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História BEST FRIENDS - ziam - Chapter Fifteen


Escrita por: BOYDFOREVER2

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 15 - Chapter Fifteen


terceiro dia

"Cara…

Eu… Eu não consigo acreditar que você tá aqui.

Não faz o menor sentido, Zayn…

É muito estranho te ver assim, deitado nessa maca, desacordado com todas essas merdas… Eu…

Cara, você não pode ir embora. Não pode. Você precisa conhecer meu futuro namorado, se lembra que prometeu ser o padrinho do meu casamento? Então, cara, não se atreve a morrer.

Eu não faço ideia se você me escuta, ou se você sente quando pego na sua mão… Mas quero que saiba que eu te desejo toda força do mundo pra superar isso. Você consegue, amigo. Por favor, não morra.

Por favor.

Eu te amo."

O balançar do ônibus tornava difícil o simples ato de pensar. O dia estava chuvoso e barulhento e isso, estranhamente, trazia um pouco de conforto a Niall. Ele voltava do enterro de Yaser, seus olhos estavam inchados e avermelhados, sua feição pálida e triste.

Momentos antes disso havia ido ver Zayn no hospital, no qual passara os últimos três dias em coma. Aquilo era demais para ele. Como tudo muda de forma tão surreal em tão pouco tempo? Ele pensava a todo momento. E sempre chorava. Inconformado pela tristeza de Trisha, pela situação do amigo e também pelo fato de Zayn nunca ter se despedido do pai. Niall sabia que quando ele acordasse, e ele acordaria, seria um desastre emocional.

Mas essa era a única coisa da qual Niall não tinha dúvidas: ele acordaria. Ele é forte. Ele consegue.

E eram esses pensamentos que o faziam não desabar de vez.

— Está tudo bem com você? — uma senhorinha que sentara ao lado do loiro indagou.

E então Niall percebeu que havia deixado - mais uma vez - lágrimas escaparem de seus olhos. Ele simplesmente não conseguia.

— Ah... — se demonstrou surpreso com a pergunta repentina da senhora. — Eu… eu estou sim. — forçou um sorriso simpático para a mulher, em seguida passou seus dedos sobre aquelas gotas em seu rosto.

— Você não me parece bem, garoto. Mas sabe de uma coisa? Você está indo pelo caminho certo… Se você está chorando é porque acha que precisa chorar e, no fim, chorar sempre ajuda a nos sentirmos mais aliviados. É como se os problemas escorressem por nossos olhos, até não ter mais nada. — ela disse dando um sorriso tímido.

Niall a retribuiu com aquele sorriso e ficou pensativo por uns instantes.

— Acho… Acho que estou com medo. Na verdade eu estou com muito medo… De perder um amigo. Ele está no hospital. Essa ideia nunca havia passado pela minha cabeça antes, mas agora… Ela é tão real. Eu nunca achei que pudesse sentir tanto medo desse jeito. — e mais uma vez ele não pode evitar de chorar um pouco mais.

A senhora o encarou por uns instantes e em seguida voltou a olhar para frente. Não tinha mais aquele sorriso simpático no rosto, apenas uma feição seria e pensativa.

— Eu sinto muito, garoto! — ela disse. — Pode-se perceber pela minha idade que eu também já perdi muita coisa nessa vida… — soltou uma risada leve. — Algumas de forma precoce, outras nem tanto. Mas a verdade, garoto, é que a gente nunca tá preparado. Nunca, nunca, nunca. Mas, quer saber o que me confortou e me deu esperanças por todos esses anos? Os momentos felizes. Eu lembrava de cada coisinha, cada mínima coisinha e recriava aquele sentimento momentâneo e então enchia meu peito de alegria e conseguia passar essa mesma alegria para as pessoas ao meu redor. As pessoas que precisavam de mim. Esse seu amigo, ele precisa de você, ele precisa de alegria. Não estou dizendo que não precisa chorar, claro que precisa, isso é essencial pra você se sentir bem, mas é com a alegria que você vai ajuda-lo. — ela segurou na mão de Niall ao dizer a última frase. — Agora preciso ir, minha parada é a próxima. Espero que fique bem e que seu amigo saia dessa. Muita alegria no seu coração, garoto!

Niall a olhou sorrindo e assentiu.

E então ele tirou a senhora por mais alguns segundos, sentindo o ônibus desacelerar. E então ela se foi. Porém, suas palavras ainda ecoavam na cabeça de Niall.

O ônibus voltou a se movimentar.

Niall seguiu pensativo pelo resto do percurso e foi, literalmente, na última parada que ele desceu.

A parte mais verde, mais calada da cidade. Ele sentiu a brisa do fim da tarde se chocar contra seu rosto no momento em que pôs os pés para fora daquele ônibus, aquilo o trouxe um pouco de paz.

E então ele caminhou para longe das pessoas e seguiu um caminho diferente, seguindo por uma das várias estradas de terra paralelas a grande via de concreto.

Chegou a uma grande casa de madeira branca, que se encontrava diante a várias plantações de milharal.

— Ei! — ouviu alguém berrar de longe. Se virou a tempo de ver um homem correr apressado em sua direção. Vinha de uma segunda construção, menor, exposta pouco longe da casa principal.

Niall estava para entrar na casa quando seu pai, Bobby, o havia chamado.

— Como foi… Ah que pergunta idiota de se pensar em fazer. — o homem disse, se aproximando do garoto, o abraçando e beijando sua testa em seguida. — Sabe que não é bom entrar com essas roupas em casa… Essas energias, do cemitério…

— Sabia que o senhor falaria isso. — Niall disse, abriu um fraco sorriso ao fim da frase. Voltou a abraçar o pai em seguida, mais forte dessa vez.

— Não foi nada fácil, eu imagino. — Bobby sentou-se no segundo degrau da escada de madeira que levava a porta da frente da casa, Niall sentou-se ao seu lado em seguida.

Um breve silêncio.

— Não foi… — foi tudo que Niall conseguiu dizer. E então começou a desabotoar a camisa preta que vestia. Um botão por vez até que ela já estava fora de seu corpo, e ele entregou-a para o pai. — Lembro que a última vez que precisei fazer isso eu tinha 7 anos… Foi quando a mamãe...

— Não! Não deixe as coisas mais tristes do que já estão. Entre, tome um banho e descanse. Tudo bem? — Bobby abraçou o filho de lado, beijou a lateral da sua cabeça em seguida. — Agora me dê a calça também, e corre pra dentro. Ninguém é obrigado a ver esse corpo branquelo de cegar.

Niall soltou uma risada fraca e em seguida tirou a calça também. Caminhou para dentro com seus pertences pessoais nas mãos, após entregar a calça ao pai.

Usava apenas uma cueca branca quando subiu a escada principal da casa.

Sem muito rodeio, Niall correu para o banheiro, e lá tomou um demorado banho gelado.

Niall estava limpo agora. A água pareceu purificar cada pedaço de seu corpo, lhe trouxe uma paz enorme, sentia-se bem - pela primeira vez em alguns dias.

Estava deitado na cama encarando o teto e pensando, quando sentiu seu celular vibrar perto de sua perna. Subitamente deixou seus pensamentos e de lado e pegou o aparelho.

Da tela de bloqueio ele conseguiu ver a mensagem que recebera e aquilo o fez dar um singelo sorriso.

Josh ❤: Ei, já voltou de lá? Está bem? Se não está o farei ficar! :)

Niall: Oii, estava com saudades! Eu tô bem, na medida do possível, tá um clima meio tenso… É estranho.

Josh ❤: Eu também estava. Queria estar com você pra te encher de beijos e te dar um abraço bem fortão. :'( Sei que a gente não se conhece pessoalmente, mas... Cê sabe, gosto de você e te ver triste não é legal.

Niall: Deus sabe o quanto eu queria você aqui agora. Eu entendo, juro, a gente só conversa a pouco mais de 3 meses e eu sinto essa coisa esquisita por você também.

Josh ❤: Coisa esquisita? Hahaha, é como chama o sentimento de gostar?

Niall: Sim! É esquisito. Sei que não temos nada sério, até porque a gente nunca se viu pessoalmente, aaaaa, pq tem que morar tão longe?

Josh ❤: Calma! 6 horas de carro nem é tão longe. O problema é tempo! Você tem a sua faculdade, ajuda seu pai… Eu tenho a lanchonete... Além de fato de que até 1 meses atrás você ainda acahava que eu pudesse ser um assassino ou coisa do tipo.

Niall: Hahaha! Ainda acho. Quando Zayn melhorar nós vamos até você. Ele não vai deixar você me matar.

Josh ❤: Que pena! Eu bem que queria… rs

Niall: Ah, se for desse jeito eu deixo.

Niall: Olha, a gente não pode começar uma conversa desse tipo, não tô no clima pra isso. Se contenha.

Josh ❤: Mas eu não disse nada! Rs.

Niall: Hm. Acho que vou dar uma cochilada, tenho umas coisas pra fazer mais tarde.

Josh ❤: Tudo bem! Vai lá, a gente se fala depois. Gosto mto de você, fica bem! ❤

Niall: ❤❤❤ Você é incrível.

Alguns minutos após Niall ter terminado a conversa com Josh, ouviu batidas calmas na porta de seu quarto.

— Pode entrar!

— Oi! — Bobby disse com um sorriso no rosto. — Vim saber se vai a faculdade hoje?

Niall estava deitado desajeitadamente coberto por uma lençol. Se revirou na cama e inspirou profundamente.

— Ah, acho que hoje não...

— Ah, tudo bem… Mas está tudo bem? —

— Sim, pai. Ta sim. — o loiro disse.

— Okay. Nesse caso, vamos assistir a um filme? Sabe aquele do cara que fica voltando no tempo? Com o Tom Cruise? — Bobby estava entusiasmado e aquilo meio que contagiou o Niall.

— Esse é muito bom. Vamos ver sim, vou fazer a pipoca. — Ele saltou da cama e após dar um forte abraço no pai, desceu as escadas em direção a cozinha.

Eles estavam na sala de estar, no andar principal da casa. Niall estava esparrama no sofa de frente a tv, enquanto Bobby se sentava numa poltrona. Já estava na metade do filme, eles discutiam a todo momento teorias sobre o desfecho da história. Uma parecia mais absurda que a outra.

E então o celular de Niall vibrou mais uma vez, e dessa vez ele não sorriu ao ler a mensagem.

Liam ❤: Como foi?

Niall: Como você acha que foi? Por que está fazendo isso? Não foi ver seu amigo no hospital, não foi ao enterro do pai dele… Que porra tá acontecendo Liam?

Liam ❤: Problemas. Espero que esteja tudo certo, até mais.

Niall: Problemas? Que tipo de problemas?

Niall: Liam??

Niall: Liam?????

— Algum problema, filho? — Bobby perguntou, pausando o filme. Ele encarava Niall com uma expressão de confusão.

— O que? Ah.. não pai, nada. É só que as pessoas parecem estar pirando com essa situação do Zayn… — ele meio que sussurrou a resposta.

— Quer conversar sobre isso? — Niall apenas sinalizou negativamente com a cabeça.

— Hoje uma senhora no ônibus me disse pra pensar nos momentos felizes… Mas, como é possível? Zayn está lá, naquele hospital cercado por coisas ruins... — Niall não aguentou e acabou caindo no choro mais uma vez.

Bobby logo sentou-se ao seu lado no sofá e o abraçou.

— Ouviu o que você disse? Ele está cercado de coisas ruins… Cerque-o de coisas boas então...

Niall encarou Bobby por em tempo e em seguida sorriu.

— É… Vou fazer isso. — voltou a abraçar o pai.



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