Fim de tarde, e consequentemente fim de mais um dia de treino para o time da escola Raimon. Você, que era uma das gerentes junto de Aoi, Akane e Midori, ajudava a recolher as bolas de futebol, distribuía garrafas de água, etc.
Um pouco afastado dos outros jogadores, você vê Tenma. Estava com uma mão no ombro e uma careta de dor. Ele fica uns segundos assim, em seguida se aproxima novamente dos outros e se despede. Apesar de tentar disfarçar, você percebe que ele ainda estava desconfortável. Quando todos já haviam ido para suas casas, sobraram apenas Tenma, Aoi, Shinsuke e você.
— Tenma! — Aoi o chamara. — Vamos para casa?
— Gomen, mas hoje não vou poder ir junto de vocês. — Ele diz com um sorriso forçado.
— Eh?! Por quê? — Shinsuke questiona surpreso.
— Eu... Tenho uma coisa para resolver. — Ele usa uma desculpa. Os amigos pareceram não acreditar muito.
— Ok, então nos vemos amanhã. — Os três se despedem, Shinsuke e Aoi saíram.
Após sumirem totalmente de vista, Tenma se joga nos bancos do campo e não mede esforços para fazer novamente a expressão de dor. Intrigada com aquilo, você se aproxima para saber o que se passava.
— O que faz aí com essa cara? — Você pergunta fazendo o garoto se levantar num pulo. O esforço súbito o faz soltar um gemido de dor.
— Ai! — Ele grita colocando as mãos nos ombros.
— Tenma-kun o que aconteceu? — Você questiona aflita.
— Meus ombros e minhas costas... Doem. — Ele explica. — Não consigo ficar de pé.
— Quer que eu chame a emergência, ou a enfermeira? — Você se oferece pra ajudar pegando seu celular, mas Tenma a impede.
— Não, eu vou ficar bem. Só preciso descansar um pouco. — Protesta, se ajeitando. — A enfermeira da escola já deve ter ido embora.
— Mas então, por que não disse antes? Você está assim desde o fim do treino, poderia ter falado com alguém.
— Eu não queria deixar todo mundo preocupado. — Tenma se defende. Sua cabeça estava baixa. — Não queria que se preocupassem por nada.
— Como assim com nada?! Isso é uma coisa séria! — O repreende.
— Acho que eles não iam se importar muito. Não é grave.
— Eu me importo. — Você retruca. Ele te olha com seus olhos azuis cinzentos, brilhando de surpresa. — E tenho certeza que todos iam se preocupar. Francamente capitão! — Você dá um tapinha em seu braço, já esperava que Tenma tivesse esse tipo de atitude orgulhosa, mas nunca entendia o porquê disto.
— Gomen... — Ele se desculpa sem jeito até gemer de dor de novo.
— Numa escala de zero a dez, quanto dói? — Ele lhe mostra quatro dedos. — Capitão, deite de bruços. — Você pede. No início ele faz uma cara como se perguntasse o que ia fazer, mas acatou seu pedido.
Você se ajoelha no chão ao seu lado; dobra as mangas de sua jaqueta. Com seus dedos finos e delicados começa a fazer-lhe uma massagem. Suas mãos apertavam de leve, diversas partes das costas do garoto. Algumas vezes você o sentia estremecer ao tocar em certas áreas. No começo ele retrucava e negava pedindo para você não se incomodar, mas no fim se conformou. O rosto dele obviamente estava corado com o gesto, ele o virou para o outro lado para que você não o visse assim.
— Como se sente?
— Melhor com você... — Ele responde se levantando devagar e conseguindo andar.
— O quê? — Você pergunta pra confirmar se ouvira bem.
— Me sinto bem. Arigatou. — Tenma agradece super corado.
— De nada. — Você não resiste a carinha fofa dele, ainda mais estando corado, e aperta suas bochechas. Ele fica ainda mais nervoso. — Desculpe Tenma-kun eu tinha que fazer isso. — Se justifica. É adorável vê-lo assim.
— E-então, eu vou indo. Até amanhã. — Ele despede-se indo embora.
Sem conseguir tirar a imagem do rostinho fofo dele da cabeça, você já planeja outro meio de deixá-lo assim amanhã e depois de amanhã.
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