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História Best thing I never had - Capítulo 22.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá ;

Boa Leitura

Capítulo 22 - Capítulo 22.


Quando Lena chegou à casa das Danvers a primeira coisa que ouviu foi o barulho das risadas altas vinda da cozinha. Ela enxugou seu rosto e tentou fechar a porta o mais silenciosa possível. Era estranho, pois ela não tinha o habito de chorar, isso dificilmente acontecia e as poucas vezes em que se lembrava, o motivo foi sempre o mesmo: Kara, quando a viu partindo, quando a viu com Mike Matthews e agora, depois de ver tanta raiva dela direcionada a ela. Isso machucou seu peito de uma forma nova, de um jeito que não estava acostumada a sentir. Tentou subir as escadas devagar para não fazer barulho, viu Sam empurrar sua cabeça para trás dando uma gargalhada exagerada enquanto ouvia a risada de Alex e Eliza se misturarem a dela. Quando chegou ao corredor ouviu Nia conversando ao telefone, entrou no quarto de Kara onde encontrou suas coisas, e de repente, ao olhar para cama bagunçada veio às lembranças dos últimos dias, isso causou um frio estranho em sua barriga, um grave desconforto.

Ela arrumou suas coisas em silencio. Tentando fazer de forma apressada, então ouviu a porta ser fechada de forma brusca, as vozes lá embaixo cessou e em seguida de múrmuros apressados, reconheceu a voz irritada e uma ponta de magoa na voz de Kara. Quando sua mala já estava pronta à porta do quarto foi aberta.

-O que está fazendo? – perguntou Kara –Não precisa dizer, eu estou vendo – continuou, e ela enfiou as mãos dentro da calça jeans azul –No primeiro desentendimento você... v-você está me abandonando.

Kara estava irreconhecível, quase como se fosse outra pessoa na sua frente e não a Kara que conheceu no passado ou a de dias atrás. Seus olhos estavam inchados como se ela houvesse entrado em um choro prolongado, então Lena se lembrou de quando ela a contou uma pequena história de seu passado. E como ela ficou arrasada em seus braços chorando de forma convulsiva. Nunca havia sido sua intenção magoa-la ou prejudica-la, ela só queria ajuda-la.

-Kara, isso não é verdade – disse Lena e tentou se aproximar de Kara –Eu só... pensei que não fosse querer me ver...

-Bom, você está enganada – retrucou Kara.

-Eu só quis ajudar você – assegurou Lena.

-Eu sei disso e não deveria ter falado daquele jeito com você – disse Kara com um peso em cada palavra –Só... por favor não vá embora.

Lena se aproximou de Kara de forma quase hesitante, não entendia porque suas mãos tremiam, apenas sentia. Então passou seus braços em volta da cintura de Kara e a abraçou de forma desajeitada, quase como da primeira vez em que se abraçaram, porém com certa intensidade que simplesmente não fazia ideia de onde vinha.

-Se quer associei Kelly a James Olsen – disse Lena, sua cabeça estava deitada no ombro de Kara, se quer lembrava do momento exato em que se deitaram na cama de lençóis bagunçados, ou de quando Kara a puxou tão perto de seu corpo que a impressão deixada era de que queria fundir seus corpos, mas sabia que era apenas o medo que sentia falando mais alto, ainda sentia seu corpo tenso como se o mínimo possível fosse fazê-la sair correndo pela porta e Lena nunca mais fosse vê-la –Você... vai voltar não vai Kara?

Kara permaneceu em silencio, encarando o teto de seu quarto como se fosse à coisa mais interessante que já havia visto, apesar do vazio que eles expressavam. Seus dedos sentiram a suavidade dos cabelos negros e isso a dava uma sensação de realidade, sua cabeça estava próximo a de Lena e talvez inalar o perfume de seus cabelos a mantivesse mais estável como se tudo nela fosse um grande calmante para Danvers.

 

-Eu só... gostaria de entender como isso é possível? – insistiu Alex, Sam abriu seu melhor sorriso enquanto carregava a sacola que trazia da loja que se quer deveria ter entrado, porém como a consumidora implacável que era acabou por ceder suas vontades –Você sai de casa para ir não sei... comprar uma maçã e volta com outras coisas que não necessariamente você vai precisar...

-Eu sempre preciso de roupas – disse Sam com uma certeza nítida na voz.

Alex colocou as compras da noiva sobre o sofá, Eliza entrou na cozinha pela porta dos fundos carregando uma pequena rosa morta.

-Elas ainda estão lá em cima? – perguntou Alex e Eliza confirmou com a cabeça.

-Não escutei mais nada desde a última meia hora – assegurou Eliza –E você recebeu uma ligação enquanto estava fora Sam, anotei o recado – Eliza entregou um pequeno pedaço de papel dobrado.

Quando leu o nome de sua mãe, suas mãos suaram, ela não confirmara sua presença em seu casamento, e ela não esperava que fosse sentir aquele aperto em seu peito, aquela agonia.

 

Quando as duas desceram para sala já passava das 16hrs da tarde. Kara prometeu que veria Kelly de novo, depois de uma série de pedidos da Luthor e uma longa conversa de convencimento. E no fundo, talvez elas pudessem voltar para todo o clima de romance em que estavam envolvidas.

Apesar de todos os problemas a sua volta, durante todo o jantar, não pode deixar de perceber o quanto sua amiga estava ausente e, isso se tornava claro até mesmo em seu olhar aéreo. Como se seu corpo estivesse ali, porém sua mente –talvez em alguma galáxia distante dali- e isso começou a incomoda-la.

-Sam – Lena a chamou, Eliza ficou relativamente menos apreensiva quando as viu segurando as mãos sobre a mesa ouviu vozes um tanto alteradas no andar de cima e temeu pela sanidade da filha, desde que Kara voltara que ela temia por isso, antigamente, era apenas seu bem estar físico e agora, parecia que o mínimo de diferença em sua rotina fizesse com que tudo desabasse. As outras mulheres na mesa olharam para Sam, que permanecia distante.

-Sam – Alex balançou levemente o ombro da noiva e ela pareceu finalmente despertar de seu devaneio.

-O que? O que foi?

-Qual o problema? – insistiu Lena, porém no fundo, Sam sentia que a amiga já tinha problemas demais para lidar, os seus, os de Kara, então não queria enche-la com suas bobagens do passado.

-Nenhum, estava pensando no casamento – disse e forçou um sorriso onde todos ali viram que não passava de uma mentira, no entanto, evitaram tocar no assunto. Era uma questão para futura esposa ao seu lado resolver.

 

-Então Kara – Kelly cruzou sua perna ficando com as costas mais ereta, os cabelos negros caiam sobre seus ombros. Kara se mexeu desconfortável no sofá de couro de tom marrom, o sofá continuava exatamente no mesmo lugar em que Kara o deixara quando saiu daquela forma de seu consultório.

-Eu não deveria ter saído daquele jeito, sinto muito – disse e respirou fundo, ajeitou seus óculos no rosto.

-Tudo bem, acredite, já tive pacientes que queriam pular pela janela e diferente deles outros bem piores, mas isso não vem ao caso agora – ela sorriu quando notou que o nervosismo da Danvers diminuirá –Eu quero que saiba que tudo que me falar nessa sala, irá morrer aqui com a gente, aqui é um lugar seguro onde pode desabafar sem medo de julgamento.

-Eu não... – Kara acabou por descobrir que precisou de uma grande força de vontade para seguir em frente –Eu não estou com medo do seu julgamento.

-Então do que tem medo Kara?

-Er-eu não quero pensar sobre isso de novo... tenho medo de representar uma ameaça para quem eu amo...

-Acha que pode machuca-los?

-Eu acho que já faço isso constantemente desde que voltei, elas vivem como se pisassem em ovos, me sinto como uma bomba relógio... eu sei que não é intencional, que só querem cuidar de mim e que provavelmente tenho algum problema, mas... eu só... queria esquecer...

-Eu sinto muito Kara, você não pode esquecer as cosias que viveu e que viu quando servia, a única coisa que posso prometer é que ajudarei você a lidar com as sequelas deixadas por esses momentos, isso é claro, se me permitir ajudá-la...

Kara olhou para Kelly de forma direta, balançou a cabeça confirmando enquanto sentia seus olhos marejarem.


Notas Finais


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