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História Bênção da Lua(Reescrita) - Mraparty


Escrita por: amanteigada_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 3 - Mraparty


   Do outro lado de Paris estava ocorrendo uma festa, mas não uma festa qualquer, era a festa. Todos se divertiam e comemoravam mesmo sem motivo aparente. Uma garota passava entre as pessoas enquanto distribuía pequenos copos com tequila. De repente, luzes se apagaram e murmúrios puderam ser ouvidos. Um feiche de luz vinha diretamente de uma pessoa e podia se ver o policial Roger com sua tropa da polícia.

— Pare imediatamente este som!— Ordenou e o Dj não exitou, assim obedecendo. Os murmúrios aumentaram — Esta é uma festa ilegal, quero saber o responsável!

A jovem de pele branca e cabelos tão sedosos na cor de um castanho ergueu uma das mãos enquanto entregava a bandeja de bebidas para alguém, logo atraindo todos os olhares dali para si. O Policial Roger forçou uma tosse e avaliou o local a sua volta.

— Sou eu.— Ela achou sua voz rouca para começar a explicar— Nós só queríamos nos diver...— Foi bruscamente interrompida pelo peito estufado do policial que arrumou o chapéu em sua cabeça

— Muito bem, levará uma multa por esta festa.— Avisou já puxando seu bloco do bolso. Conteu-se na frente de tantos jovens quando na verdade queria dizer "baderna"

— Mas por quê?— Os olhos da jovem estavam lacrimejados, mas não por levar uma multa. Sentia as pessoas atrás de si comentarem, e muitos eram menores de idade que seriam descobertos pelos pais graças a apreensão da policia. A garota ouviu, mas se recusava a chorar. Não queria mostrar que estava sendo fraca

— O som está alto, o local passou do limite de pessoas e a senhorita é menor de idade para gerenciar uma festa. Quer mais motivos?— O pingo de tristeza que a jovem antes sentia agora era substituída por puro ódio. Os comentários atrás de si não pouparam na maldade

Eu avisei que vir na festa dessa perdedora seria desgastante.

A minha mãe vai me matar se sentir meu hálito!

É isso que acontece quando uma qualquer tenta impressionar. Tudinho dá errado. Ela vai se ver comigo no colégio amanhã.

Por que as pessoas queriam impedi-la de fazer sua festa? Não poderiam simplesmente deixá-la curtir? Agora havia decepcionado todos os colegas de classe, seu pai não podia descobrir sobre isso!

— Todos circulando!— Exclamou um dos policiais, e logo o local foi se esvaziando até só sobrar a jovem ali

— Esses idiotas não sabem de nada!— Gritou ela tentando esvair sua raiva. Não demorou para as lágrimas que estava segurando com tanta força saírem dos cantos de seus olhos. Por fim, a garota se permitiu sentar no chão

Ruy só queria aproveitar a primeira festa que estava dando na vida para conseguir agradar a garota mais influente de sua classe, mas eles a tiraram isso.

Uma borboleta negra estava se aproximando sem ela ver, o que fez o inseto se infiltrar no sopra-fitas que a jovem tinha em mãos.

Mraparty, eu sou Hawk Moth. Eles acabaram com sua festa, então a partir de agora te dou poderes para acabar com a festa deles.— Dizia a voz que provocava arrepios em qualquer cidadão de Paris— Só preciso que pegue os Miraculous de Ladybug e Chat Noir.

A festa vai começar!— Ruy então foi coberta por algo como uma massa escura e logo se transformou em Mraparty. A akumatizada soprou o sopra-fitas que tocou em uma mesa próxima e o objeto começou a dançar e pular

Paris estava em perigo novamente.


Marinette dava longos suspiros enquanto olhava uma foto de Adrien em sua parede do quarto. Sempre se perguntava como o garoto conseguia ser tão bonito. Tikki apenas observava de longe enquanto comia um apetitoso cookie. O despertador havia tocado há cinco minutos, mas desde que a azulada acordara só ficou encarando sua parede como se fosse mais interessante que seu dia.

— Marinette, você tem colégio.— Alertou a kwami

— Não quero ir, Tikki.— Choramingou— Me sinto exausta por dentro, não quero sair de casa por nada.— Ela cruzou os braços e fechou os olhos

A kwami deixou o cookie de lado para ir convencer sua portadora, mas então um som alto pôde ser ouvido do lado de fora, provavelmente da rua. Marinette se levantou em um pulo enquanto seu corpo estrava em modo alerta e subiu para seu terraço. Vários objetos inanimados estavam dançando na rua. Chegou a esfregar sua mão nos olhos para ver se estava enxergando direito, só podia estar em um de seus devaneios. Logo avistou uma garota com um vestido de papel colorido e cabelo rosa claro. Em sua mão havia um sopra-fitas grande bastante suspeito.

— Ah, não.— Murmurou assim que percebeu que a visão que estava tendo não era coisa de sua imaginação fértil— Mais uma vítima do Hawk Moth!— Exclamou irritada enquanto observava as pessoas correndo em desespero. Será que as pessoas não podiam ficar tristes em paz?

— O colégio pode esperar, Paris é mais importante.— Tikki comentou sabiamente

Tikki, transformar!— Marinette assim que concluiu sua transformação e saiu pulando os prédios, ela avistou a postura da vilã de ser forte e não parava de esboçar um sorriso enorme


Adrien estava escovando seus dentes enquanto ouvia Plagg reclamar de como estava faminto. Tirou o excesso de creme de dente e saiu do banheiro. De sua janela pôde ver fogos de artifício bastante coloridos e altos. Arqueou uma sobrancelha enquanto se aproximava para tentar ver melhor. Esqueceu alguma data comemorativa?

— Vocês humanos arrumam motivo para comemorar tudo.— Disse Plagg enquanto flutuava até a janela e observava o que estava acontecendo nas ruas— Adrien, é melhor você me alimentar.— Cantarolou enquanto seus pequenos olhos observavam duas árvores dançarem tango sem música

— O que está acontecendo, Plagg?— O loiro agora tinha uma expressão de confusão. Pegou um pedaço de queijo e jogou para o kwami que catou o alimento no ar com uma grande abocanhada

— Mais uma akumatização.— Respondeu o pequeno e em seguida engoliu todo seu camembert

— Plagg, mostrar...— Três batidas em sua porta o fizeram calar-se imediatamente. O pequeno kwami se escondeu na cama e Adrien ajeitou a postura. A porta se abriu e revelou uma Nathalie com a mesma feição séria de sempre

— Adrien, seu pai pediu para comunicar que você não irá ao colégio hoje. As ruas estão agitadas e é perigoso você sair.— Avisou a mulher enquanto o observava atentamente. Nada passava despercebido por ela. Pelo menos era o que pensava

Adrien assentiu e a porta foi fechada novamente. Talvez fosse realmente bom não ter que sair para ir ao colégio hoje, só assim poderia fingir estar trancado em seu quarto em completo silêncio e como se não existisse naquela casa.

Plagg, mostrar as garras!— Fez sua transformação e saiu por sua janela. Estava tão acostumado a fazer isso que já estava no modo automático

Saltou pelos prédios encarando cada canto da rua. Tudo tinha aparência e a animação de uma festa. Logo avistou pessoas dançando e pulando junto com objetos. Mas o que é isso agora?, pensou. Uma fita passou ao seu lado cortando o vento e por pouco não o atingiu. Olhou para a direção que o objeto veio e viu Mraparty lhe encarando com as mãos balançando no ar

— Festa! Aposto que gosta de se divertir, hum?— Comentou ele enquanto sacava seu bastão

— Logo toda França será contagiada por minha dádiva de dar as melhores festas!— Gabou-se a vilã— Guarda a última dança pra mim, bichano?— A fala poderia facilmente se enquadrar como uma cantada

— Melhores festas, puff.— Chat Noir desdenhou e usou seu bastão para descer até ficar frente a frente da vilã

Ela abriu um enorme sorriso e ambos começaram a travar uma luta. Chat tentava a acertar com o bastão e ela tentava o acertar com o sopra-fitas.

— Não vai acabar com minha festa, gato mal-criado!— Exclamou ela— Não esqueça de cumprimentar o anfitrião Hawk Moth!


Mais alguns minutos se passaram e Ladybug apareceu ao lado de Rena Rouge. Ela havia ativado seu talismã na mesma hora que se transformou e ele havia dado a pista de chamar ajuda. Explicaria isso para Chat Noir mais tarde.

— Diz pro Hawk Moth que não é por quê ele não tem uma vida que as outras pessoas não podem.— Disse Ladybug enquanto girava seu io-io

— Ladybug, tenho um amigo que quer seu Miraculous!— Disse a akumatizada enquanto dava um chute em Chat Noir de modo que o fez cair longe

Continuaram lutando até Rena Rouge usar seu poder e fazer uma miragem da tropa de policiais. O sangue de Mraparty ferveu e ela voltou sua atenção para a ilusão em sua frente.

— Não vão me impedir de fazer minha festa!— Disse com os punhos fechados e soprando seu sopra-fitas em direção deles, que logo se desfizeram como poeira quando o contato os alcançou

Cataclismo!— Chat acionou seu poder e tomou o sopra-fitas de Mraparty que não conseguiu ser rápida o bastante

A borboleta negra saiu do objeto e Ladybug se aproximou. Capturou a borboleta e a purificou, em seguida obtendo uma borboleta completamente branca como neve. A akumatiza voltou ao normal e olhou em volta com uma expressão confusa. Suas últimas lembranças haviam sido apagadas como se outra pessoa tivesse possuído seu corpo e ela apenas sentisse o cansaço.

— Chat, pode levá-la?

— Claro, Ladybug.— O herói balançou a cabeça num aceno e caminhou até a garota assustada no chão. A heroína arqueou a sobrancelha por um instante, intrigada

Tudo tinha acabado bem mais uma vez.


(...)


— Tikki, estou com medo.— Confessou Marinette enquanto abraçava seu travesseiro mais tarde naquele dia

— Do quê, Marinette?

— De ter magoado profundamente o Chat Noir. Na conversa que tivemos ele não parecia nada bem.— Se recordou da conversa na varanda e suspirou— Ele acredita que Ladybug irá amá-lo um dia.

Você não acredita, Marinette?— A pergunta baixinha de Tikki a pegara de surpresa.

Ela acreditava que um dia poderia amar Chat Noir? Deixar de amar Adrien sequer era uma opção, seus sentimentos pelo modelo eram fortes e reais. Chat Noir era... bem, Chat Noir era uma pessoa cuja identidade a azulada não sabia. Como poderia amar alguém que nem sabia quem era? Talvez pudesse acabar com a dúvida questionando ao parceiro como ele amava Ladybug sem saber quem é por trás da máscara. Marinette reconhecia que era uma pessoa completamente diferente quando não estava transformada, e o caso de Chat Noir muito provavelmente também seria assim. Se permitir apaixonar-se pelo herói seria como cair em um poço cujo final era desconhecido. Ela nunca saberia realmente se ele era assim. Amar Adrien era fácil: ele era perfeito, simples e nunca a fazia questionar as coisas. Ele era a personificação da paz. E Chat Noir era justamente o contrário, era um barulho que balançava sua cabeça e colocava tudo em uma completa desordem.

— Eu amo o Adrien, Tikki. Acho que isso basta.— Suspirou e se virou para a parede— Boa noite, Tikki.— Fechou os olhos e torceu mentalmente para o sono vir rápido

  Funcionou, o sono a atingiu como um raio, mas seus sonhos foram ocupados por um par de olhos verdes esmeralda e sorriso extremamente charmoso. Essa era sua marca.




Notas Finais


Beijo! ❤️🐞


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