1. Spirit Fanfics >
  2. Beta's Blog >
  3. Eu quase fiz ele voar.

História Beta's Blog - Eu quase fiz ele voar.


Escrita por: seok_unicorn

Notas do Autor


OLAAAAAA, OLHA ELA ATUALIZANDO EM DIA HEIN HUMMMMMM
To ansiosa, esse cap ta bem maior que o outro, tipo, MUITOOOOOO MESMO kdmwkzksksks
Espero de coração que vocês gostem, eu to amando escrever isso pq 98℅ da personalidade do Jungkook é baseada na minha.
Sem mais enrolação.

Boa leitura e até as notas finais ^^

Capítulo 2 - Eu quase fiz ele voar.


Wow! Apareceu uma galerinha por aqui, agora confesso que estou me sentindo o mais popular deste site. Eu realmente não esperava mesmo sendo poucas pessoas, inclusive me arrependi logo que cliquei em “enviar”. Mas, como eu disse, o que é um peido pra quem já está cagado? E eu também já comecei com essa merda então vou terminar.


Vamos começar do começo.


“Não, Jungkook, imagina, que tal começar do final? Acho uma boa, hein?” Já disse uma vez e vou repetir: cérebro de ervilha. Enfim, prosseguindo...


Eu nunca me esqueci do dia que conheci Jimin, lembro-me de cada momento que passamos juntos, cada sorriso discreto um pro outro, cada olhar, eu jamais poderia esquecer dos dias mais sofridos e felizes da minha vida. Pegue sua pipoca, seu refrigerante e sente-se, minha estupidez de adolescente pode te irritar às vezes durante essa história, mas tenho certeza que você vai rir bastante.


Vamos do início.


Bom, no dia primeiro de setembro, exatamente às duas horas da tarde, nasceu um pequeno beta na cidade de Busan chamado Jeon Jungkook. Okay, okay, talvez não tão do início assim.


Lá estava eu, muito sereno dormindo na minha não tão confortável caminha, um beta de 16 anos muito satisfeito sonhando com comida, vocês já sonharam com comida? Cara, é muito bom, recomendo. Foco, Jungkook, foco. Enfim, tinha tudo para ser um ótimo dia, mas algo quebrou bruscamente essa atmosfera maravilhosa... o meu despertador maldito.


Aquela merda gritava numa vontade, tão alto que eu podia escutar “ACORDA, CARALHO!!”. Bati a mão no troço de desligar e levantei o corpo na maior lentidão do mundo olhando pra minha parede, a cara toda amassada porque por algum motivo desconhecido eu decido fazer um show de contorcionismo quando estou dormindo (Jimin até reclama das costas doloridas as vezes, porque eu acabo chutando ele enquanto durmo, mas ele diz que aguenta tudo, pois me ama, óbvio.)


Devo ter ficado um tempinho encarando aquela parede sem graça até me tocar realmente de que dia era.


“— Ah não, ah não, ah não…– eu já chorava em antecedência.


“— Jungkook! Você vai perder a hora justo no primeiro dia de aula? Levanta logo! .– ouvir minha mãe gritar isso da cozinha só me deu uma vontade ainda maior de morrer. Por que? Eu simplesmente ODIAVA primeiros dias de aula, eu nunca entendia como que as pessoas ficavam animadas com essa porra, você está voltando pra um hospício cheio de hormônios e pra piorar, hormônios de ALFAS e ÔMEGAS. Sabe o quão sufocante é ser beta no meio de toda essa confusão? Cara, é muito louco…


Somos “normais”. Mesmo eu passando por uma fase de odiar a mim mesmo naquela época por ser beta, eu às vezes agradecia, ômegas e alfas tem aquele negócio que chamam de cio, cara… Eu gosto muito dessa palavra, vocês veem claramente que a cada parágrafo eu repito ela.


Eu tinha uns 7 anos, estava de boa na sala assistindo, quando escutei um grito vindo do quarto da minha irmã. Eu já comecei pegando a vassoura perto da porta pra ver o estava acontecendo e quem sabe varrer o pé do homem mal que estava machucando minha irmãzinha e fazendo ela gritar, assim ele nunca ia se casar. Eu estava até me sentindo o bad boy do momento, o tira da pesada, mas minha mãe me parou assim que eu terminei de subir a escada.


Os gritos ficavam mais altos e depois eu soube que não eram gritos de desespero, eram gritos de GE-MI-DOS. E como eu era inocente então pensei que alguém estava matando ela.


“— DOHYUN! .– ela deu outro berro e eu arregalei os olhos. Papai não estava ali, ele era alfa e estava trancado no seu quarto, na época eu fiquei bem confuso, mas agora entendo o porquê.


“— Mamãe, estão matando a noona! .– eu disse exasperado e inocente.


“— Ela está bem, filho… Só precisa…”


“— EU PRECISO DE VOCÊ! .– gritou mais alto. Foi uma bagunça do caralho, até a polícia apareceu naquele dia, no final ela acabou indo pra casa desse tal moço e bom, vocês já devem saber o que aconteceu depois.


Quando Jimin está no cio dele é uma época louca, eu tenho que satisfazê-lo até o período acabar que dura dois dias, e quando mal terminamos ele já começa de novo. Depois desses dias maravilhosos e cansativos, eu fico com dificuldade de sentar por uma semana mais ou menos (quem rir vai pro inferno), ao menos não são tão frequentes quanto os dos ômegas. Cara, para pra pensar, não parece bizarro? Tipo, você sente a necessidade de transar, fazer sexo, DÓI ATÉ VOCÊ FAZER, não é uma estranheza da poxa? Que ótimo ser beta.


Minha mãe me disse uma vez que antes do vírus que se espalhou pelo mundo há muitos anos e nos transformou nessas coisas, apenas as mulheres passavam por “cios” e não era bem cio, ela disse que saia sangue de... de lá, tipo, SANGUE. Como elas aguentavam? Será que doía? Qual será o pior? Cio ou esse negócio que se chamava menstruação?


Perdão, eu acabei mudando o foco, de novo. Voltando para meus lamentos de primeiro dia de aula, o sono me fez enrolar até perceber que estava atrasado. Eu poderia dizer que peguei uma maçã e sai correndo, como naquelas fanfics genéricas, eu até poderia ter feito isso, mas acontece que não tinha maçã em cima da mesa! Cheguei na cozinha e tinha um copo de suco em cima do balcão, virei tão rápido que me engasguei e o suco saiu todo pelo nariz, não foi legal.


“— Você quer morrer, Jungkook? .– minha mãe exclamou quando me viu praticamente tossir os órgãos pra fora. Não respondi, limpei a boca com a manga do uniforme e saí correndo em direção a porta, o que não foi uma ideia boa porque quando eu fui abrir, ela acabou quebrando. Já disse que até hoje eu sou muito desastrado? Não? Eu sou muito desastrado. — É a terceira vez, Jungkook, meu Deus!


Eu nem olhei para trás e só saí correndo, depois eu mediria o quanto eu iria me foder por ter quebrado a porta, de novo. Jimin diz que não precisa de uma bomba nuclear para destruir o mundo, é só me chamarem, do jeito que sou eu posso acabar tropeçando sem querer em algo e o mundo vai “BOOM!”. Não é exagero.


Eu corri tão rápido que me senti o próprio Bolt nas olimpíadas, se duvidar o mundo até ficou mais lento.


“— Não fecha, moço, não fecha! .– berrei pro porteiro que já puxava os portões, agradeci rápido por ele ter me esperado e continuei sendo o flash coreano pelos corredores. Okay, estaria tudo bem correr até minha sala, os corredores estavam vazios, óbvio, o sinal já havia sido tocado. Minha fórmula 1 versão pés estava indo bem até eu esbarrar em alguém.


Sim, esse alguém é o Jimin. Eu poderia, mais uma vez, dizer que nos esbarramos, meus materiais caíram e ele me ajudou romanticamente, mas não foi isso que aconteceu. Sabe por quê? Porque eu não esbarrei nele, eu ATROPELEI, sério, não sei como ele não saiu voando. Enfim, continuando, após o grave acidente eu me levantei rápido e nem pedi desculpa, mas por algum motivo desconhecido assim que dei meus quatro primeiros passos olhei para trás e ele ainda estava lá caído.


Eu só conseguia pensar “será que eu matei ele?”. Minha mãe já tinha me dito que eu ia acabar matando alguém por causa do meu jeito, mas eu não imaginei que esse dia estivesse tão perto. Gelei na hora e intercalei o olhar entre ele e o corredor da minha provável sala. Decidi ir até o coitado esparramado que nem macarrão no chão.


“— Pelo amor de Deus, me diz que tá respirando. – implorei me ajoelhando próximo a ele. Cheiro forte, é alfa. — Moço, você não pode morrer, eu ainda não terminei o ensino médio. – resmunguei e deitei minha cabeça no seu peito pra ver se o coração dele ainda batia e estava tudo tranquilo. Graças a Deus.


“— Ai... – disse com voz baixa por conta do baque.


“— Ai, Jesus, que susto.– disse aliviado por ele estar vivo, eu poderia continuar minha vida com ficha limpa. — Olha eu juro que foi sem querer, eu não te vi e tô muito apressado. Você está bem?


“— Eu tô vendo.– disse erguendo o corpo e levando a mão até a cabeça, os olhos permaneciam fechados e eu até poderia me permitir admirar aquela coisa linda que se denomina rosto, mas eu realmente precisava ir para a sala. — Acho que est-... – Não esperei ele terminar e puxei seu braço rapidamente pra que pudesse levantar, deslizei os dedos pelos seus braços, tronco, barriga, na maior cara de pau, mas não pense besteiras seu leitor pervertido, eu estava preocupado!


“— Nenhum membro quebrado, né? Não, né? Desculpa de novo, mas agora minha vida depende de entrar naquela sala. – falei e não esperei sua resposta, apenas voltei a correr em direção a minha sala, parei na porta e respirei fundo antes de entrar, passei a mão pelas roupas e cabelo.


Bolei um plano super rápido de entrar de fininho, assim o professor não iria perceber que eu havia chegado atrasado... Mas não deu muito certo.


“— Estou vendo você, Jungkook. – parei de caminhar que nem pinguim e me virei lentamente. Os olhares se vidraram todos em mim, óbvio, dei um riso de nervoso subindo os ombros e apertei as alças da minha mochila.


“— A-ah, desculpa o atraso, eu... – fui cortado por sua mão que se levantou, um sinal claro para que eu calasse a boca.


“— Vou relevar por hoje ser o primeiro dia de aula, pode se sentar.– disse e eu fiz um maneio de cabeça indo me sentar no fundo, olhei em volta a procura do meu confidente e companheiro de retardadisse, vulgo meu melhor amigo, Kim Taehyung, um ômega que de ômega não tinha nada. Bom, só aquela coisa de cio, cheiro e blá blá blá. Ele não estava lá e eu já ria de nervoso internamente, pois eu só tinha ele pra andar junto.


Mal me sentei e tirei meus materiais da mochila, assim que levantei o rosto o diretor estava na porta da sala, com uma pessoa atrás dele, e adivinha quem? Se acertar ganha um doce.


Isso mesmo, Park Jimin. Depois dou seu doce, se você errou eu dou escondido e você finge que não ganhou.


Eu senti vontade de me afundar dentro daquele livro de química e virar uma fórmula só pra não ter que encarar o alfa. Poxa, me entendam. Eu quase fiz ele voar, é óbvio que eu estaria com vergonha! Bom, o diretor obviamente veio com aquele discurso para tentar motivar um novo bimestre que começa, e logo apresentou o alfa novato.


“— Este é Park Jimin, novo aluno dessa classe. E por favor não estranhem se estiver faltando algumas pessoas que costumam ver sempre, a sala estava cheia e foi preciso dividí-la.– respirei fundo, Taehyung deve estar na outra, o que é bom e ruim. Assim que o diretor saiu os burburinhos começaram, os ômegas se animaram, alguns alfas torceram o nariz e bom, como dizer isso? Só tinha eu e outra garota de betas ali, na escola tinha pouquíssimos betas e em sua maioria mulheres, poderia contar nos dedos os betas homens de lá.


Eu poderia dizer – e lá vamos nós de novo- que assim que Jimin entrou naquela sala ele olhou para mim e nossos olhares se cruzaram romanticamente e foi amor a primeira vista e blá blá blá. Mas não, ele não olhou pra mim e sim para os ômegas, o que era previsível, afinal, ele é alfa.


“— Pois bem, Park Jimin, quer dizer algo? .– o professor perguntou.


“— É realmente necessário? .– alguns ômegas estremeceram, outra coisa que eu não entendo até hoje. Por que que os ômegas se sentem tão afetados só por causa da voz do alfa? Uma vez eu e Taehyung estávamos no refeitório e de repente começou a rolar uma briga de alfas, eu queria chegar perto pra botar lenha na fogueira, sabe? Aquelas pessoas que ficam “Orra, xingou a mãe eu não deixava” ou “briga, briga, briga!” ou até um “Iiih, disse que seu pinto é pequeno eu não deixava”. Eles começaram a gritar com uma voz diferente e rouca e o Taehyung se encolheu todo e miou.


Gente, ele MIOU, sabe, miar? Pois é, miar. E não foi só o Tae, foi toda a massa de ômegas naquele refeitório, foi tipo um coral de miados. Okay, voltando para Park Jimin...


Ele sentou bem atrás de mim, porque era o único lugar livre, né. Então a aula se seguiu normalmente, não teve muitas coisas por ser o primeiro dia, logo depois entrou a professora de artes que nos obrigou a nos apresentar. Algo que achei bem desnecessário devo comentar mas, né, eu não podia fazer nada a não ser aceitar.


“— Park Jimin, 17 anos, alfa.– ah, sério? Nem notei. Logo seria minha vez de falar.


Levantei na maior lentidão do mundo, eu estava morrendo de sono, cocei os olhos antes de me apresentar.


“— Jeon Jungkook, 16 anos, beta.– disse e bocejei me sentando de novo.


“— Teve uma boa noite de sono, Jungkook? .– quis sorrir de raiva com a pergunta irônica.


“— Mas é claro que eu tive, sabendo que as aulas estavam voltando, dormi na maior animação do mundo, você não tem noção.– escutei uma risada baixa atrás de mim após responder a altura, devo dizer que foi som mais lindo que eu já ouvi na vida, quase virei pra trás e disse “ri de novo, por favor.”


“— Está sendo sarcástico?


“— Eu? Eu nunca fiz isso.– falei fingindo ser o ser mais inocente do mundo. Outra vez aquela risada linda, sério, não é exagero (só um pouquinho), eu poderia ficar dias ouvindo a risada do meu alfa e nunca iria me cansar, é o som mais melodioso e adorável do mundo, ele nem parece alfa quando ri. Talvez eu esteja sendo um beta muito exageradamente apaixonado? Sim, talvez mas, ah, o que você queria que eu fizesse? É Park Jimin, cara.


Bom, depois desse mini confrontozinho o sinal para o intervalo foi soado e todo mundo levantou que nem louco, alguns ômegas e alfas já falavam com Jimin, era incrível a rapidez desse pessoal em socializar com meu alfa, incrível. Eu evitava encará-lo por causa do acontecimento no corredor, eu às vezes falo e faço umas coisas sem raciocinar direito e acabo me arrependendo depois.


Saí da sala, procurei Taehyung pelos corredores e ele não estava lá, provavelmente já estava no refeitório. Outra coisa que eu não entendo: cheiro de alfa e de ômega. Nosso olfato não é tão apurado quanto o deles, mas experimenta ser beta e entrar num cubículo não tão grande cheio de alfas e ômega. Cara… É um porradão de cheiro doce e forte pra todo lado! Chega a ser insuportável porque alguns ômegas misturam seu cheiro com perfume, imagina a coisa “linda” que fica? Assim que entrei no refeitório recebi aquela dose de cheiros, todos estavam bem animados por estarem voltando das férias e se revendo, então tudo ficava mais forte.


Lá estava eu torcendo o nariz tentando me acostumar com a chuva de odores quando senti algo voar em cima de mim, algo não, alguém.


“— CARALHO, QUE SAUDADE!.– meu amigo ômega berrou me abraçando.


“— Taehyung, a gente se viu ontem.– falei rindo.


“— Fica quieto que é pra entrar no clima, palhaço. – retribui o abraço.


“— Aish...– resmunguei e ele me soltou.


“— E então? Como foi as férias?


“— Taehyung, você passou a metade dela na minha casa…


“— Mas você é chato, hein? Nem pra fingir que a gente é aquela dupla de amigos super popular do colégio você serve.– brincou cruzando os braços.


“— Acontece, meu querido amigo, que não somos a dupla popular do colégio e não estamos nem perto de ser, ainda bem.– disse e ele revirou os olhos. Sempre tem, né? Aquela mesa que só os mais influentes e populares sentam, ridículo, não acha? Bom, Jimin sentava lá. E eu ficava muito feliz em comer num canto bem isolado no refeitório.


“— Entrou um novato na minha sala, agora a gente tá separado, Jungkookie.– fingiu estar triste enquanto nos sentávamos na mesa de sempre.


“— Ele é…?


“— Beta.


“— Sério? O da minha é alfa.


“— Hum, alfa? Muito interessante… É bonito? Quantos anos ele tem? O cheiro é bom? .– me bombardeou com perguntas.


“— Poupe-me, Kim Tasquinhas.


“— Lá vem você com esse Tasquinhas de novo.– bufou.


“— Não culpe a mim, culpe meu corretor.


“— Eu quero que seu corretor exploda, e o celular também, você pode explodir junto de brinde!


“— Kim Tasquinhas! .– falei alto e senti um tapa no topo da cabeça. Tapa no topo, engraçado isso, né? Tudo bem, tudo bem, foco. Essa história é meio icônica, eu estava conversando com Tae pelo kakao e quando eu fui digitar o nome dele inteiro o corretor trocou “Taehyung” por “Tasquinhas”, a gente ri disso até hoje. Bem, pelo menos eu sim.


“— Jeon Jungkook, eu vou enfiar essa garrafa na sua garganta.– ameaçou apontando a garrafa de água vazia para mim e explodimos em risadas logo em seguida. Quis narrar isso só pra vocês conhecerem um pouco dele, hoje ainda nos falamos. Metade da minha retardadisse veio exclusivamente da convivência com ele.


As aulas seguiram normais, teve bastante enrolação e discurso sobre os últimos bimestres que faltavam para terminar o ano e irmos todos para o terceiro ano do ensino médio. A última aula era de matemática, cara… Eu odeio muito matemática, eu queria muito chegar no indivíduo que criou esta porra e perguntar, “qual o seu problema?”. Eu não entendo nada, absolutamente nada! Sempre tiro notas baixas, é como se fosse outra língua pra mim, entende? Mas ao mesmo tempo tenho que agradecer a essa filha da mãe. Logo irei explicar o porquê.


O professor de matemática era outro desgraçado, ele me odiava tanto quanto eu odeio a matéria dele, sempre chamando minha atenção e me fazendo passar por situações constrangedoras, e lá estava ele novamente me infernizando.


“— Como foram as férias, senhor Jeon? Estudou sobre a fórmula de bhaskara? .– perguntou com aquele deboche e antes de responder eu fiz questão de planejar 72 formas diferentes de fazer ele engolir aquele apagador que estava na mão. Respirei fundo me controlando.


“— Foram normais, professor, e sobre a forma de satan… – eu chamava de forma de satanás, por que aquela coisa de Deus não podia ser, Deus não é do mal. Cortei antes de falar. — De bhaskara, o importante é ter saúde. – escutei algumas risadas, mas a que eu fazia questão de focar era na de Jimin. O professor bufou e virou-se para o quadro para revisar o assunto passado antes das férias.


Eu encarava aquele quadro com uma careta tão linda, vocês não tem noção. Jimin parece ter adivinhado, pois meus pelinhos da nuca se arrepiaram quando senti a voz dele atrás de mim. Meu pescoço é realmente muito sensível.


“— Dificuldades? .– ele perguntou baixo.


“— O que você acha? .– mostrei para ele meu caderno totalmente em branco, sem me virar. Ele riu.


“— Não é tão difícil assim.


“— Fala isso pro meu cérebro. – Ele riu de novo. Desgraçado, será que ele não sabe que isso negoça meu coração?


“— Você é engraçado.


“— Engraçado é uma forma muito delicada de dizer que eu sou idiota.


“— Claro que…


“— Atrapalho a conversa dos dois? .– e então fomos interrompidos pelo demônio.


A outra vez que o vi naquele dia foi quando a anta acéfala -vulgo eu- esqueceu a senha do armário bem na saída, eu me recusava a pedir ajuda e Taehyung já tinha ido embora. Eu estava sozinho naquele corredor enorme, mas um anjo apareceu.


“— Eu sei que eu lembro, eu sei… Não saio daqui até acertar isso.– falei sozinho um pouco alto.


“— Vai ficar aqui pra sempre então. – Lá estava ele, lindo como sempre, abrindo o armário ao lado do meu. Só então eu pude analisar direitinho suas feições. Na época Jimin tinha cabelos laranjas, hoje estão negros. Seus bochechas eram um graça por que eram rechonchudas, eu adorava e ainda adoro mordê-las, os olhos escuros faziam um contraste incrível com a pele quase branca e o cabelo ruivo. Os lábios então… Deus do céu, são carnudos e macios, quando eu os toco parece que estou no céu. Ele é perfeito, sou um beta muito sortudo.


“— Agradeço o otimismo.– bufei desviando o olhar, eu devia estar encarando como um psicopata. Ele abriu o seu armário e me encarou.


“— Posso guardar pra você, se quiser. – ele ofereceu ajuda.


“— Ah, sério? Obrigado.– agradeci dando alguns dos meus cadernos pra ele que guardou cuidadosamente no armário. Ele virou para me encarar e eu corei colocando a mão na nuca. — Então, sobre o corredor, realmente foi sem querer… Eu tinha que correr pra não me atrasar mais ainda.


“— Está tudo bem, só que você quase me fez voar.– ele riu e os olhos dele sumiram, eu juro que amo isso mais que amo chocolate. Fechou a portinha do armário, e começamos a andar juntos até a saída.


“— Eu também sou muito burro, como eu não vi o corpo de um ser humano no meio do caminho? .– bufei bagunçando os cabelos. — Enfim, Park Jimin, né?


“— Sim, e você deve ser Jeon Jungkook.– colocou as mãos no bolso.


“— O que faz aqui no meio do ano letivo?


“— Estudando, talvez.


“— Sério? Achei que era um faxineiro fazendo estágio. – fui irônico, revirei os olhos e ele riu.


“— Mas faxineiro faz estágio?


“— Ai, você não vai desmentir minha ironia não, né? Perde a graça. – saímos da escola finalmente.


“— Eu nunca fiz isso.


“— Peguei a referência. – rimos juntos. — Você ainda não me respondeu.


“— Ah, tive problemas na minha outra escola e tive que sair.– deu de ombros.


“— Por que esses problemas me cheiram a ômegas?


“— Como sabe?


“— É só olhar pra você. – acabou saindo sem querer e eu corei profundamente.


“— Como assim?


“— Hum… Então, tá ficando tarde, né? É melhor eu ir! Tchau, Jimin. – assim que me virei e dei meus primeiros passos ele agarrou meu pulso.


“— Sabe que vou infernizar você até me dizer, não é? .– me encarou e eu retribui.


“— Quem disse que vai conseguir arrancar de mim?


“— Isso é um desafio? .– sorriu de lado.


“— Interprete como quiser.– sorri também e soltei meu pulso desatando a correr.


“— Jungkook-ssi! .– gritou e eu parei de correr me virando. — Tente não fazer ninguém voar, cuidado.


Balancei a cabeça e voltei a correr, um sorriso bobo desconhecido rasgando meu rosto. E vou terminar por aqui, isso já está bem grandinho, até a próxima postagem, eu acho.


Notas Finais


IWKSKWKSK SOCRRO OQUE EU TENHO NO CEREBRO
Enfim, sobre o episodio do "Tasquinhas" baseado em fatos reais ta? Meu corretor vive mudando o nome do Tae desse jeito kxmskzmsfjskeks
Sobre o Jungkook quebrando as portas, também é fatos reais eu vivo quebrando as porta aqui de casa, eu sou realmente muitoooooo desastrada
Outra coisa, eu ODEIO matemática e o professor de matemática me odeia também risos

Como eu disse 98℅ da personalidade do Jungkook e dos acontecimentos são baseadas na minha life kxmwkssk

Mas me dizem, o que acharam? Ta ruim? Ta bonzinho? Me digam, aceito criticas construtivas :)

Bom, até o próximo cap
Byeeee ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...