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História Best friendzone - Uma pequena aposta


Escrita por: Daylighterr

Capítulo 1 - Uma pequena aposta


Fanfic / Fanfiction Best friendzone - Uma pequena aposta

20 de Março de 2017.

Colégio Fairy tail.

12:30

Lucy Heartfilia estava preocupada.

Faziam semanas que Natsu Dragneel sequer olhava em sua cara. Eram melhores amigos desde que se entendiam por gente, e agora se tratavam como colegas de classe, ou pior, estranhos; sabia que havia se distanciado pelo seu recém-namoro com Sting Eucliffe, porém, aquilo não era um motivo convincente para o comportamento do rosado.

Lucy se mantinha ocupada fazendo sua nova tarefa diária: observar firmemente e meticulosamente o Dragneel, esse que conversava com Gray Fullbuster e Gajeel Redfox. E, estranhamente, não gritavam ou discutiam como sempre. Provavelmente tratava-se de um assunto sério, aquele tipo de papo que antes ela e Natsu discutiam, quando confiavam apenas um no outro, mas tanto ela quanto o Dragneel tinham outras pessoas a quem recorrer e, mesmo que não admitisse isso, doía saber que o melhor amigo confiava mais em pessoas que conheceu depois de si do que nela, pois Lucy falava de tudo com Natsu, absolutamente tudo, exceto sua relação com Sting, apesar de algumas vezes contar sobre seus encontros e pedir para o rosado mentir quando saia com o Euciffe em noites escuras.

– Lucy – Levy chamou, notavelmente preocupada com a loira. – Por que está encarando os meninos assim… – buscou palavras – ...Sorumbática, melancólica? Bem – deu de ombros –, você entendeu.

Lucy respirou fundo. Pensando se expunha seu relacionamento quebrado com Natsu Dragneel, seu melhor amigo agora tão distante, ou se ficava calada.

Uma vozinha bem no fundo de sua mente dizia para manter o silêncio, mas seu coração queria recorrer a alguém que saberia exatamente o que fazer.

– Levy-chan – começou –, é o Natsu. Ele não fala mais comigo, sempre que me aproximo, ele tem algo para fazer e vai embora. Parece até que não somos mais melhores amigos, sabe?

Levy fitou-a, pensativa, tentando achar algo consolativo para dizer.

– Lucy-chan, converse com ele francamente. O encurrale e depois BUM – imitou o som de uma explosão. – Jogue tudo na cara daquele Dragneel idiota.

Lucy riu minimamente, feliz por ter desabafado com alguém. Levy estava certa, precisavam discutir seu relacionamento. Necessitava do Dragneel, do seu apoio e abraços, principalmente das noites de filme com guloseimas e porcarias. Sempre que pensava em nunca mais ter isso, seu coração apertava e engasgava com a própria saliva, como se o ar tivesse saído de seu corpo.

– E se isso só pior as coisas? – indagou, receosa com a ideia.

– Então falaremos com Grandine, Igneel, Zeref, ou até mesmo Wendy. Tentaremos todos os dias – respondeu a azulada, confiante, seus olhos em chamas. Apenas não queria que uma de suas amigas mais queridas ficasse se lamentando pelos cantos. – Lucy, Lucy – a bateu. A loira encarou indignada. – Ele está saindo. É sua chance, garota.

Lucy levantou subitamente. A cadeira moveu, seu som ressoou pela sala, mas nem ligou para os olhares confusos e curiosos em si.

Quando viu, já estava correndo feito doida pelos corredores da escola, atrás de certo Dragneel e...BUMBA, enfim o encontrou, remexendo seu armário, procurando algo. No entanto, o que quer que fosse poderia esperar.

– Natsu – Natsu virou. Seus olhos arregalaram quando Lucy parou em sua frente. Os olhos da loira brilhavam entre alegria, tristeza e raiva. – Precisamos conversar agora.

– Sabe o que é, “Luce”? – Ele sempre a chamava assim. – Estou atrasado. Dona Grandine está fazendo um almoço, então… – coçou a nuca, vendo que a Heartfilia não acreditava em si pelo olhar autoritário. – Tá – desistiu, esmorecendo. – Sobre o que quer conversar?

– Sobre nós – foi direta, odiava quando a enrolavam. – Por que anda tão estranho e distante esses meses?

Natsu engoliu em seco.

– Fiquei?

A Heartfilia sequer piscou. Seus olhos estavam fixos nos do Dragneel, e ele odiava aquilo.

– Tudo bem, Luce. – Ele pausou, suspirando pesadamente. – A verdade verdadeira por eu estar agindo como um babaca esses meses é…

– ENTÃO É ISSO? – gritou alegre, interrompendo o Dragneel que percebeu ela olhando de esguelha para dentro do seu armário.

– Como? – ele virou para seu armário, a expressão de confusão e frustração iminente em seu rosto.

Lucy colocou a mão pequena no peito do rosado, o afastado, sem perceber que ele enrubesceu com o toque. Ela esticou a mão e trouxe folhas grudadas nas laterais para que Natsu visse; o rosado jurou ouvir um som de violino dramático no fundo, sabia o que a Heartfilia deveria estar pensando, não sabia se sentia decepção, raiva de si mesmo ou alívio. Todos seus sentimentos estavam misturados em sua barriga.

– Está apaixonado – respondeu como se fosse óbvio, os olhos cintilavam felizes pela descoberta. – Tão claro, e você estava envergonhado de dizer para mim porque só tive um namorado e não tenho tanta experiência, então foi falar primeiro com Gajeel e Gray que namoram, certo?

Ele assentiu rapidamente, com a garganta seca. A mente da loira era impressionante, o jeito como pensava em coisas inacreditáveis e a visão apurada para ver suas músicas.

– Elas são lindas, Natsu – elogiou, passando os olhos pelas estrofes do papel. – Essa garota tem realmente sorte, afinal você é um pedaço de mau caminho e ainda canta bem.

Natsu engasgou, incrédulo.

– Luce, não é bem…

– Amor não correspondido, talvez – olhou para ele tristemente. – Ahhh, Natsu, não se preocupe – sorriu, animada com a própria ideia. – Ajudarei você nessa jornada, meu amigo. – olhou o próprio relógio no pulso. – Só que estou atrasada. Prometi que almoçaria com Sting, então jantar no nosso lugar. Mesmo horário, Dragneel. Não se atrase.

Natsu foi deixado, atônito, pra trás, agarrado ao próprio armário, ofegante e descrente dos últimos segundos. Não queria crer que Lucy havia lido logo aquela música. Tinham tantas animadas e cheias de felicidade, mas ela viu aquela. O destino só podia o odiar.

– Natsu – alguém colocou a mão em seu ombro. Gray Fullbuster notou a demora do amigo e veio checar se estava vivo. – Eu, meio que, vi o que aconteceu. Está bem?

Era uma pergunta retórica, correto? Porque, com toda certeza do mundo, não estava nada bem. Era pedir demais que Lucy o esquecesse? Obviamente ia doer, mas não tanto ver cenas que o chatevam. Sabia que estava sendo infantil. Deveria estar feliz, Sting amava Lucy e Lucy amava Sting. Melhores amigos ficariam felizes pelo outro ter encontrado alguém que correspondesse seus sentimentos.

– Nem um pouco, cueca gelada, nem um pouco.

13:30

Ela chegou atrasada.

Para ser exata, meia-hora atrasada.

Lucy conseguia imaginar o Eucliffe aguardando por ela, lindo como sempre, talvez já tivesse pedido seu prato favorito. Talvez dividissem um sorvete.

E lá estava ele quando abriu a porta do restaurante próximo a Fairy tail, usando o uniforme da Sabertooth, sempre com os dois botões de cima aberto, os olhos azuis como o mar e o cabelo loiro. Só que ria de algo, e Lucy pensou que fosse por ela ter chegado, mas ele não levantou os olhos quando se aproximou.

– Sting – chamou a uma mesa de distância, ansiosa. Ele levantou o queixo e sorriu para ela ainda mais, acenando para que se aproximasse. – Stin...Quem é? – ela ficou em frente a mesa, vendo uma garota de cabelos negros, era linda e sorria para Sting, ignorando a presença da loira.

– Lucy Heartfilia, essa é Minerva Orland, a genia da Sabertooth. Minerva Orland, essa é Lucy Heartfilia, minha namorada – apresentou. – Senta aí, Blondie – A Heartfilia balançou a cabeça, sentando ao lado de Sting. Minerva se arrastou e ficou na frente do loiro novamente.

– Genia? – As palavras saíram antes que segurasse.

– Sim – ele parecia maravilhado. – Tirou excelentes notas em todas as matérias e é boa em vários esportes e presidente estudantil. Os professores quase me tiraram do time de basquete, se não fosse por ela. Minerva se ofereceu para me ajudar esse ano. Ela foi incrível ao persuadir os professores.

Minerva sorriu presunçosamente, gesticulando despreocupada.

– Tudo por um amigo querido.

Sting segurou a mão de Lucy, e deu um breve beijo em sua bochecha.

– Há quanto tempo namoram, então? – Minerva bebericou o copo de água.

– Um ano e meio – Sting respondeu, sorrindo para Lucy. – Amor, está tudo bem? – Indagou, preocupado. – Está pálida.

– Apenas fome – respondeu a primeira coisa que veio a cabeça.

– Vamos pedir então.

E o inferno começaria ali. Era naquele momento que se arrependia de não ter desmarcado e ido com Natsu, mas o encontraria mais tarde. No momento, precisava que Sting e Minerva não ficassem próximos e era nisso que focaria suas energias agora.

– Sim, vamos.

Residencia dos Dragneel.

15:40

Natsu Dragneel encarava o teto do seu quarto.

Que ele e Lucy haviam pintado com dragões e contos de fada.

Bufou irritado, virando para parede com fotos dele e seus amigos e família, e, claro, Lucy Heartfilia. Tudo naquele quarto tinha que fazê-lo lembrar dela?

Estendeu a mão para cima da escrivaninha, pegando um papel. Nele estava escrito algo que leu rapidamente antes de amassar e jogar em qualquer canto do recinto.

– Droga – rosnou, pegando o edredom e cobrindo até sua cabeça, não aguentando mais pensar na loira e no que seus amigos aconselharam.

– Natsu – Gradine abriu a porta do quarto com uma figura atrás de si. – Lucy veio vê-lo, querido.

Ele descobriu-se, encarando Grandine e Lucy. Ela aparentava exaustão.

– Obrigado, kaa-san – agradeceu. – Luce, pode entrar.

Lucy assentiu, abraçando Grandine e entrou, fechando a porta atrás de si.

– Faz algumas semanas que não venho aqui – comentou, olhando em volta. Jogou-se na cama, quase em cima de Natsu, como faziam quando eram menores. – E então?

– Pensei que viesse de noite para irmos no nosso esconderijo, Heartfilia – fechou os olhos, colocando o braço em baixo da cabeça da loira que apoiou a cabeça em seu peito.

– Sim, mas Sting e Minerva tinham que estudar – grunhiu.

– Minerva – afagava o cabelo da loira enquanto falava. – Quem é essa sujeita?

– Uma garota da Sabertooth que salvou o Sting no basquete – ela suspirou. Natsu abriu os olhos, fixando sua atenção e carinho na garota. – Queria me sentir feliz, mas não estou. Isso faz de mim uma péssima namorada?

– Quebrou o carro dele? Traiu ele? Alguma vez não deu apoio a ele? Esqueceu o aniversário dele por dois anos? Se todas as respostas são não, então não, não é uma má namorada. Pelo contrário, é a garota mais leal que conheço, sempre auxiliou aquele loiro estúpido nas coisas, ia na Sabertooth e esperava quando ele estava da detenção, esqueceu?

– Eu sei, mas…

– Eii, Luce – ele interrompeu. – Ousa duvidar da divindade que é Natsu Dragneel, o vidente e visionário?

Ela riu. Natsu amava aquele som, e o melhor era saber que fora por causa dele.

– Está certo, visionário e vidente Natsu Dragneel. Então, falemos sobre você – ela apoiou os cotovelos na barriga do rosado. Ele continuava afagando o cabelo dela. – E nem adianta continuar com o carinho. Sabe que durmo com isso.

Ele riu e afastou a mão.

– O que quer saber?

– Tudo. Tipo, quem é ela?

– Ela é da Fairy tail, é linda e gentil – ela esperou mais.

– Qual é, Natsu? Perguntei quem é ela e não as características – ele gargalhou. Lucy acabou o acompanhando.

– Fazemos uma aposta, Luce – os ouvidos dela se aguçaram. – Se descobrir quem é ela, faço o que quiser por um mês. Caso não adivinhe, então fará o que eu quero por um mês. O que me diz?

– Eu rio da cara do perigo – resmungou. – É claro que aceito. Em um mês, descobrirei quem é ela.

– Espero isso mesmo. Agora fica quieta que eu quero dormir – fechou os olhos, adormecendo rapidamente.

Lucy beijou a testa dela, o cobriu, saiu rápido para ir no banheiro. Havia um papel amassado no chão que pegou, curiosa, e desdobrou.

– Pobre Natsu.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Apenas por curiosidade, a música que o Natsu fez é a mesma da Selena Gomez, disappear.
Até a próxima ^^


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