1. Spirit Fanfics >
  2. Bem-vindo a Tallahassee. >
  3. Bem-vindo a San Antonio.

História Bem-vindo a Tallahassee. - Bem-vindo a San Antonio.


Escrita por: JessNorth

Notas do Autor


Vamos para o penúltimo cap de BVAT 😥 que nostalgia! kkk
Só avisando, talvez para algumas pessoas, tenha uma parte do cap que esteja um pouco pesado, caso isso incomode alguém, será na parte em que Regina estiver conversando com a Emma... espero que consigam ler, pois é uma parte necessária para entendermos sobre a frieza com que Regina matou o August rs

Capítulo 7 - Bem-vindo a San Antonio.


Fanfic / Fanfiction Bem-vindo a Tallahassee. - Bem-vindo a San Antonio.

No relógio, ainda marcava seis e trinta e sete da manhã, quando Killian escutou baterem em sua porta. Se levantou praguejando, amaldiçoando quem quer que seja que o tirara de seu sonho. Após chegar, mais uma noite, de madrugada, sentiu sua cabeça latejar mais uma vez. Fechou os olhos com força, enquanto descia as escadas em direção a porta de entrada. Não se deu ao trabalho de olhar quem era, antes de abrir a porta com brutalidade, preparado para xingar quem quer que fosse.


— Senhor Jones? — Forçou a vista por culpa do sol, para em seguida arregalar os olhos, com o homem segurando o distintivo em sua frente.


— Si-sim? — Gaguejou, enquanto tentava se recompor.


— Sou o agente Graham Humbert. Preciso fazer algumas perguntas sobre sua esposa... Emma Swan.


— E-ela não está. — Killian estava nervoso e ficou ainda mais, após descerem quatro homens da van negra, que estava parada atrás da viatura de Humbert.


— Oh, nós sabemos disso, senhor Jones. — Graham sorriu. — Mas queremos encontra-la... e acho que o senhor poderá nos ajudar. — Os homens da van, que Killian logo identificou como sendo agentes também, pararam ao lado de Humbert, com algumas pastas e caixas em suas mãos. — Podemos entrar?


SQ


— O quê? — Swan saira do carro e agora caminhava nervosamente pela calçada, com Regina em seu encalço. — Você só pode estar louca.


— Emma... — Regina apressou o passo, para conseguir segurar no braço de Swan, a fazendo parar e olha-la.


— Regina, eu não quero falar com Killian. Não quero nunca mais ter que ouvir a voz dele. — Só de lembrar de seu marido, a loira já tinha seus olhos marejados.


— Emma, eu sei. Eu também não quero, mas é preciso meu amor. — Levou sua mão até o rosto de Emma, acariciando sua bochecha. — Só precisamos saber, se ele sabe de algo... se a policia o procurou. Pelo o quê aquele policial deu a entender, estamos sendo procuradas... precisamos saber se eles estão próximos de nós. Se não, não chegaremos na fronteira. — Swan assentiu, se dando por vencida.


Andaram por mais alguns metros, no centro da cidade de Athens, até achar uma cabine telefônica. Regina retirou uma moeda do bolso.


— Se desconfiar de algo, desligue imediatamente. — Disse, antes que a loira pegasse a moeda de sua mão.


— Ok... — Emma respirou fundo mais uma vez, e entrou na cabine, com Regina grudada na porta ao seu lado.


Na casa de Jones, os policiais já tinham montado todo o equipamento de rastreio e estavam prontos, caso Swan ligasse. Graham estranhou, quando Killian por mais de uma vez, disse ter certeza que a esposa não ligaria.


— E por que não, senhor Jones? — Questionou o moreno, arqueando suas sobrancelhas e cruzando seus braços. — Por que ela não ligaria, afinal, o senhor é marido dela, não é? — Jones engoliu em seco, e se preparou para responder, quando o telefone tocou.


TRIM TRIM


Graham deu sinal para seus homens e logo todos já estavam a postos. Killian respirou fundo e se aproximou do telefone.


— Lembre-se, senhor Jones. Aja normalmente. — Killian assentiu e respirou fundo, antes de pegar o telefone.


— Jones falando.


Emma olhou mais uma vez para Regina antes de responder, e a morena assentiu, tentando lhe passar confiança.


— Oi Kill... sou eu.


— Emma, meu amor.


Imediatamente, Swan desligou o telefone.


— Ele sabe. — Disse para Regina que suspirou.


— Emma? Emma? — Killian ainda a chamava no telefone.


— Desculpe, senhor. Não conseguimos. — Disse um dos policiais a Graham.


— Ok... — Regina andava de um lado a outro, com uma das mãos entre os cabelos. — Já sabemos que o telefone está grampeado, então a policia realmente está atrás de nós.


— E o quê faremos agora? — Swan tinha os olhos arregalados. — Eu não quero ir pra cadeia. — Disse, abaixando a cabeça, sentindo seus olhos marejarem.


— Ei, Emma? — Mills foi rapidamente para perto da loira e a segurou pelos ombros. — Olhe para mim. — Levantou o queixo de Swan con seu indicador. — Nós não vamos ser presas, está me ouvindo? — A loira assentiu, chorosa. — Nós vamos embora. Vamos atravessar a fronteira e seremos felizes. — Sorriu, tentando passar confiança para Swan. — Confia em mim?


Swan respirou fundo, e assentiu por diversas vezes rapidamente.


— Confio com a minha vida. — Sorriu, fazendo Mills retribuir o sorriso.


­— Ótimo. Agora, me passe o telefone.


SQ


— E então, Killian? — Graham continuava sentado tranquilamente no sofá, enquanto o marido de Swan parecia cada vez mais nervoso. — Por que sua esposa desligou o telefone, assim que você a chamou de "meu amor"? Tem algo que queira nos contar?


— N-não, eu...


TRIM TRIM


— Ah, deve ser ela novamente. Provavelmente a ligação deve ter caído. — Killian sorriu aliviado, ao contrário de Humbert que cerrou os olhos desconfiado.


— Atenda o telefone, senhor Jones. — Graham mandou, assim que recebeu o sinal positivo de sua equipe, que estava pronta para rastrear a ligação.


— Ok... — O moreno respirou fundo, antes de atender. — Alô? Emma?


— Passe o telefone para o responsável, Jones. — A voz de Regina soou séria e autoritária.


— Regina? Você está com a minha mulher? Cadê ela? Eu quero falar com a...


— Killian, eu não vou repetir. — Mills olhou para Emma queengoliu em seco. — Passe o telefone para a policia.


— Tudo bem... — O homem abaixou a cabeça derrotado.


— Ah, só mais uma coisa, Jones. — Regina sorriu maliciosa para a loira, que a olhou confusa. — Emma não é mais sua mulher... agora ela é minha!


Killian abriu a boca perplexo, sua vontade era gritar, xingar e ofender, tanto Regina quanto Emma, mas logo se lembrou que não estava sozinho e entregou o telefone para Graham, que estranhou.


— Ela quer falar com você. — Assim que Humbert se posiciou ao telefone, Killian foi se sentar no sofá, cruzando os braços e com uma cara emburrada.


— Agente Humbert. — A voz de Graham soou ao telefone e Emma estremeceu. A loira tinha se aproximado e agora compartilhava o telefone com Regina.


— Olá, agente.


— Pode me chamar de Graham.


— Ok, Graham. Meu nome é Regina.


— Oh, senhorita Mills.


— Pode também me chamar pelo meu nome. Então, Gaham... o quanto Emma e eu estamos ferradas?


— Bom Regina, eu gostaria de dizer que não muito, mas vocês fugirem da cena do crime e ainda assaltar um posto, não as ajudou muito. Gostaria de me contar o quê aconteceu em Towson?


— Pra quê? A policia não acreditaria mesmo.


— Quer saber o quê eu acho? Eu acho que a vitima tentou algo com uma de vocês, e vocês agiram por legitima defesa. E eu também acho, que foi você a atirar na vitima... acertei?


— Não importa quem atirou... e você pode achar isso, mas o restante na policia não irá acreditar.


— Regina, eu prometo ajudar vocês... Você não tem que passar por isso de novo.


Mills arregalou os olhos e se calou. Abriu a boca por diversas vezes mas nada saía.


— Regina? — Emma a chamou, vendo a morena ficar palida. — Ei, Regina? — Chamou mais uma vez, balançando agora, seu braço.


— Regina, eu precisei te investigar, assim como a senhorita Swan... sei pelo o quê passou. Eu juro que farei o quê puder para que a pena de vocês...


Emma conseguiu retirar o telefone da mão da morena e encerrou a ligação. Regina continuava sem reação, preocupando ainda mais a loira.


— Regina, olha pra mim. — A puxou. Conseguiu atrair o olhar de Mills para si, porém a morena parecia estar longe. — Eu desliguei, porque já estava com quase um minuto. Vem! Acho que você precisa se sentar.


— E então? — Graham perguntou, assim que desligou o telefone e respirou fundo. O policial que tentava rastrear a ligação, sorriu.


— Conseguimos!


SQ


Emma conduziu Regina novamente até o carro. A morena ainda nada dizia e aquele silêncio já estava preocupando Swan, mas a loira não forçaria Mills a dizer nada. Ela tinha ouvido o quê Graham dissera, e isso a preocupou ainda mais, afinal, Regina o quê ele quis dizer sobre a morena não precisar passar por aquilo de novo?


As duas entraram no carro e, por mais que Emma se preocupasse em Regina dirigir naquele estado, a morena assumiu o volante e elas partiram, rumo a San Antonio.


Após um pouco mais de quatro horas de viagem, com algumas paradas para que Emma fosse ao banheiro, e o silêncio permanecendo entre as duas, Regina finalmente adentrou a cidade de San Antonio.


— Chegamos? — A loira perguntou, ao acordar e ver o carro parado. Olhou para Regina e a morena permanecia do mesmo jeito, a única diferença era seus olhos marejados e seu rosto banhado em lágrimas. — Regina, meu Deus! — Swan se desesperou, se sentando direito no banco e tentando tirar as mãos, que pareciam grudadas, do volante. — Melhor pararmos um pouco... vamos procurar um lugar pra descansar, sim?


Regina nada disse, apenas voltou a ligar o carro e deu partida.


Chegaram até o Americas Best Value Inn Riverwalk Downtown Market Square, um hotel duas estrelas, mas que pra elas pouco importava, já que só iriam comer e descansar por algumas horas... bom, Swan iria comer.


— Vem, meu amor. — Emma tinha o braço envolta aos ombros de regina, a conduzindo até o quarto 402. O local era simples, porém confortável e limpo. Havia uma cama de casal, uma tv pequena e um banheiro.


Assim que entraram, Regina automaticamente se sentou na cama, ainda com o olhar perdido. Emma tirou sua jaqueta, jogando em cima de uma poltrona no canto do quarto, e se ajoelhou diante da morena, retirando seus sapatos.


— Vem, Regina. Precisamos tomar um banho. — A fez ficar em pé, começando tirar suas roupas. — Eu vou te ajudar, meu amor.


Após Emma ajudar Regina atirar sua roupa e também se despir, levou a morena para o box, entrando junto com ela. Sentia que Mills estava com as pernas amolecidas, e tinha medo que Regina caísse a qualquer momento. Swan usou o pequeno sabonete do próprio hotel, e também o shampo que vinha em um pequeno sachê, cedido também pelo hotel. Enquanto a loira lavava seu cabelo e seu corpo, Regina ainda mantinha seu olhar perdido porém, agora olhava para o corpo de Swan. A loira sorriu, apesar de saber que a morena não a estava olhando com maldade naquele momento. Emma também a ajudou a se enxugar e colocar o roupão, enquanto penteava seu cabelo.


— Espere aqui, eu já volto. — A loira disse, após colocar Regina novamente sentada na cama, enquanto corría para se enxugar e secar o banheiro.


Não demorou muito, e logo Swan retornou ao quarto, também vestida com um roupão. Mills já não estava mais sentada, ela tinha deitado de lado e se encolhido. Emma notou que a morena voltou a chorar, e se abaixou próximo a seu rosto, o acariciando e secando suas lágrimas.


— Amor, estou preocupada com você... Até agora você não disse nada. — Agora acariciava seus cabelos curtos. — Sabia que não seria uma boa ideia ligar. — Disse a si mesma. — Você quer comer alguma coisa, antes de descansar um pouco? — Regina apenas negou com a cabeça. — Amor, você tem que se alimentar. Olha, eu vejo alguma coisa leve pra você. — Sorriu. — Algo que não a faça sair da sua dieta maluca e que seja saudável. — Revirou os olhos. — O quê você acha, em? — Desceu sua mão pelo braço de Mills que se retraiu, parecendo despertar do transe em que estava.


— Não! Saí daqui. Não me toque! — Gritou, se encolhendo ainda mais e assustando Emma, que caiu para atrás.


— Meu amor, eu...


— Sai. Sai daqui! — Gritou novamente, tampando seu rosto com as mãos. Emma, que tinha os ohos arregalados e a boca aberta, se levantou ainda olhando para a morena encolhida na cama.


— Eu... vou até o restaurante do hotel. — Avisou, mas Regina não esboçou nenhuma reação. Então a loira saiu, fechando a porta e com lágrimas nos olhos.


Apesar de estar morrendo de fome, Emma resolveu não demorar muito pra não deixar Regina sozinha. O surto que Mills teve há pouco, só serviu para deixar a loira ainda mais preocupada. Então Emma pediu um x- bacon salada, um lanche natural de peito de peru, uma coca-cola e um suco de laranja para viagem, e voltou para o quarto.


Ao chegar na porta, respirou fundo antes de entrar.


— Oi. — Regina disse, quando Swan abriu a porta com as sacolas.


— Ah, me desculpe. — Se surpreendeu vendo a morena sentada na cama, encostada na cabeçeira e abraçando as próprias pernas. — Pensei que estivesse dormindo. Só vou deixar isso aqui pra você. — Se aproximou lentamente da cama pra não assustar Regina, e deixou um dos pacotes ao pé da cama. — Eu... vou comer lá embaixo então. — Se virou, voltando para a porta.


— Emma? — Escutou a morena lhe chamar, e antes que pudesse se virar por completo, sentiu seu corpo sendo abraçado. — Por favor, me desculpe. — Regina tinha seu rosto escondido no vão do pescoço da loira, que permanecia imóvel, sem saber o quê fazer. — Eu não queria gritar com você, eu...


— Shh... está tudo bem. — Começou a acariciar o cabelo de Regina. — Eu só estava preocupada com você!


— Eu sei. — Disse, se afastando e limpando as próprias lágrimas.


— Você quer me contar o quê te deixou mal? — Swan limpava as lágrimas de Regina, enquanto acariciava seu rosto.


— Não... — A loira assentiu, não forçaria a morena e correr o risco de outro "surto". — Mas eu preciso. Vem. Senta comigo. — Pegou na mão de Swan a levando até a cama. — Vou te contar sobre o meu passado.


Regina se deitou na cama e Swan se deitou ao seu lado, ficando uma de frente para a outra. Emma esperou silênciosamente Regina, que respirou por longos minutos, esperando seu choro cessar e ela ter coragem de dizer, o quê há tempos a assombrava, e que há tempos estava esquecido em seu subconsciente mas que parecia ter retornado.


— Eu tinha doze anos quando aconteceu... — A morena começou e, apesar de estar com seu rosto próximo e de frente para Emma, seu olhar permaneceu para abaixo. Sentia que se olhasse nos olhos de Swan, não teria coragem e seu choro voltaria. — Depois da morte do meu pai, foi a primeira vez que vi a minha mãe voltar a estar feliz. — Sorriu triste, se lembrando de como sua mãe voltara a cantar e dançar pela casa, como voltou a sentir vontade de viver. — Ela conheceu Leopold, em um desses " bailes da terceira idade", que minha tia insistiu muito para ela ir. Ela também notava que minha mãe estava muito abatida e sem forças pra nada... sem forças pra viver. — Algumas lágrimas rolaram pelo rosto da morena e Swan prontamente as limpou, com o seu polegar. Regina sorriu mas manteve o seu olhar para baixo. — Ainda lembro da minha mãe dizendo que ainda não estava na terceira idade. — Riu. — E de fato não estava... ou pelo menos era uma coroa enxuta. Ela o conheceu um pouco antes de eu completar onze anos. — Seu sorriso morreu, e sua expressão se tornou séria novamente. — Ele era uns dez anos mais velho que ela, e ela parecia uma adolescente apaixonada. Ele no começo, também era legal. Vivia me trazendo presentes. — Voltou a sorrir triste. — Eu era só uma criança... não via maldade quando ele me fazia sentar em seu colo e alisava minhas pernas. — Seus olhos voltaram a marejar, mas Regina rapidamente balançou a cabeça, se negando a deixar suas lágrimas caírem. Swan também segurava o choro, já imaginando o quê viria. — Quando finalmente eu percebi, quando conheci a malicia e vi em seus olhos quando me olhava, eu tentei evitá-lo. Não sei se minha mãe percebeu, e se sim, fingiu não perceber. — Regina se rendeu ao choro e cobriu seu rosto com as mãos.


— Oh, meu amor. — Emma a puxou para seus braços e a abraçou, fazendo Mills esconder seu rosto em seu peito. — Ninguém mais irá machuca-la... eu não vou deixar. — Beijou o topo de sua cabeça, e acariciou seus fios escuros.


— Eu o matei, Emma. — Regina disse, levantando sua cabeça e olhando nos olhos de Swan pela primeira vez. — Eu o matei e não me arrependo. — Swan nada disse, afinal, se ela tivesse tido coragem, teria feito o mesmo com Killian. Agora entendia o porquê da fala de Mills há uns dias atrás: " ... Eu faria de novo, e com todos os homens que tentam abusar de uma mulher... ou uma criança". — Um dia, quando minha mãe saiu... — Voltou a contar, acalmando seu choro. — Eu estava no meu quarto. Eu sempre mantinha a porta trancada mas nesse dia, esqueci. Meu aniversário de doze anos tinha sido há menos de um mês e desde então ele tinha parado... voltado a me tratar como me tratava quando ele e minha mãe começaram a se relacionar. — Regina já não mais chorava... parecia que se lembrar da morte do homem, a fazia bem. " Eu conheço esse tipo de homem... Não poderia deixar isso acontecer com você". — Swan se lembrou das palavras da morena, quando conversaram no dia seguinte do acontecido com August. — Mas quando vi, ele já estava em cima de mim na cama. Você não imagina o nojo que eu tinha, ao sentir as mãos asperas dele me tocando. — Disse com raiva, por entre os dentes.


— Meu amor, você não precisa mais se lembrar disso. — Swan segurou o rosto de Mills com as duas mãos.


— Eu sei que não... mas preciso tirar isso de dentro de mim. — Swan assentiu, permanecendo em silencioe, por mais que doesse, ela ouviria Regina até o final. — Eu entendi muito bem, quando você me pediu pra te tocar, que queria esquecer dos toques daquele bastardo. — Swan suspirou. A sensação das mãos de August também ainda estavam em sua memória. — Eu lutei, Emma. Eu lutei com todas as minhas forças, apesar de ele ser bem maior e mais forte do quê eu. A minha sorte... — Regina sorriu, com maldade. — Foi que aquele velho, era um doente desgraçado. Eu o chutei com tanta força, que de repente ele parou, se deitando ao meu lado e me permitindo levantar rapidamente. Lembro do rosto dele, ficando sem ar, enquanto me estendia a mão. Eu sabia o quê ele queria. Corri até o quarto em que aquele infeliz dividia com a minha mãe, e peguei sua bombinha de asma, que ficava em cima do criado-mudo. — Regina voltou a sorrir. — Ele ficou ainda mais branco, enquanto me via esvaziar sua bombinha, a apertando forte... deixando todo o medicamento sair. Quando minha mãe chegou, Leopold já estava morto.


— E ela não estranhou ele estar morto em sua cama? — Emma questionou, arqueando as sobrancelhas.


— Acho que no momento, ela ficou tão desesperada que nem reparou... — Regina olhou pra cima, como se pensara. — Acho que ela se tocou mesmo, quando já estavamos na delegacia. — Emma assentiu mais uma vez, a deixando continuar. — Eu disse a verdade, Emma... Me levaram pra fazer exame de corpo de delito, mas não acharam nada... Leopold não era burro, por isso ele só me tocava. Eu não sei o quê deu nele, aquele dia... Por isso que eu disse que a policia não acreditaria em nós. — Voltou a olhar nos olhos de Swan. — Por isso, temos que fugir!


SQ


Após o desabafo de Regina, que se sentiu bem mais leve e aliviada por Emma tê-la escutado, e também não tê-la julgado, as duas finalmente comeram o lanche que Swan trouxera, para alegria da loira que não se aguentava mais de fome, e dormiram, com Swan grudada no corpo de Mills, como se quisera ser um escudo para a morena. Regina não reclamou, pelo ao contrário, dormiu com um sorriso no rosto se sentindo segura e amada nos braços da loira.


Quase três horas depois, Regina fora a primeira a despertar, com Swan na mesma posição, grudada em seu corpo. Sorriu, quando ao tentar se espreguiçar, a loira a apertou ainda mais. Com muito custo, conseguiu se virar no meio do abraço forte de Emma, ficando com seus rostos frente a frente.


— Eu te amo tanto... — Disse, enquanto alisava o rosto de Swan.


— Se me amasse mesmo, continuaríamos dormindo. — Respondeu, sem abrir os olhos, fazendo Regina rir.


— Desculpe, meu amor. Mas já está de madrugada e precisamos ir. — Disse calmamente, fazendo Emma abrir os olhos. — Temos que chegar o mais rápido possível na fronteira. — Emma respirou fundo e assentiu, se levantando... mas não antes de se jogar em cima de Regina e começar a distribuir beijinhos por todo o seu rosto, enquanto a morena ria.

O retorno para a estrada estava tranquilo. Regina dirigia enquanto Emma, que tinha ligado o rádio, cantava Madonna a plenos pulmões. Mesmo com o som alto, escutaram uma forte buzina e, Emma ao olhar para atrás e Mills pelo retrovisor, viram novamente um caminhão preto.


— Não é possível... será que é aquele idiota de novo? — Swan disse, já bufando.


— Eu não sei... mas vou dar passagem. — Disse Regina, já reduzindo a velocidade e dando passagem ao caminhão-tanque.


— Uhul, ei gostosas? — As duas olharam para o lado e novamente o mesmo caminhão de mais cedo, estava ao lado delas, com o motorista novamente fazendo gesto obcenos.


— Regina, quanto tempo até a fronteira?


— Hum... mais ou menos mais umas duas horas e quarenta, por quê? — Mills arqueou as sobrancelhas, estranhando a pergunta da loira naquele momento.


— Temos tempo pra uma parada rápida?


— Acho que sim, Emma. — A loira sorriu, maldosa. — Emma, o quê você pretende? — Regina arregalou os olhos, com medo do quê se passava na cabeça de Swan.


— Você vai ver. — Piscou, se levantando um pouco do banco, tentando ficar na altura da janela do caminhão. — Ei! — Gritou chamando o motorista. — Você quer brincar?


— Swan, por Deus. O quê está fazendo? — Regina tinha os olhos arregalados e tentava fazer a loira voltar a se sentar. Alternava seu olhar entre Emma e a estrada.


— Oba, hoje é meu dia de sorte. — O motorista ainda com a língua pra fora, comemorava. — Uma loira e uma morena...


— Sim, é o seu dia de sorte.— Emma sorriu, enquanto Mills ficava ainda mais perplexa. — Siga a gente. — Piscou novamente para o homem e voltou a se sentar no banco.


— Swan, o quê...


— Tenta para em algum lugar que ele consiga estacionar, não tão perto da gente. — Emma a cortou. — Vou te explicando o plano no caminho. — Regina, ainda de boca aberta, apenas assentiu, atendendo o pedido da loira.


Já quase amanhecia, quando Regina parou o carro em um posto de gasolina abandonado. Mills, já sabendo do plano de Swan, estava mais tranquila e até achava graça.


Não demorou muito para o grande caminhão tanque aparecer, e estacionar um pouco distante. Emma e Regina estavam em cima de seus bancos, sentadas no encosto, quando viu o homem descer de seu caminhão, sorridente.


— Olá, moças. — O homem cumprimentou, enquanto caminhava em suas direções.


— Qual o seu nome? — Emma gritou.


— Rust. — Sorriu, e as duas tiveram ansia, ao ver os dentes amarelos do homem.


— Ok, Rust. Então, você gosta de mexer com as mulheres? — A loira perguntou, e Rust deu de ombros, sorrindo.


— Sabe, Rust... — Foi a vez de Regina falar. — Eu não gosto de homens como você! — O homem parou no meio do caminho, sem entender.


— Ela já matou dois. — Swan sussurrou, colocando a mão ao lado da boca como se lhe contasse um segredo.


— Sim, eu matei. — Mills confirmou e Rust de um passo para atrás, arregalando seus olhos. — E quer saber de mais uma coisa? Eu sou muito ciumenta. — Sorriu para o homem. — E essa loira gostosa aqui... — Deu um tapa na coxa de Swan que sorriu. — É minha mulher!


— O quê? — Rust tinha as sombrancelhas arqueadas e uma expressão confusa.


— Olha, Rust... se eu fosse você, respeitava mais as mulheres. — Foi a vez de Swan falar.


— Vão se fuder! — Rust gritou. — Suas vagabundas. — Começou a caminhar nervoso, de volta para seu caminhão.


— É... acho que ele não entendeu. — Regina disse, derrotada.


— Realmente, uma pena. — Swan concordou. — Ei, Rust? Só mais uma coisa. — O homem voltou a olha-las e arregalou os olhos, vendo as duas mirando suas armas, Emma com a que trouxe de Killian, e Regina a que pegou do policial Tom, apontando diretamente pra ele.


Ao contrário do quê Rust imaginava, as duas começaram a disparar em seu caminhão, diretamente no tanque. Não demorou muito para que ocorresse uma enorme explosão.


— NÃO! Meu caminhão!!! — Rust se ajoelhou, olhando diretamente para o quê restara de seu veículo.


As duas voltaram a se sentar e, gargalhando, Regina ligou o carro. A morena acelerou em direção ao Rust e, assim como fez com Ruby, passou levantando poeira em cima do homem.


— SUAS VAGABUNDAS! — Gritou, em meio a tosse causada pela poeira.


SQ


Depois de alguns minutos rindo do quê fizeram a Rust e seu caminhão, O silêncio se instalou entre as duas. Não era um silêncio desconfortável, mas as duas começaram a sentir uma sensação estranha, na estrada em que a levariam para a fronteira com o México. Swan desligou o rádio e as duas ficaram pensativas, até a loira dormir, como já era de costume. Regina continuou pensativa e com aquela sensação quase sufocante, como se algo queimasse em seu corpo.


Mais de duas horas se passaram e a cada minuto, o carro de Mills se aproximava ainda mais da fronteira. Regina também estava atenta a Swan, que há alguns minutos comecara a gemer em meio ao sonho, porém era um gemido sofrido e, por sua expressão, a loira estava tendo um pesadelo. Regina colocou a mão em sua testa, e a viu suar frio, entretanto não demorou muito para a loira despertar.


— Não, Regina! — Acordou em um grito, assustando a morena.


— Ei, meu amor? Estou aqui... está tudo bem? — Mills alternava seu olhar entre Swan e a estrada, se preocupando com a loira, que estava ofegante e tentava se lembrar de onde estava.


— Eu... tive um pesadelo. — Respondeu, ainda olhando para frente.


— Comigo? — Regina perguntou.


— Sim. — Abaixou a cabeça, tentando segurar as lágrimas, após se lembrar de seu sonho.


— Você quer me contar? — Mills colocou a mão no joelho de Swan e apertou, lhe passando segurança.


— Não foi nada demais. — Emma a olhou pela primeira vez, desde que acordara. — Deve ser por tudo o quê me contou. — Forçou um sorriso.


— Meu amor... — Pegou uma das mãos da loira que estava em seu colo. — Isso já passou... não importa mais. — Sorriu, fazendo Emma assentir. — Eu estou bem, nós estamos bem, e seremos muito felizes juntas, ok? — Esperou pela resposta de Emma que sorriu.


— Ok. — Respondeu, fazendo Regina voltar a se concentrar na estrada. Emma queria se esquecer de seu pesadelo, mas a imagem de Regina morta em seus braços, não saía de sua cabeça.


— Ainda falta muito? — Swan, cortou o silêncio.


— Não, já estamos chegando. — Regina a olhou e sorriu. — Só mais...


A voz de Mills morreu e ela arregalou os olhos. Parou o carro, fazendo Emma, que estava olhando para seu rosto, também olhar pra frente, encontrando várias viaturas de policia, em frente a fronteira com o México.


— Gina? — Swan a chamou, sem tirar os olhos dos policiais há alguns quilomêtros em suas frentes. — E agora, o quê faremos? — A morena não respondeu. Ainda tinha a mesma expressão assustada de antes.


— E-eu não sei. — Gaguejou.


As duas viram, quando um dos guardas se comunicava com alguém pelo rádio, e não demorou para que ouvisse um barulho alto atrás delas, causando uma ventânia. De cima do helicoptero, um homem na porta, as observava. Regina não o conhecia, mas já imaginara quem era.
O helicoptero pousou um pouco atrás do carro de Mills, as cercando.


— VOCÊS ESTÃO CERCADAS! — O homem disse pelo megafone, após descer do helicoptero.


— Como eles chegaram aqui tão rápido? — Swan perguntou a Regina. — Esse cara não estava em Boston, com o Killian? — A loira alternava seus olhos entre Graham e Mills que permanecia do mesmo jeito.


— De avião, são apenas 6 horas de distância. — Mills respondeu, porém parecia estar no automático.


— REGINA, POR FAVOR? — Graham começou a falar diretamente com a morena. — SE ENTREGUEM... E EU PROMETO AJUDA-LAS COMO PUDER.


— Gina... — Mills olhou para Swan, encontrando seus olhos já marejados.


— Não se preocupe, meu amor. — Levou a mão até seu rosto, o acariciando. — Eles não irão nos pegar. — A loira respirou fundo, tentando controlar o choro. — Se abaixe, Emma. Cubra sua cabeça e só levante quando eu avisar.


Mesmo sem entender, Swan fez o quê Regina mandara.


— Gina, o quê vai fazer? — Perguntou assustada, ao ver a morena ligar o carro.


— Vou nos tirar daqui! — Respondeu, e pisou com tudo no acelerador, indo em direção as viaturas que estavam colocadas em frente a fronteira.


Assim que os policiais viram o carro de Mills, vindo em suas direções, abriram fogo contra o automovel.


— NÃO, NÃO ATIREM! — Graham corría atrás do carro, com as mãos erguidas, mas nada adiantou, os policiais continuaram atirando em direção as duas fugitivas.


Mills apertava o volante com força e o acelerador também, quando chegou mais perto dos policiais. Apesar de terem que desviar, saindo da frente do carro, eles continuaram a atirar. Eles tinham posicionado, duas viaturas, uma de frente para outra, tentando impedir a passagem, mas Regina não se importou... fechou seus olhos, quando seu carro passou por entre as viaturas, as fazendo girar e ao levar junto a catraca da fronteira, adentrando a cidade de Hector Calderón.


Graham chegou ofegante, perto dos outros policiais que tinham seus corações acelerados.


— E agora, senhor. — Perguntou um dos guardas, enquanto se recuperava, se apoiando em seus joelhos. — O quê faremos?


— Nada. Agora elas são responsabilidade da Policia Federal Preventiva, do México.


SQ


— Você conseguiu! — Swan disse sorrindo, ao se levantar do banco e olhar a cidade mexicana em sua frente. — Eu não acredito... você nos salvou. — Olhou sorridente para Regina.


Mills parou o carro, o desligando. Fechou seus olhos e fez uma expressão de dor que Emma não viu. Lentamente, abriu a porta do carro e tentou sair, mas não teve forças e caiu no chão.


— GINA! — Swan saiu rapidamente do carro e se aproximou da morena. — O quê você tem? Fala comigo. — Colocou Mills em seus braços que abriu os olhos com dificuldade.


— Não pensei que isso doeria tanto... — Sua voz saiu fraca. Olhou para baixo, aonde estava sua mão e Emma acompanhou o olhar, vendo a mancha de sangue, do lado esquerdo do abdômen de Mills, onde sua mão tentava segurar o ferimento em vão.


— Não, não, não, não. — Emma colocou sua mão por cima do ferimento de Regina. — Isso não pode acontecer... não agora e não com você! — As lágrimas de Emma já caíam em sua do rosto de Regina, que, com dificuldade, levou sua mão ao rosto da loira, tentando em vão, seca-las.


— Tudo bem, meu amor. — Tentou sorrir, enquanto Swan negava com a cabeça. — Pelo menos você está livre... enfim poderá ser feliz.


— Do quê me adianta isso, se eu não tiver você? — Regina sorriu fraco, Emma estava repetindo a mesma coisa que ela dissera para a loira. — Do quê me adianta ser livre, se quem eu amo não estiver ao meu lado? — Agora foi a vez de Swan acariciar os cabelos escuros de Mills. — Você também é meu tudo, Regina. — Sorriu, mesmo em meio as lágrimas.


— Eu sinto muito, meu amor. — Mills já não tinha forças pra mantr seus olhos abertos. — Eu deveria ter dito antes... confessado, que você sempre foi o amor da minha vida. — Disse, em um último fio de voz, antes de apagar completamente.


— Gina? — Emma a chamou com o coração acelerado. — Gina, por favor. — A sacudiu, mas a morena não respondeu, deixando somente seu braço cair ao lado de seu corpo. — Você não pode me deixar. — A puxou, abraçando seu corpo.


Após alguns minutos, ainda chorando e grudada no corpo de Regina, Swan levantou seu rosto e olhou em volta, procurando por alguém que pudesse ajuda-la, mas infelizmente a estrada estava vazia. Voltou o seu olhar para o carro, vendo a chave na iguinição.


" Gina, me deixa dirigir?"


" E desde quando você dirige, Swan?"


" Desde os meus dezesseis..."


Emma se levantou rapidamente. Pegou Mills nos braços e a colocou delicadamente no banco detrás. Sentou no banco do motorista e respirou fundo. Deu uma última olhada para o corpo de Regina pelo retrovisor e ligou o carro.


— Você não pode me deixar, Gina... e você não vai! — Segurou firme no volante. — Eu vou conseguir ajuda! — Disse determinada, antes de afundar o pé no acelerador.


Notas Finais


Sobre a história da Regina, no começo, até iria confessar que ela sofreu mesmo um estupro, mas não consegui rs a ideia da fic não é essa então acho que a tentativa que ela sofreu foi mais do quê suficiente.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...