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História Best thing I never had - Capítulo 30.


Escrita por: raavavive

Notas do Autor


Olá ;

Boa noite

Capítulo 30 - Capítulo 30.


-Imagine a minha surpresa quando ouvi da nossa mãe que você está morando em National City.

Alex estava com o bronzeado da praia, tinha um orgulho na voz e um brilho de pura felicidade em seus olhos castanhos que transmitia para Kara exatamente o que ela sentia.

-Eu ia ligar para você – disse Kara, pela vídeo-chamada viu Eliza e sua mãe acenou para ela dizendo que estava com saudades, então veio o rosto inconfundível de Samantha Arias.

-Oi Kara, como estão às coisas? – perguntou Sam.

-Excelentes – disse Kara e sua mãe sorriu de forma maternal antes de ir abrir a porta.

-Adivinha quem vai sair hoje à noite? – perguntou Alex –Espera um minuto...

E sumiu pela sala, Sam balançou a cabeça como se não acreditasse na atitude da esposa.

-E Lena, como ela está? – perguntou Sam –Espero que esteja cuidando bem da minha amiga? Porque se não...

Kara riu abertamente e Sam a acompanhou.

-Acho que ela cuida melhor de mim – Sam confirmou como a cabeça então Alex voltou.

-Nossa mãe saiu em um encontro! – exclamou Alex

Então Sam assistiu na primeira fila a discussão das duas sobre a vida da mãe. Mas sempre mantendo a certeza de que sim, Eliza merecia um novo recomeço amoroso, elas sabiam que talvez Eliza nunca esqueceria Jeremiah, ao mesmo tempo em que sabiam que não poderia passar toda a sua vida sozinha, ela tinha suas filhas, mas existia uma diferença.

-Nós voltamos para casa na próxima semana – disse Alex –Quero conhecer o seu apartamento.

A porta do apartamento foi aberta, Lena carregava duas sacolas em suas mãos. Kara apanhou as sacolas e colocou no balcão.

-Senhora Luthor – Alex sorriu para Luthor –Quanto tempo.

-Como foi à lua de mel? – perguntou Lena e o rosto de Sam surgiu no monitor.

-Lena, foi maravilhosa, nunca vou conseguir agradecer pelo presente – disse Sam, seu braço foi pousado suavemente em volta do pescoço de Alex.

Lena encontrou os olhos de Kara a observando, tinha um ligeiro sorriso insistindo em puxar o canto de seus lábios, ela arrumava a comida na mesa.

-Vai me deixar mal acostumada senhora Luthor – disse Kara e Lena a beijou e ouviram o barulho de Alex na vídeo-chamada o que fez as duas rirem.

 

Ela assistiu os primeiros raios da manhã surgirem, teve um pesadelo horrível na noite passada e ainda podia sentir seu coração acelerado, acordou sentindo um peso estranho de melancolia e uma grande incerteza sobre seu futuro passou quase trinta minutos observando a Luthor adormecida ao seu lado e foi inevitável não pensar que, tendo todos os luxos do mundo aos seus pés, ela preferia dividir uma cama improvisada de cobertores ao seu lado no chão frio do seu apartamento vazio. E isso afastava aqueles pensamentos ruins, porque tinha a certeza de que não era e nunca foi uma coisa passageira. Ainda à noite, viu Lena murmurar alguma coisa enquanto se mexia desconfortável, quando aproximou mais seu rosto do dela, ela provavelmente, em seu sonho discutia defendendo sua opinião, citou uma lista de nomes de homens do ramo cientifico, mas sua língua acabava enrolando o que a deixava murmurando coisas desconexas, várias vezes ela precisou de autocontrole para não rir exageradamente alto, Lena era a criatura mais adorável que já havia conhecido, estando ou não acordada. Quando a manhã se aproximou, era impossível não reparar na forma como às vezes sua mão tentava de alguma forma estar próximo ao seu corpo, geralmente, Kara apanhava sua mão e a segurava até que finalmente decidiu se levantar, caminhou até o balcão e decidiu que aquele mesmo dia iria mobiliar seu apartamento depois de sua consulta com Kelly.

 

-Vamos ver... tem sido bastante... agradável – Kelly sorriu, Kara parecia realmente mais leve, apesar de não estar totalmente se abrindo em relação ao seu passado, mas o que realmente importava eram os pequenos avanços que andava tendo –É um novo começo.

-E tenho certeza de que Lena tem ajudado bastante na sua adaptação.

Kara sorriu de forma inevitável.

-Ela desmarcou alguns compromissos apenas para me acompanhar hoje, eu não queria que ela fizesse isso, mas tenho certeza de que ela não aceita mais isso. Eu não quero que ela... perda tempo...

-Tenho certeza de que ela não vê dessa forma.

-Eu também, mas não é como minha mente me diz.

-Isso porque ela esta tentando sabotador você Kara, e é normal que esteja, nossa mente é realmente algo engraçado, a sua por exemplo, está habituada ao pior, virou um hábito imaginar sempre o pior cenário, como por exemplo, imaginar que Lena está perdendo o tempo dela apenas por estar com você, que uma hora ela irá acabar desistindo de tudo isso e abandonando você, é normal, o importante é saber que isso não irá acontecer, pelo menos não da forma como vejo ou que escuto.

-Ela tem falado sobre mim? – perguntou Kara cheia de curiosidade.

-Eu não falo sobre minhas consultas Kara.

-É verdade, desculpe.

-Mas se serve de consolo, ela ama você assim como vejo que ama ela.

Seu sorriso acabou a acompanhando durante o resto do dia, toda vez em que se lembrava daquela afirmação.

-Você me disse que teve um pesadelo, como foi?

-Foi estranho, sonhei que recebia uma carta onde era enviada de volta, o mundo todo parecia estar em guerra. Não conseguia ver a minha família, não sabia se elas estavam bem...

-O importante, é que sabe que tudo não passou de um pesadelo, sabe, eu gostaria que tivesse isso sempre em mente, quero que se lembre disso quando achar que as coisas estão difíceis é preciso ter coragem para reconhecer as coisas que estão sobre nosso controle, ter coragem para mudar as que podem ser mudadas e saber sempre a diferença. Por exemplo, caso seja pedido o seu retorno... estará no seu poder escolher se vai ou não, e isso não significa que o mundo vai entrar em guerra ou que perderia sua família...

Kara assentiu com a cabeça.

 

Se Alex estivesse com ela naquele momento chamaria aquele lugar de “grande perda de tempo”, pois “tudo isso é velharia Kara, você pode encontrar coisa melhor”, era possível até mesmo ouvir a voz de sua irmã dentro de sua cabeça cheia de diversão. Mas ela descobriu outra coisa em comum ao ir em um antiquário com a Luthor, as duas tinha um certo gosto pelo que sua irmã chamava de “velharia”, ela mesma estava pensando em mudar algumas coisas de seu apartamento, estava chamando de redecorarão, o que sempre fazia Kara rir porque achava uma palavra engraçada, Lena era a única pessoa que conhecia que poderia se dar o luxo de redecorar sua casa quantas vezes desejasse.

-Tem certeza de que quer gastar o seu dinheiro nesse lugar? – perguntou Lena, porque estava acontecendo um leilão e mesmo sem querer ser rude, sabia por base quanto o pai dela havia deixado de herança para ela e a última coisa que queria era ver certa tristeza no olhar dela caso alguém conseguisse levar o que ela desejava. Anotou mentalmente quanto tempo levaria até ela mesma começar a levantar a sua mão tudo para que aquela imagem em sua mente nunca se realizasse.

-Não se preocupe, estou procurando... – Kara parou de falar, no momento em que seu olhos caíram no sofá, foi amor a primeira vista, Lena a viu correr de forma nada contida até o sofá –Eu preciso desse sofá.

-Então espero que consiga – Lena a viu se sentar, acomodando-se como se o sofá fosse sua alma gêmea.

-Ele é tão macio – comentou e puxou a Luthor pelo braço a sentando ao seu lado –Já estou imaginando em nossas noites de jogos , quando Alex voltar para National City, todas as noites em que for me visitar... podemos... – Kara sorriu no momento em que percebeu o olhar de Lena sobre si, poderia ser impressão sua, mas o verde de seus olhos parecia menos escuro do que lembrava, talvez pela luz, isso não importava, o que realmente importava era que Kara passou a acha-la um pouco mais linda sobre aquela luz.

O leilão iniciou-se com um vaso antigo, particularmente feio, segundo Kara que estava ansiosa para que chegasse a vez do sofá, Lena ainda caminhou pelo lugar a fim de encontrar um presente para o apartamento da... elas ainda não havia definido como se rotularem, e curiosamente, isso não tinha grande importância, estavam juntas e era a única coisa que valia no momento. Lena parou diante de uma vitrine com pedras preciosas, mas nada que chamasse realmente sua atenção.

-Lena Luthor.

Ela tinha a certeza inabalável de que não ouviria aquela voz por um longo período de tempo. Chegou até a sentir o arrepio por sua espinha. Quando virou-se viu Jack com um sorriso gentil e os olhos tão negros quanto se lembrava.

-Jack – ela instintivamente o abraçou –O que está fazendo aqui?

-Estou procurando uma joia de família, já procurei em vários museus e agora estou visitando antiquário por antiquário.

Lena deu uma boa olhada no rosto do velho amigo, ele não havia mudado nada, exceto que, deixara a barba crescer.

-Como perdeu essa joia? – perguntou e ele deu de ombros enquanto olhou muito rapidamente o folheto.

-Na verdade não tive culpa, um primo estupido vendeu para pagar uma divida de jogo.

-Você é a última pessoa que esperava que tivesse algum familiar viciado em jogos de azar.

Ele riu de forma contida e apertou o ombro de Lena.

-Senti sua falta Lena, é muito bom revê-la.

-Quanto tempo vai ficar na cidade?

-Alguns dias, também tenho negócios na cidade, vou tentar me encontrar com Wayne. Ele parece estar interessado em nanotecnologia.

-Isso é muito interessante de se ouvir – comentou Lena e ele riu mais abertamente, o suficiente para atrair a atenção de uma certa loirinha sentada em seu sofá favorito.

-Droga, entreguei um negocio a uma Luthor – dessa vez foi Lena quem riu, e quando deu por si, Kara estava ao seu lado. Ela não gostou nenhum pouco dele.

-Jack essa é Kara Danvers... – ela os assistiu apertarem a mão brevemente –Ele é um antigo amigo, vai jantar com a gente hoje a noite.

-Eu não me lembro disso na minha agenda.

-Eu tenho certeza de que alguma coisa foi marcada.

Ela não gostava também da interação entre os dois.

-Kara, você vai perder o leilão – disse Lena e o que havia temido se realizou. A tristeza no olhar da Danvers.

-Eu acho que não sou muito boa com leilões. Perdi o sofá.

Lena olhou a sua volta, havia um casal, provavelmente recém-casados.

-Sinto muito...

-Foi muito bom rever você Lena, mas preciso ir – disse Jack e Kara quase se deixou levar pela vontade de acompanha-lo até a porta.

-Hoje à noite – lembrou Lena enquanto eles se despediam com um longo abraço.

 

Kara estava mais pensativa do que o habitual, geralmente, falava muito quando divagava, mas agora, desde que Lena entrou em seu apartamento para irem a sua cobertura ela estava quieta, sempre olhando para as coisas, mas não necessariamente as vendo, de repente ela passou a ter medo de que isso fosse um péssimo sinal, aqueles que Kelly tanto alertara as duas para tomarem cuidado, ela vivia sobre uma linha tênue de sanidade e precisaria aprender a lidar com isso, estava assustada pela possibilidade de perdê-la, não queria força-la a falar o que estava pensando tanto ao mesmo tempo em que se sentia na obrigação de perguntar, e nesse conflito interno que passou durante todo o caminho para o apartamento dela, decidiu finalmente deixa-la em seu lugar. Talvez não tenha sido a sua melhor escolha, mas estava com medo do que poderia vir pela frente. Ela se demorou muito no banho e vez ou outra Lena passava pelo corredor do banheiro para ouvir o som do chuveiro ligado, tudo para ter certeza de que ela não estava fazendo nenhuma besteira, chegou até a ouvi-la murmurar uma música, o que a deixou de certa forma um pouco mais aliviada. Quando Kara voltou para sala encontrou Lena olhando para as ruas, o movimento dos carros tudo estava até que silencioso por aquele bairro e talvez nem todas as noites fossem barulhentas como na primeira noite em que dormiu na sua nova casa.

-Lena.

Ela usava um vestido simples em tom azul com as alças finas, estava com seu cabelo inteiramente solto e ondulado nas pontas, e no tempo em que levou para Kara ajeitar seus óculos um suspiro lhe escapou, teve a certeza de que se apaixonou pela milésima vez por aquela mulher.

-Você está linda Kara – disse Lena e Kara sorriu.

-Aquele seu amigo... tem certeza de que ele vai aparecer?

-Quem o Jack? Com certeza – disse Lena e segurou a mão de Kara –Vamos, estou ansiosa para mostrar a minha casa.

Ela ainda parecia cega para o incomodo claro nos olhos da pequena Danvers. Jack poderia representar muito coisa para Lena, e sua imaginação fértil trabalhava muito para alimentar aquele ciúmes que começava a crescer gradativamente.


Notas Finais


Gente muito obrigada pelos 200 favoritos fiquei muito feliz por ver que vocês gostam dessa fic ;)

O que acharam do capítulo?


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