1. Spirit Fanfics >
  2. Between Our Souls - Taegi (EM REVISÃO) >
  3. 13 - ESPECIAL: how I met the Ghost King

História Between Our Souls - Taegi (EM REVISÃO) - 13 - ESPECIAL: how I met the Ghost King


Escrita por: cherriehopemin

Notas do Autor


Como prometido o especial de 1K da fic, eu sei que demorei mas eu juro que esse capítulo está muito bom, vocês não vão se arrepender. Eu só queria agradecer, novamente, pela chance que vocês deram para BoS, pela chance que me deram. Eu não sei o que eu teria feito sem vocês. Só posso agradecer mesmo. E esse capítulo é um dos mimos que planejei, o outro está beeeem próximo e espero que me perdoem pelo outro, porque eu morro de vergonha de escrever sobre aquilo (já dá pra imaginar do que eu estou falando rsrs). E esse capítulo é dedicado, também, a Bruninha, sem ela me apoiando, pegando no meu pé, eu teria dropado essa fic. Bruna, agradeço muito a ti por nunca ter desistido de mim nem de BoS. Feliz aniversário adiantado, amiga. Pessoinhas, não deixem de ler as notas finais porque terá explicações sobre algo que deixei em branco no capítulo mas que também terá suas explicações em capítulos futuros, tá bem? Boa leitura e beijocas<3333333

*capitulo reeditado

Capítulo 14 - 13 - ESPECIAL: how I met the Ghost King


Fanfic / Fanfiction Between Our Souls - Taegi (EM REVISÃO) - 13 - ESPECIAL: how I met the Ghost King

“Pessoas incríveis fazem lugares comuns se tornarem extraordinários.” – Daniel Duarte

Reapers ou Ceifadores tem como função recolher as almas. Sabemos o dia, o horário e o ano em que a pessoa morrerá. Somos proibidos de nos envolvermos com aqueles que irão partir um dia, não podemos intervir. É meio que um jeito de não quebrarmos a balança, entende? As coisas precisam ocorrer de forma natural, ou foi o que pensei.

Desde que conheci ele tudo o que eu entendia de “natural” foi por água abaixo. Por onde eu ia, ele intervia e isso era um saco para mim. Toda semana, mais e mais papeladas eram colocadas em minha mesa. Aquele trabalho já estava começando a ser um inferno por culpa daquele serzinho mal caráter. 

Mas, por que não começamos do início? Como eu conheci Min Yoongi, aquele que atrapalhou o meu serviço diversas vezes. Aliás, caso não se lembre de mim, sou eu Jimin. A vítima da história.

Tudo começou em Londres no dia 15 de maio de 2013, quando eu andava pela Oxford Street com o meu parceiro Taemin. Era um dia comum, com o meu emprego comum. Tínhamos recebido um aviso dizendo que aconteceria uma explosão por aquela região às 14h.

Decidimos esperar numa cafeteria, havia umas mesinhas do lado de fora da loja e nos sentamos. Compramos café e permanecemos por lá. Enquanto eu bebericava o meu cappuccino, uma rajada de vento veio.

— Mas que porra… — brandou Taemin, segurando o chapéu em sua cabeça.

Ao mesmo tempo em que arrumava o meu cabelo, percebi que um homem nos observava de esguelha. Seu cabelo era um loiro claríssimo, sua pele clara num tom leitoso e uma cicatriz enorme em seu rosto. Encarei ele franzindo o cenho.

— O que foi? — perguntou Taemin.

— Aquele cara — falei, apontando para o meliante com o queixo. — Ele parece que consegue nos ver.

Taemin se virou discretamente e olhou para onde eu apontava, soltando uma risada nasal.

— Ah, aquele cara disse dando ênfase nas últimas palavras, bebericando o café. — Esqueci que você é muito jovem e provavelmente nunca ouviu falar dele. 

Fiz que não com a cabeça, me inclinando para escutar o que ele iria dizer.

— Nós o chamamos de Rei Fantasma.

Franzi o cenho.

— Por que? — perguntei.

— Não sabemos o seu nome verdadeiro. Mas há uma lenda de que um rei da era Joseon fora alvo de traição e assassinado nesse atentado — explicou. — Então, um deus que ninguém conhece o trouxe de volta para que ele se vingasse contra todos aqueles que o traíram.

Engoli em seco.

— Tá falando que aquele cara que consegue nos ver é esse rei? — perguntei, abismado. 

Taemin assentiu.

— Mas, como você pode ter certeza que é ele? – perguntei.

— Porque o mesmo rei tem essa cicatriz que esse cara possui no rosto — disse Taemin, fazendo um gesto imitando um corte próximo ao seu olho. — E a Jennie também tinha me contado.

— Ah — murmurei.

Olhei para o estranho de novo, mas ele havia sumido.

— O que estão fazendo?

Assustamos ao ver a Morte aparecer em nossa frente.

— Chefinha, o que faz aqui? — perguntei.

— Jimin e Taemin, passou das 14h, o que vocês estavam fazendo? — gritou a mulher.

A confusão passou a tomar conta de mim, olhei para o relógio e ela tinha razão. Já ia dar 15h30 da tarde, mas o que diabos havia acontecido?

— Mas chefinha, não ia dar nem cinco minutos quando decidimos sentar aqui — Taemin explicou.

— Sem “mas”, voltem agora e arquem com as consequências —disse a mesma, sumindo no mesmo instante.

Bati com as duas mãos na mesa, intrigado. Tínhamos acabado de nos sentar, aquilo não estava certo. 

— Mas que inferno, o que que aconteceu aqui? — murmurei.

Taemin ficou em silêncio, sem saber o que dizer. Nos teletransportamos até o nosso escritório e tivemos que lidar com a imensa papelada em nossas mesas. Pelo que eu entendi, haveria uma explosão num edifício daquela rua e milhares de pessoas morreriam. Teria sido mais fácil recolher as almas se tivesse prestado atenção ao seu redor.

— Ei, fiquei sabendo do que rolou com vocês dois — disse Jennie, se sentando ao meu lado. — Tem alguma ideia do que pode ter acontecido?

Fiz que não com a cabeça.

— Foi o Rei Fantasma.

Franzi o cenho e me virei para trás, olhando Kyungsoo lendo uma papelada.

— Não pode ser — disse Jennie, sem acreditar no que ele havia dito. 

— Ele sempre faz isso quando encontra uma oportunidade — disse Jongdae, entregando um café para Jennie.  — Ano passado, eu e o Kyung demos de cara com ele salvando três pessoas de um acidente de carro. Ficamos durante uma semana inteira lidando com papeladas.

— Mas, por que ele faz isso? — perguntei.

Kyungsoo deu de ombros.

— Talvez ele tenha a síndrome de herói, achando que é função dele salvar todo mundo — disse. — Ou talvez ele queira aliviar o peso em sua consciência. Ninguém sabe, ninguém nunca teve coragem de chegar nele e perguntar.

Foi aí que eu pensei, e se eu for o primeiro a perguntar? E se eu tiver coragem o bastante de chegar nele e o confrontar?

Dois meses depois, quando terminei de me livrar daquela papelada e pude voltar às ruas para coletar almas, decidi ir atrás do tal rei. Visitei todos os bairros daquela cidade, todas as ruas e todas as lojas, mas não o encontrei, nem mesmo um resquício. Aquele cara sabia se esconder.

Então eu pensei em criar uma armadilha para pegá-lo. Ah, sim. Aquilo ia ser interessante.

Esperei dar 22h da noite, peguei dois bonecos de marionete e os dei uma aparência mais realista, os levei até um beco na Baker Street colocando uma faca na mão de um dos dois. Ao redor desse beco havia prédios residenciais com sacadas, locais apropriados para que eu pudesse me esconder e movimentar os bonecos. Sentindo uma rajada de vento familiar, comecei a controlar os marionetes simulando uma briga.

Enquanto eu os controlava da sacada em que eu estava sentado, fiquei olhando para os dois lados, esperando o cara aparecer.

— Criativo.

Gritei ao escutar aquela voz tão próxima de mim e quando percebi ele estava por trás, rindo da minha cara. 

— Sabe, de todas as vezes que alguém tentou me pegar desprevenido, essa foi a mais engraçada — disse.

O encarei ainda sem acreditar que fui idiota o bastante achando que conseguiria captura-lo.

— Você fala? — perguntou.

— Ah, sim — respondi, ainda o encarando. — O que me entregou?

— Sou eu quem faz as perguntas aqui — disse.

— Desculpa — murmurei. Franzi o cenho, por que pedi desculpas mesmo? Fui eu quem foi sacaneado aqui. 

— Por que fez isso? — perguntou.

Engoli em seco, me levantando e ficando frente a frente com ele.

— Você atrapalhou o nosso trabalho. — comecei. — Sabia que tive que ficar durante dois meses preenchendo papeladas para consertar o que você fez?

— Desculpa, mas eu não pude ficar parado sabendo que várias pessoas iriam morrer.

— E como você sabia que vidas estavam em jogo? — perguntei, cruzando os braços.

O rei se recostou nas grades da sacada, fixando o olhar em um ponto específico.

— Eu só vi — respondeu. — Às vezes tenho essas visões, e quando dou por mim, várias pessoas morrem.

— Você tem o que, síndrome do herói? —perguntei, irritado. — Por favor, não interfira mais.

O rei me encarou, seus olhos brilhavam de um modo que não pude decifrar. 

— Você foi a primeira pessoa que teve coragem de conversar comigo, quero dizer, o primeiro ser sobrenatural — disse.

Desci o olhar para os meus pés.

— Bom, se você colocasse um sorriso nessa sua fuça sinistra, talvez as pessoas teriam mais coragem de chegar em você e conversar.

O rei soltou uma risada com o que eu havia dito, não pude me conter também. Então me juntei a ele e ficamos por um bom tempo gargalhando. 

— Talvez você tenha razão — sorriu.

Olhei para ele, ainda rindo. Agora que trocamos palavras, pude perceber que ele não parecia ser tão ruim. Mas, solitário.

— Como se chama? – perguntou.

— Ah, eles me chamam de Park Jimin — falei, me aproximando dele e me recostando a grade ao seu lado. — E você?

— Min Yoongi.

Assenti, murmurando um “prazer em te conhecer”. Olhei para o céu e pela primeira vez, depois de longos anos, vi estrelas naquela escuridão imensa.

Desde aquele dia me tornei um tanto próximo de Yoongi. Eu sempre o encontrava no Regent’s Park, um dos parques de Londres mais lindos que eu já vi em toda a minha vida. Era tudo verde, havia um lago no centro, banquinhos de madeira espalhados por todo o lugar, pessoas fazendo piquenique e árvores de várias espécies.

— Sabe, Yoongi, sinto que algo grande está sendo reservado para você — falei. — Digo, futuramente.

Yoongi me encarou e se recostou no banco. Ele estava com um livro em suas mãos, se não me falha a memória se chamava Deus Sol na História, de um tal Seokjin.

— O que quer dizer? — perguntou.

Dei de ombros.

— Ah, é só uma sensação — falei. — Sabe, depois que completei os meus 50 anos de morte, eu sempre senti que meu caminho não era só ser um reaper, entende? Eu imagino que algo também está reservado para mim.

Então ele passou a olhar o céu.  

— Você é bem sozinho, não é? — perguntei.

Ele não respondeu, mas pude olhar em seus olhos a tristeza tomando conta.

— Nunca te perguntei isso mas, é verdade? — Então ele me encarou. — Sabe, os boatos sobre você ter sido um rei?

Yoongi sorriu fracamente, as lembranças passando rapidamente em seus olhos. 

— Sim, eu era um rei aceitável, de fato. Nunca cometi erros — disse. — Ah, na verdade, acho que o único erro que cometi foi não ter matado o meu tio enquanto eu tive a oportunidade.

— Por que? — perguntei.

Então Yoongi passou a olhar para as flores que foram plantadas próximas do banco em que estávamos sentados.

— Porque ele tirou de mim o meu mundo — falou.

Senti um aperto preenchendo o meu peito. Ele estava sozinho nesse mundo, todas as pessoas que ele conheceu, incluindo sua família e amigos, já estavam mortos. Ele não tinha mais ninguém. Talvez por impulso, ou um surto de empatia ou até mesmo o destino me fez dizer as seguintes palavras:

— Aonde você for, eu vou — falei.

— O que? — perguntou, com a sua voz saindo esganiçada.

— Já ouviu aquela música do The Police? — perguntei. — Cada passo que você dá, estarei observando você? Pois é.

— Okay, agora fiquei com medo — disse.

Sorri.

— Juro que sou inofensivo — falei. — Mas pelo menos agora você não ficará sozinho.

Um sorriso sincero passou a tomar conta do rosto de Yoongi, e juro pelos deuses, nunca tinha visto um sorriso tão bonito quanto aquele.

— Obrigado, Jimin.

— Mas é sério, se você interferir no meu trabalho de novo, teremos que resolver na base da paulada.

Yoongi gargalhou ao ouvir aquilo. E adivinhem? Sim, ele interferiu no meu trabalho várias vezes e resolvemos tudo na base do soco, mas é claro que na maioria das vezes foi ele que ganhou de mim. Eu só tinha 109 anos de idade, um bebê perto dele.

Depois de um ano, Yoongi decidiu voltar para a sua terra natal e não pensei duas vezes em seguí-lo. Ele precisava de mim, assim como eu precisava dele. E foi assim que conheci o meu melhor amigo.


Notas Finais


Okay, se você chegou até aqui, então vamos lá:
- Sobre os anjos da morte, eles não nascem nem são criados, eles surgem. Eles simplesmente acordam sem saber quem eles são, o que são ou de onde eles vieram. A Morte fica encarregada de dá-los um nome e uma função.
- Cada anjo da morte tem um espécie de poder, o do Jimin, como pôde ver, é controlar marionetes.
- Taemin é um dos anjos da morte mais antigos do mundo.
- Jimin basicamente é um "adolescente". 109 anos de idade, no mundo dos anjos da morte, é meio que ter 16 anos para nós humanos.
- Nem todo anjo da morte possui asas, alguns preferem retirá-las de si e simplesmente aprender a si teletransportar. Retirar suas asas é um ato indolor, tá bom?
- Eu como autora decidi não colocar uma aparência específica da Morte, vocês podem imaginá-la do jeito que vocês quiserem, mas sim, é uma mulher.

E aí, o que acharam? Qualquer dúvida, não se preocupe, as coisas serão esclarecidas mais pra frente. Até a próxima~~

Depois desse mimo, a fic merece o seu fav<33333


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...