1. Spirit Fanfics >
  2. Between Love and Zombies >
  3. Decisions

História Between Love and Zombies - Decisions


Escrita por: MrsCheshire

Notas do Autor


Hii Bae's! Bem?❤
Espero que sim!
Me perdoem pela demora pelo capítulo ruim
Espero melhorá-los a partir do cap. 63
Enfim, estou postando rapidinho aqui poos já vou dormir
Aushuahs
E obrigada a todos os favoritos! Amo vocês
Sweet Reading!❤

Capítulo 60 - Decisions


Fanfic / Fanfiction Between Love and Zombies - Decisions

Batuquei meus dedos sobre as costas da cadeira com meu peito direcionado ao mesmo e minhas coxas em torno dela.

Encostei meu rosto machucado no mesmo, aguardando pacientemente e um pouco perdida em meus pensamentos, questionando-me a respeito de certas coisas diferentes ultimamente na qual não pude evitar.

Um amplo e árduo fardo de preocupação emocional pesa em minhas costas, e todo o esforço exige com que eu descanse, mas não há outra maneira nesse mundo de descansar emocionalmente a não ser a morte.

Além do peso das palavras confusas de Evan, há também o peso dos sentimentos.

Minha relação com Carl não está das melhores, eu não o vejo faz alguns dias e eu decidi não procurá-lo. O peso de nossas conversas é o suficiente para me desestruturar, e ver como ele se tornou agora me destrói.

Alexia me trouxe até Denise assim que chegamos, constatou que os ferimentos em meu rosto precisavam ser cuidados mesmo que eu tenha tentado ignorá-los.

Me sinto inútil por ter ajuda médica. Quando eu sobrevivia sozinha, eu era a minha própria médica cuidando de meus ferimentos e os de Lilika, eu não precisava de ninguém, eu não era uma dependente, eu não me importava com ninguém.

Talvez, eu devesse a voltar a ter meus antigos costumes e depender apenas de mim mesma.

Talvez, Alexandria não seja o meu lugar.

Levantei meu olhar ao ver Denise dirigir-se até mim com caixinhas pressionadas contras os dedos e uma espécie de saco vermelho.

— Tome. — Ela me entrega uma das caixinhas. — Analgésicos para amenizar a dor de cabeça, e isso é para colocar no seu olho. — Ela me entregou o saco, e certifico-me que cubos de gelo residem dentro do mesmo. — Ele vai ajudar a desinchar e amenizar a dor.

Eu agradeço com um meneio de cabeça e me levanto ansiosa para sair dali. Pressiono o saco contra meu olho e deixo a casa.

O vento forte me pega desprevenida e sopra meus cabelos com força para frente de meu rosto. Eu não faço questão de tirá-los dali, apenas continuo caminhando, observando meus passos por entre os fios soltos que ricocheteiam meu rosto.

Eu fiquei estática subitamente na rua ao conceber que eu estava na frente da casa de Jessie, onde Ron e Sam moravam. Tudo o que Rick temia aconteceu, e estão todos mortos. O mais engraçado de tudo, é que eu não sinto nada. Sigo meu caminho até chegar em casa.

Subo preguiçosamente os degraus com os olhos fixos em meus pés e empurro a porta, empurrando meu corpo para dentro.

As vozes altas que soavam lá dentro param subitamente, desenrosco meus dedos da maçaneta e levanto meu olhar, ainda com o saco de gelo prensado contra meu olho e meus cabelos sobre meu rosto.

Todos os olhares estão direcionados a mim. Maggie e Glenn estão sentados no sofá e em pé na frente deles, estão Rick e Carl.

Carl está com as sobrancelhas levemente franzidas e o olhar curioso. Comprimi meus lábios e tornei a olhar para meus pés.

Passei por eles e fui direto até as escadas onde subi rapidamente antes que alguém falasse comigo.

Entrei em meu quarto e me deparei em Lilika na poltrona encostada no canto do quarto com as orelhas em pé, e seu rabo começou a se movimentar assim que ela me viu. Fechei a porta com meu pé.

Fui em direção a ela e me ajoelhei de frente a poltrona, acariciei seus pêlos conforme ela distribuía lambidas molhadas em meu rosto e eu sorri pequeno.

Ouvi leves batidas na porta e eu direcionei meu olhar até a mesma, mas não me levantei ou me movi, permaneci estática esperando que a porta fosse aberta.

Ao contrário, vi a sombra de dois pés por baixo da fresta da porta. Pressionei mais o saco de gelos contra meu rosto e vi mais uma sombra se formar pela fresta seguido de um tilintar parecido com o de um prato.

Franzi minhas sobrancelhas ao ver os passos se afastarem da porta mas uma única sombra permanecer ali. Levantei-me um pouco dolorida e caminhei com passos curtos até ela, conforme sentia meu rosto latejar.

Englobei meus dedos contra a maçaneta e a puxei, olhando diretamente para baixo. Me abaixei e peguei o prato com um sanduíche no mesmo. Olhei para o corredor para ver quem havia deixado, mas ele já estava vazio.

Fechei a porta e sentei-me em minha cama com o prato em mãos e peguei o sanduíche, dando uma mordiscada. Notei que havia algo no fundo do prato, e notei pelo embrulho prata ser chocolate.

Alcancei o guardanapo que estava por baixo e o desdobrei, vendo que havia algo escrito nele.

Chocolate anima até a pessoa mais fria da face da Terra ×u•”

————✴———•❄•———✴————

Meus olhos pesam demonstrando cansaço, busco formas no meio da escuridão do quarto, mas não consigo distinguir nada diferente.

Suspiro baixo pelo sono que foi embora. Meus músculos estão doloridos e por alguns segundos eu me perco em pensamentos, com o ambiente macabro e silencioso em meu quarto.

Por alguns segundos eu senti um leve desconforto e pensei em estar sozinha, mas essa ideia evaporou no momento em que eu ouvi uma cadeira ranger as minhas costas seguido de um suspiro. Senti minha respiração descompassar.

Recordei-me que eu guardava um revólver embaixo do travesseiro por precaução.

Levei meus dedos disfarçadamente para baixo de meu travesseiro e puxei-o cautelosamente, o segurando com firmeza pela parte de baixo e ajeitando meu indicador contra o gatilho.

Em um movimento rápido, me sentei sobre a cama e virei meu pulso com o revólver em minha mão, apontando-o para a silhueta curvada sobre a cadeira ao lado de minha cama.

Observei a silhueta movimentar o pescoço permitindo que uma leve luz vinda de fora pela janela iluminasse seu rosto. Suspirei, um pouco desacreditada.

— Pode abaixar sua arma, sou eu.

Pressiono meus dedos com força contra o cabo conforme meu coração acelera mais do que o normal. Minha respiração entre cortada se intensifica e eu ofego.

Carl franze as sobrancelhas ao constatar que minha arma não foi abaixada. Aos poucos, meus dedos vacilam e eu abaixo o revólver, um pouco hesitante.

— O que faz aqui? — Pergunto com minha voz baixa e rouca, tornando a colocar meu revólver embaixo do meu travesseiro.

— Eu… Gosto de te observar enquanto dorme. — Respiro alto inusitadamente.

— Eu não estava dormindo. — Digo com firmeza, tentando disfarçar as sensações estranhas.

— Eu sei que não. — Ele sorri pequeno, batucando os dedos contra as costas da cadeira. — Talvez seja por isso que eu não senti a sensação.

— Que sensação? — Pergunto, um pouco confusa.

Carl suspira baixo seguido de uma pequena risada. Eu curvo meu pescoço para trás quando ele se levanta da cadeira, e se aproxima de mim com passos sinuosos.

— Você se faz de ingênua Ari,mas eu sei que você não é.

O colchão afunda ao meu lado quando Carl se senta nele e olha diretamente para mim. Desvio meu olhar, comprimindo meus lábios.

— Não confunda as coisas. — Murmuro.

— Mas não sou eu quem está confuso.

Vejo sua mão vir em direção ao meu rosto e ele o vira para si, me segurando pelo queixo. Levanto meu olhar para encará-lo, e seus dedos empurram as mechas soltas de meu cabelo na frente de meu rosto para trás de minha orelha, deixando exposto meu olho inchado.

— Quem fez isso com você? — Pergunta, tocando levemente o ferimento e recuando no segundo em que protestei por estar dolorido.

— São as consequências de uma missão. — Digo.

— Não. São as consequências de você resistir.

— Se eu não resistir, se eu não me salvar, quem vai? — Pergunto debochadamente.

— Eu posso fazer isso. — Diz, umedecendo os lábios.

— Conta outra. — Debochei, revirando meus olhos.

— Não revire os olhos. — Resmunga. — Eu te salvaria Ariana. Se fosse refém, se estivesse em perigo, eu não mediria esforços para te procurar e te proteger. Eu sempre te salvarei.

— Eu não pude te salvar quando… Aconteceu. — Profiro, abaixando meu olhar. — Eu estava lá, eu não me mexi, eu não fiz nada. Por que você me salvaria?

— É meu dever protegê-la. Eu sinto isso.

— Desde quando se acha digno de me proteger? — Perguntei irônica, mas desfiz minha expressão ao ver que ele continuava sério e após sua resposta.

— Desde que eu atirei em você. — Mordi meus lábios. — Ron atirou em mim e você não fez nada, estamos quites.

Abaixo meu olhar e brinco com meus dedos. Já se passou muito tempo desde aquele dia, algo entre nós dois havia mudado e eu não podia negar. Mas eu não nego que meus sentimentos estão mais fortes por ele do que antes.

— Carl… — Mordo meus lábios encabulada, respiro profundamente e torno a encará-lo. — Posso te pedir uma coisa?

Ele me fitou, buscou em minha expressão algo que denunciasse o que eu estava pensando.

— Pode. Eu invadi o seu quarto, você merece um favor. — Suspiro, e tomo coragem para pedir.

Me deixe ver o seu olho. — Ele sorri, irônico.

— Você já não está vendo?

— Você sabe que não é desse olho que estou me referindo.

Ele parece ficar nervoso. Seus dedos apertam com força o lençol da minha cama e ele desvia o olhar, fechando-o com força em seguida.

— Não tem outro olho aqui embaixo. — Diz, gesticulando em direção a faixa em torno de seu rosto.

— Eu não me importo, apenas… Me deixe ver. — Peço com calma e com certo receio.

— Não. — Diz, ríspido.

— Por quê?

— Eu não vou discutir sobre isso. — Profere baixo, e eu vejo os nós de seus dedos ficarem brancos. Eu coloco minha mão em seu rosto e o viro para mim.

— Não precisa discutir, apenas me mostre.

— Você não vai gostar mais de mim se o ver. — O fito incrédula, soltando seu rosto com brutalidade fazendo-o me encarar.

— Acha que gosto de você por causa do seus olhos?

— Sim. — Fico indignada com suas palavras. — Se afastou de mim depois que aconteceu.

Me afastei pois eu não aguentava te ver com um curativo no rosto sabendo que eu poderia ter evitado que acontecesse. Eu não conseguia te olhar sem me sentir culpada.

A essa altura, eu estava de frente para ele, e meus olhos estavam marejados. Carl não tinha culpa em me dizer aquelas coisas, ele não precisava se sentir mal. Eu era a culpada em toda aquela história.

Carl curvou seu pescoço e encostou sua cabeça em meu peito debaixo de meu queixo. Suas mãos envolveram minhas costas com delicadeza, e eu senti o calor e o conforto que seus braços me passavam.

Eu tinha uma ampla vista de sua nuca coberta pelos seus cabelos longos e negros. Olhei mais para baixo e observei a ponta da faixa ao redor de seu rosto presa a parte debaixo. Respirei fundo.

Resvalei meu dedos por seus fios e segurei a ponta da faixa. Esperei que Carl me impedisse de prosseguir, mas ele não o fez. Puxei lentamente a ponta e comecei a desenrolar a faixa em volta de seu rosto, devagar.

— Por favor, Ariana. — Carl murmura como se estivesse envergonhado e com medo ao mesmo tempo.

Ao conceber que eu continuei desenrolando ele segurou meu pulso com força e levantou seu rosto. Faltava a última camada da faixa para que o ferimento estivesse exposto e ele me encarava, com um pedaço da faixa caindo sobre o nariz.

Ele me pareceu derrotado e pegou a faixa novamente. Quando eu pensei que ele a enrolaria novamente, ele puxou o restante da fita do rosto.

Ele fechou seu único olho com força e seus lábios estavam entreabertos. Eu ainda não conseguia ver o ferimento, sua franja caia sobre o local me impedindo de ver.

Toquei seu rosto devagar. Movi minha mão hesitante para o lado empurrando sua franja e Carl esboçou uma reação como se fosse começar a chorar. Eu continuei, até que eu conseguisse ver.

A princípio, eu não enxerguei devido a escuridão, mas alguns segundos depois, comecei a me arrepender de ter pedido a ele para ver. Um soluço subiu minha garganta mas eu não o soltei, minha respiração começou a ficar falha e as lágrimas que brotaram no canto de meus olhos escorreram por minha bochechas.

Toquei com minhas mãos trêmulas a pele estranha que contornava o orifício onde deveria estar o seu olho. E eu não contive um pequeno soluço ao constatar que tinha um leve cheiro de sangue e que o ferimento era feio.

O que ele fez com você?

Carl abriu seu olho ao ouvir minha voz. Algo na expressão dele mudou ao me ver chorando, algo que eu não pude decifrar. Pensei em dizer alguma coisa, mas ele se levantou e virou de costas para mim, tornando a enfaixar o rosto.

— Eu pedi para que você não visse.

Respirei fundo e tentei engolir o choro. Aquilo não o ajudaria, ele se sentiria pior.

— Desculpe. — Murmuro, controlando minha respiração. — Eu não deveria ter te pressionado.

— Não precisa se desculpar. — Responde, e eu sinto o peso da rispidez em sua voz.

Começo a me arrepender de ter feito-o fazer algo contra sua vontade. Desenrolo o lençol emaranhado em minhas pernas e ajeito minha camiseta, me levantei e me esgueirei até ele que está estático olhando para além da janela. Respiro profundamente e envolvo sua cintura com meus braços, encostando meu rosto em suas costas.

— As coisas não precisam ser assim. — Murmuro.

Ele se vira para mim e curva o pescoço conforme me observa com as sobrancelhas franzidas. As coisas em seguida aconteceram rápido, e eu só me dei conta do que estava acontecendo quando eu estava deitada na cama com Carl por cima de mim e o olhar fixo em meus lábios.

Eu quero muito te beijar, mas eu… Não posso. — Carl murmura,

— Por quê? — Ofego com suas palavras.

— Não vou conseguir me controlar.

Talvez você não precise.

Nossas respirações se mesclam e eu sinto seu rosto se aproximar do meu, fechei meus olhos. Seus lábios encostaram-se levemente nos meus e eu movimentei os meus para beijá-lo de volta, mas ele os separou antes que eu provasse o seu gosto.

— Eu não acho que podemos mais dar certo. — Ele se levanta, e eu sento na cama, confusa com suas palavras. — As coisas estão diferentes, e não somos mais os mesmos.

— O que quer dizer com isso? — Pergunto abalada.

— Você me entendeu, estamos confusos e acredito que forçamos algo não pode dar certo.

— Carl, eu… — Me confundo ainda mais com suas palavras, mas ele parece estar sem paciência para discussões quando me dá as costas e caminha até a janela e joga seu corpo para fora, me fitando antes de desaparecer.

— Te vejo amanhã, Ariana.

E assim, ele some. A princípio, tudo se tornou confuso mas suas palavras foram ficando cada vez mais claras quando eu me dei conta do que ele quis dizer, a essa altura, minha vista estava turva com meus olhos marejados e eu me desmoronar aos poucos.

Respirei profundamente e me levantei, saindo do quarto e me esgueirando pelo corredor. Caminhei com passos firmes até o último cômodo no corredor, onde eu distribui leves batidas na porta.

Maggie abriu a porta e sorriu ao me ver, por cima de seu ombro, vi Glenn arrumando os lençóis na cama. Tornei a olhar para Maggie, que mudou sua expressão repentinamente ao analisar meu rosto.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupada e até Glenn me notou. O motivo dela ter perguntando fez com que eu me sentisse pior e minha voz embargou.

Eu não aguento mais.

Eu abracei Maggie em seguida, e ela me abraçou de volta me passando toda a força que eu precisava.

Glenn e Maggie passaram alguns minutos me mimando até que o choro cessasse. Quando tudo acabou, eu deitei entre Maggie e Glenn na cama na qual fui convidada para passar a noite.

E eu adormeci, com Carl em meus pensamentos pela primeira vez naquela semana.

Continua...


Notas Finais


ESSE ÚLTIMO EP. ME FODEO LEGAL
DESCULPEM PELO CAPÍTULO #FuckKisses


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...