- Regina você está bem? – perguntou Robin indo em direção a morena que havia terminado de vomitar.
Ela voltou a deixar seu corpo ereto, que estava curvado no vaso sanitário, foi até a pia sem dizer uma palavra, o gosto amargo que tomava conta de sua boca a incomodava, abriu a torneira e lavou a boca com a água gelada umas três vezes seguidas, com o intuito de se livrar daquele gosto.
- Regina? – o loiro se aproximou ainda mais. Agora ele vestia apenas sua cueca.
- eu estou bem – ela disse sem olhar pra ele, estava começando a desconfiar o que estava acontecendo com ela, mas não queria acreditar que aquilo era possível e que estava realmente acontecendo.
- você tem se sentido assim a quanto tempo? – Robin também tinha suas desconfianças.
- e isso te importa? – ela finalmente olhou nos olhos azuis do loiro – porque quer saber? – ela o enfrentou.
- porque você pode estar grávida. – ele foi direto e tão firme quanto ela, a morena estremeceu sabendo que poderia ser verdade – e pode ser meu filho – ele disse mais calmo.
- não, não pode ser – ela passou ao lado dele como um raio e deixou o banheiro, chegou na beira de sua cama e começou a se vestir com pressa.
- sim, pode ser sim Regina – ele dizia, seguindo-a, sabia que não seria nada fácil para a rainha se ver numa situação dessas.
- vai bem embora daqui agora! – ela tinha que resolver isso sozinha
- como assim? – ele franziu o cenho
- você é burro? – ela o fitou com raiva – eu mandei você ir – ela continuou encarando o loiro, que não insistiu e se retirou.
A morena finalmente se viu sozinha no seu imenso quarto, agora estava extremamente aflita, andava de um lado para o outro com passos firmes, tentava pensar em algo que resolvesse seu problema, e por um segundo parou de andar, como se tivesse lembrado de alguma coisa, sorriu.
- Rumplestilsken. – fez uma pausa e olhou em volta – Rumplestilsken. – aumentou o tom de voz como se fosse chamar alguém em outro cômodo.
- sim, querida – ele disse, aparecendo atrás dela.
- preciso que você me ajude a descobrir uma coisa – ela virou-se para ele aflita.
- eu sei, por isso que eu vim – ele deu um passo em direção a morena.
- não pode ser verdade, né? – ela esperava uma resposta negativa dele.
- é o que vamos ver – ele estendeu uma de suas mãos lentamente em direção a morena, na altura de seu ventre, e assim que a tocou sentiu uma forte energia passar por suas veias e se afastou num rompante, olhando para a mulher como se estivesse espantado
- e então? – a morena ainda esperava uma resposta negativa.
- Regina, você está grávida – ele foi direto, sem rodeios, a morena arregalou os olhos em espanto, não sabia o que fazer.
- não! Não! Desgraçado! – ela fez um movimento horizontal com as duas mãos e derrubou alguns dos seus frascos de perfume – ele não pode ter me engravidado! – ela respirou fundo com ódio – filho da puta! – mais frascos de vidro se tornaram cascalhos e pó.
- de quem exatamente você está falando? – rumple queria confirmar quem era o pai.
A morena parou para pensar.
- eu quero tirá-lo de dentro de mim – ela disse fria
- eu não posso fazer isso Regina, minha mágica não pode tocá-lo, só consegui sentir que esse bebê está aí, mas está protegido por algo muito mais forte – explicou ele, a morena se deu por vencida
- de quanto tempo? – ela tinha a respiração ofegante poro conta do ódio que sentia, e agora se encontrava apoiada com as duas mãos em sua penteadeira, e olhou para o homem por cima de um dos ombros.
- não consigo ver, há algum tipo de proteção nessa criança como eu já te expliquei, não posso tocá-la. – dizia rumple visivelmente irritado.
- não tenho como saber então, a diferença entre os dois é mínima. – ela dizia com a voz alterada.
O homem arregalou os olhos com a informação, e como não queria se envolver em toda aquela situação, sumiu em sua fumaça preta. A morena soltou um grito de ódio, saiu do seu quarto e seguiu pelos corredores enxergando apenas o que estava em sua frente, ela passou pela porta de Robin, e lá ele estava, mas não o notou.
- regina! – ele chamou, ela seguiu andando a passos pesados, cheia de raiva, ele começou a correr atrás dela, para alcança-la – Regina! – ele a segurou pelo braço e a rainha finalmente parou, fixou seus olhos nos do loiro.
- ah você – ela disse com desgosto.
- você já tem alguma novidade sobre...- ele hesitou falar, mas levou seus olhos até o ventre da morena, lembrando-a do assunto.
- estou grávida – ela disse seca.
- eu vou ser pai? – os olhos dele brilharam, ela estranhou um homem ficar feliz com essa noticia.
- ainda não sei, caso você não se lembre – ela ficou de frente pra ele, até então estava de lado – você não foi meu primeiro, nem foi o único. – ela disse provocando-o
- eu sei Regina, mas...- aquilo o atingiu como um tiro.
- mas nada, você pode ou não ser o pai, e assim como você, Graham também tem que ficar ciente disso– ela disse como se o assunto a entediasse.
- isso é uma loucura. – ele a soltou e passou as mãos pelos cabelos – eu sei que eu sou o pai.
- como você pode ter tanta certeza, se nem eu sei? – ela perguntou intrigada.
- não sei como, só que – ele parou como se já sentisse amor pela criança – é meu também, eu simplesmente sinto.
- pois você pode estar errado, pode muito bem ser do Graham – a morena foi interrompida.
- nunca mais diga isso! Eu sei que é meu! – disse Robin com ciúmes e irritado, a morena fixava seus olhos negros nos azuis, tentando entender o porque de toda aquela irritação.
- esse filho é meu Regina, eu sei que é.
- filho? Quem está grávida? – perguntava Graham que acabou ouvindo a conversa enquanto se aproximava.
- eu, eu estou – respondeu regina enojada.
- eu vou ser pai? – perguntou Graham com brilho nos olhos, a morena revirou os dela.
- eu não sei qual dos dois vai ser pai, então parem de encher minha paciência. Quando essa criança nascer vamos descobrir – ela se retirou, deixando os dois lá, se olhando, cheio de ódio no olhar.
Os dois estavam sozinhos no corredor se encarando, o silencio dizia muitas coisas entre os dois homens.
- você não vai tirar esse filho de mim, assim como tirou Regina – ameaçou Graham.
- esse filho é meu, e você sabe! O que eu e a Regina temos é diferente – o tom de voz era baixo, porém amedrontador.
- se você morrer, a Regina ainda vai precisar de um pai pra essa criança não vai? – Graham sorriu como um psicopata.
Enquanto isso cora ouvia tudo na esquina do corredor, sem ser vista.
- Regina grávida? Talvez eu tenha que resolver isso também – ela disse, indo em direção ao quarto da filha.
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