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História Bibliothécaire - Mercredi


Escrita por: xiuIoey

Notas do Autor


eu nem sei se as pessoas leêm chanhun, ave.

Capítulo 1 - Mercredi


 

 

 

SeHun conseguiria facilmente perder-se nos olhos cor de café que aquele jovem bibliotecário possuía.

 

Formosamente profundos, tão indecifráveis quanto um enigma.


 

Mais escuros que uma noite límpida e puro como o mais vasto oceano.

 

Seus cabelos eram contraditoriamente avermelhados. Como labaredas a dançarem contra uma leve brisa, era assim que descreveriam o ruivo de traços marcantes.

 

Seus olhos eram grandes para média coreana, porém não anormais, pensava. Possuía os lábios desenhados, contudo ainda carnudos, os mais beijáveis que já havia visto.

 

Ele, provavelmente, deveria ser alguém que usava o dinheiro que ganhava ali para jogos ou livros, visto que a maneira que se vestia denunciava que, com toda certeza, o jovem não fazia parte daqueles que conseguiram vagas por conta de algum esporte.


 

Era quarta-feira, dia de visita à biblioteca, segundo SeHun. Havia acordado relativamente mal, se sentindo azarado ao extremo. Azarado o suficiente para desistir de arriscar manter algum contato com o rapaz. E de apenas tentar descobrir seu nome também.

 

O motivo de se sentir assim? Seu despertador simplesmente não havia tocado  - nenhuma vezinha sequer -, suas roupas eram como se houvessem desaparecido, ou talvez nunca existido. E para completar toda sua desgraça, como se não já fosse suficiente perder o horário do ônibus, no atalho que aprendera para encurtar seu percurso normal, um carro lhe fizera o favor de molhar seu casaco com ajuda de uma poça misturada por água e lama.

 

Ao fim das aulas, no entanto, não se fez de rogado ou pessimista, caminhou pelos lugares de costume do grande campus até chegar ao seu famigerado destino.

 

Lar doce lar.


 

O lugar tinha cheiro de conhecimento, descobertas e coisas instigantes. Portanto, um certo garoto de cabelos ruivos também.


 

Fazia meia hora que estava observando-o por cima do livro, um livro de colorir para crianças de 3 a 5 anos. Mas não importava, mesmo com dificuldade conseguira descobrir o nome dele.

 

Park ChanYeol

 

Com certeza seus futuros filhos seriam lindos; de olhos redondos, boca carnuda e bochechas rechonchudas....

 

O Oh estava até mesmo imaginando-os discutindo por algo bobo, como esquecer os sapatos sujos na porta de entrada - isso realmente o irritava -, porém, também já conseguia idealizá-los aos beijos após se entenderem, nos braços e afagos um do outro e....

 

ㅡ  Com licença, nós estamos fechando. - a voz que o tirara de seus devaneios vinha do alto. Piscou algumas vezes, atônito, tanto pela quantidade de horas que estava ali quanto pela presença repentina.

 

Teve a certeza de que prendera a respiração por alguns segundos antes de respondê-lo, sentia suas pernas fraquejarem - mesmo que estivesse sentado em um dos puffs e, aparentemente, firme no lugar.

 

ㅡ Ah, eu... Eu já estou indo embora. - disse baixinho, tentando formular algo coerente entre os pensamentos alarmantes de ser Park ChanYeol bem ali, à sua frente. ㅡ É que este livro é realmente interessante. - sorriu amarelo. Droga, em sua cabeça não parecia ser tão ruim...

 

ㅡ Hm, está falando de... - Park abaixou-se alguns segundos para ler o título, girando o rosto para decifrar e então SeHun jurou estar com a falta de ar mais uma vez. ㅡ A menina e o porquinho?

 

ㅡ O quê? - virara a capa para conferir e notara que o pequeno livro ainda se encontrava de cabeça para baixo. ㅡ Ah sim, eu acho muito legal... Esse... Livro.

 

E ChanYeol riu. Mas, ele estava rindo do quão ridículo parecia ser agora?

 

SeHun levantou-se acanhado, pegando suas coisas enquanto os olhos e as maçãs do rosto ardiam. Ouvir ChanYeol rir de si fora o cúmulo que passara de vergonha no dia.

 

ㅡ O que houve? - o bibliotecário o observou de costas, curioso, ele parecia afetado com algo. ㅡ Vamos, eu te pago um Dakgangjeong. - decidiu de súbito dizer antes que o mais baixo fugisse para longe.

 

ㅡ Mas eu não sei seu nome e não te conheço o suficiente.

 

ㅡ Você vem aqui todas as quartas, sempre me vê por aqui.

 

Um forte rubor tomara conta de seu rosto, entretanto, não se deixou parar.


ㅡ Pode ser apenas uma coincidência. - apertava os livros recolhidos contra o peito. Meio receoso, ainda tinha suas precauções.


 

ㅡPark ChanYeol, vinte anos. Bibliotecário e futuro fotógrafo.

 

SeHun sorriu e viu ser retribuído. Bem, talvez não fosse tão azarado assim.

 

ㅡ Oh SeHun, dezenove anos e meio. Desocupado e um futuro arquiteto, quem sabe.

 


Notas Finais


Dakgangjeong (eu não sei fala isso, parece um trava-língua.
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