História Bem vindos ao futuro, ou não (snames) - Prólogo

Mais um dia normal em hogwarts, bom pelo menos nas normálias para uma escola de bruxaria. Estava no horário da primeira aula do dia, corredores vazios, salas lotadas e professores ensinando suas respctivas matérias. 

O silêncio dos corredores logo foi tomado por James e Sirius rindo como duas gazelas enquanto corria pelo local. Ambos desesperados por estarem atrasados para a aula de poções que tinham em conjunto com a sonserina, tudo isso graças ao Potter que perdeu seus óculos no quarto. Remus e Pedro já estavam na aula a séculos esperando pelos mesmo, como sempre o grupo era formado por dois responsáveis e dois irresponsáveis.

James e Sirius invadiram a sala de aula com rapidez, logo recebendo um olhar reprovado do professor de poções que estava a dar aula para a turma.

— senhor Black e senhor Potter, creio que estejam bem atrasados — disse o professor em um tom nada amigável.

— perdão professor — murmurou Sirius, porém não estava nem um pouco arrependido.

— não iremos nos atrasar de novo — disse James.

— assim espero, menos 10 pontos para a grifinória por seus atrasos e vão para seus lugares — disse o homem voltando a sua atenção para a aula.

Com as reclamações dos grifinórios e exclamações de alegria da sonserina por conta dos prontos perdidos os dois leões foram para seus lugares, que como sempre ficava atrás de Remus e Pedro. Sirius e James não exitaram em se sentar em seus respetivos lugares e pegarem seus materiais para a aula.

— vocês estão bem atrasados — comentou Remus em tom baixo para o professor não ouvir.

— obrigada por avisar, nós nunca saberíamos sem sua importante ajuda ó sábio Remus — disse Sirius com sarcasmo para seu namorado.

Sim, Sirius e Remus estão namorando a mais de 2 anos. Não foi novidade para os marotos quando descobriram isso, pelo contrário, sempre imaginavam e apoiavam os dois com relação ao namoro. 

James sempre dizia que ele seria o padrinho do casamento deles dois e dos filhos que virão, Sirius como o bom amigo que é, só confirmou tudo. Era impressionante como Remus mandava e demandava em Sirius e ele como um bom cachorro que era apenas obedecia.

— continue assim e eu entro de greve por 1 ano — comentou Remus, rindo com a cara de desespero de Sirius.

— não faz isso amor — pediu o Black fazendo manha.

— se fodeu amigo — disse James para Sirius como forma de lamentação pela sua perda.

Os olhos do Potter passaram para a sala em sua volta e algo o chamou a atenção, Severus Snape _seu alvo mais antigo para brincadeiras_ não estava ali. Isso gerou uma certa curiosidade no grifinório, pois o sonserino nunca, em hipótese alguma perdia aula de poções. Ainda mais se considerar que estão no último ano da escola, tinha algo de errado.

— ela não vai poder vir hoje — disse Pedro para James, tirando assim o Potter de seu subconsciente.

— como assim? — perguntou confuso encarando o amigo.

— a Lilian, ela não irá vir hoje — disse Pedro como se fosse óbvio — estava pensando nela não foi? — perguntou erguendo as sobrancelhas.

— sim, claro, claro que sim. Em quem mais eu pensaria? — perguntou James nervoso, na verdade, nem tinha notado que a ruiva não estava na sala.

Com essa resposta James e Pedro voltaram a olhar em direção ao professor que explicava um assunto muito importante, porém James não estava prestando atenção. Os pensamentos do Potter eram só sobre o motivo de Severus ter faltado a escola naquele dia, não que ele estivesse preocupado, nada disso. O motivo de James estar procurando o Snape é apenas por conta de que é legal brincar e implicar com o sonserino nas aulas, pois o mesmo nunca faz nada para o impedir. 

Uma presa fácil.

— então alunos, com esse espelho é possível ver o futuro de uma forma precisa — disse o professor.

Nesse momento a matéria passou a ser interessante para James, um espelho que mostra o futuro. Maravilhoso.

— almofadinhas? — perguntou James usando um tom malicioso para o amigo.

— pontas — respondeu Sirius com o mesmo sorriso para James.

— ah não, não mesmo. Eu conheço esses sorrisos — acusou Remus olhando seus amigos — vocês não vão mexer com essa magia, pois caso não tenham escutado, é magia profunda e esse tipo de magia é imprevisível — avisou os amigos e namorado.

— você tem razão aluado — disse James e Remus sorriu para o amigo.

— nós não vamos mexer com o espelho — disse Sirius sinalizando com seu dedo indicador para James e ele — nós vamos — disse sinalizando para todo o grupo dos marotos.

— eu tô fora, tenho um trabalho com Arthur e Molly hoje — disse Pedro, ele não tava a fim de ver o futuro, era uma ideia assustadora.

— você tá andando demais com eles já Pedro, nos trocou? — perguntou Sirius fazendo seu típico drama para seu amigo.

— obvio que não, só não quero mais uma suspensão e não quero saber meu futuro também — disse o menor como se fosse uma resposta óbvia.

— por que não quer o ver? — perguntou Remus confuso.

— não acham assustador? Digo ver o que irá acontecer nos seus futuros? — perguntou Pedro negando seus amigos de formas seria.

— não — responderam Sirius e Remus ao mesmo tempo, Pedro só revirou os olhos para a informação.

— meu futuro já está definido, vou casar com meu lindo lírio e ter filhos com ela — disse James sorrindo de forma boba.

Os amigos do reviraram os olhos, iriam refutar quando o professor lhes mandou um olhar que significava “calados e prestem atenção na aula” e logicamente eles obedeceram.

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Com a chegada da noite em hogwarts os marotos ficaram mais agitados, Pedro queria fazer o trabalho, Sirius estava querendo ver seu futuro, Remus com medo de levar uma suspensão e James, bom… Esse só queria saber o que ouve com Snape.

O dia passou bem rápido para o desespero de Remus, esse que a cada hora tinha mais medo de ir procurar o espelho. Ele já podia ver a bela suspensão que eles iriam levar e não estava nem um pouco afim disso, porém tinha que ir para cuidar de seus amigos.

A hora do jantar chegou rápido e com isso a ansiedade de James, ele não havia visto Severus o dia todo. O mesmo tinha esperança de o encontrar no grande salão, porém já estava quase na hora de se recolher e nada do sonserino aparecer. A cada pessoa que entrava no salão o Potter olhava esperançosamente, porém sempre que via que não era quem ele queria e fechar a expressão. 

O motivo de tanta curiosidade? James não fazia ideia.

Os marotos notaram a ansiedade de James, porém como Lilian não estava lá pensaram que a preocupação era dirigida para ela. Lamentável engano, pois o Potter nem notava a ausência da ruiva. A porta do Grande salão foi aberta mais uma vez é James sem muita animação voltou seus olhos para a mesma esperando o mesmo resultado de antes, porém para sua surpresa era o Snape que entrará.

O sonserino vestia seu típico uniforme folgado da sonserina, porém não estavam mais gastos como os de antigamente, seus cabelos negros e de aparecia oleosa estavam soltos sobre o rosto pálido do mesmo. Severus não era muito alto e pelo que James constatou não era musculoso também, ele tinha uma estrutura pequena e magra. Nas mãos de Severus um livro aberto, esse que ele lia atentamente enquanto caminhava para a mesa das serpentes.

James viu de longe o sonserino se sentar entre Regulus e outro sonserino qualquer, ao sentar ao lado do Balck mais novo Severus passou a conversar animadamente com o mesmo. James não gostou nenhum pouco daquela proximidade, hora que absurdo!. 

Ele gesticulaca com as mãos e falava livrimente com Regulus, outros sonserinos ouviam a conversa e até mesmo riam algumas vezes. James estava curioso para saber o que tão engraçado no Snape, ele parecia ser tão chato. 

Em um certo momento da conversa Regulus colocou uma mecha de cabelos que estavam na frente do rosto do sonserino e colocou atrás de sua orelha, ele não parecia ter nojo do cabelo de Severus assim como Lilian. Esse movimento deixou James inquieto, um sentimento de raiva se apossou dele.

“Como o ranhoso pode deixar que alguém o toque assim em frente a todos dessa maneira?” perguntou mentalmente o Potter.

— se você encarar mais um pouco, ele irá notar — disse Sirius tirando James de sua concentração na mesa das cobras.

— você não acredita que seu irmão está muito grudado no ranhoso ultimamente, não? — perguntou James tentando ser casual, porém fracaçando miseravelmente — ele está quase com o seboso no colo! — alertou de olhos arregalados para esse pensamento.

— ciúmes do Snape, James? — perguntou Pedro de forma provocativa para James.

— creio eu que sim. Cuidado pontas, pois os Blacks são naturalmente sedutores — disse Sirius entrando na brincadeira.

— o Regulus vai acabar o conquistando, você irá ficar sem nada dessa maneira meu amigo — disse Remus, ele estava se divertindo com a raiva de seu amigo.

— o que? Claro que não. Eu com ciúmes? Do ranhoso? Credo. Ele é asqueroso — disse James de forma nervosa.

Hora essa, como seus amigos podiam pensar uma coisa assim em relação a ele?

Isso é um absurdo, ele não estava com ciúmes do ranhoso. Que Regulus o engula até os ossos, pois James não se importava. Não mesmo.

— sei não ein pontas, esse seu ódio todo por ele é bem suspeito acredito que é tesão incubada — disse Sirius ainda sorrindo para James de forma provocativa.

— eca, e você também o odeia — alertou o Potter, não querendo demonstrar como aquela conversa estava o encomendando.

— eu não o odeio, só faço as pegadinhas para te acompanhar — disse o Black dando de ombros, na verdade Sirius realmente não tinha nada contra o sonserino.

— eu também — murmurou Pedro e Remus ao mesmo tempo.

— espera, espera aí. Agora vocês vão defender ele?… É o seboso gente — disse James como se seus amigos estivessem o traindo.

— não sei não, esse seu ódio por ele ainda vai te levar por cominhos imagináveis meu amigo, pode esperar — disse Pedro se levantando e indo em direção a saída do salão.

James ficou pensativo, o que será que Pedro queria dizer com aquilo?

— voltando ao assunto… — murmurou Sirius — onde vocês supõem que está o espelho que mostra o futuro que o professor falou? — perguntou.

— conforme a lógica, o espelho fica localizado na sala mais segura do Castelo — disse Remus sussurrando para os amigos.

— que sala? — perguntaram os morenos ao mesmo tempo.

— o escritório de Alvo Dumbledore — disse Remus empolgado, ele não queria ir, porém estava curioso.

— é super fácil entrar lá — disse Sirius, ele é seus amigos já haviam invadido aquela sala um milhão de vezes.

— melhor irmos para o dormitório, quando todos estiverem dormindo nós vamos entrar na sala do diretor e cer nosso futuro — disse James.

Sirius e Remus concordaram terminaram seu jantar com calma logo após se levantaram cumprimentando alguns grifinórios da sua mesa e começaram a caminhar em direção a saída. Estavam anciosos para a hora que iriam ver o espelho, porém tinham que esperar até mais tarde para isso. Ao chegarem no corredor James avistou Severus e Regulus conversando com os rostos bem próximos e aquele desconforto novamente o atingiu.

Movido por seu impulso repentino o Potter esbarrou com força no Snape com seu ombro, fazendo o mesmo ir ao chão com o impacto inesperado.

— olha por onde anda ranhoso — despejou James com ódio.

Ele só queria separar aqueles dois, mas para sua infelicidade Regulus se abaixou a sua frente e levantou Severus, o erguendo com suas mãos na cintura do mesmo.

— vê se cresce Potter — disse Regulus com raiva, porém em momento algum tirou seus braços de Severus.

— deixa ele Regulus, vamos embora — disse Severus, ele não iria deixar que o Potter acabasse com seu humor.

Os sonserinos continuaram seu caminho calmante com os braços de Regulus ainda em volta da cintura de Severus para o ódio de James, esse que ficou só observando a cena.

— o que foi isso pontas? — perguntou Sirius atrás de si.

— não foi nada Sirius, não foi nada — disse caminhando em direção a sua comunal.

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— vamos logo — sussurrou James para o casal de amigos atrás se si.

— estamos indo, calma — sussurrou de volta Remus.

O castelo inteiro já se encontrava dormindo naquele momento, todos menos os marotos que estavam no escritório de Dumbledore em busca do espelho. Sirius e Remus estavam se certificando que ninguém iriam os ver enquanto James olhava para o espelho a sua frente.

Remus ainda tinha um estranho pressentimento estranho sobre o espelho, pois o professor os avisou que a magia não era confiável. Mas como sempre a curiosidade dele falou mais alto que sua razão, era loucura, era arriscado, porém ele tinha ficado curioso.

Para James o espelho era…

Era um espelho simples, com estrutura antiga e totalmente negra. Ao lado direito e esquerdo do espelho tinham velas, essas que estavam apagadas. Seria um espelho totalmente normal se James estivesse vendo um reflexo no próprio, isso o assustou.

Afinal se não tinha reflexo seu no espelho do futuro queria dizer que ele não tinha um futuro, certo?

— por que não está mostrando nada? — perguntou James apavorado para Remus.

— isso não parece um bom sinal, ou foi um boato do professor — disse Sirius tranquilizando seu amigo.

— se vocês estivessem prestado a mínima atenção na aula de hoje saberiam que tem que ativar o espelho. Idiotas — disse Remus afastando James do espelho e ficando em frente ao mesmo — Speculum activate — disse para o objeto.

No mesmo instante o espelho passou a brilhar e refletir um reflexo de uma mão segurando uma flor negra, era tão real.uma brisa fria percorreu por toda a sala os trazendo calafrios, as velas antes apagadas se iluminaram com uma chama vermelha. Em um certo momento a mão saiu do espelho e se tornou real com ela junto a flor, James estava hipnotizado assim como seus amigos. Nenhum deles maxia um músculo por seu medo, exceto por Sirius.

O Black esticou sua mão direita para pegar a Rosa e só deu tempo de escutar o pedido de Remus.

— Sirius não! — gritou o lobisomem oara seu namorado.

Tarde demais, os próximos segundos foram de pura magia e luzes.

As luzes eram tão intensas que os três marotos ali presentes fecharam seus olhos com intensidade, só os arriscaram abrir novamente quando a luz suavisou.

O local onde estavam não era mais o escritório de Alvo Dumbledore, era uma sala totalmente devastada, móveis revirados, vasos quebrados, livros espalhados pelo chão.

Para os marotos só restaram uma pergunta, onde estavam?

— mas… Que porra? — disse um homem bonito, alto de óculos, ombros largos, cabelos bagunçados e belos traços faciais.

James conhecia aquela voz, mas… Não era possível.

Ou era?

Continua...