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História Between Us (Malec) - Capítulo IV


Escrita por: AlineVilaca

Notas do Autor


Hey baby's demorei mais voltei..

Vamos odiar o Robert mais um pouquinho?

Capítulo 4 - Capítulo IV


Fanfic / Fanfiction Between Us (Malec) - Capítulo IV

O sol já estava alto no horizonte, cansado de revirar-se na cama após uma noite em claro Alexander levantou-se, demorando-se no banho quente até sentir os músculos relaxarem sob o calor da água e acalmar a tempestade em seu interior.

Desceu para tomar café da manhã, mesmo que em seu íntimo não quisesse enfrentar a família mas suas entranhas doíam de fome pelo jejum da noite anterior.

A mesa já estava ocupada por todos os membros de sua família, seus pais e seus irmãos, todos comiam de cabeça baixa em sinal de respeito, menos Robert, assim que o viu se aproximar o pastor levantou a cabeça em sua direção.

- Isso são horas, Alexander? – Perguntou em tom de repreensão. – Seus irmãos já oraram sem sua presença.

- Perdão meu pai. – Respondeu ele em um tom baixo.

- Você refletiu sobre ontem? Orou e se penitenciou o suficiente?

Antes que Alec pudesse responder Isabelle interveio pelo irmão.

- Isso não é justo! Por que o Alec tem que ser punido se ele foi a vitima? Aqueles garotos vivem tirando sarro dele na escola.

- Isabelle, respeita o seu pai! – Disse Maryse.

Robert olhou para a filha com o rosto tempestuoso.

- Pegue a régua Isabelle!

-PAI NÃO! – Gritaram Alec e Max juntos, enquanto a mãe apenas abaixava a cabeça.

Isabelle era uma mulher, mas não era frágil, levantou com o rosto erguido e o olhar exalando orgulho, nem pestanejou diante do pai, entregou-lhe a régua na mão e estendeu a mão.

Uma.

Duas.

Três.

Foram três vezes em que o objeto acertou com força a palma da mão da garota, que ficou completamente vermelha e podia se ver um vergão subindo, enquanto ela se manteve firme, o queixo trincado, o olha duro, não derramou uma lágrima se quer.

- Não me conteste mais, Isabelle.- Olhando para os outros filhos continuou. – Vamos, eu os deixarei na escola, preciso ir a delegacia depor em favor do Senhor Morgenstern.

Alec pensou em seu amigo Jace que namorava a filha do Morgenstern, a única pessoa próxima além de seus irmãos.

- O que houve? – Perguntou o menino.

- Um mal entendido. Vocês sabem que o Morgenstern é um grande servo do Senhor, porém todos os homens têm suas falhas. Ontem a noite ele deixou-se ser tomado por um demônio da ira, mas a culpa não é dele, e sim de sua esposa que chegou tarde em casa alegando estar com um amigo. Onde já se viu uma mulher casada, de respeito ter amigos? Isso é errado ainda mais sendo o dono bar, aquele antro de perdição demoníaca. Bom, ele se descontrolou um pouco, e talvez a tenha ferido, mas isso não é motivo para leva-lo preso, ele estava apenas defendendo a honra de sua família como um bom pai que é.

Alec sentiu todo o seu sangue gelar, o seu pai iria mesmo defender um agressor, mas naquele momento toda sua atenção voltou-se ara a irmã que se empertigava novamente com a atitude de afronta.

- Izzy... não, por favor... – Sussurrou para a irmã, que se calou, mas continuou lançando olhares de desagrado para o pai.

...

- Teremos culto extra hoje, portanto não se atrasem. Vamos falar do papel da mulher em nosso núcleo. – Disse Robert ao deixar os filhos no colégio.

Antes que Alec pudesse se afastar Isabelle o segurou pelo cotovelo.

- Alec, você viu o que eu vi? Ele vai defender um agressor de mulheres, eu amo a Clary, mas o pai dela é um tirano, a Senhora Jocelyn e o Senhor Lucian são como irmãos, eu soube do que houve ele deixou o rosto da coitada todo roxo, e só parou porque a Senhora Carstairs ouviu os gritos e chamou a polícia. Nosso pai está enlouquecendo.

- Isabelle... por favor... pare, você está procurando problema para si.

- Não Alec, pare você! Nosso pai perdeu a noção e nossa mãe é uma casca vazia sem personalidade, e eu não vou aceitar esse tipo de coisa, não mais. Eu amo a Deus e sou temente a ele, mas Deus é acima de tudo amor e caridade, e isso não é nenhum dos dois, isso é loucura e tiranismo e ele está tentando levar você pelo mesmo caminho, só cuidado, tente não gemer o nome do Magnus muito alto, se eles ouvirem, pode não ser bom para você.

Alec arregalou os olhos para a irmã, começando a tremer.

- O-o... o que?

- Eu sei sobre o Magnus Alec, foi comigo que o Simon conseguiu seu número, e eu passei na porta do seu quarto e ouvi você chamar o nome dele, eu sei que provavelmente você estava sonhando por que você ainda é muito influenciado pelo nosso pai e não faria o mesmo que qualquer garoto da nossa idade naturalmente faria. Mas fica tranquilo irmão, eu não vou contar para ninguém ou te julgar, você é o que você é, e se o que eu acredito estiver certo, Deus te ama pelo que você é, e eu também, e só quero te ver feliz e não vai ser mentindo para si mesmo que você vai ser feliz.

Alec nada respondeu apenas saiu correndo em direção a sua sala, sendo impedido de chegar a mesma no momento em que passou em frente a sala do clube de fotografia, onde ficava o laboratório de revelação dos negativos, sentindo mão fortes o puxarem, e a porta ser fechada com o baque de suas costas na madeira.

Mal teve tempo de registrar o ambiente escuro com luz avermelhada antes que lábios firmes se chocassem aos seus.

Era assustador como cada fibra do seu corpo parecia reconhecer o toque de Magnus, reconhecer os braços fortes que o agarravam firme na cintura, reconhecer a pele quente em contato com a sua, reconhecer o toque urgente de sua boca, e o macio de sua língua, cada poro do seu corpo parecia absorver o cheiro doce e picante do perfume dele, como se sentisse aquele aroma por toda sua vida.

Magnus colocou uma perna em meio as suas, colando ainda mais os seus corpos, fazendo-o sentir a sua excitação roçando na dele, Alec estava com o corpo todo aceso novamente, já não aguentava mais se sentir daquela forma o todo tempo, sentia que era como um elástico, esticado ao máximo vibrando de tensão próximo de mais de arrebentar.

O moreno prendeu o seu lábio de baixo entre os dentes, e sugou levando uma mão à raiz de seus cabelos, puxando-o para expor a pele leitosa do pescoço para si, descendo os lábios até sua carótida, lambendo o local e sentindo o sangue pulsar ainda mais forte ali.

Alec gemeu com o ato, a cabeça estava pesada, anuviada de mais pelo desejo, estava caindo, o declínio era certo e sem controle ele não tinha mais forças para lutar.

Surpreendentemente foi Magnus quem partiu o beijo, mas Alexander deu graças aos céus, que com certeza o odiavam, por ele manter as mãos firmes em suas omoplatas ou certamente despencaria, mantendo-o em pé enquanto ele recuperava a capacidade de se sustentar.

- Bom dia gostosinho, espero que após esse beijo você tenha um ótimo dia eu com certeza terei. Eu dormi pensando em você ontem sabia?

Alec o olhava ainda atordoava pelo momento de lascívia que tiveram, havia luxuria em cada gota de saliva que partilharam, e por pior que pudesse parecer ele jamais negaria isso.

- Eu pensei em você sim Magnus. – Era um fato, de que adiantaria negar? Sua situação com sua crença não ia se resolver se negasse a verdade.

O Bane sorriu, largo e travesso segurando-o pelo queixo encarando-o com os olhos semicerrados. Mesmo no escuro, podia ser visto as íris coloridas brilhando de excitação, o azul e o verde luzindo no ambiente.

- Eu sei que sim, agora vamos para a aula, antes que percamos o controle, e não devemos correr antes de aprender a andar certo? Pode ir na frente.

...

O dia transcorreu tranquilo, por mais que não gostasse de admitir, de tempos em tempos Alec se pegava acariciando os lábios lembrando-se dos beijos de Magnus, de como cada parte de si parecia se encaixar a cada parte dele.

Ao fim das aulas caminhou até a Igreja, não dava tempo de ir em casa e sabia que se não aparecesse seu pai não reagiria bem a sua ausência, já chegou atrasado o culto já começara, mas foi o suficiente para ouvir toda a pregação do pai.

- A mulher tem os papeis primordiais de serem mães e esposas na família. Como mãe a mulher deve ensinar seu filho no caminho do Senhor. As mães têm uma grande responsabilidade e privilégio, ensinar os seus filhos no caminho do Senhor. Como esposa a mulher deve ser submissa ao seu marido. Ser submissa não é um papel desprezível, não significa humilhar-se perante o homem, mas sim, auxiliar o esposo, porque Deus criou a mulher para ser auxiliadora. A mulher tem essa tarefa importantíssima! Auxiliar! Quantas vezes o marido está indo por um caminho errado, e a mulher percebe e o ajuda. Respeitar o marido, significa praticamente não desonrar o marido. Ás vezes, as mulheres se reúnem para falar mal de seus maridos. Será que ela está respeitando? Claro que não. Amar seu marido é fazer o melhor para o outro. Mulheres, vamos refletir, de que maneira você pode expressar amor pelo seu marido? Temos também o papel de filha na família, que seria ouvir a instrução dos pais. Os pais por serem mais experientes têm conselhos bons pra os filhos. E querem o bem dos filhos. Quem aceita a instrução e a repreensão é sábio. Por fim temos o papel da mulher na Igreja.  Deus deu dons a cada salvo. Então cada pessoa tem pelo menos um dom. Se tem dom, também tem uma tarefa a executar… Mas qual? A mulher não deve exercer autoridade de homem. Logo, ela não pode ser pastora. E na Bíblia não vemos nenhum exemplo de Deus chamando pastoras. Mas mesmo assim, há muita coisa que a mulher pode e deve fazer. Servir em diversos ministérios na Igreja Local Como nós já vimos Deus deu dons a todos. Logo, todas nós temos pelo menos um dom. você não pode dizer: “Ah, não posso fazer nada!”. Lembre-se Deus nos salvou para servir e não para esquentar banco.

...

 A pregação se arrastou por horas nesse tema todos entenderam que era uma defesa velada a Valentim, o pastor continuava seu discurso e parecia que nada o abalaria até que três pessoas que entravam na Igreja o fizeram engasgar.

O senhor e a senhora Carstairs acompanhados pelo filho Jem estavam na porta, quando foram impedidos de prosseguir por alguns membros que ali estavam.

Robert desceu do púlpito se dirigindo até eles com o rosto rubro de raiva.

- Eu peço que se retirem, vocês não são mais bem vindos em nosso meio. Pecadores!

O senhor Carstairs olhou com o mesmo desagrado no rosto.

- Nós não temos interesse em continuar aqui, pastor, nós só viemos comunicar que as doações que fazíamos serão suspensas. Esperávamos mais do senhor do que ser testemunha de defesa de um agressor.

Robert espumava, cerrando os punhos de ódio.

- Eu fico grato, o dinheiro vindo de um traidor de irmãos e pai de um sodomita é sujo. Seu filho se deita com outro homem, contamina o seu lar com sodomia e atos com partes imundas do seu corpo. Vejam irmãos! – Voltando-se para a comunidade. - O demônio se apossou desse jovem, apodrecendo a alma dele fadando-a ao inferno.

Os olhos claros do jovem James faiscaram, mas ele manteve a voz neutra ao responder.

-Podre é o senhor, pastor Lightwood!

...

Após a saída dos Carstairs o culto se encerrou, Alec estava fervilhando com tudo que havia presenciado, seu pai defendia um agressor e excomungava um jovem apenas por sua opção sexual, a ideologia não fazia mais sentido na cabeça do rapaz, não condizia com a imagem de Deus que os ama, talvez Isabelle tivesse razão, e o pai estivesse mesmo ultrapassado a linha do razoável.

Atormentado pelos seus pensamentos não voltou para casa, saiu a esmo pela rua, sem prestar atenção no caminho, foi quando ouviu o heavy metal alto em um local muito próximo que percebeu que estava na porta do Jade Wolf, o bar em que Magnus trabalhava, e o próprio estava ali, colocando algumas sacolas de lixo para fora, ainda mais lindo do que Alec se lembrava, vestia jeans claros, rasgados e apertados, botas de couro e uma camiseta preta a justa evidenciando cada músculo e cada veia saltada que possuía.

Como se tivesse percebido a presença de Alexander o moreno ergueu seus olhos, abrindo mais um sorriso estonteante apoiando-se no muro, chamando Alec com a mão.

- Hey Lightwood, aproxime-se eu não mordo, ou quase...

 

 


Notas Finais


Kisses kisses baby's


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