you for life, yeah)

Uh, eu sei que pareço sério e baby, eu estou
(Uh, I know I sound serious and baby I am)
Você é um bom pedaço de imóvel, e eu vou conseguir um terreno para mim
(You're a fine piece of real estate, and I'm gonna get me some land)

Oh, sim Então, não tente fugir querida, o amor pode ser divertido
(Oh, yeah So, don't try to run honey, love can be fun)

Não há necessidade de ficar sozinho quando você encontrar aquele alguém
(There's no need to be alone when you find that someone)

 


Notas Finais


E então, o quê acharam desse primeiro cap?
Antes de qualquer coisa em relação a Emma, foi só uma menção do quê ela vivia e que acontece com muitas mulheres. Entendam que ela sempre foi controlada pelos pais, inclusive a fazendo se casar, e após isso continuou sendo, com Killian mas a fic não passará em torno disso, será mesmo sobre elas e essa viagem e que vai fazer a Emma se libertar, fazendo e sendo quem ela sempre ser. Peço que não a julguem... muito. kkk


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