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História Between ghosts and demons - Full


Escrita por: TheJuliett

Notas do Autor


Ois minhas divas <3 Senti falta de bastante gente no capítulo anterior, o que foi? Vocês não gostaram? Estão ocupados com a escola e não tem tempo de comentar? Bem, de qualquer forma, eu quero agradecer a quem comentou e a quem leu, amo vocês <3 Sejam bem-vindas novas leitoras, sintam-se em casa :) Aqui vai mais um capítulo, considerem como um bônus. Feliz dia dos namorados (alguns dias atrasado) para todo mundo! Espero que gostem, boa leitura *3*

Capítulo 34 - Full


Fanfic / Fanfiction Between ghosts and demons - Full

Emma's Pov

"O que está fazendo aqui? Meu Deus, você me assustou!". Eu respirava com dificuldade tentando me acalmar, eu não esperava dar de cara com Marilyn logo naquele lugar. "Ouvi quando você disse à Twiggy que vinha visitar o seu amigo Nate. Tentei te alcançar e te impedir de vir, mas já era tarde demais.". Ele suspirou. "Tem alguma coisa errada acontecendo aqui, Marilyn. Desde que eu fui embora muitas pessoas começaram a morrer misteriosamente. Nate está encabulado com tudo isso, eu disse a ele que era por minha causa, ele quis que eu lhe desse mais detalhes, mas eu não podia colocá-lo em risco. São eles, não é? Os anjos da morte?". Eu o encarei seriamente. "Sim, Emma. São eles. É apenas uma questão de tempo até que descubram que você não está mais aqui, as criaturas celestes não são tão rápidas e astutas. Vão demorar um pouco até rastrear seu cheiro, mas uma vez que o fizerem as coisas vão ficar feias". Marilyn bufou. "Então, por quê eu não deveria ter vindo aqui?". Ergui uma sobrancelha. "Aquela garota, Rosemary, eu desconfio dela. Não sei o que é, mas me parece suspeita. De agora em diante pode ter certeza, ela vai dar um jeito de manter os olhos em cima de você. Temos que ter mais cuidado". Marilyn advertiu. Eu apenas suspirei, eu sempre estrago tudo. "Desculpe". Sussurrei. "Pelo que desta vez?". Ele franziu o cenho. "Nem eu sei ao certo. Por ser tão burra, eu acho? Eu deveria ter percebido que não era uma boa voltar aqui. Mas como sempre eu sou uma idiota". Eu murmurei. "Emma, você não tinha como saber, certo? A culpa não foi sua, não desta vez". Ele suspirou pesado. "Marilyn, você me odeia agora?". Perguntei com o resquício de voz que me restava. "Que tipo de pergunta é essa? Você já sabe a resposta". Ele pareceu confuso. "Olha só, eu não quis dizer aquelas coisas ontem. Mas é que sei lá, eu tenho medo de te decepcionar. Eu disse que precisava de um tempo para colocar os pensamentos em dia, mas a verdade é que nem eu sei ao certo o que eu estou pensando. Tem tanta coisa passando pela minha cabeça agora, eu só acabei descontando tudo em cima de você". Revirei os olhos, decepcionada comigo mesma. "Você pensa demais, esse é o problema. Às vezes, precisa apenas se desligar por alguns minutos, esquecer os seus problemas. Ei, vai ficar tudo bem, okay? Emma, olha para mim". Ele puxou meu rosto para mais perto do dele. "Estou aqui com você, não está sozinha. Vamos passar por essa juntos, entendido?". Ele sorriu um pouco sem graça. "Então não me odeia, por ter te rejeitado noite passada?". Ergui uma sobrancelha. "Odiar seria forte demais. Eu diria que está mais para raiva passageira, afinal você me seduziu e depois me deixou passando vontade". Ele montou uma carranca maldosa e eu ri baixo. "Acho que parou de chover". Comentei olhando pela janela. "Era apenas uma nuvem carregada". Ele murmurou. "Uhum". Eu assenti com a cabeça. "Chega para cá, deixa eu dirigir. Vamos dar o fora desse lugar de uma vez por todas". Marilyn afagou minha mão e eu corei. Pulei para o banco do passageiro e ele assumiu o do motorista rapidamente. Começamos a deixar Collinswood para trás. 

Conforme olhava pela janela eu via a paisagem agradável. Árvores por todo lugar, tudo aqui em Canton é verde demais, o cheiro de terra molhada contamina o ar, apesar do clima quase que constantemente chuvoso é um bom lugar para se morar afinal. "Você está quieta, algum problema?". Marilyn cutucou minha perna. "Não. Só estou um pouco distraída, é isso". Suspirei pesado. Mas a verdade era que eu me sentia mal pelas coisas que Nate havia dito sobre mim. Eu não fizera aquilo de propósito, eu não pretendia machucar as pessoas, não queria que alguém morresse por minha causa, e só de pensar que continuaria acontecendo já me dava um aperto no coração. "Okay, conta outra. Você não me engana, capetinha. Vai lá, diga o que lhe aflige desta vez". Marilyn suspirou. "É-é só que eu não consigo conviver com a culpa. Essas pessoas estão morrendo por minha causa, talvez se eu nunca tivesse saído de Collinswood todas elas ainda estivessem vivas. Posso não tê-las matado com as próprias mãos, mas sinto como se fosse quase isso. Eu quero que isso pare". Eu reprimi algumas lágrimas teimosas que ameaçavam sair. "Ah, Emma. Eu não sei como você coloca tanta asneira nessa sua cabeça! Eu vou dizer de novo: a culpa não é sua! Não é algo que você possa controlar, não pode fazer nada para evitar. Pessoas nascem e morrem todos os dias, é só o ciclo da vida". Eu não entendo como ele consegue ser tão frio, o nível de indiferença é notável em seu tom de voz, como se aquilo fosse apenas algo banal que acontece diariamente e que se vê no noticiário. "Pense como quiser. Eu acho, não, eu tenho certeza! De que mesmo não querendo, a culpa é minha. E vou ter que aprender a conviver com ela". Suspirei pesado. "É isso? Vai me destratar agora?". Marilyn tirou os olhos da estrada por um segundo, só para me lançar um olhar maldoso. "Não estou destratando você. É só que não sou obrigada a ver as coisas da mesma forma, eu não concordo. Tudo bem, pessoas morrem todos os dias espalhadas pelo mundo, é aí que está! Espalhadas pelo mundo, não em um só lugar. Não posso fechar os olhos para isso e pensar: 'ótimo, já havia chegado a hora deles mesmo'. Eu estaria mentindo para mim mesma". Eu bufei. "Emma, é aquilo que eu te falei. Precisa parar de ser tão dura consigo mesma, precisa esquecer seus problemas por alguns minutos, caso contrário sua mente vai ficar sobrecarregada. E isso para demônios, não é bom". Ele instruiu. "O que vai acontecer comigo então? Caso eu não fizer o que me disse". Eu indaguei curiosa. "Não vai ter controle sobre suas próprias emoções e consequentemente sob a sua força. Seus instintos vão começar a falar mais alto, e você vai perder a liberdade de seu corpo. Não se sabe o que vai ser levada a fazer, pode acabar matando alguém, ou ferindo gravemente. Emoções para nós são tudo Emma, é nelas que obtemos a nossa força. Se você estiver uma pilha de nervos, vai ceder mais facilmente aos instintos, e sob o efeito destes você não hesita em fazer qualquer coisa". Marilyn explicou. "Eu não consigo! Eu devo ter algum tipo de problema, acho que sou masoquista, sei lá. Tenho o péssimo hábito de ficar remoendo as coisas. Não sei como me distrair nem que seja por apenas alguns minutinhos". Eu comecei a chorar. "Hum, eu poderia pensar em alguma coisa agora se não estivesse ocupado pensando em fazer você parar de chorar. Eu nunca vou entender garotas. Eu não sei, conte-me um segredo seu! É isso! Alguma coisa que você nunca me contou". Marilyn sorriu sem graça e eu corei. Era fofo vê-lo daquele jeito, tão vulnerável e preocupado. Eu comecei a enxugar as lágrimas e a pensar em alguma coisa. "Minha vida nunca foi muito interessante...". Murmurei. "Ah, okay. Eu sei uma! É uma pergunta!". Ele pareceu animado. "Tudo bem, pergunte". Eu ri com o entusiasmo de criança dele. "Eu não sei como dizer isso de uma forma mais legal e... Que se dane! Quando transamos pela primeira vez você me disse que não era mais virgem. O que me leva a pensar, quem foi que...?". Ele fez um gesto obsceno com a mão direita e eu corei severamente. Por quê eu não consigo me lembrar daquela noite? Deus sabe o que eu devo ter feito ou dito! Mas que merda. "Foi com Oliver". Eu admiti ainda carrancuda. Marilyn engasgou. "Oi? Como?". Pareceu perplexo. "Você perguntou quem tirou minha virgindade. Eu respondi, agora sossega". Eu corei ainda mais. "Eu não acredito que você e ele... Ew!". O rosto de Marilyn se contorceu em uma careta de nojo e pavor. Eu não pude deixar de rir. "Qual o problema? Nem foi tão ruim, eu acho. Quer dizer, eu não sabia de nada, então tudo para mim era bom". Eu me peguei em um dilema. "Emma, ele é um ser desprezível. E eu perdi a conta de quantas vezes ouvi você chorando para Twiggy por conta de alguma coisa que aquele cara lhe fez. Eu não consigo imaginar vocês dois, sabe... Tão íntimos". Marilyn bufou. "Está com ciúmes?". Eu brinquei. Ele montou uma carranca maldosa. "Olhe bem para minha cara e tire suas próprias conclusões". Ele montou uma carranca brutal de incredulidade. Eu me contorci até a alma. "Acho que sim, mas isso pode ficar guardado só para mim. Eu sei que Oliver era um cretino dos grandes, e depois eu até descobri que ele era um arcanjo. Mas eu não sei, eu meio que estava enfeitiçada pela ideia de primeiro amor". Eu suspirei. "Espera um pouco, você disse arcanjo?". Marilyn virou-se para me encarar. "É, eu disse sim. Marilyn a estrada". Eu o repreendi. "Eu tenho senso de direção, okay? Sem falar que me oriento pelo cheiro". Ele deu uma de bonzão. "Grande coisa". Mostrei a língua. "Se Oliver era um arcanjo então ele sabia da sua localização este tempo todo, por quê foi que não dedurou?". Marilyn pareceu confuso. "Olha, eu também não entendo. Mas ele disse que os mantinha informados sobre mim, porém quando começamos a nos envolver, ele passou a gostar de mim, digo de verdade. E acho que foi por isso que resolveu manter minha localização em segredo". Eu contei. "E por quê foi que nunca me contou isso?". Ele ergueu uma sobrancelha. "Não achei que fosse muito importante. E naquela época eu estava um pouco magoada com você, por ter tirado minha memória". Eu suspirei pesado. "A memória volta sozinha, Emma. Eu não posso desfazer, e também não há um prazo para que ela retorne. Vai ser em um dia que você nem imagina". Ele explicou. Do lado de fora a chuva recomeçou, agora com toda a intensidade. "Que belo dia para o meu aniversário. Sabia que praticamente todos os aniversários que eu tive foram chuvosos? Eu acho que é carma". Eu murmurei distraída. "É seu aniversário?". Marilyn franziu o cenho. É claro que ele não lembra. "É, eu também não me lembrava. Na verdade, eu pensei que ainda estivéssemos em dezembro, ou janeiro, sei lá. Passamos apenas três dias no Inferno, por quê aqui foram meses?". Eu dialoguei confusa. "O tempo no Inferno é diferente cronologicamente do que o tempo mortal. Se você passa um dia, no mundo real passam-se semanas. Como foram três dias, foram praticamente dois meses". Marilyn informou. "E como isso acontece?". Eu franzi o cenho. "É seu pai quem controla o tempo no submundo. E o submundo não obedece as mesmas ordens do que o mundo dos mortais. Tem algo a ver com isso, é só o que sei". Ele comentou. "Eu nunca perguntei, mas você teve uma infância ou já nasceu desse jeito?". Eu sempre quis saber. "Não, Emma. Um dia eu já fui uma criança. É claro que a minha infância não durou anos e anos como a dos mortais. Mas eu já fui um ser frágil e agradável. Como o tempo no Céu também é diferente do da Terra, digamos que minha infância possa ter durado uns dois anos apenas. E então eu já era quase adulto, em treinamento para me tornar um anjo da guarda. Mas como eu disse, eu queria mais e por isso fui banido do Céu. Hoje sou um demônio, e não acho que me arrependo. Estou bem assim". Marilyn parecia um pouco distante ao falar sobre isso. "Você sente falta? De estar no Céu?". Olhei fundo em seus olhos. "Não. Aquele lugar não era para mim, eu não gosto de bancar o bacana, e não curto seguir as ordens que me dão. Eu sou independente, faço o que quero e ninguém me manda parar. Eu acho que no fundo, mesmo tendo nascido uma criatura celeste, eu estava predestinado a cair". Marilyn sorriu de canto, um sorriso sedutor que me fez corar do pés a cabeça. "E então eu apareci. E mostrei a você a verdadeira concepção de Inferno". Sorri fraco. "E como. Nesses seiscentos anos de vida eu nunca vi ninguém como você. Geralmente humanos são todos iguais, frágeis, desanimados, estúpidos e de fácil influência. Eu deveria ter percebido antes que você não era humana, Emma. O jeito que você agia, sempre tão teimosa, o jeito que me enfrentava. Naturalmente qualquer humano se afastaria de mim, mas não você. Eu deveria ter visto o seu eu demoníaco". Marilyn suspirou. "Talvez sua vida tivesse tomado outro rumo, completamente diferente, se eu não tivesse aparecido. Talvez estivesse melhor agora, sem tantas coisas para se preocupar. Talvez eu continuasse sendo aquela garota triste e amuada que via espíritos por todos os cantos, vivendo em Collinswood, roubando coisas com meu melhor amigo. Talvez a senhora Lewis ainda estivesse viva. Talvez eu nunca tivesse manifestado o meu lado demoníaco, eu nunca tivesse conhecido minha mãe e ela não teria se sacrificado por mim, não tivesse colocado a sua vida em perigo e nem ter sido feita de boba por Satã. Tantos talvez". Eu sorri tristonha. "Mas se nada disso tivesse acontecido você não estaria aqui, Emma. E eu seria infeliz, sem propósito algum na vida, apenas passando a eternidade de forma monótona". Marilyn sorriu para mim. Eu corei. "Eu não me arrependo de nada do que fiz". Sussurrei. "E eu não me arrependo de ter escolhido amar você". Disse, e então eu sorri. 

[...]

Marilyn parou o carro em frente a mansão. Eu desci do mesmo, e subi o capuz de meu agasalho para bloquear os pingos de chuva. Mas estava chovendo tão forte que mesmo assim eu estava toda ensopada. Meu cabelo armado mais parecia um feno laranja completamente espigado. Eu comecei a caminhar, agora sem conseguir tirar aquele sorriso bobo de meus lábios. Ele escolheu me amar e não se arrepende disso. Se pudesse estaria saltitando agora. Estava tão distraída que mal notei quando pisei em falso e meu pé escorregou levando consigo todo o meu corpo para o chão. Cai de quatro, com os joelhos flexionados e as duas mãos presas ao chão de cimento gelado. "Céus! Onde está com a cabeça, Emma?". Eu ouvi Marilyn pestanejar logo atrás de mim e não consegui conter o riso. Era patético pensar que eu estava tão distraída com as palavras dele que nem sequer consegui chegar ao meu destino. "O que foi? Vai ficar estirada aí até amanhã? No mínimo vai acabar pegando um resfriado". Marilyn se ajoelhou de frente para mim, seus olhos acinzentados se fixaram nos meus e eu corei. "E-eu...". Comecei, mas não consegui fazer com que as palavras saíssem. "Não está esperando que eu te carregue, está?". Ele ergueu uma sobrancelha, sedutor. "N-não". Sussurrei. "Acho bom mesmo, porque eu não ia fazê-lo de qualquer jeito". Ele sorriu debochado. Eu me peguei encarando seus lábios carnudos, extremamente sedutores, flexionados em um sorriso arrasador. "O que foi? Não consegue levantar? É sério, Emma. Agora já está me assustando". Marilyn franziu o cenho. Eu parecia ter sido anestesiada, estava completamente fora de mim, sentia algo queimando meu peito. Desejo. Sem pensar eu engatinhei um passo a frente e depositei as duas mãos sobre os ombros largos de Marilyn. Pude ver seus olhos escurecendo um pouco, ele estava confuso, mas ainda assim curioso para ver qual seria o próximo passo. Aproximei meu rosto do dele, pude sentir sua respiração quente contra a minha, entreabri os lábios e fechei os olhos. Pacientemente encostei minha boca na dele, e pude sentir aquele toque gelado familiar. Nossos lábios se encaixaram perfeitamente, porém eu não os movi. Era engraçado o quão perfeitamente bem alinhados nós estávamos, já havíamos memorizado um ao outro. Então pude sentir as mãos de Marilyn envolverem minha cintura, apertando-a com demasiada força. Sua língua invadiu minha boca e por fim meus lábios começaram a se movimentar, enquanto partilhávamos de um beijo molhado e com gosto de chuva. 

Eu me interrompi quando não fui mais capaz de respirar. Ofegava cansada. "O que foi isso?". Marilyn ergueu uma sobrancelha. "É-é sempre você quem toma iniciativa, eu pensei que talvez dessa vez pudesse ser diferente". Eu disse enquanto me levantava completamente corada. A verdade é que eu o beijara por instinto, era apenas a minha vontade falando mais alto. Marilyn continuou no chão enquanto eu adentrava a mansão. Analisei minhas roupas molhadas e concluí que precisava de um banho, eu estava fedendo a terra e meu cabelo à cachorro molhado. Subi às escadas pacientemente e apanhei algumas roupas limpas e sequinhas em meu quarto. Abri a porta do banheiro e depositei as roupas sobre o balcão da pia. Comecei a me despir despreocupada e adentrei o box. Liguei o registro da torneira na água quente e emergi por completo. Sentir aquela água quentinha se chocar contra a minha pele alva e invernal foi um alívio sem tamanho. Parecia um sonho para mim. Meu dia começara ruim, mas melhorou quando Marilyn se confessou. Eu sinto que aos poucos estamos progredindo, e aquela geleira um dia foi seu coração está se derretendo. Estamos ficando mais próximos e mais íntimos, e eu fico feliz em saber disso. Ouvi um estrondo de repente, e me abracei em um instinto protetor. A porta do meu banheiro foi violentamente chutada e parecia aquela cena de filmes americanos, só que o meu banheiro não era um banco. E foi aí que eu pensei: ai meu Deus! O que está acontecendo? Eu vou ser assaltada em pleno banho? Onde está Twiggy ou Marilyn? Foram feitos de reféns? 

Apanhei o pote do shampoo e comecei a apertar com toda a força. Eu vou acertar esse cara, seja ele quem for, com isso! Mas que bela arma, Emma. Só então que eu me lembrei que não sou uma pessoa comum, provavelmente se eu der um chute em algum mortal ele morre na hora. Mas eu não quero matar ninguém! Então fico com o shampoo mesmo. Eu ouvi passos, mas o vidro do box estava embaçado e eu mal conseguia me mover, eu estava em choque. Foi então que a portinha foi escancarada e tudo aconteceu muito rápido, eu dei um pulo para cima da pessoa que mal conseguia ver e acertei sua cabeça com o pote do shampoo. Ouvi um 'ai' abafado, e então percebi que estava nua e muito mal armada. Puxei a toalha e rapidamente me envolvi na mesma, esfreguei os olhos com força e dei de cara com um Marilyn caído no chão do banheiro enquanto esfregava a cabeça repetidamente. Espera um pouco, então o ladrão... Merda. "Caralho Emma! Que merda foi essa? Precisava ter me batido com tanta força?". Ele berrou. "D-desculpe. E-eu achei que fosse um ladrão e...". Eu comecei, mas então me interrompi ao ver sua expressão brutal de incredulidade. "Um ladrão? E que diabos um ladrão roubaria no seu banheiro? Um sabonete quem sabe... Porra de imaginação fértil a sua, viu?". Ele bufou. "E o que você planejava aqui então?". Eu ergui uma sobrancelha. "Uma certa pessoa me deixou passando vontade de novo, dessa vez na chuva, sozinho e desamparado. Eu só vim pegar o que é meu". Ele sorriu malicioso. "Você ia me estuprar enquanto eu estivesse tomando banho?". Gritei a todos pulmões. "Estuprar não, gentilmente seduzir. E depois então você já sabe...". Ele emburrou. "Desculpe por eu ser tão desconfiada, mas foi essa desconfiança que salvou minha vida. E o shampoo". Eu bufei. "Esquece, agora eu preciso dormir para ver se minha cabeça para de doer". Ele se levantou e então me deixou ali olhando para as paredes. Ah, não! Ele não fez isso! Primeiro tenta me atacar no banho e agora saí como se nada tivesse acontecido? Quando me dei conta já estava o seguindo pelo corredor berrando coisas sem sentido. Então Marilyn se virou, parou de andar, eu esbarrei em seu peito e senti suas mãos agarrarem minha cintura. Ele me arremessou sobre seu ombro, tal como um saco de batatas e começou a me carregar consigo. Eu só pensava: estou nua por baixo dessa toalha! Marilyn chutou a porta de seu quarto e me jogou na cama com violência. Eu me choquei contra o colchão batendo a cabeça com força. Bingo! Você obteve sua vingança! Agora não me mate, por favor! 

Marilyn montou em cima de mim, retirando sem pudor a toalha de meu corpo branquelo. Eu me encolhi envergonhada e comecei a estapeá-lo, tentando fazer com que se afastasse. Ele agarrou meus dois braços e amarrou meus dois pulsos com a camiseta, mantendo-os acima da cabeça. Prendeu meus braços na cabeceira da cama e eu fiquei completamente vulnerável, sem poder mover os braços e as mãos. Comecei a sacudir as pernas, mas quando ele montou em cima de mim novamente, seu peso se concentrou sobre elas e eu fiquei parecendo uma boneca lolita, sem qualquer defesa. Os olhos escuros de Marilyn correram pelo meu corpo, eu não via mais traços humanos dentro dele, estava completamente tomado pelo desejo. Suas mãos envolveram meus seios. Ele cerrou os dentes em torno do meu mamilo esquerdo e mordeu, soltei um pequeno grito abafado. Depois começou a lambê-lo, chupá-lo, preenchê-lo enquanto eu me retorcia de prazer. Com a outra mão, massageava o meu outro seio. Quando se deu por satisfeito ali, desceu seus lábios para minha intimidade já descoberta. Sua língua penetrou-a com força e eu cerrei minhas mãos presas em punhos. Ele se demorou ali, lambendo, penetrando, estuprando minha intimidade com sua língua ágil. Suas mãos apertavam minha cintura enquanto eu me retorcia, encolhia, retraía do mais puro prazer latente. Marilyn não fez muita cerimônia, encaixou a camisinha em seu membro e posicionou-o na entrada de meu sexo. Quando ele me penetrou, foi como se eu tivesse implorado por isso a semana inteira. Eu me senti completa, enquanto ele me preenchia totalmente. Começou a se movimentar, lentamente para frente para trás, fazendo movimentos de vai-e-vem enquanto eu soltava gemidos desesperados, nossos quadris se moviam em perfeita sintonia. Meus olhos se reviravam de prazer, enquanto eu gritava seu nome sem pudor. Então Marilyn saiu de mim e senti suas mãos desfazerem o nó em meus pulsos atados a cabeceira do móvel. Quando minhas mãos se soltaram, ele me virou de costas e me fez ficar de quatro. Deu um tapa em minha nádega direita e eu gritei. Mordeu minha coxa e eu gemi. Ficou por trás de mim, e sem se demorar penetrou-me assim mesmo. Fazendo-me ir e vir, movendo meus quadris para frente e para trás, enquanto seu membro violentamente se achatava contra minha intimidade. Eu gemia alto, sem controle. Eu sentia o aperto de suas mãos em minha cintura. Por fim não fui mais capaz de me conter, senti aquele líquido branco vazar para fora de mim e minha perna tremer. Desabei na cama, completamente exausta. E Marilyn tombou ao meu lado, arfando como se todo o ar da Terra houvesse sido extinguido. Eu sentia tudo arder dentro de mim, Marilyn havia me fodido duro demais. 

"Isso é o que acontece quando você me provoca demais, Emma. Eu perco o controle". Ele murmurou. Eu senti a dor se alastrar por todo o meu corpo, não estava acostumada com aquilo e a brutalidade com que ele o fez também não ajudou. Era minha primeira vez de novo, e eu não me sentia preparada. Ele não foi nada gentil. Sem me dar conta antes percebi que agora estava chorando. "O que foi? Emma?". Marilyn afagou meu rosto. Eu me esquuvei com violência. 

"Não encosta em mim". Rosnei. 

 

 

 


Notas Finais


E então? O que acharam desse capítulo cheio de love, brigas, problemas, instintos? E o beijo na chuva? Sexy e provocativo, hehe :q O ladrão, huhue :3 E essas saliências brutas no final (que eu espero que tenham gostado, porque eu me esforcei demais!)? E essa Emma revoltada? Digam aí o que vocês acharam de tudo isso, comentem please! Eu amo vocês gatas <3 Até logo, beijocas *3*
P.S. De capa o nosso Marilyn descontrolado :3


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