História Between Revenges (REESCREVENDO) - É melhor você correr

Justin Bieber POV

- Ela ainda não abriu a boca? - pergunto assim que atravesso a porta da casa do Chaz.

- Não, está ficando cada vez mais difícil continuar a esconder ela aqui. As crianças ouvem os gritos e o Noah, quase reconheceu a voz - ele responde meio cabisbaixo.

- E o Ryan?

- Ele tem os próprios problemas Justin, é demais para ele. A Emily foi o primeiro grande amor dele e agora é uma vadia submissa ao Chris.

- Acho que já está na hora de eu mesmo falar com ela, não sei, vai ver por ser o irmão ela sinta alguma culpa, consciência pesada, sei lá. Temos que tentar tudo.

- Ela roubou meu filho e o criou durante dez anos sabendo que eu chorei a morte dele, se a Clarke estiver mesmo viva e ela sabia, deixou a Julie e o Louis crescerem sem a mãe. Acha mesmo que ainda resta alguma consciência nela?

- Não sei Chaz - passo a mão na cabeça e me sento soltando um suspiro.

- E a Julie? - pergunta.

- É também por isso que eu vim, você é muito próximo a ela, acho que vai poder me ajudar a explicar tudo para ela.

- Tudo? - me olha espantado - Tipo, tudo mesmo?

- Eu tenho que deixa-la preparada, não quero que fique mais no escuro isso tá a deixando perdida.

- Vai manda-la para escola?

- Não sei se é seguro - digo.

- Sempre tem aquela opção…

- Não, não vou manda-la para longe. A Clarke não iria querer isso.

- A Clarke não iria querer de ver a filha correndo perigo, ou melhor, os filhos. Sem falar que contar a verdade para ela… você sabe qu…

- Chaz - chamo sua atenção - Eu cuido disso, eu sei o que é melhor para ela.

- E mesmo assim veio pedir a minha ajuda.

- Ajuda. Não a opinião.

Ele vira a cara.

Brianna aparece na sala com alguns papéis na mão.

- O relatório e algumas coisas sobre o incêndio no hospital na noite que a Clarke aparentemente morreu - jogou os papéis no meu colo.

- O que eles dizem? - Chaz pergunta.

- Três bombeiros fizeram os relatórios mas logo depois os três foram denunciados por fraude, sendo assim, o relatório foi desconsiderado. Então, colocaram outros membros para fazer um outro relatório, o relatório que você leu, como já sabemos, nele diz que ninguém sobreviveu e que o incêndio tinha começado por um curto circuito.

- Mas...

- Dois dos bombeiros morreram de forma bastante misteriosa, o outro… sumiu. Para as autoridades, suicídio ou ele simplesmente quis sair e abandonar a família, para a mulher, ele fugiu de quem tinha assassinado os colegas de trabalho.

- Como conseguiu tudo isso? - pergunto.

- Não importa, de qualquer jeito, é aí que você entra. Como delegado desta cidade talvez não seja tão difícil para você encontrar esse terceiro bombeiro. Ele vai nos dizer o que realmente aconteceu aquela noite, pode não ser tão importante mas... Teremos pelo menos algumas pistas.

- Eu vou para a delegacia então… antes de ir para casa eu passo aqui para ver a Emily e decidir o que faremos com ela.

Não esperei que eles dessem alguma resposta, fui saíndo rapidamente.

Com certeza esse homem vai poder me dizer alguma coisa sobre o que aconteceu, se a Clarke pode estar mesmo viva ou se o Chris só está mexendo com as nossas mentes.

Estava dirigindo o mais rápido que podia, um certo peso na consciência veio assim que lembrei do Louis e da Julie, deixei eles sozinhos desde ontem. Apesar da casa ser agora uma fortaleza, meu medo não pode cessar.

Eles são as coisas mais preciosas que existem para mim, se algo acontecer com eles tiraria a minha própria vida.

Meu celular começou a tocar, não queria atender mas era a Angel, se eu não atendesse ela não iria parar de ligar.

Atendi o celular e coloquei no alto falante.

- Justin, você sumiu.

- Angie eu estou ocupado, ligo outra hora.

- Não, não. Justin… seus filhos não são o centro do mundo, eu liguei na delegacia e disseram que você tirou licença para uma semana, o que está acontecendo Justin? Você disse que não iríamos ter lua de mel por causa do trabalho e agora você tira licença do nada?

- Angel… - suspiro - Eu realmente não posso discutir isso agora.

- Nós precisamos conversar - continuei ouvindo - Meus pais só poderão estar na cidade daqui a duas semanas, isso significa que o nosso casamento terá que acontecer mais rápido do que imaginávamos. Pelo menos o cívil. Podemos fazer uma festa pequena ou coisa parecida, só para os meus pais vere…

- Angie, a gente se fala depois. E sim, eu concordo com todo, tchau!

Desliguei.

Já tinha chegado na delegacia, não sabia nem por onde começar, tudo que eu tinha era o nome do cara.

George Donald.

- Chefe… - Anthony (meu melhor policial e também o melhor hacker) me cumprimenta - Disse que só​ voltaria em alguns dias…

- Não estou a trabalho Tony, preciso de um favor com o sistema - me aproximo - Consegue achar uma pessoa para mim?

- Consigo achar tudo que estiver no sistema.

Sorrio fraco.

- George Donald, bombeiro. Ele sumiu a alguns anos, podem ter resitros de denúncia da parte dele.

- Só temos um problema, o secretário não vai me da permissão para acessar os arquivos dos bombeiros…

- Isso é um problema?

Ele me entrega um sorriso espontâneo, não posso fazer nada se o garoto gosta de invadir sistemas.

Confesso que toda essa burocracia prejudica e muito o nosso trabalho, os hospitais são os piores. Se um terrorista se consultou lá e eles tem o endereço dele com toda certeza não darão aos policiais sem um pedido judiciário.

Traficar é bem mais fácil.

Confesso que sinto falta a adrenalina, prender crianças fumando maconha é um saco.

O único caso excitante que nós tivemos foi quando o FBI pediu ajuda para prender um serial killer.

- Quanto tempo? - pergunto.

- Duas horas. No máximo.

- Quando terminar você me liga?

Ele balança a cabeça em um sim e volta para o computador.

Finalmente vou poder ir ver os meus filhos, eu estou feliz por um parte mais com um certo medo por outro, eu tenho que atualizar a Julie da situação mas não sei como eu posso fazer isso e nem se devo fazer.

Ela nunca foi idiota, sem sabe quando algo está acontecendo. Me sinto culpado por ter escondido parte da história dela por tantos anos, não sei se é o momento mais oportuno para que ela descubra todas a verdade mas é exatamente nesse momento que ela precisa ficar preparada para tudo, saber se defender melhor. Saber fugir com o Louis caso algo dê errado.

Faria qualquer coisa para que eles não tivessem que estar passando por tudo isso, que ele tivessem uma vida normal, como a Clarke queria.

Eu me lembro de uma noite, quando a Julie estava recém nascida ela me pedir para largar o crime.

Flashback on

- Ela é tão linda - falo entrando no quarto.

Clarke estava vestindo uma roupa rosa na nossa filha que insistia em chorar. Desesperadamente.

- Você acha esse monstrinho linda? - ri irônica - Então por favor, faça ela parar de berrar e vestir a roupa.

- Ela é só um bebê, nasceu a duas semanas atrás. Pega leve - me aproximo e pego a bebê no colo - Vem aqui pequena.

Enrolei um pano no corpinho pequeno dela e comecei a ninar ela, não tinha se calado ainda. Se alguém ouvisse sem ver o que estava acontecendo iria dizer que a gente estava matando a nossa filha.

- Ah, ela é tão linda - Clarke ironiza.

- Não liga princesa, a mamãe só está sem sexo - ri.

- Ha ha ha - mais sarcasmo - É meu amor, estou sem sexo de verdade a dois anos.

- Agora você pegou pesado amor - fiz cara de ofendido - A mamãe me magoou bebê, que má ela não é?

Deitei na cama com a Julie por cima do meu peitoral e ela foi se acalmando, em dois minutos não havia mais choro.

Eu faço milagres.

Clarke se deitou ao meu lado e alisou os cabelinhos ralos da nossa filha.

- Seria bom se fosse sempre essa mesma paz - suspira - Eu cresci no meio de tiroteios, traições, vinganças… não quero isso para nossa bebê.

- Clarke…

- Não, me escuta - me interrompe - Seria bom se nós saíssemos do tráfico…

- Você sabe qu…

- Me deixa terminar Justin… Só por ser sua filha a Julie já nasceu com um alvo na testa, eu não posso cria-la assim.

Flashback off

Se eu tivesse ouvido naquela vez…

Cheguei em casa e estava tudo silencioso, logo de cara o Louis estava dormindo no sofá, segurando o controle do vídeo game.

Ajeitei seu corpo no sofá, tirei o controle de sua mão e o deixei dormir.

Subi para procurar a Julie.

Bate na porta do quarto dela e surpreendente ela atendeu de primeira, estava arrumada.

- O Cameron chegou? - pergunta.

- Cameron? Por que? Onde vão?

- Só da uma volta pai, preciso me distrair.

- Você ia sair e deixar o Lou sozinho?

- Tem quase cem seguranças aqui, qual é pai!

Suspiro.

- Sabe, é melhor você não sair hoje, está muito perigoso lá fora.

- Pai - revira os olhos - Todo os dias são perigosos lá fora. O Cameron vai comigo, não se preocupa, meu celular vai estar ligado.

A buzina do carro do León soa, provavelmente o Cameron está dirigindo, que irresponsabilidade.

Não queria que ela fosse.

- Tchau pai - me da um abraço rápido e sai descendo as escadas.

Dou uma olhada no quarto dela, a cama estava arrumada, como se ninguém tivesse dormido ali, a o computador está ligado mas quando tentei mexer pediu a senha.

Tentei todas possíveis mas nenhuma funcionou.

A Julie nunca colocou senha essas coisas, tem alguma coisa errada.

Conversas com meninos nunca foram problemas, desde de que fossem só conversas.

Ela com toda certeza está escondendo algo.

Disquei o número do a Anthony.

Ele atendeu na primeira chamada.

- Não terminei ainda chefe…

- Preciso entrar no computador da minha filha mas tem senha.

Ele demora alguns segundos para responder.

- Eu acabei de enviar um arquivo para o seu celular, é só clicar nele. Vai hacker todos os aparelhos ligado a sua rede Wi-Fi e abri tudo.

- Muito obrigado Tony - respondo.

Alguns minutos depois eu já disse já tinha conseguido entrar no computador da Julie.

Não tinha quase nada lá, além de fanfictions.

Abri um aplicativo estranho.

Era como um chat.

Cliquei para ver as mensagens anteriores.

“Sabe onde me encontrar, o carro vai passar na sua casa para te pegar. Não se preocupe, escolhi um carro igual a um dos seus tios, os seguranças não vão notar.”

Que porra é essa?

Meu celular tocou.

- O que achou Anthony? - atendi.

- Não é Anthony - meu coração gelou - Mas acho que você sabe quem eu sou.

Não consegui me mover, nem falar nada.

- Não tem nada para mr falar irmão?

Era realmente o Christian.

- Pois é, eu tenho um negócio para você Justin… a essa altura você sabe que a sua amada está viva e que pode tê-las novamente certo? Para isso… - ele para de falar por um segundo - Você só precisa me devolver a minha mulher e o meu filho.

- Eu não acredito em você - finalmente consigo falar.

- Então, terá que lidar com a ideia de procura-la e nunca achar, aliás, por que apenas uma? - ele solta uma risada forte - Você tem dois meus e eu... bom, tenho uma… e a outra está vindo para mim nesse exato momento.

Nesse instante todo meu sangue foi parar na cabeça, o chão parecia ter saído de debaixo dos meus pés.

- Eu vou matar você - digo entre os dentes.

- Então é melhor você correr.