História Better With You - I wanna be with you

- O que você pensa que está fazendo aqui? - Cameron disse quando ele abriu a porta de seu apartamento e deu de cara comigo. Me deixou subir pensando que era algum de seus amigos. 

- Quero conversar contigo. Na boa. - falei entrando sem nem ser convidado. 

- Conversar sobre o que? Quer deixar claro que está aqui pra tentar roubar a minha namorada? - ele disse e eu balancei a cabeça não por ser um não, e sim por ele se referir a ela assim. 

- Cara, eu realmente não quero brigar com você. Na verdade, eu quero quebrar a sua cara, mas não farei isso. - fui bem sincero. 

- Você está aqui pra bagunçar a vida da Mariana e eu não vou deixar que você faça isso com ela. - dessa vez eu tive que rir. 

- Você acha que a conhece, não é? Acha que só porque está namorando com ela há, sei lá, três semanas já sabe tudo sobre a vida dela. - falei. - Você não sabe de nada, Cameron. Vocês se conhecem a quanto tempo? Três meses? - ele percebeu que eu estava falando algo que era verdade. - Eu namorei com ela por dois anos, Cameron. Dois anos. Você só sabe da vida dela depois que a conheceu, não sabe de nada sobre seu passado ou sobre o que ela passou, seus sofrimentos, seus momentos de conflitos, como ela fica quando ela realmente está insegura, quando está nervosa, ou quando está com medo. - falei. - Você sabia que ela já teve que ficar em uma clínica de reabilitação?

- Sim, eu sei. Como você sabe disso? 

- Isso não importa, Cameron... - falei. - O que é importa é... - parei de falar e balancei a cabeça. - Quer dizer, você sabe como ela fica quando algum amigo a decepciona? Ou como ela se importa mais com as pessoas que ama do que consigo mesma? Ou como ela quer resolver tudo das pessoas que ama, ou como quer espancar quem machuca algum primo dela? Ou quando ela está na real TPM, ou quando alguém diz algo que não a agrada? Sim, ela faz parecer que não liga, que é forte, mas na verdade, ela é mais sensível do que você acha que ela é. Sabe como ela odeia quando mexem em suas coisas? Ou como ela adora o ano novo porque sua família fica toda reunida nesses dias ou como ela adora decorar toda a casa com enfeites de natal, tipo uma tradição? - estava cansado dele agir como se soubesse de tudo sobre a vida dela, sendo que só a conhece a apenas três meses! - Quem estava com ela quando ela descobriu que seus amigos não passavam de pessoas falsas? Quem estava com ela quando seu avô faleceu? Quem estava nos momentos que ela estava em conflito interno? Quem estava com ela quando seus pais brigavam e ela era obrigada a ficar no meio disso? Quem estava com ela quando ela chorou todas as noites de saudade do irmão? Quem estava com ela quando sua mãe entrou em depressão

- Cara, eu nem a conhecia nessa época. Como você queria que eu estivesse com ela?

- É disso que eu estou falando, Cameron. Esse é ponto! - falei. - Você está com ela nesse momento que ela está bem. Você não sabe das crises, não sabe dos choros, não sabe do sofrimento, não sabe dos conflitos. Aposto que a única vez que a viu chorar foi porque você machucou o coração dela, não é? - acertei na mosca, ele até abaixou a cabeça. - Eu já a vi chorando por tanta coisa, Cameron e nenhum desses motivos foi porque eu fui um babaca. Você não sabe de nada da vida dela, Cameron. E me deixa puto você agir como se tivesse vivido com ela todo o tempo. 

Respirei fundo.

- Ela já sofreu muito, Cameron. E você não faz ideia do motivo, não é? - ele balançou a cabeça. - Eu sempre tomei todo o cuidado para não magoá-la, e sempre fazê-la sorrir, porque você não faz ideia de como eu ganhava o meu dia por fazê-la ao menos soltar um sorriso no meio de tanto problema. - falei. - Tanto problema, cara. Você não faz ideia... - ficava com o coração apertado de lembrar daquela época. - Eu nunca tinha feito ela chorar, nem a magoado, mas por causa de um mal entendido, eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. 

- Mal entendido? Beijar outra garota é mal entendido? 

- Eu não vou te dar satisfações sobre isso. - falei. - Bom, eu nem consegui explicar a ela sobre o que eu tinha ouvido, porque ela nem quis mais saber de mim e com razão, né? Foi a pior merda que eu já fiz na minha vida. - falei. - Você não ta ligado o quanto ela é importante pra mim, cara. O quanto ela mudou a minha vida e o quanto ela me mudou também. - falei. - Ela me disse fui um anjo na vida dela, e ela não foi diferente pra mim. Ela foi a melhor coisa que já me aconteceu, ela é tudo que eu sempre quis e o que eu menos esperava que ia ter. Ela foi bem mais que um anjo na minha vida...

Cameron apenas ficou me encarando. 

- Se ela quer ficar com você, não posso fazer nada. Só peço pra que você cuide bem dela, não a faça chorar, nunca diga que ela é impaciente, nunca mexa nas coisas dela ou tome do mesmo copo por ela, nem que ela está de TPM senão ela vai te quebrar. Acredite, ela já me bateu por esses dois motivos. - ri por lembrar. Como eu sentia falta dela... - Enfim, só peço pra que você a faça feliz. Você nunca vai conhecer alguém melhor que ela, então não seja otário. 

- Não serei otário. E vou cuidar muito bem dela. - minha vontade de quebrar a cara dele foi tanta. Ainda mais por ele dizer isso como se fosse superior. 

- E também quero deixar claro que não vou me afastar dela. Não é porque não namoramos que não podemos ser amigos e por mais que eu tenha vontade de beijar aquela boca toda vez que...

- Você está falando sério? - ele perguntou já ficando irritado e eu soltei uma risada. Falei justamente pra provocar. 

- Estou. - falei. - Eu não quero desistir dela. Quero ser aqueles caras dos filmes e séries que ela assiste. Que nunca desiste e eventualmente ganha a garota. - ele nunca entenderia porque falei isso. - Você também não sabe da paixão que a Mari tem por filmes e séries, né? Então... ela sempre quis que a vida dela fosse um filme ou como nas séries que ela adora. Principalmente depois que ela leu um livro cham.. - parei de falar. Chega, né. 

Fui até a porta. 

- É isso, mano. Não aja como se a conhecesse a vida toda, porque três meses não é nada perto de anos. 

Dito isso, sai do apartamento e entrei no elevador. 

Cameron Dallas P.O.V

Por mais que eu quisesse ignorar tudo o que o Leonardo me disse, não consegui. Ele estava certo... o que eu conhecia sobre o passado dela? Fiquei curioso e preocupado sobre o tal sofrimento dela que o Leonardo mencionou. O que será que era? E por mais que eu odiasse admitir isso, ele estava certo. Certo sobre literalmente tudo. 

- Oi! Eu ia te ligar agora mesmo! - Mari disse quando abriu a porta de seu apartamento. - O que foi? Que cara é essa?

- O Leonardo me procurou. Tipo agora mesmo. - falei. 

- Ai não. O que ele te disse? 

- Você tem certeza de que quer ficar comigo, Mari? - perguntei ignorando o que ela disse. - Tem certeza de que vai ficar com alguém que conhece por três meses do que alguém que namorou por anos e te conhece melhor do que qualquer um?

- Do que você está falando, Cameron? Ele te deixou pilhado, é isso? - ela disse balançando a cabeça. - Eu acabei de conversar com ele também e disse que eu queria ficar com você, Cameron. Não quero mais nada com ele. Ele faz parte da minha história, eu seria um ridícula se falasse de mim sem citar o nome dele, mas... como eu disse pra ele, ficou no passado. - disse.

- Ele me disse sobre alguns problemas que você teve no passado. - falei. - Que você já sofreu muito. E que ele estava com você nesse momento, e eu fiquei lá. Igual um idiota, sem argumentos, porque realmente não sei de nada. - falei. 

- Ele foi um anjo na minha vida. - ela sentou no sofá. - Assim como eu fui na dele. Nós nos ajudamos muito, sabe? Amadurecemos juntos, aprendemos juntos e isso só fez as coisas ficarem mais sérias. - disse. - Senta aqui que eu vou te contar sobre o que ele estava falando. 

Sentei ao seu lado, ficando meio que de frente pra ela.

- Foram muitos problemas. - ela suspirou. - Em um dia eu tinha amigos e no dia seguinte, me vi totalmente sozinha. Tinha inúmeros surtos, tive que começar a ir em um psicólogo e tal. - disse. - E eu prezo muito amizade verdadeira, sabe? Sou sonhadora até com isso. - ela sorriu como se estivesse lembrando de algo, mas eu não entendi. - Meu avô faleceu, meus pais entraram em crise, meu irmão saiu do país, minha mãe entrou em depressão... - ela suspirou. - E o Leonardo foi o único que ficou comigo nesse tempo, sabe? 

- Então, depois meu irmão foi embora e nós somos MUITO próximos. Tipo, muito próximos. Ele era tipo tudo pra mim, eu estou sentindo mais falta dele do que dos pais pra você ter uma ideia. - disse. - Bom, depois começou as brigas dos meus pais. Eles brigavam por tudo, brigavam feio. Discutiam o dia todo, e eu sempre ficava no meio disso, sabe? Vi meu pai chorando sozinho, coisa que nunca pensei que veria na vida. Eles souberam de coisas do passado um do outro, e também estávamos com dificuldades financeiras... tivemos que vender nossa casa grande para comprar uma menor, enfim... eles brigavam demais. Minha mãe sofria e chorava de um lado e meu pai sofria do outro. Quando vi meu pai chorando, foi um choque pra mim porque ele sempre era forte com tudo, sabe? Eu percebi que as coisas estavam péssimas quando vi aquilo. - disse. Eu estava sentindo a dor dela ao dizer isso, parecia que ainda mexia com ela. - Fiquei tão infeliz, me sentindo tão pequena, tão inútil, em um conflito interno, então... o Léo apareceu. Ele realmente mudou tudo pra mim, só conseguia sorrir com ele, e eu me sentia em paz, sabe? Era a única vez que me sentia feliz e em paz.

Fiquei me sentindo péssimo por ter pensado tanta merda deles, sendo que ele foi tipo uma salvação pra ela. Eu tenho que agradecer a ele e não ficar agindo feito um idiota. 

. - Enfim... 

- Continue.

- Com as brigas, veio a separação dos meus pais. Não teve divórcio, mas meu pai saiu da nossa casa. E eu não sabia com quem ficar, sabe? Porque eu era muito chegada com os dois. - disse. - Acabei ficando com a minha mãe mesmo, e meu pai ficou bem triste porque ele ficaria bem solitário, ainda mais pela família dele ser pequena e a da minha mãe grande. Bom, logo depois, meu avô, pai da minha mãe, morreu e meus pais acabaram se aproximando um pouco, mas aí veio a depressão dela... - disse. - Ela fazia plantão no trabalho e estava sem dormir há dias, logo os problemas se acumularam e ela ficou  tipo doida por um dia. - ela disse. - E eu estava sozinha com ela... ela soltou o nosso cachorro pensando que o demônio estava dentro dele. Isso seria engraçado senão fosse trágico... - ela suspirou. - Ela me disse algumas coisas que eu preferi não ter ouvido. Eu fiquei com medo dela, sabe? Fiquei com medo da minha própria mãe. 

- O que ela disse?

- Ela disse que amava mais meu irmão do que eu, disse que traiu meu pai, disse que era o mal e esteve do meu lado o tempo todo e eu não percebi... - ela balançou a cabeça. - Fiquei aflita. Morri de medo. Liguei para a primeira pessoa que veio a minha mente: Léo. Ele foi correndo pra minha casa e eu chorei tanto naquele dia, e sabe o que minha mãe fez enquanto eu chorava? Ela ria. Ela estava rindo, enquanto eu chorava por não saber o que fazer. Ela estava rindo diabolicamente, e me olhava da mesma forma. Eu dizia "Mãe, para com isso. Para!" e ela apenas ficava rindo como se... - ela parou de falar e balançou a cabeça. 

Fiquei boquiaberto, e com razão. 

- O Léo ligou para o meu pai, e meu pai foi pra lá, então eu e o Léo fomos para a casa da minha tia e eu chorei tanto. Não conhecia minha mãe, você entende? - parecia que isso também ainda lhe causava dor. - Ela foi até a casa da minha tia com meu pai e ela nem ao menos me olhou, como se eu não fosse filha dela. Eu senti tanto medo, Cameron. Medo que ela nunca mais voltasse ao normal, medo de que ela nunca mais voltasse a ser a minha mãe. Imagina se ela ficasse daquele jeito pra sempre? E se ela nunca mais voltasse a ser minha mãe? - ela não se aguentou, e começou a chorar. - A levaram ao hospital porque tinha risco dela acordar de madrugada e talvez até tentar me matar. E isso foram palavras do médico... Realmente não era ela. - ela limpou os olhos. - Fui dormir na casa do Léo, mas não preguei os olhos em nenhum momento, e ele ficou lá, acordado à noite inteira comigo, me consolando, dizendo que tudo iria ficar bem e por algum motivo, eu acreditei em suas palavras. - ela deu de ombros. - Bom, no dia seguinte, fui para o hospital com a mãe do Léo e quando cheguei lá com ele, as irmãs da minha mãe que estavam lá e meu pai estavam com os olhos vermelhos e o pior já veio a minha cabeça. Meu pai chorando novamente? Algo sério deve ter acontecido com a minha mãe... foi o que eu pensei. 

Admito que estava com vontade de chorar também só por imaginar o quanto ela deve ter sofrido, e como seria se isso acontecesse com a minha mãe.

- Quando entrei em seu quarto acompanhada pelo Leonardo e pelo meu pai, minha mãe estava lá, sentada na cama, com a posição ereta e encarando a parede como se fosse uma lunática prestes a surtar. - disse. - Ela virou o rosto na minha direção e fez uma pergunta que quebrou meu coração em mil pedacinhos "Quem é você?" - uma lágrima escorreu pelo seu rosto e eu limpei a mesma, enquanto acariciava sua perna. - Ainda não era ela, e dava pra perceber olhando em seus olhos.

- Ela não se lembrava de você?!

- "Quem é você?", "Quem são vocês?", "Quem sou eu? Por que estou nesse hospital?". - ela citou as perguntas que a mãe fazia. - Ela não se lembrava de seu nome, nem quem eu era, mas do Gustavo ela se lembrava... depois de um tempo, ela perguntava por ele a todo momento, perguntava porque ele não estava ali e chegou a achar que ele tinha morrido, mas ninguém queria contar pra ela. Ela se lembrou de todos, menos de mim. - disse. - Bom, ela ficou três dias no hospital e tiveram que dopa-la umas três vezes para ela dormir normalmente, então quando suas noites de sono foram repostas, ela ficou bem melhor, inclusive lembrou de mim, mas tudo isso me machucou de uma forma que não consigo expressar, sabe? 

Ela balançou a cabeça novamente.

- Depois de um tempo, ela parou de fazer plantão, melhorou, ela e meu pai se acertaram e nós voltamos para a nossa casa. - disse - Mas isso demorou meses e meses... - disse. - E enquanto isso Léo ainda estava comigo. Ainda precisava ir no psicólogo porque meu emocional ainda estava péssimo e até a psicóloga me disse "Você tem uma sorte incrível de ter alguém com você, Mari. Isso te assusta, eu sei, mas o Léo te ama e você sabe que também o ama. Ele esteve com você em todos os momentos que você não queria ninguém, mesmo quando você era grossa com ele ao dizer pra ele ir embora... ele não saiu de perto de você mesmo quando você pedia. Nunca deixe isso acabar. Nunca o deixe ir."

Fiquei me perguntando se eu era o cara certo para estar com ela agora.

- Bom, as coisas foram se ajeitando. E também pelo meu irmão estar longe, mas as coisas melhoraram muito na minha casa. Bom, ai que a Gabriela entra... lembra dela, não é? - assenti. - Ela nunca gostou de mim sei lá porque, e ela ficou sabendo da história da minha mãe por causa de uma falsa amiga minha, e espalhou para toda escola que eu era adotada, que minha mãe era uma vadia que dormia com uma pessoa que não era meu pai, que eu era odiada até pela minha mãe, que a minha mãe estava usando drogas... - arregalei os olhos, fiquei indignado. - E bom, todos acreditaram, mas nunca me preocupei em dar satisfação da minha vida para as pessoas que eu não me importava, mas eles não falaram de mim... eles falaram da minha família, e isso me tirou do sério. Mexe comigo, mas com a minha família não. - era disso que eu o Leonardo estava falando, então. - Bom, os professores queriam muito me ajudar a parar com os boatos e me deram uma ideia maravilhosa que era fazer um discurso sobre coisas relacionados à pessoas hipócritas, sem vida própria, e boatos. - disse. - Meu, eu arrasei tanto. - disse rindo. - E sem citar nomes! Não citei exemplos, sabe? Falei sobre pessoas ridículas que vivem cuidando da vida dos outros, e de pessoa que não se contentam com a vida que tem e precisam infernar a dos outros. - disse. - Arrasei muito, sério! E no final, eu disse: por isso, nunca acreditem em boatos. Sempre vem de pessoas hipócritas que não tem vida própria, que não tem futuro e querem a desgraça das pessoas ao seu redor. Não foi exatamente assim, mas algo assim, foi mais foda. - disse soltando outra risadinha. - Bom, primeiro todo mundo vaiou a Isabela e depois veio a grande surpresa... 

- O que? - perguntei curioso.

- A Isabela tinha falado coisas relacionando ao Leonardo também, tipo que ele só estava comigo por dó, que não daria dois dias para ele terminar comigo, então... - ela riu novamente. - Quando terminei o discurso e todos aplaudiram, ele coçou a garganta e disse "Licença!" e subiu no palco junto comigo. Ele me pediu em namoro na frente de todo mundo... deixando a Isabela virada no cão. Algumas garotas até choraram! E uns meninos anotaram algumas coisas que ele disse, foi muito engraçado. 

Claro que fiquei com ciúmes, mas fiquei mais feliz por ela do que com ciúmes, por isso ri junto com ela. 

- Depois disso, Vitória começou a me visitar mais vezes, conheci alguns amigos novos e o mais legal: meu irmão voltou mais cedo do que o esperado. - disse. - E minha relação com minha mãe e meu pai também melhorou muito... enfim, esse é a história da minha vida. Ou melhor, da minha adolescência. 

- Eu não fazia ideia de nada... eu sinto muito por tudo. 

- Não sinta. Estou bem agora.

- E o que mais do Leonardo?

- Ah, Cameron, se fosse pra contar tudo que eu já passei com o Leo ficaríamos dias e dias aqui...

- E agora eu acho que até gosto um pouco do tal de Leonardo. - falei e ela riu.. - Não estou mais nem sentindo ciúmes, e sim grato por ele nunca ter saído do seu lado. 

Mariana Lenzi P.O.V

- É, eu também sempre serei grata por ele... mas sabia que se voltasse com ele, não seria totalmente feliz porque quem eu amo é um tal de Cameron Dallas, você conhece? - levantei do sofá e Cameron fez o mesmo.

- Hm... ouvi dizer que ele é incrível... - Cameron disse convencido e eu ri enquanto revirara os olhos. - Também ouvi dizer que ele ficou com muito medo de perder a garota que ele ama para o ex namorado dela. 

- E eu ouvi dizer que não era para ele se preocupar, porque ela o ama da mesma forma e não vai voltar para o ex namorado... 

Cameron me puxou pela cintura e eu coloquei os braços ao redor de seu pescoço. 

- Eu amo você. - disse olhando no fundo dos meus olhos e tirou meu cabelo do rosto. 

- Eu te amo mais. - sussurrei com meus lábios roçando os dele e ele me beijou, puxando meu corpo para mais perto do dele. 

Eu não tinha dúvidas nenhuma sobre o que eu queria agora ou sobre o que eu sentia. Claro que eu ainda sentia um carinho pelo Léo, por tudo que ele já fez por mim e por ter ficado comigo quando ninguém mais queria estar, mas... como eu disse, isso está no passado e se ele não tivesse ficado com a Nathália, poderíamos estar juntos hoje e, como eu também já disse, acredito que tudo na nossa vida já esteja escrita, sabe? Acredito em destino. Mesmo se o Leonardo não tivesse me traído, teria outro motivo para termos terminado e para eu estar aqui com o Cameron agora, porque esse é o que o destino guardou pra mim e eu não poderia estar mais satisfeita e feliz... 

(...)

- Não quero nem pensar como vai ser quando a gente for embora daqui. - Jack G. disse.

- Nem fale! Vai ser tão triste! - falei fazendo um bico. 

- Vocês poderiam morar aqui pra sempre! - Lindsay disse. - Mas... nem sempre a vida é justa. 

- A vida foi difícil pra você? - Jack J. perguntou olhando pra Lindsay e ela assentiu fazendo uma cara de choro, fazendo nós rirmos.

- Meu, tira essa bunda do meu celulaaaar. - falei colocando a mão embaixo da bunda de Nash pra pegar meu celular.

- Oh que isso, sua folgada. - Nash disse rindo e levantou a bunda. 

- Obrigada. - sorri. 

- Vem cá, ali rola? - Shawn sussurrou pra mim apontando pra Sammy e Nanda conversando.

- Não sei. Ai rola? - perguntei apontando pra ele e pra Larissa. - Que foi? Acha que eu não percebi? 

- Percebeu o que? Se liga, Mariana. - Lari disse envergonhada e eu comecei a rir, assim como Cameron porque Shawn também ficou com vergonha. Que fofo!

- Ta rolando uma química entre muitos aqui. - Madison disse. - Olha, Nanda e Sammy. - ela sussurrou. 

- A Nanda deve estar tendo um troço agora. - falei rindo. 

- Também tem a Lindy e o Johnson. - Alicia disse. 

- Larissa e Shawn. - falei e eles me olharam feio, fazendo nós rirmos. - Emily e Jared. 

- QUE?! - Cameron disse alto. 

- Ah é... quando eu ia te contar que eles ficaram, vi a Yasmin no seu quarto. - falei. - Eles ficaram. 

- Caralho, sério?! Nossa, não consigo imaginar eles juntos não.

- Eu também não conseguia... mas que está rolando, está. - Lari disse olhando pra eles conversando. 

- E você, Ali? - perguntei pra Alicia. - Ainda está falando com o lerdinho lá?

- Na verdade, não... - disse. - Ok, vou contar uma coisa pra vocês, mas não sai daqui, beleza? 

Eu, Lari, Shawn, Cameron, Jack G. e Madison assentimos.

- Fiquei com o Ethan. 

- AI MEU DEUS - eu e Larissa doidas sempre. Todos olharam pra nós. 

Ethan, Grayson e Aaron tinham ido na rua fazer alguma coisa que eu não entendi o que. 

- Gente do céu, estou adorando isso. - falei animada e bati palminhas. - Quem pode ser o próximo casal agora? Vitória e Nash? - eles estavam conversando.

- Olha, não seria nada mal... - Madison disse. - Ficariam fofos. 

- E como! - Alicia disse. 

- Meu, se a Vitória ficar com o Nash, eu infarto. - falei. 

- Por que? - Jack G. perguntou rindo.

- Porque eu sempre falei isso pra ela. - falei. - "Amiga, imagina eu linda e maravilhosa ficando com o Cameron e você linda e maravilhosa com o Nash!" - todos riram e eu os acompanhei. - Sério! Sempre me iludi com isso. 

- E agora não é mais ilusão, que coisa linda. 

- Na verdade, a Vitória e o Nash ainda não se pegaram, então... 

- É, mas acho que rola. - Shawn disse.

- Será? - Cameron disse. 

Todos ficamos olhando pra eles.

- Que foi? Vocês piraram? - ops, acho que eles perceberam. Todos viramos o rosto e ficamos disfarçando, o que foi bem engraçado. 

Nate, Hayes e Taylor estavam dormindo no tapete fofinho e estava muito engraçado. Taylor parecia que estava com frio e estava encolhido, Nate estava todo largado e o Hayes de boca aberta babando. 

O Nash e o Jack J. gravaram Snap do Hayes dormindo de boca aberta e depois que mexeram com o Taylor, viu que ele se agarrou no Nate, mas Nate teve um instinto de homem mesmo dormindo e deu um tapão no Taylor fazendo ele acordar. 

- Que porra... credo. - ele disse levantando e deitou no sofá. 

- Quer dormir na minha cama, Tay? - perguntei já que estava descontável ali.

- É por isso que eu te amo, Marizinha. - ele disse dando um beijo no meu rosto e foi pro meu quarto. 

- Se você babar no meu travesseiro, eu te bato! - falei. - Ai pera ai, tenho ciúmes do meu travesseiro. - levantei do sofá. 

Fui até o quarto e dei uma almofada pro Tay, e coloquei meu travesseiro dentro do armário. Morro de ciúmes do meu travesseiro, sério. 

- Pronto. - voltei pra sala e sentei perto de Cameron novamente. 

Logo os outros se juntaram a nós e ficamos conversando sobre algumas coisas do passado, tipo uma sessão da série: meu passado me condena. Ou seja, credo. Acabou que um papo levou ao outro, e eles todos dormiram aqui na minha casa com colchões espalhados pela sala e pelos quartos, ainda bem que coube todo mundo. 

- Boa noite. - falei para quem estava no meu quarto que era Cameron, Larissa, Nanda, Taylor, Sammy e Shawn. 

- Boa noite.