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História Beyond the Eyes - Wonder


Escrita por: CahDaeJae

Notas do Autor


Oi galerinha, voltei! ♥

Sim, me recuperei daquele "tapa", graças a o apoio de vocês e a @VicVic100, eu nem sei as baitas loucuras que teria feito se essa menina não estivesse lá na hora.

Agradeço o apoio de vocês, de verdade ♥
Obrigada mesmo ♥
Obrigada todos os comentários ♥
Obrigada a todos que estão acompanhando essa história ♥
Isso me deixa incrivelmente feliz ♥

Geeente, vou avisar logo porque não consigo me segurar kgkfjfkfisk

O próximo capítulo vai ser bem fofinho e eu não me responsabilizo pelos meus atos ♥

Essa história já está quase no fim, só uns quatro ou cinco capítulos e eu duramente terei que dizer adeus a ela ♥

*Sniff* T.T

Enfim, tenham uma boa leitura! ♥

Capítulo 6 - Wonder





- Hmm… Então você é Choi JunHong, à beira dos 18 anos e tem 1,80 de altura?




Bang enfiou as mãos nos bolsos enquanto encarava a figura sorridente ao seu lado. Ambos andavam calmamente pelo parque, já que ficar sentado em um banco era um tanto entediante demais.

- Você é bem alto para um adolecente, não?




-  Sim… -  JunHong sorriu fraco.- Quando eu era criança, os outros garotos tinham medo de mim… - Comentou, enquanto tomava cuidado para que nenhuma das crianças que passavam correndo por ali não esbarrasse em si. - Eu era o “gigante dos olhos brancos”, ninguém gostava de se aproximar… - Sorriu fraco. - Alguns faziam piadinhas sobre isso… Sobre meus olhos, sobre meu tamanho, sobre minha deficiência, eu não precisava de um motivo grande para virar piada, porque tudo era motivo para brincadeiras estúpidas.  Até que chegou um dia em que me pegaram na saída. - Seu sorriso se desmanchou. - Eu não sou capaz de dizer como eu estava aparentemente, mas aquela foi a primeira vez que eu senti qual era o gosto do sangue. - Elevou levemente o rosto em direção ao sol fraco daquela manhã.

Bang suspirou pesadamente sem saber o que dizer. O que mais lhe assustava era a calmaria com que JunHong dizia tudo.

- Como… Como você consegue ser tão calmo? Não sente raiva ao lembrar do que te fizeram? - Estava confuso e um tanto irritado. Ele era ingênuo demais ou apenas tinha um bom coração?



- Ah, não, não.  - JunHong sorriu fraco, fazendo uma negação. - Não cabe a mim julgar os atos deles. Eles eram arrogantes e com pessoas assim eu já aprendi a lidar.


YongGuk sentiu uma pontada de indireta para si e sorriu de canto.

- Você me parece muito ingênuo pensando assim…

- Ingênuo? Eu? Por que? - O rapaz se virou para Bang com uma expressão sugestiva.

- Eu invejo esse seu jeito de agir sempre com calma, mas… - Suspirou. - Acredite, quando percebem que podem se aproveitar disso… dessa sua bondade, as pessoas vão fazer de tudo para pisar em você…


JunHong abriu os lábios para dizer algo, mas ao lembrar-se vagamente da senhora Shin e o quão “bem” ela o tratava, fechou a boca, calando-se.


- Você está certo. - Sorriu, virando o rosto em direção ao homem. - Mas… Eu também já aprendi a lidar com esse tipo de pessoa, não se preocupe.


YongGuk riu.

- E como você faz para continuar calmo assim?


- Ah, vejamos… As pessoas também são frágeis, se parar para observar. - Começou, fazendo Bang enrugar a testa sem entender. - Todos tem suas dificuldades, suas decepções, seus problemas, suas dores, suas tristezas, suas lágrimas, suas perdas. Acredito que todos os arrogantes com quem trombei tenham motivos de sobra para agir como agiram, e com você não foi diferente, não é?


- Eu… - YongGuk o encarou pasmo. Era como se ele, de alguma forma, soubesse do que ouve em seu passado, como se soubesse de suas dores, suas perdas e tristezas. - E-eu…



- Não precisa me dizer seus motivos. É algo seu, você deve contar apenas para alguém cujo queira abrir seu coração. Não faça nada que vá se arrepender depois, se quiser me contar, meus ouvidos serão somente seus, mas também entenderei se quiser guardar isso para si. Até porque… Eu sou apenas um conhecido e… Não quero ser um enxirido. Eu gosto de você Bang, não quero lhe forçar a se abrir para mim.



Bang o fitou por longos segundos, observou a forma como ele mordia repentinamente o labio inferior, deixando-o avermelhado. Continuou a encará-lo, tentando entender  porquê de seu coração bater tão descompassado quando se tratava daquele rapaz.

Em qual sentido deveria encarar o “Eu gosto de você”?


- Tudo bem. - Suspirou, ainda observando o rosto pálido do rapaz à sua frente. JunHong era realmente bonito - e delicado -, era tão atraente que poderia passar horas o admirando. Mesmo sendo jovem, era um rapaz muito inteligente, calmo, sabia usar as palavras certas em momentos certos, sabia exatamente o que fazer e quando fazer, era invejável toda aquela aura virtuosa que transbordava em si. Ele era incrivelmente belo; por dentro e por fora, tinha um bom coração. YongGuk até mesmo temia que um dia aquele coração esfriasse; como aconteceu com o seu, que se tornara um pedra de gelo.

Toda a fragilidade do rapaz fez Bang pensar em como alguém poderia ter feito mal aquela criatura tão delicada? Como ousaram colocar mãos sujas nele?


E foi com um longo suspiro, que decidiu parar de se questionar internamente, logo concluiu:

- Resolvemos isso depois…


JunHong sorriu de forma meiga.

- Certo… Hm… Inauguraram uma sorveteria nova aqui por perto, você sabe para qual lado fica?




- Você quer um sorvete? - Um sorriso brotou nos lábios de Bang ao ver o rapaz hesitar e por fim sorrir fraco em concordância. - Vem, eu te levo lá.



YongGuk buscou pela mão livre do rapaz, assim que ambas se tocaram, um arrepio percorreu todo o corpo de JunHong, fazendo-o tremular um tanto os dedos ao senti-los serem tomados pela grande mão - gélida - do homem.

Bang admirou a bela curva tímida que se formou nos lábios do rapaz e sorriu abobado com aquilo, enquanto o guiava para a tal sorveteria.


[...]






- Então, o que você faz no seu tempo livre? - JunHong indagou curioso, enquanto saboreava seu sorvete de chocolate ao lado do homem,  que também degustava um sorvete, este, de creme.




- Ah, eu costumo… - Pigarreou. - Escrever músicas.  

JunHong parou tudo o que estava fazendo naquele exato momento.


- Você compõe músicas?!  - Sorriu. - Isso é incrível! Se importaria de me mostrar uma delas algum dia?

YongGuk sorriu com a reação dele.

- Não, não me importo. Posso te mostrar qualquer dia desses… - Desviou o olhar, sorrindo de canto. - Não é nada extraordinário… São só… Rabiscos.


- Não fale assim! - O rapaz o repreendeu. - Tenho certeza de que são letras incríveis…


- Ilusão sua. Acredite, tudo o que escrevi até hoje nunca passou de… Sonhos muito distantes. - Usou um tom irônico para zombar da própria desgraça, suspirando em seguida. Aquele assunto em especial o magoava de alguma forma, então decidiu falar de outra coisa que não lembrasse o quão estúpido se sentia por não ter alcançado seus objetivos. - E você? O que faz no tempo livre?


- Eu pinto. - Sorriu, ganhado a atenção dobrada do homem para si.

- Espera… Você... Pinta? Pinta quadros de verdade? - Inquiriu surpreso.

- Sim. Eu mexo com tinta, pincéis e tudo mais. Não é nada extraordinário, sabe. - Um sorriso brincou em seus lábios. - São só rabiscos.


- Não me venha com essa. Não é como se você enxergasse para poder dizer se é bonito ou não. - Franziu a testa. - Aliás, como você faz isso?

JunHong riu baixinho com a forma com que Bang pareceu ficar bravo.

- Eu leio… E depois imagino… Sigo tudo aquilo que aprendi desses anos pra cá e tento passar isso no quadro… - Sorriu fraco. - Eu nem sei por que continuo fazendo isso sendo que nem sequer posso aproveitar minha própria arte… É meio vazio, sabe? Mas eu gosto tanto disso…  Talvez seja por esse motivo que eu não tenha parado, por mais que não passem de rabiscos sem sentido.


Bang o olhou.

- Preciso ver seus quadros para poder tirar minhas próprias conclusões, antes disso, não vai adiantar nada ficar argumentando comigo.

- A-ah bem… - JunHong fechou o sorriso. - Eu queria poder te levar lá em casa para ver eles mas… Mas…


- O que é? - Bang terminou de tomar seu sorvete e fraziu a testa.

- É a senhora Shin... Ela é meio que minha governanta… Eu não queria que ela dissesse nada desagradável para você… - Se encolheu triste, procurando as palavras certas. - Eu posso suportar as coisas que ela faz, mas não sei se você teria a mesma paciência de ouvir asneiras irritantes e continuar calado…


YongGuk o segurou pelos ombros, obviamente preocupado.

- O que ela faz?

- Bang, não é nada. É sério…

- JunHong, o que ela faz? - Insistiu. - Me conta.


- Ela… - O rapaz se sentiu sem escapatória a não ser falar. Suspirou cansado. - Aquela mulher parece ter problemas demais na vida dela e aparentemente, eu sou o único saco de pancadas mais útil que ela encontrou. - Falou, fazendo o homem começar a entender. - Ela adora pisar em cima das pessoas, adora a sensação de ver alguém se rebaixando. Ela… Gosta de se aproveitar da situação, entende? - Parou um momento para se recompor da súbita raiva que lhe invadiu só de lembrar tudo o que já havia passado nas mãos daquela mulher asqueroza. - É certo de que a maioria das coisas que faço, foi porque aprendi só, sem ninguém para me auxiliar ou para me ensinar. Mas...Tem coisas que… Eu não consigo fazer sozinho, coisas que eu realmente preciso de ajuda…  E ela adora isso… Adora me fazer sentir inútil… Adora quando eu fracasso. - Franziu a testa, fazendo uma expressão triste, desconhecida por YongGuk. - Ela é igual eles…

- “Eles”...? - O homem inquiriu, preocupado demais.

- Meus pais. - Sorriu, sem humor algum. - Eles são todos iguais… Eles não se importam.


Bang percebeu que aquele era o momento certo de falar sobre qualquer outra coisa que não fosse a vida pessoal do rapaz, aquilo parecia o angustiar profundamente, não queria vê-lo assim.


- Podemos dar um jeito para que eu possa ver os quadros. Vamos ter tempo o bastante para pensar nisso. - Suspirou aliviado ao ver a expressão alegre do rapaz voltando ao normal.

Uma gota e agua caiu em ambos rostos e estes franziram a testa, obrigando-se a elevar a face em direção ao céu.

- Chuva? - JunHong quis saber.

- É. Chuva. - Bang encarou o céu nublado e fechou a cara ao notar que seu encontro acabaria ali. No entanto, logo uma idéia atravessou sua mente, o fazendo sorrir de canto e segurar uma das mãos finas do rapaz. - Vem, vamos.


- Pra onde? - JunHong questionou, sentindo os pingos gelados caírem em sua pele sensível, lhe dando calafrios.


- Pra minha casa, ué. É apenas quinze minutos daqui. Ou você quer ficar no meio dessa tempestade fria? - E foi neste mesmo momento em que um relâmpago cruzou o céu, fazendo o rapaz loiro se encolher quase por inteiro. - Confia em mim, tudo bem? Só… Vamos sair daqui logo.



Os fios cacheados de JunHong já estavam grudados em sua testa, os lábios pareciam mais avermelhados, os olhos esbranquiçados fitando todos os lados.

Apertou a mão do homem em torno da sua e sorriu fraco, sentindo seu rosto molhado por conta da chuva gélida.


- T-tá...






[...]






Notas Finais


Hmmmm

Como disse antes, o próximo capítulo vai ser beeem fofinho e.e ♥
Aguardem o senhor Bangão tomar as rédeas e.e ♥


Ah, estou com uma Fanfic nova de B.A.P, saiu do forno agorinha, se estiverem interessados, aqui está o link:



https://spiritfanfics.com/historia/imaginary-friend-9463895


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