Luke.
Depois que Alice saiu pela porta, senti que alguma coisa de ruim iria acontecer.
- Deixa ela Luke. – Madison disse atrás de mim.
- VOCÊ VIU O QUE FEZ? – gritei, podia sentir uma veia do meu pescoço pulsando. – ESTRAGOU O MEU CASAMENTO, O SEU E MINHA AMIZADE COM O ASHTON!
- Não diga tudo isso como se a culpa fosse minha. – ela deu de ombros se defendendo. – Você aceitou aquele beijo na festa do Calum.
- Claro que a culpa é minha. O que eu tinha na cabeça quando eu fiquei com você? – perguntei a mim mesmo, e dando tapas na minha testa.
- Você gosta de mim.
Madison se aproximou de mim e quando ela ia me beijar, eu virei o rosto e a empurrei.
- Vai embora! Não quero mais nada com você.
Ela me olhou surpresa.
- Eu deixei o Ashton por você e agora você vai me chutar como se eu fosse um cachorro?
- Nada disso era pra acontecer Madison. Eu amo a Alice, custei muito para conquistá-la e você sabe disso. Achei mesmo que você gostava do Ash, nós dois te ajudamos a ficar com ele e é isso que você faz?
Vi que estava chovendo muito, então peguei um casaco e as chaves do meu carro.
- Aonde vai?
- Atrás da minha esposa. É melhor você ir, vou levar as crianças para a casa do seu marido.
- Eu vou com você.
- NÃO! Eu não quero sua companhia.
Segundos depois, ela saiu. Chamei os meninos e expliquei que Alice não estava em casa e que eu teria que sair.
Todos já estavam no meu carro e segui para a casa do Ashton. Tinha esperança de Alice estar lá, mas acho que seria muito óbvio estar lá.
Estacionei na frente do portão da casa dele e apertei a campainha. Estava com muita verginha de olhar na cara do meu melhor amigo depois de ter ficado com a mulher dele. É, eu sou um idiota!
- Luke! – ele exclamou assim que me viu. Ele olhou para as crianças que estavam ao meu lado, brincando um com o outro. – Achei que a Lindsay ia ficar na sua casa.
- É que eu e a Alice brigamos e ela saiu de casa, eu estou indo procurá-la e não posso deixar eles sozinhos em casa. Será que você viu ela por ai?
- Não, a última vez que a vi foi quando ela pegou as coisas da Lindsay.
- Se importa se eu deixar eles aqui enquanto eu vou procurá-la?
- Não, mas quando encontrá-la, me avise.
Assenti e depois das crianças estarem dentro da casa, comecei a procurar Alice por, literalmente, Londres inteira. Eram duas horas da manhã e eu já havia procurado por todos os lugares, perguntado para várias pessoas e sempre recebia a mesma resposta: ninguém a viu. Decidi que iria procurar fora de Londres.
A chuva já havia parado e enquanto dirigia, várias ambulâncias e carro de polícias passavam por mim e mais a frente, uma movimentação de pessoas com esses carros e ambulâncias. Eu, como um curioso que sou, desci do carro e fui ver o que estava acontecendo.
Era óbvio que era um acidente e vi o carro porsche vermelho todo amassado. Espera, porsche vermelho? Corri em meio a multidão e meu coração quase parou quando vi Alice sendo levada em uma maca para dentro de uma ambulância.
- O que aconteceu com ela? – perguntei desesperado para um enfermeiro.
- Sofreu um acidente. Você é parente dela?
- Sim, sou o marido. Posso ir com ela?
- Não tem espaço na ambulância, mas pode nos seguir.
Concordei e fui direto para o meu carro, logo em seguida, seguindo a ambulância. Eu estava agoniado, arrependido, mas sabia que mesmo depois dela se recuperar, ela vai querer pedir o divórcio e com certeza, a guarda do meu campeão. Mas isso não vai acontecer, eu vou conseguir concertar essa situação, eu acho.
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Quase quatro horas que eu estava naquele hospital, esperando alguma notícia de Alice. Nenhum médico apareceu e aquilo estava me deixando mais culpado. Nada disso teria acontecido se eu não tivesse ido aquela festa, eu sabia disso! Nunca me perdoaria se alguma coisa mais grave acontecesse com a Alice.
Meu celular começou a vibrar no meu bolso, o peguei rapidamente e na tela estava escrito “Madison”. Como ela ainda tinha a cara de pau de me ligar? Revirei os olhos e rejeitei a chamada.
- Sr. Hemmings? – o médico me chamou e me levantei da cadeira.
- Como está a Alice? – perguntei, com esperanças de que ele me dissesse alguma notícia boa.
- Infelizmente, não tenho boas notícias. Ela entrou em coma e não sabemos quando ela poderá acordar.
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