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História Between Two Lines - Amigos Em Comum


Escrita por: KatherineWaldor

Notas do Autor


Esses capítulos estão me deixando chorosa.
Sobre nossa capa, linda né? Claro que não foi eu quem fiz. T entrou na equipe para trazer o brilho das montagens. Essa capa diz tanto do episódio.

Vamos ao capítulo. Qualquer erro corrijo depois!

Capítulo 46 - Amigos Em Comum


Fanfic / Fanfiction Between Two Lines - Amigos Em Comum

 

POV LAUREN

- O coração dela parou. - Uma enfermeira passou correndo junto a um médico.

Eu tinha sentindo a dor de perder do amor de Camila. A dor de saber que ela tinha raiva, magoa de mim. Aquele tinha sido a pior dor que eu podia ter sentido. Eu ACHAVA que aquela era a pior dor, achava que eu nunca fosse sentir uma dor tão grande quanto aquela ou uma dor maior. Eu estava enganada.

A voz daquela enfermeira ecoou nem minha cabeça. Sinu caiu nos braços de Alejandro, ambos derramados em lágrimas. Ela tentou reagir entrando na sala, mas foi parada por Alejandro e um médico. Eu estava encostada na parede e simplesmente desabei no chão daquele corredor, aquele maldito corredor me separava de onde ela estava. O choro tomou conta de mim, a raiva de saber que tudo poderia ser culpa minha, culpa minha por não ter a levado a um médico antes, culpa minha por não ter cuidado dela como deveria, alimentando-a.

E naquela hora sim, eu estava sentindo a maior dor que eu podia sentir. A dor da perda, da perda sem volta, da perda sem um perdão, da perda da minha pequena, da minha Camila.
 

POV K. WALDOR

Médicos se movimentavam de um lado para o outro. Camila permanecia deitada. Um médico entrou correndo na sala ao lado de uma enfermeira, ele pedia pelo desfibrilador. O coração de Camila tinha parado. Os médicos buscavam uma ressuscitação. Primeira tentativa e não deu certo. Suor no rosto de cada um, um nervosismo comum que sempre dava em situações semelhantes. Uma nova tentativa.

Pi... Pi... Pi... O aparelho ao lado da cama de Camila mostrava que seu coração tinha voltado a bater. Os médicos se entre olharam sorrindo. 
 

POV LAUREN

A minha vida tinha perdido todo o sentido. Meu coração doía. Senti falta de ar, tentei me levantar mas não estava conseguido, separei meus lábios procurando o ar que eu não sabia como obter. Coloquei a mão no meu peito, sentia uma dor insuportável, de repente senti uma pressão forte e finalmente consegui encontrar o ar. Nunca tinha passado por aquilo, parecia que eu estava morrendo.

O mesmo médico que entrou correndo, saiu da sala calmo, tirando sua máscara de proteção e em seguida suas luvas descartáveis. Sinu e Alejandro foram em sua direção, eu levantei e o observei de onde estava.

- Senhor e senhora Cabello?

- Sim, doutor. Diz que minha filha... - Sinu ia continuar, mas Alejandro a interrompeu.

- Como estar a Camila, doutor?

- Camila, está melhor.

Era a única coisa que eu precisava escutar. Um sorriso de alivio, de salvação surgiu em meu rosto. Olhei para o teto e agradeci a Deus por estar escutando aquilo. Uma lágrima de felicidade escorria pelo meu rosto, Alejandro abraçava Sinu com força.

- Mas ainda vamos precisar vigiá-la. - O doutor suspirou. - O coração de Camila parou por treze segundos, mas felizmente conseguimos recuperá-la. Camila ficará em observação, ela está muito fraca.

- Eu posso ver minha filha? - Sinu pediu.

- Daqui a pouco vamos levá-la para o quarto e vocês poderão vê-la.

Treze segundos. Eu perdi minha Camila por treze segundos. Treze longos segundos. Eu prometi que depois daquele dia qualquer segundo ao lado de Camila seria importante para mim.

Estava louca para vê-la, mas eles estavam demorando para liberar a visita. Camila já estava no quarto a mais de meia hora. Finalmente uma enfermeira se aproximou liberando duas pessoas para entrarem, Sinu e Alejandro. Fiquei do lado de fora esperando. Um agônia enorme. Eu sei que eles eram os pais, mas eu gostava dela tanto quanto eles, eu queria vê-la, precisava vê-la. Depois de uns vinte minutos Alejandro saiu do quarto.

- Lauren, pode entrar. Sai um pouco pra você vê-la. - Alejandro forçou um sorriso e eu apenas assenti.

Entrei no quarto e Sinu estava ao seu lado acariciando seu rosto. Dei a volta na cama e fiquei do outro lado vendo a ação de Sinu, forcei um sorriso, mas ele logo saiu.

- Ela é tão linda. - Sinu disse enquanto continuava acariciando o seu rosto.

- É sim. Linda. - Tentei segurar as lágrimas.

- Minha menininha, quando foi que eu não consegui te proteger? Quando foi que eu errei? - Sinu me olhou e eu retribui o olhar. - Eu vou ligar pra minha irmã pra ver como a Sofia tá. Vigia ela, por favor. - Assenti e Sinu saiu.

Assim que ela fechou a porta me aproximei mais de Camila, fiz carinho em seu rosto e beijei o mesmo. Um beijo calmo e molhado pelas minhas lágrimas que finalmente saíram. Voltei a acariciar o seu rosto, ajeitei uma mecha de seu cabelo. O aparelho de respiração atrapalhando a minha vontade de tocar em seus lábios.

- A culpa foi minha pequena, eu não cuidei de você como devia. Mas eu prometo, prometo que vou cuidar. Se for preciso vou te dar comida na boca, te agasalhar, vou te tratar como uma neném. Como a minha neném.

Fiquei ali fazendo carinho e a olhando durante longos minutos, mas Sinu chegou pedindo para que eu deixasse Ashley e Dinah vê-la. Eu já devia estar a quase uma hora com Camila, mas que para mim não era suficiente, eu queria ficar ao seu lado para sempre, mas seria egoísmo meu. Sai e as cumprimentei enquanto elas entravam no quarto. Do lado de fora estavam Verônica, Keegan, Cody, Gregg e Ally. Ally quando me viu veio em minha direção e me abraçou. Sinu e Alejandro conversavam com o doutor.

- Camila tocou um medicamento e não vai acordar agora, provavelmente só amanhã. Faremos os exames e conversaremos com ela para ver o que ela tem, mas se vocês souberem de algo, de um enjoou talvez... - O interrompi.

- Eu sei. - Falei de onde estava, saindo do abraço de Ally. Todos olharam para mim.

- Você sabe? - Alejandro me encarou.

- Lauren, se você souber de qualquer coisa, por favor. Fale. - Sinu me encarou. Olhei para todos que me olhavam. Eu não queria falar na frente de todo mundo, mas eles eram amigos e eles não iriam fazer nada contra ela. 

- Camila... - Surpirei. - Camila sofre de anorexia e bulimia. Eu a levava toda semana a um psicólogo. Quer dizer, eu a deixava em frente a um prédio, ela não queria que eu fosse com ela.

- Você nunca conferiu pra ver se esse psicólogo existia de verdade? - Gregg se aproximou e eu neguei. - A culpa disso tudo é sua. Você é uma péssima influência. Ela tinha uma vida perfeita até você aparecer, garota.

- Chega! Você tá em um hospital. - Alejandro o repreendeu.

- Se acontecer algo com a Camila a culpa será toda sua. - Gregg apontava o dedo no meu rosto.

- Vamos Gregg, vamos pegar um ar. - Keegan e Cody levaram-o.

- Me perdoem... Eu... - Gaguejei. Ally me abraçou com força. Sinu entrou no quarto sem me olhar.

- Um psicólogo apenas não resolve a situação, Camila precisa de acompanhamento médico. O que vocês precisam ter cuidado é que a pessoa nessa situação ela costuma a mentir, tentando fugir da realidade. Então o melhor a fazer não é forçar Camila a nada, mas conversar, tentar mostrar o que está acontecendo. Amanhã assim que ela acorda, conversaremos.

Alejandro e o doutor continuaram conversando. Ally me impediu de entrar no quarto atrás de Sinu. Ela estava certa, Sinu estava com a cabeça quente e poderíamos acabar discutindo. Camila precisava descansar.
Estava ficando tarde, Keegan tinha voltado para buscar Verônica, os dois se despediram da gente, Cody e Gregg já tinha ido, Alejandro estava no quarto com Sinu e Camila, Dinah e Ashley conversavam em um canto, Ally se despedida de mim, assim que ela saiu meu pai chegou. 

- Filha como tá a Camila? - Papai me abraçou.

- Dormindo. A culpa foi toda minha, pai. - Chorei em seus braços.

- Claro que não, minha filha. - Papai acariciou meu cabelo.

- Foi sim, pai. Eu sabia que ela sofria de bulimia e nunca a levei ao médico, nunca falei pra ninguém. Eu sempre a pedi pra contar a Sinu, mas ela nunca quis.

- Meu amor, você não podia força a Camila a fazer isso. Essa é uma doença que a pessoa precisa querer ser ajudada.

Fiquei em silêncio sentindo o carinho de meu pai. Alejandro saiu do quarto e conversou com ele, os dois foram até a cantina, eu quis ficar ali, queria entrar no quarto, mas me faltava coragem. Sentei no chão do corredor, ali não tinham bancos e eu não queria ir para recepção, precisava ficar perto do quarto dela. Uma enfermeira pediu para que eu não sentasse, mas o médico de Camila liberou, acho que ele entendeu a minha situação. Meus olhos derramavam lágrimas sem que eu percebesse, era um choro calmo, sem barulho, só lágrimas.

Estava ficando de Madrugada. Dinah resolveu ir falar com a imprensa que lotava a entrada do hospital, Ashley a acompanhou, depois elas iriam embora, meu pai e Alejandro voltaram.

- Vamos pra casa, filha. Amanhã você volta. - Meu pai se aproximou.

- Não posso pai, não posso deixar a Camila. - Disse enquanto abraçava meus joelhos.

- Lauren, - Meu pai se abaixou em minha frente. - você precisa comer algo, dormir um pouco. Vamos pra casa, filha. Amanhã te trago bem cedo, antes mesmo da Camila acordar.

- Eu ligo dando notícias. - Alejandro completou.

- Não quero. Me deixem ficar, por favor. - Olhei para o meu pai que ficou em silêncio, olhei para Alejandro que estava sério.

- Por mim, tudo bem. Acho que a Camila gostaria de te ver quando acordar. - Alejandro sorriu.

- Amanhã então eu volto pra ver como ela tá. - Meu pai se levantou e se despediu de Alejandro. Sinu saiu do quarto.

- Vou levar a Sinu pra comer. Você vigia a Camila, Lauren? - Alejandro abraçou Sinu, que me ignorava.

- Claro. - Me levantei.

Entrei no quarto e ela permanecia do jeito que estava, sua pele pálida, seu rosto frágil cheios de aparelhos. Fiz carinho em seu rosto, o beijei e fiquei admirando-a. Alguns minutos foram se passando e um cansaço estava tomando conta de mim, sentei na poltrona ao seu lado e entrelacei nossos dedos, segurei sua mão com todo cuidado possível. Acabei pegando no sono.
 

Senti um raio de luz bater em meu rosto. Já era de manhã. Olhei para o lado e lá estava minha pequena, dormindo feito um anjinho, já não usava mais os aparelhos respiratórios, olhei para o relógio que ficava em cima de uma criado-mudo, eram sete e pouca da manhã, a porta do quarto abriu, Sinu parecia se despedir de alguém no celular, olhei para minha mão entrelaçada com a de Camila, Sinu olhou junto e sentou em um sofá que ficava em frente a cama e a poltrona. Me levantei, soltei lentamente nossas mãos, a beijei e a apoiei cuidadosamente na cama, me virei para Sinu que lia uma revistada.

- A gente pode conversar? - Perguntei e Sinu me olhou séria. Fechou a revista e a colocou em seu colo. Sentei ao lado de Sinu. - Eu sei que não sou perfeita, tô longe disso. Camila tá me fazendo mudar, eu tô conhecendo uma Lauren que eu nunca conheci antes. Mas eu falhei, eu achei que levando ela em um psicólogo resolveria tudo.

- Lauren, você tem noção da gravidade que são essas doenças? Você tinha que no mínimo ter me contato. Eu confiei em você.

- Eu sei e eu me sinto um lixo por não ter feito o certo... - Sinu me interrompeu.

- Eu não sei o que tá acontecendo com vocês, mas Camila e eu somos muito amigas e ela me contou que se decepcionou muito com você no Brasil, ela não foi afundo com a conversa, porque ela tava muito magoada, dava pra ver nos seus olhos. Eu sei que a Camila te ama demais e sei que isso é recíproco, mas não sei até onde você quer isso, até onde você tem coragem de ir. A relação de vocês não é algo fácil e se você omitiu uma coisa dessa tão grave, não sei até onde você pode ir, Lauren.

- A Lauren não teve culpa. - Uma voz fraca veio da direção da cama. Sinu e eu demos um pulo do sofá.

- Camz? - Deixei um sorriso bobo aparecer.

- Filha. - Sinu foi em sua direção e a abraçou. Sorri e me aproximei do outro lado da cama.

- A culpa foi minha, mãe. Eu achei que podia controlar tudo e acabei mentindo. - Camila procurava ar. - Eu fingi ir ao psicólogo, Lauren me chamava pra ir ao médico e eu negava, ela queria te contar tudo... - Camila procurou ar novamente. Ela estava bem fraquinha ainda. - Mas eu não deixei, tinha medo. Mas quando eu desmaiei, passei por uma coisa muito estranha, parecia que eu tinha morrido. - Ela suspirou. - Eu não sentia meu corpo, tinha perdido todo o controle, mas agora que acordei e vi vocês duas, eu tenho certeza do que eu quero. Quero viver, viver pra ver vocês duas felizes. - Camila tinha um sorriso pequeno no rosto.

- E você ainda vai viver muito, minha pequena. - Sorri e dei um selinho em Camila. Sinu nos olhava. - Desculpa!

- Magina. Eu vou deixar vocês um pouco a sós. Vou avisar a Alejandro e ao médico que Camila acordou. - Sinu deu um beijo na testa de Camila e saiu.

- Tava tão preocupada com você. - Fiz carinho em seu rosto.

- Desculpa. - Camila fez biquinho.

- Promete que nunca mais vai me deixar? - A olhei séria.

- Só se você prometer que vai cuidar de mim. - Camila me olhava da mesma forma.

- Você não precisa pedir isso.

Me aproximei e dei um selinho nela. Ficamos ali durante alguns minutos sem dizer nada. Eu mimando ela e ela me olhando. Um olhar intenso, de saudade, de entrega, de paixão. Sorri feito boba. Saber que Camila estava... Viva, era a única coisa que me importava. A dor de uma perda é a pior dor do mundo, mas a felicidade de uma vida é a melhor felicidade do mundo.

Estava na hora do almoço. Uma enfermeira simpática entrou, mas a gente não tentou disfarçar, continuamos ali, uma olhando para a outra, nossos desdo entrelaçados. Meu pai e Alejandro entraram no quarto.

- Pai. - Sorri.

- Oi, filha. - Meu pai me deu um beijo na cabeça. - E aí, Mila? Fiquei preocupado com você, mas pelo visto você tem uma ótima enfermeira. - Papai beijou a cabeça de Camila. Sorri vendo os dois.

- Lauren não saiu daqui um segundo se quer. Cuidou da minha bebê melhor que qualquer outra pessoa. - Alejandro sorriu, o que fez Camila e eu corarmos na hora.

- Ai, pai. - Camila fez careta.

- Mas acho que tá na hora da enfermeira se cuidar. Você precisa ir em casa tomar um banho e comer alguma coisa. - Meu pai tocou em meu ombro.

- Eu não vou pai. Camila acabou de acordar e eu não vou pra casa.

- Camila, precisa conversar com os médicos e sua mãe tá preocupada com você. - Papai apertou meu ombro.

- Lolo, - Camila apertou minha mão. - você precisa se cuidar. Vai em casa, toma um banho, almoça e depois você volta. E não briga com sua mãe, não. Ela deve tá morrendo de saudade.

- Eu não vou, Camila. Não vou te deixar aqui, assim. - A olhei séria.

- Lauren. - Camila me repreendeu. - Se você ficar assim vai acabar ficando doente e não vai poder cuidar de mim. - Camila fez bico.

- Tá bom, mas eu só vou tomar um banho, almoçar e vou voltar. Nem um minuto a mais. - Olhei séria para ela e depois para o meu pai.

- Pode deixar. Te trago assim que você acabar. - Papai riu.

- Fica bem, tá? Come tudinho e faz tudo que o médico pedir. - Beijei a cabeça de Camila e sorri.

- Pode deixar que Sinu e eu ficaremos de olho nessa menina para a senhorita. - Alejandro me olhou sorrindo e deu uma piscada.
 

POV CAMILA

Assim que a Lauren saiu, o médico chegou. Ele fez algumas perguntas e eu acabei contando tudo para ele. Eu estava decidida a me cuidar, acordar e ver a preocupação da minha mãe, a cara de felicidade do meu pai quando me viu, Lauren com seus olhos vermelhos de quem passou a noite toda chorando, eu consegui ver que eu não estava apenas me machucando, mas machucando as pessoas que eu amava. Sofia tinha ficado na casa da minha tia, longe do meus pais por minha culpa. Eu precisava me cuidar, não só por mim, mas por eles. Ter meu coração parado por treze segundos me fez ver a vontade que eu tinha de viver.

Depois do almoço recebi uma visita especial. Uma pessoa que eu não via a quase um ano, aquela irmã mais velha que eu tinha deixado em Miami, aquela menina que sempre conversava comigo, que cuidava de mim, que me ensinava o certo e o errado, aquela que fazia parte do nosso quarteto. Falando nisso que saudades do nosso quarteto.

- Pirralha. - Ariana entrou no quarto com um sorriso enorme. Como sempre com seu estilo de dar gosto. Uma calça jeans preta cós-alta, uma casaco de moletom cinza a cima da cintura, deixando parte de sua barriga a mostra e seu inseparável salto quinze.

- Pirralha é a pu... - Ariana me interrompeu.

- Ei, não é porque você tá doente que eu vou deixar você xingar. - Ariana deu um tapa no meu ombro. - Qual foi a merda dessa vez, Camila Cabello?

- Ah! Eu não posso xingar, mas você pode? - Sentei na cama e cruzei os braços.

- Merda não é palavrão, é uma palavra chula. E você não pode dizer nem isso.

- Você é uma velha. Quem diz palavra chula? - Ri.

- Chataaaaa... - Ariana revirou os olhos. - Agora me diz uma coisa. Como tá com o Gregg? Ele ligou boladão pro David.

- Tenso. Terminamos. - Ariana me olhou incrédula.

- Chega pra lá e me conta tudo. - Ariana me empurrou com sua bunda e sentou do meu lado. Estávamos encostada na cabeceira, nem tão sentadas, nem deitadas.

- História longa, quer mesmo saber?

- Lógico. Conte tudo. - Ariana pegou minha mão, colocou no seu colo e começou acariciar, enquanto eu começar a contar tudo a ela.
 

POV LAUREN

Eu estava louca para voltar para aquele hospital, nunca quis tanto ficar em um hospital. Cheguei em casa e fui correndo para o meu quarto, tomei meu banho em menos de cinco minutos, banho de gato. Eu fiz um miojo porque até o almoço ficar pronto eu iria pari. Comi rapidamente e antes de sair, minha mãe resolveu vir falar comigo.

- Lauren, não acha que já ficou muito tempo nesse hospital? - Minha mãe me olhava séria.

- Não tô acreditando nisso. - Balancei a cabeça e sai antes que pudéssemos entrar em uma nova discussão.
 

Cheguei no hospital, alguns repórteres me pararam perguntando sobre Camila, apenas disse que ela estava se recuperando e dei um jeito de me livrar deles. Entre no hospital e vi Sinu e Alejandro na cantina, achei estranho, mas não me importei, estava louca para vê-la, acabei nem indo cumprimentá-los, pois perderia um tempo ali conversando, fui direto para o quarto de Camila. Abri a porta e...

Eu juro, eu juro que se eu não estivesse em um hospital eu tinha quebrado todo o quarto. Uma raiva tinha tomado conta do meu corpo, meus olhos verdes deviam estar escuros, meu coração errava o batimento, minhas pernas estavam bambas.

Uma vadia loira estava deitada na cama abraçada a Camila na maior risada e para piorar Camila parecia tão feliz e tão entregue quanto ela. Eu em casa super preocupada e ela estava lá cheia de gracinhas com a primeira vagabunda que apareceu.

- Que palhaçada é essa? - Parei em frente a cama encarando-as. - Quem é essa vadia?

- Ei, calminha! - A vadia loira sentou na cama. - Vadia não! Meu nome é Ariana e o mínimo que você me deve é respeito!

- É vadia mesmo. Tá cheia de gracinha pra cima da Camila. Você sabia que ela é comprometida? - A tal da Ariana riu. Camila também tinha um risinho ridículo. - Dá pra você sair da cama dela! - Fui até a vadiazinha e a puxei pelo braço.

- Lolo, calma. - Camila tentou me segurar, mas eu não deixei. Continuei tirando aquela loira dali.

- Ah! Então você é a Lauren. - Ariana continuava com aquele sorriso cínico.

- Sou, por que? - A soltei ficando entre ela e Camila.

- Olha, pirralha, você disse que ela era brava, mas não sabia que era tanto. - Ariana e Camila ficaram rindo.

- Que palhaçada é essa? O que tá acontecendo aqui? - Encarei Camila.

- Lolo, essa é Ariana. - Ariana estendeu a mão e eu revirei o olhos. - Ela é minha melhor amiga, a gente se afastou um pouco por conta que eu vim pra Los Angeles e ela foi pra faculdade, mas quando a amizade é verdadeira nem a distância destrói. - Ariana piscou para Camila.

- Eu fico feliz por Camila ter achando alguém que a proteja. Não desse jeito que você fez comigo. - Ariana gesticulando lembrando o fato de eu ter a puxado da cama. - Mas ela me contou que você passou a noite toda aqui, que você levava ela ao psicólogo, mesmo essa cabeçuda mentindo. Você mudou a Camila, eu fico feliz por ela ter achado alguém que tirasse ela de um mundinho ridículo que era o que a gente mal ou bem vivia. - Ariana sorriu.

- Camila me mudou muito. Eu não era diferente, ainda tenho muito que mudar. - Sorri.

- Olha, eu tô só de passagem, não posso ficar muito tempo. Sabe como é, né? Faculdade, namorado. - Ariana riu. - Ah, o David disse que viria, não deu pra vir comigo, porque ele tá fazendo uma peça.

Ariana se despediu de Camila e logo de mim, fiquei toda sem graça com a situação. Mas que se dane, era bom para ela ver que Camila não estava de bobeira.
 

POV CAMILA

Ver Lauren daquele jeito foi até engraçado, achei fofo aquele ciúme bobo. Eu estava feliz, eu estava de volta e por um minuto eu tinha esquecido de tudo, de tudo aquilo que tinha me feito tão mal.
 

Estava de volta, estava finalmente na minha casa. Lauren tinha ido para casa, mas disse que só ia pegar umas coisas e que dormiria lá em casa, achei exagero, não precisava de uma babá. Eu confesso que tentei até evitar, a gente ainda estava estranha com tudo que tinha acontecido no Brasil, eu queria conversar sobre isso, mas não conseguia com ela. Resolvi começar por Verônica, liguei para ela pedindo para ir em minha casa e logo ela estava em meu quarto, sentada na ponta da cama.

- Camila, eu... - A interrompi.

- Verônica, deixa eu falar. Por favor. - Pedi de olhos fechados.

- Tudo bem. - Abri os olhos e a vi de cabeça baixa.

- Eu sempre soube que a Lauren tava preocupada com alguma coisa, mas como a gente nunca namorou, nem nada muito sério. Achei que eu não tivesse o direito de cobrar nada. O que me chateou não foi vocês terem ficado... - Verônica me interrompeu.

- A gente tava bêbada, foi uma transa idiota... - Agora foi a minha vez.

- Verônica! Deixa eu falar. - Aquelas palavras me machucavam, respirei fundo. - Eu fiquei magoada porque... Caramba, não tô dizendo que sou uma pessoa perfeita, mas a única coisa que eu queria era escutar da boca de vocês e não de terceiros. E seu eu não tivesse pego aquele celular, vocês iam continuar omitindo isso, e quanto mais tarde isso fosse dito, mais doloroso ia se tornar, não só pra mim, mas pro Keegan também.

- Você tá certa. Errei, erramos e tô arrependida. Me perdoa? - Verônica me olhou e eu a abracei.
 

Ficamos ali conversando um pouco e logo Verônica recebeu um telefonema e teve que sair. Mas não fiquei muito tempo sozinha, porque logo Lauren chegou, ficamos conversando coisas bobas, eu queria entrar no mesmo assunto que eu tinha acabado de resolver com Verônica, mas com ela eu não conseguia, não tinha coragem, mas eu precisava, resolvi tomar um banho para tomar coragem de falar com ela. Entrei no box, liguei o chuveiro e fiquei ali pensando em como voltar tudo o que tinha acontecido e entrar naquele assunto chato. Mesmo que eu já tivesse tocado nele a pouco tempo com Verônica, com Lauren seria diferente, eu a amava, e me doía só de lembrar daquele vídeo.
 

POV LAUREN

Camila estava estranha, estava inquieta, parecia que queria falar algo, mas não tinha coragem. A gente até estava de boa, mas tinha algo estranho ainda, sabe? Algo mal resolvido, mas eu não podia puxar esse assunto, eu já tinha puxado uma vez e ela pediu, digamos que um tempo.

Camila foi tomar banho, deitei na sua cama e abracei seu travesseiro, seu cheiro tomou conta da minha respiração. Fechei os olhos, mas logo escutei dois toques na porta e logo ela foi aberta, abri os olhos e me deparei com a pessoa que eu nunca achei que fosse ver de novo em minha vida. Ele continuava como da última vez que eu o vi. Seu estilo impecável de se arrumar, uma calça jeans preta, uma camisa branca apertada, uma jaqueta de couro preta. Seu cabelos pretos perfeitamente arrepiados, seus olhos verdes refletiam nos meus. Quando me dei conta eu estava em pé em sua frente. Ele me olhava nos olhos.

- Eu nunca achei que eu fosse te ver de novo. - David tinha um sorriso branco no rosto.

- Acho que essa frase quem tinha que dizer era eu. - Continuei da mesma forma que eu estava.

- Eu... - David deu um passo para frente.

- David Henrie. - Camila saiu sorridente do banheiro.

- Camila Cabello. - David foi até Camila e a abraçou. - Que saudades de você, pirralha. - David a abraçava com força.

- Ai, - Camila empurrou David. - que mania que você e a Ariana tem de me chamar assim.

- Mas você sempre foi a pirralha da nossa turma. - David riu. - Agora me diz uma coisa, desde quando Camila Cabello conhece Lauren Jauregui?

- Hum... - Camila sorriu. - Então vocês já se conhecem?

- É. - Suspirei.

- Desde quando? - Camila franziu a testa.

- Desde de uns anos. - David me olhou. - Lauren e eu namoramos, mas a gente acabou terminando, infelizmente.

- Então ele é o tal do David? - Camila me olhou séria.

- Lauren, já falou de mim, pra você? - Camila assentiu. - Mundo pequeno.

- Eu tenho que ir. Fiquei de ajudar meu pai.

- Eu vou ficar em L.A. até amanhã. A gente pode ser ver? - David me olhava. Olhei para Camila que me comi com os olhos.

- Acho que sim, a gente precisa conversar. Camila tem meu número. - Virei as coisas e sai.
 

Eu tinha recebido um choque. Por que? Por que que David tinha que aparecer logo agora? Logo agora que Camila e eu estávamos voltando a nos entender. Eu confesso que vê-lo mexeu comigo, sabe aquela coisa que dizem que primeiro amor a gente nunca esquece? Então... Mas não precisava voltar assim, podia continuar guardado apenas em minha memória.
 

Eu tinha combinado de conversar com o David no dia seguinte no Star Coffe e como sempre ele estava atrasado. Enquanto ele não chegava resolvi comer um cookie e um tomei um achocolatado, o que me fazia lembrar de Camila. Para a minha surpresa alguém resolveu aparecer e para aumentar a minha surpresa, Gregg sentou na cadeira que estava sobrando na minha mesa.

- O que você tá fazendo? - Franzi a sobrancelha.

- Eu sei que você tá esperando o David, eu não vou atrapalhar vocês. Só vou te dar um toque. Eu sei que você e a Camila tão saindo, aproveita o David e larga a Camila. Vai ser melhor pra ela. - Tive que rir.

- Eu não te devo satisfação, mas isso eu faço questão de dizer. O melhor pra Camila é ficar ao meu lado. - O encarei séria.

- Você vai se arrepender disso. - Gregg deu um sorriso cínico e saiu.

Aquele assunto conseguiu acelerar o meu coração. Gregg era maluco, ele tinha aquela cara de anjinho, mas estava longe de ser um, me assustava. Não demorou muito e David chegou, mas ele pediu para tomarmos um sorvete, ao invés de ficarmos no café. E foi o que fizemos, tomamos um sorvete na pracinha mesmo, sentamos em um banco. Estávamos sentados de lado no banco, um virado para o outro, de frente.

- Olha, eu vou ser bem direta. Você me fez muito, muito feliz, mas você também me fez muito, muito infeliz... - David me interrompeu.

- Lauren, eu nunca te expliquei porque eu fui embora... - Dessa vez foi eu que o interrompi.

- Deixa eu falar tudo, depois você fala. - David assentiu. - Eu nunca tinha amado alguém e ai eu conheci você. Você foi meu primeiro amor, você me fazia sorrir por bobeira, me fazer gostar de coisas que eu detestava, você me fazia sentir uma princesa e ai do nada você some, sem dizer nada, simplesmente some. Tem noção de como eu fiquei? Do que eu pensei? Passei semanas chorando, procurando o erro em mim, procurando entender quem eu era, e porque isso tudo.

- Eu fui embora, porque meu pai me obrigou. - David passou a mão pelo rosto. - Nossa família nunca se deu bem Lauren, parece que meu pai e sua mãe tiveram um caso quando jovens, no colegial e parece que meu pai já namorava minha mãe e sua mãe o seu pai. Na época foi um choque nas nossas famílias e quando sua mãe descobriu quem eu era, ela ligou pro meu avô, os dois trataram de resolver tudo, não podiam deixar essa bomba vir atona. Eu não tive como fugir, eu era menor. Tive que fazer o eles mandavam. Meu avô pegou meu celular, perdi totalmente o contato com você. Cheguei até te mandar carta, mas pelo visto não chegaram, né?

- Não. - Engoli a saliva.

- Eu nunca te esqueci. Eu sou completamente apaixonado por você. - David colocou as suas mãos no meu pescoço e com o polegar acariciou o meu rosto. - Você também foi o meu primeiro amor, eu achei que eu nunca fosse te ver de novo, mas quando te vi no quarto da Camila, eu não acreditei. - David mordeu seu lábio inferior, olhou para minha boca e me beijou. Assim que senti seus lábios colados nos meus, um arrepio tomou conta do meu corpo e eu me afastei.

- Me desculpa, mas as coisas mudaram. Se isso fosse antes eu juro que me entregaria aos seus braços, mas eu não posso. Eu gosto de outra pessoa e você tá indo embora. - Me levantei.

- Mas se for por isso eu fico. Eu sou maior e eles não podem nos impedir agora. - David tocou no meu braço.

- Eu não posso. Eu consegui, eu consegui amar de novo. Amar uma outra pessoa. Me desculpa. - Me virei e sai.

Ainda escutei David gritando, mas entrei no carro e dei partida. David de certa forma mexia comigo, mas o que eu sentia por Camila era maior e nada nem ninguém conseguiria me fazer sentir todas as emoções que Camila me fazia sentir. No caminho para casa recebi um whats dela pedindo para eu ir para sua casa, que ela precisava conversar. Não demorou muito e eu estava em seu quarto. Estávamos sentadas em sua cama, uma de frente para outra.
 

POV CAMILA

- Eu queria conversar sobre... - Suspirei. - Sobre o vídeo.

- Posso te explicar antes? - Assenti. - Eu primeiro vou explicar o que aconteceu. Verônica namorava Keegan e eu namorava Melanie. Ai, eu briguei feio com Melanie e Verônica com Keegan, estávamos em uma viagem do time de vólei. Verônica e eu bebemos muito, muito mesmo, eu nunca tinha bebido tanto. Fomos para o quarto e começamos a conversar sobre eles e quando eu me dei conta já tinha acontecido tudo. Melanie e Alexa entraram no quarto e nos viram ali. Melanie ficou furiosa e tirou uma foto, mas logo ela desistiu de tudo e Alexa apagou a foto. Depois disso Melanie saiu do colégio, nunca mais nos falamos, me afastei de Verônica e ela nunca mais falou com Keegan. Eu já tinha esquecido de tudo, eu estava, eu estou feliz com você... E ai, comecei a receber imagens dessa noite, eu não entendi nada, como que conseguiram aquelas fotos, mas eu fiquei com medo, fiquei com medo de você me odiar, de você não querer falar comigo. - Os olhos de Lauren se encheram de lágrimas. - Fiquei medo de te perder mesmo sem te ter. Eu fui burra, idiota, não podia ter escondido de você, mas estava com medo.

- Já percebeu quanto medo existe na nossa relação? Quanta incerteza? - A olhei e percebi uma única lágrima escorrer pelo seu rosto quando ela abaixou a cabeça. - Se tem uma coisa que eu detesto é mentira, eu sei que nessa caso não foi uma mentira, foi uma omissão e o que me doeu não foi porque foi com a Verônica, lógico que isso contou, mas o que mais me doeu foi que se esse babaca não tivesse mandado aquele vídeo e eu não tivesse pego o celular da sua mão, você ia continuar escondendo isso de mim. Alexa ia continuar jogando as piadinhas dela e eu sempre sairia como a otária.

- Alexa nunca falou nada, Camz.

- Para, Lauren. Para de ser cega com ela. Ela não é esse anjo. No dia da festa do pijama na sua casa, ela jogou um verde, mas eu não colhi. Ou você esqueceu da pergunta dela pra Verônica.

- Você tá certa.

- Me promete que nunca mais vai me esconder nada? E que a gente vai ficar bem? - A encarei séria.

- Prometo. Nunca mais te escondo nada. - Lauren sorriu e veio na direção da minha boca, mas fomos interrompidas pelos nossos celulares.

Achei estranho os dois terem tocado ao mesmo tempo, mas resolvi conferir. Pegamos os celulares juntas. Era uma mensagem no whatsapp, uma mensagem do tal anônimo, uma mensagem e uma foto, deixei a foto carregando enquanto lia a mensagem.
 

"Verdade nunca foi seu forte. Xoxo -A."
 

A foto carregou e para o meu pesadelo era uma foto de Lauren e David se beijando, ela estava com a mesma roupa que ela usava naquela hora. Meus olhos não eram mais de magoas, esse sentimento estava longe, eu sentia raiva, raiva de ser uma babaca e de ter confiado nela, de ter passado o dia todo tentando ficar bem, tentando resolver tudo, enquanto ela seguia mentindo, omitido. FODA-SE.

- Lauren, vai embora. - Soltei o celular na cama.

- Camila, deixa eu te explicar. Não é bem o que você tá achando.

- Ah, não? - Me levantei. - O que você acha que eu sou? Uma babaca? Uma amiguinha? Um brinquedinho que você usa quando quer? Ou uma putinha pra você dar uns pegas de vez em quando? Lauren, vai se foder. Sai do meu quarto. - Fui até a porta e abri.

- Camila, olha o que você tá me dizendo. Isso tudo foi um engano, o David me beijou, mas eu falei que gostava de outra pessoa, não fizemos mais nada.

- Não fizemos mais nada. - Ri.

- Da mesma forma que você fez com o Chay.

- Chay? Eu e o Chay nem nos beijamos e como você sabe disso?

- Ele me contou.

- Olha, Lauren! Tô de saco cheio. Eu mudei toda a minha vida por você e a gente só da nisso, quando parece que tá tudo bem você faz alguma merda, você esconde alguma coisa. Quantas fotos, vídeos, mensagens esse babaca vai me mandar? Falta o que pra você aprender a parar de mentir pra mim? A gente acabou de falar que era sem mentiras... - Suspirei. - Quer saber? Vai procurar outra putinha pra ficar no meu lugar.

- Camila. - Lauren tocou no meu ombro e eu me afastei.

- Caralho, garota. Você é babaca ou se faz? Sai da minha casa agora. Se dê o respeito, pelo menos uma vez. Eu não quero te ver nunca mais.

- Camila, mas a gente... - Lauren deixou uma lágrima cair.

- Não existe a gente, na verdade nunca existiu. Tudo foi uma ficada, não é assim que você diz? Mas agora eu cansei, não quero mais você. Quero alguém melhor. Não quero mais uma vadia como você. Eu te odeio, Jauregui.
 

POV LAUREN

Aquelas palavras de Camila tinha embrulhado meu estomago: "Uma vadia como você." "Eu te odeio, Jauregui." Camila tinha acabado comigo. Meu coração estava destruído, minha vida tinha perdido o sentindo. Deixei escapar uma última lágrima e sai daquele quarto, daquela casa. Entrei no meu carro e liguei para Tay, precisava desabafar com alguém, Tay me pediu por calma, mas essa foi a última coisa que eu consegui ter e acelerei o máximo que eu pude. Não conseguia pensar em mais nada, a imagem da nossa briga em minha cabeça. Ela falando aquelas palavras. Meus olhos fechavam ardendo de tanto chorar, minha boca cheia de saliva, meu coração acelerado, minhas pernas bambadas, minhas mãos trêmulas. Fechei os olhos com forma e quando abri vi um clarão na minha frente. Tentei vira o volante, mas foi inutil. Tentei o freio, mas era tarde. Senti meu corpo ser jogado contra a porta do carro. Meus olhos fecharam.
 


Notas Finais


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