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História Best thing I never had - Capítulo 14.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá ;)

Capítulo 14 - Capítulo 14.


Alex olhou para as duas mulheres sentadas no banco traseiro através do espelho, foi um rápido momento, mas o suficiente para ver Lena olhando perdida pela janela enquanto Kara tinha sua cabeça apoiada em seu ombro, parecia estar dormindo. Nenhuma das duas falou o motivo de as terem encontrado com os olhos vermelhos, indícios do choro recente, muito menos onde estavam já que quando Alex e Sam voltaram para o acampamento não as encontraram. Demorou minutos que pareceram horas até que as duas voltaram, Kara carregava sobre seu ombro um grosso cobertor, assim que as viram soltaram as mãos que estavam juntas, apesar de ser apenas a ponta dos dedos de Lena segurando os de Kara.

Agora estavam voltando para casa, porque Sam sofreu uma reação alérgica a algum tipo de planta do lugar. Ela já tinha sua dose de culpa durante todo o caminho de volta para casa, mas enfrentar Eliza Danvers ainda a traria muita dor de cabeça.

E como era esperado, assim que notou as pequenas manchas vermelhas espalhadas no corpo de Sam, Eliza só precisou de um olhar para fazer toda a culpa que Alex carregava pesar ainda mais. Ela realmente gostaria, caso um dia tivesse filhos, saber como era aquela sensação.

Kara se jogou no sofá, a cabeça deitada no colo de Nia que tinha um livro em mãos. Viu Lena subir as escadas com sua mala, seus olhos não desgrudavam de Kara. E seu pior medo era que, Lena sentisse pena do que aconteceu. Sabia que não deveria ter dito nenhuma palavra sobre o que aconteceu, mas ao mesmo tempo sentia-se aliviada de uma forma estranha. Foi à primeira vez em que falou sobre aquela história ou qualquer outra que viveu durante seus serviços. Foi bom, ao mesmo tempo em que foi horrível reviver, agora, saindo de sua própria boca, pois cada palavra que dizia trazia um sentimento diferente na medida em que escutava sua própria voz, no começo veio à raiva por ter permitido que seu parceiro fizesse aquilo, raiva de si mesma, raiva dele por não ter percebido o medo nos olhos daqueles homens, raiva de seus superiores por terem a enviado aquele lugar, raiva dos terroristas terem escolhido justo aquelas pessoas, provavelmente, e tinha certeza disso, aquele homem morto tinha um filho ou mais, ele era um filho, um tio ou coisa similar. Ela se odiava com uma força de vontade desconhecida por ela, que jamais sentiu esse tipo de sentimento com tanta verdade, chegava a ser estranho. E então veio a culpa, ao ponto de estar se imaginado entrando na frente daquela bala e salvando aquele homem, culpa por ter permitido que seu parceiro atirasse independente de estar ou não dentro do que era considerado seu controle em toda aquela situação, culpa por ter aceitado ir aquele lugar, mesmo sem escolha alguma.

-Como foi? – perguntou Nia, fechou seu livro.

-Foi uma boa experiência – disse Kara.

-E você gostou da experiência? Se sentiu mais... leve?

Kara olhou para cima encontrando os olhos da melhor amiga, cheios de expectativas.

-Foi ótimo Nia, você deveria ter ido – assegurou Kara –Até que me senti mais em paz lá – disse, porque era o que sua amiga gostaria de ouvir, não era totalmente mentira, mas uma pequeníssima parte da verdade. Nia sorriu, então Eliza apareceu na sala.

-Sam vai ficar bem – assegurou Eliza –E Kara, saia do meu sofá você está suja – Kara saltou do sofá e cumprimentou a mãe com um beijo no rosto –Nia, não deveria estar se arrumando para o seu encontro.

Kara parou na escada e voltou apressada.

-Encontro? – perguntou cheia de interesse, então Nia levantou-se e apressou seu passo em direção a escada –Ei, você não vai fugir dessa conversar, como isso aconteceu?

Eliza ouviu então o que não ouvia há algum tempo, Kara rindo como antigamente enquanto perseguia sua amiga pela escada. E ela não soube descrever o sentimento que sentiu aquele momento.

 

Segundo Eliza, depois de tê-las acompanhado para casa, carregando às sacolas do mercado. Brainy e Nia conversaram durante horas na varanda até que ele finalmente a convidou para conhecer alguns de seus lugares favoritos, a Danvers mais velha admitia que ficara todo o tempo observando os dois jovens sentados nos degraus, rindo e trocando brevíssimos olhares contidos, principalmente, por parte de Brainy que, segundo ela, era dono de uma timidez surpreendente, e uma estranheza ainda maior. Então, quando o carro foi estacionado em frente a sua casa, Kara prontamente saltou do sofá onde estava para xeretar os dois se encontrarem na porta. Brainy trouxe uma flor branca para Nia. Ela acompanhou os dois com os olhos, entraram no carro, onde Brainy abriu a porta para Nia entrar.

-Pensei que tivesse ensinado você que xeretar os outros era feio – disse Eliza parando ao lado da filha na janela. Kara levou a mão ao peito dado o susto.

Juntas viram o carro finalmente dar a partida.

-Nia está muito bonita – comentou Kara.

-Ela realmente pareceu gostar dele – disse Eliza –E eu gosto de Brainy, é um bom homem.

-Eu o conheci na casa de Mike. Não muito bem, mas... o suficiente para ter uma boa impressão – Kara deitou a cabeça no ombro da mãe.

-E quando será a sua vez de sair por essa porta em um encontro – disse Eliza e Kara ajeitou sua postura.

Ela abriu a boca e a fechou diversas vezes, mas as palavras simplesmente não viam.

-Sim, eu posso ver o que fazer – elas se viraram em direção à escada, onde Lena descia determinada, estava pronta para sair, falava ao telefone, com o olhar carregado de irritação –Não, você  não vai vir aqui, estou indo encontrar você.

Ela encerrou a ligação e encontrou as duas Danvers no hall da casa, Kara tinha os braços cruzados em baixo do peito. E diferente de Eliza ela não escondia sua curiosidade e até mesmo uma pitada de preocupação.

-Também está saindo Lena? – perguntou Eliza.

-Preciso ver uma pessoa.

Ela olhou para Kara de forma demorada, não queria encher sua cabeça ainda mais com seus problemas pessoais. Então simplesmente saiu de casa.

-Parece que vamos ser apenas nós para o jantar – disse Eliza.

-Com quem ela vai se encontrar? – não tinha sido sua intenção expressar seus pensamentos, mas acabou sendo mais forte do que ela gostaria.


Notas Finais


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