História Best Mistake - Things are so by chance

- Não acredito - ele disse incrédulo e logo em seguida deslizou seus dedos em seus fios de cabelo como uma forma de expressar sua 'surpresa'.

- Nem eu - arregalei meus olhos e permaneci boquiaberta, ele então me olhou totalmente desentendido.

- Eu pensei que nunca mais nos veríamos - ele abriu a porta e saiu da mesma totalmente furioso, a fechou fortemente deixando-me sozinha naquele canto pequeno e escuro. A abri em seguida e fui atrás dele dando passos rápidos e longos.

- Espera ai ! - gritei para ele que estava a pouco distante de mim. Justin parou de andar, respirou fundo e olhou para trás com toda a fúria em seus olhos, oque foi bastante dramático afinal foi só um beijo.

- Porque esta agindo assim? - me aproximei com um sorriso debochado no rosto afinal como disse... É dramático a forma com a qual ele esta agindo.

- Não é meio óbvio? - ele sibilou rispidamente e gesticulou com sua mão.

- Não, não é. - disse e me aproximei mais ainda dele ficando tão próxima ao ponto de sentir sua respiração. O olhei dentro de seus maravilhosos olhos cor de mel onde talvez escondiam tanta coisa, por um segundo encarei seus lábios que pareciam ter sido desenhados e então voltei a fita-lo. - Poxa, foi só um beijo. Não precisa ficar assim - ele olhou ao seu lado e fechou seus olhos respirando fundo - Se quiser, posso te dar até outro - levei uma de minhas mãos até sua bochecha a acariciando e movendo seu rosto ao meu quando ele pegou em meu pulso e o abaixou. -

- Selena, não. - ele quase murmurou e então começamos a trocar olhares um tanto curiosos.

- Qual é o seu problema? - quebrei o silêncio que antes, predominava. Cerrei minhas sobrancelhas e continuei o olhando surpresa - 

Justin não disse nada, simplesmente gargalhou fraco olhando para o chão e então começou a negar com sua cabeça. 

- Ah, entendi. Esta revoltado porque pegou o mesmo produto duas vezes. - sorri de lado e então ele me fuzilou com seu olhar e fez questão de tirar o sorriso de seu rosto automaticamente e me contrariar

- Eu nem se quer sabia que era você! - ele cerrou suas sobrancelhas e disse num tom ríspido -

- Porque é idiota. - ele arregalou seus olhos e coloquei a mascara brilhante á frente de seus olhos - Ta vendo isso, Justin? - apontei o dedo para o objeto e ele acompanhou meu olhar- Então, ela cobre os olhos. Não é possível que me reconheça apenas por eles. - o olhei séria e ele sorriu olhando para baixo novamente, oque não entendi. - Qual é a graça?

- Sim, eu te reconheço apenas pelos olhos. - ele me olhou ainda sorrindo e então dei-lhe um fraco tapa no ombro direito - 

- Reconhece também que quebrou suas regras né? - ele desfez seu sorriso assim que disse tal frase.

- Não é porque ficamos mais de duas vezes que você vai fazer parte da minha vida, então não se intimide tanto comigo. - ele disse totalmente rude e seu olhar me soou como ameaçador.

Suspirei baixo e então o disse:

- Porque você é assim? Uma hora me parece tão legal e outra tão misterioso. 

- Não é essa a questão, Selena. - ele suspirou e colocou um fio de meu cabelo atrás da orelha - Eu e você não temos nada a ver.

- Engraçado - sorri e abaixei sua mão - As coisas são tão por acaso, de repente você se encanta comigo no dia do racha, me leva para sua casa por um incidente e depois me dispensa como se eu quisesse prende-lo em minha vida. - disse encarando o nada -

- Você diz como se eu fosse ingênuo, quem é que quebrou todas as taças de minha casa por raiva? - o olhei semicerrando meus olhos e ele ergueu os seus sorrindo sem mostrar seus dentes guardando suas mãos no bolso de sua calça -

- Agora vai querer argumentar por causa de taças? - sibilei franzindo o cenho e ele revirou seus olhos , abaixou sua cabeça e lambeu seus lábios. - Fala de uma vez que você só perdeu sua moral. 

- Você gostaria de sair comigo esta noite? -ele ergueu sua cabeça para olhar-me, oque fez minhas sobrancelhas voltarem a sua forma normal de ficar e o olhar com surpresa - Quer? - ele voltou a me perguntar erguendo suas sobrancelhas, senti meus lábios construírem um sorriso. Olhei para o chão e quando pensei em responde-lhe ele se atirou a dizer - Está vendo, você quer ficar na minha vida, quer passar um tempo comigo e depois me mostrar que quem argumentou errado foi eu. - oh, quanto ódio. Ele me fez de boba, muito boba. Minha visão se desfocou devido a raiva sentida, mas eu não iria chorar por algo tão bobo ou então eu começaria a ser a dramática aqui. -

- Estou perdendo meu tempo, sai da frente! - disse sem o olhar passando por sua frente, senti que me olhava. - 

- Cuidado viu, argumentar de mais faz mal e você é o exemplo forte disso. - ele gritou já que meus passos se afastaram uma boa distância dos dele. Virei o corredor me deparando com a escada e a desci em passos rápidos segurando a borda de meu vestido, no último degrau fui surpreendida pelo garoto que beijava pouco tempo atrás. - 

- Opa - bati minha cabeça em seu peitoral e ele notou a expressão total cabisbaixa destacada em mim - Oque foi, gatinha? - ele levou uma de suas mãos até meu queixo e erguei minha cabeça fazendo-me o olhar - 

- Pode me levar para casa? - disse com minha voz trémula. 

- Claro, mas oque foi? - ele parecia tão preocupado vinda de sua expressão. Mas agora, eu duvidava de qualquer coisa, era mesmo preocupação ou ele faria algo humilhante contra mim?

- Nada, eu só quero ir embora. - respondi e suspirei. Ele pegou em minha mão e nos levou até o lado de fora do grande e moderno prédio. 

A rua estava totalmente deserta, o frio me atingiu fazendo-me arrepiar. Abracei os meus braços e suspirei, ele notou o frio que sentia e então retirou o seu blazer e o coloquei sobre meus ombros, sorri o agradecendo e ele assentiu destravando o seu carro. 

A lua estava tão encantadora, mas não me fazia o tanto feliz que ficava ao vê-la tão linda. A brisa da noite era tão pura e fria que seria admirador o suficiente para alguém que ama o clima. Ele abriu a porta de seu carro e sorri mais uma vez o agradecendo por mais um ato, em seguida entrei no veículo e me sentei no banco acomodando-me. O vi dar a volta e entrar ao meu lado e então dar sua partida.

Depois que me perguntara sobre meu endereço, o caminhou passou a ser levado em nosso silêncio. E em não muito tempo, já estava em meu apartamento.

- Obrigada. - disse ainda do lado de fora.

- De nada. Então, não vai me dizer seu nome? - ele disse encostado em seu veículo com suas mãos no bolso da calça me encarando.

- Selena. 

- Hm, nome bonito... Selena - ele pronunciou meu nome lentamente com um sorriso no rosto enquanto encarava o ar oque me fez rir. - 

- E o seu? - o perguntei ainda com o sorriso no rosto.

- Vai saber quando for a hora certa. - ele respondeu me encarando.

- Isso se nos encontrarmos de novo. - dei de ombros 

- Bom, eu já sei onde mora e isso significa muito. - ele construiu um belo sorriso nos lábios

- É. - sorri colocando uma boa parte de meus cabelos de lado -

- Olha, pode ir dormir se quiser. Noto que está cansada - ele me olhou como se o fato deu estar cansada fosse culpa dele.

- Eu estou. Bom, qualquer dia desses você pode passar aqui para a gente conversar.

- Ou - ele prolongou a palavra - Se pegar - gargalhei.

- Tanto faz, até mais. - disse ainda rindo entrando no prédio.

                                                  [...]

Joguei a água vinda a pia em meu rosto e me encarei através do espelho, a noite foi longa. E onde pensou que houvesse coisas novas, houve na verdade uma revira-volta do destino. Que droga! Só de pensar que amanhã é Segunda-Feira, fico frustada, ai eu me lembro que a Chrys está com raiva de mim e fico pior. 

Sequei meu rosto com a toalha e caminhei até meu quarto me jogando na cama e me cobrindo com o lençol. Fechei meus olhos e deixaria-me cair no sono se meu celular não alertasse uma mensagem. Bufei descontente e passei minha mão pela cama a fim de procurar meu celular quando o peguei.

Cliquei na mensagem e era de um número desconhecido.

Gosto da maneira que fica confusa e gosto ainda mais quando se esconde.

Arregalei meus olhos desentendida e me intriguei quando não era só uma.

Seu nome é tão lindo.

Espera, oquê? Como? Quando?